Fórum Itaboraí e Fiocruz Mata Atlântica promovem discussão sobre o direito à cidade em Comunidades de Petrópolis

 

Evento online reforça protagonismo de quem vive em periferias na construção de um plano de desenvolvimento urbano local

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz) em colaboração com Elisandra Galvão (Fiocruz Mata Atlântica) / Publicado em 18/03/2021 14h43

No próximo sábado (20), das 9h às 12h, o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde e o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica, ambos programas da presidência da Fiocruz, promoverão um encontro online para discutir o direito à cidade. Um tema amplo e com diversas facetas, que será abordado no contexto de duas comunidades de Petrópolis: Amazonas, no bairro Quitandinha, e Vila Rica, em Pedro do Rio. Com o título Direito à cidade: construindo um Plano de Desenvolvimento Urbano Local para Territórios Saudáveis, o encontro reunirá especialistas na temática, representantes de movimentos sociais e também pessoas que exercem papel de liderança nessas comunidades. O evento será transmitido pelo YouTube do Fórum Itaboraí (https://youtu.be/qBxAkKDdpf0) e a programação pode ser conferida abaixo.

Segundo o Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, a iniciativa nasce com o propósito de ser um ciclo de encontros para debater o direito à cidade e a sua relação com a saúde, nas perspectivas de diferentes territórios petropolitanos do centro e da periferia. Territórios estes, que, desde 2017, vêm sendo mapeados pelas equipes do Fórum Itaboraí e da Secretaria Municipal de Saúde, com a participação de moradores das comunidades envolvidas. Denominado “Diagnóstico Rápido Participativo – DRP”, o trabalho possibilitou um retrato social dos territórios participantes a partir de diferentes visões e, desde então, vem subsidiando projetos e iniciativas de redução das desigualdades e de promoção da saúde nessas comunidades. De acordo com Rosenberg, o evento de sábado será uma primeira experiência “com o protagonismo da comunidade reconhecendo suas principais fragilidades e potencialidades, para que, com apoio de assessoramento profissional, possa elaborar projetos de transformação territorial local”, explica o diretor, ressaltando que, se bem sucedidos nessas comunidades, os eventos poderão despertar o interesse em outras de semelhantes condições de fragilidade urbana e social.

Para o coordenador do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica, Gilson Antunes, essa é uma oportunidade de ambas as unidades aprofundarem laços de complementariedade e o compartilhamento de aprendizados das experiências que desenvolvem. “Juntas, assumimos a missão explícita ou implícita de reduzir desigualdades sociais como determinantes das iniquidades em saúde e desenvolveremos projetos que respondam a princípios e pressupostos da promoção da saúde, incluindo a necessidade de fortalecimento do SUS e de acesso ao direito à cidade e à moradia digna em territórios vulneráveis”, conclui o coordenador.

 

Programação:

  • 9h às 10h | Mesa 1 | Direito à cidade 

    Rosangela Cavallazzi (UFRJ/PUC/Faperj) 

    Evaniza Rodrigues (liderança da União Nacional do Movimento por Moradia)  

  • 10h – Mesa 2 | A visão da realidade comunitária em experiências locais 

    Sergio Hammes (Comunidade de Amazonas) 

    Gisele Medeiros (Comunidade de Vila Rica)  

    11h |  Mesa 3 |  Metodologia para definição de planos locais 

    Sonia Carvalho (assistente social da equipe do Fórum Itaboraí)   

    Grazia de Grazia (consultora a movimentos populares e responsável por papéis importantes assumidos no Plano diretor e no Plano municipal de Habitação de Interesse Social do Rio de Janeiro) 

Seleção de profissional de cooperação social do Fórum Itaboraí: aprovados para a fase de entrevistas

Divulgação do resultado da primeira fase e convocação dos aprovados para entrevistas no dia 05 de março

Publicado em 02/03/2021 15h59

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde agradece a participação e interesse de todos os candidatos e torna público o resultado da primeira etapa do Processo Seletivo de profissional para atuar nos projetos de cooperação social.

Os candidatos e as candidatas aprovados na primeira fase participarão da segunda etapa da seleção nesta sexta-feira, 05 de março, a partir das 14h, conforme cronograma abaixo:

Douglas Henrique - 14h00

Lucas Conde - 14h20

Bárbara Lopes - 14h40

Lorena Lira - 15h00

Eurico Yogi - 15h20

Lucia Helena - 15h40

Mahmoud Raslan - 16h00

Marília Cuccolichio - 16h20

Nina Pinheiro - 16h40

Thiago Alvez - 17h00

Todas as entrevistas serão realizadas pela plataforma Zoom. O link da reunião será enviado por email aos candidatos aprovados.

Aos demais candidatos e candidatas agradecemos pela participação e informamos que os respectivos currículos serão arquivados no banco do Fórum Itaboraí para outras oportunidades!

 

 

Fórum Itaboraí procura profissional para atuar com projetos de cooperação social

A ênfase do trabalho será a perspectiva agroecológica, incluindo os trabalhos para a implantação, acompanhamento e monitoramento sócio técnico de quintais sócio produtivos e a  transição agroecológica em comunidades remanescentes quilombolas e em agricultores familiares de base camponesa.

Publicado em 22/02/2021 / Atualizado em 25/03/2021

No dia 22 de fevereiro foi iniciado o período de inscrição para a seleção de profissional para atuar nos projetos de cooperação social do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa especial da presidência da Fiocruz em Petrópolis/RJ. A vaga é destinada a profissionais graduados em ciências sociais, geografia, agronomia, biologia, urbanismo e outras afins. É desejável ter experiência comprovada de trabalho em comunidades rurais e urbanas. A carga horária é de 40 horas semanais e o contrato de trabalho tem duração de 24 meses.

Os interessados deverão encaminhar currículo e carta de intenção, até o dia 25 de fevereiro, para o e-mail forumitaborai@fiocruz.br  – colocar no assunto “SELEÇÃO ASSESSORIA”.

Além da análise da documentação, o processo seletivo para esta vaga prevê entrevista a ser realizada no dia 05 de março. O resultado final será divulgado no dia 08 de março.

Clique aqui para acessar o termo de referência*, com todas as informações detalhadas sobre a vaga e sobre o processo seletivo.

*ERRATAS do termo de referência:

1) As entrevistas individuais e divulgação do resultado final serão realizadas, respectivamente, nos dias 05 e 08 de março e não nos dias 04 e 05 de março, conforme cronograma do documento.

2) A remuneração seguirá a tabela Fiotec segundo tempo de experiência e não segundo formação acadêmica, conforme descrito no documento. 

Mapas de calor elaborados pela Fiocruz-Petrópolis serão usados pela Prefeitura para monitorar evolução da Covid-19 no município

Método usa a cartografia participativa e envolve unidades básicas de saúde

Texto: Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz) em colaboração com a ASCOM PMP /  Foto: ASCOM PMP

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa especial da Presidência da Fiocruz em Petrópolis, e a Prefeitura Municipal de Petrópolis atuarão de forma integrada para ampliar o monitoramento da Covid-19 na cidade. O alinhamento foi objeto de um encontro, realizado na última quarta–feira (10/02), entre o Diretor do Fórum, Felix Rosenberg, e o Secretário Municipal de Saúde, Aloísio Barbosa da Silva Filho, juntamente com suas equipes. A intenção é envolver os profissionais da Atenção Básica que atuam nas comunidades com a Estratégia de Saúde da Família – ESF, incorporando a perspectiva dos territórios no monitoramento da incidência da doença no município. O método, desenvolvido pela Fiocruz-Petrópolis, usa a cartografia participativa e tem como objetivo traçar estratégias e avaliar medidas de prevenção e controle baseadas nos resultados obtidos com o uso da ferramenta – que permitirá mapear quase metade da população da cidade.

Para o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho, a cartografia participativa desenvolvida pela Fiocruz será fundamental para a tomada de decisões. “A ferramenta gera mapas cartográficos de calor que indicam as áreas de maior incidência da doença e como este trânsito acontece entre os bairros. É uma excelente forma de analisarmos o avanço da covid-19”, avaliou.

 “O principal objetivo deste sistema geográfico é permitir avaliar a gravidade para discutir estratégias e alertar a população sobre a presença da doença. O sistema funciona como um sinal de alerta que permite uma ação rápida para bloquear a contaminação e proteger os indivíduos”, explicou o diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg.    

Segundo Rosenberg, a cartografia participativa consiste na aquisição de dados sobre os territórios, oriundos do departamento de Vigilância em Saúde e também a partir da visão de quem vive e trabalha nestes locais, principalmente os agentes comunitários de saúde. O trabalho foi iniciado em 2017 em oito áreas prioritárias, dando origem aos mapas territoriais, ricos em detalhes e agora serão ampliados para todas as unidades da Atenção Básica com Estratégia Saúde da Família. O método faz uma micro vigilância que envolve a população e estimula a corresponsabilidade no enfrentamento da doença.

Fórum Itaboraí recebe visita do prefeito em exercício de Petrópolis

Texto: Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz) /  Foto: Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz)

Na última quinta-feira (07/01), em sua primeira semana à frente do executivo municipal, o prefeito interino de Petrópolis, Hingo Hammes, fez uma visita de cortesia e aproximação ao Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, representado pelo seu diretor Felix Rosenberg.

O objetivo foi ampliar, fortalecer e garantir os vínculos institucionais existentes entre Fiocruz e Prefeitura Municipal e Petrópolis – PMP, estabelecidos desde outubro de 2011, quando o Fórum Itaboraí se instituiu formalmente em Petrópolis. Desde então, a PMP e a Fiocruz-Petrópolis são parceiras em diversos programas e projetos que envolvem a promoção integral da saúde no município, desencadeando a intersetorialidade com e entre diversas pastas da gestão pública municipal, dentre elas a Saúde, a Agricultura, o Planejamento, a Habitação, o Desenvolvimento Econômico, a Defesa Civil, a Cultura, a Educação, a Assistência Social e o Meio Ambiente. Na carteira das iniciativas, têm destaque: o programa de Territórios Sustentáveis e Saudáveis (2011); o Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais – APL (2012-2019), com o Ministério da Saúde; o PAC-Estrada da Saudade (2013), com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal; o projeto GIDES-JICA de cooperação entre Brasil e Japão na área de desastres socioambientais (2013-2017); o Diagnóstico Rápido Participativo – DRP e diversas ações de desdobramento para a promoção de saúde nos territórios, envolvendo as equipes de Estratégia da Saúde da Família e da assistência social (desde 2017); a implantação dos fóruns comunitários e Conselhos Locais de Saúde (desde 2018); os cursos de Educação Popular em Saúde (EduPopSUS), com a Escola Politécnica de Saúde – EPSJV (desde 2017), e de Especialização em Saúde Urbana, com a Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP (desde 2018); a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT, com apresentação de concertos em escolas públicas municipais e integrando a programação cultural oficial de fim de ano da cidade (desde 2012); e, mais recentemente, o monitoramento cartográfico participativo da Covid-19.

“São muitos projetos interessantes e tenho certeza que podemos aproveitar de maneira mais intensa essa parceria com essa instituição renomada no país. A Fiocruz pode nos ajudar de forma expressiva em questões como o mapeamento e combate à Covid-19 no município, já em curso, mas que podemos melhorar a interface entre os órgãos, para que o trabalho seja eficiente na ponta, para os que mais precisam”, afirmou o prefeito interino. Hammes também anunciou que a relação entre as partes será intensificada e, para tanto, nomeará uma pessoa do seu governo para gerir a relação Fiocruz-PMP e fazer a articulação intersetorial por dentro da gestão pública municipal.

Para Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí, a prefeitura é o maior parceiro da instituição. “Precisamos estreitar permanentemente e fomentar esta relação institucional de quase 10 anos. Quem ganha é o cidadão, porque trabalhamos com a promoção da saúde nos territórios, nas comunidades, particularmente naquelas mais expostas à fragilidade social. Com a decisão conjunta de estarmos ainda mais próximos, teremos resultados cada vez de maior impacto para a saúde pública e o bem-estar social do Município”, celebrou o diretor.

Novidades da Trilha do Arboreto:“a maior folha do mundo” e abelhas Jataí

 

A Trilha do Arboreto, situada no Palácio Itaboraí/Fiocruz-Petrópolis, é uma trilha urbana de 808 metros, com um acervo vivo de mais de 440 espécies de plantas identificadas, a maioria delas de uso medicinal, além de uma caixa com abelhas nativas, sem ferrão, do tipo “Jataí”.

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz)

Neste finalzinho de ano a Trilha ganhou mais uma atração: trata-se de uma espécie da família Polygonaceae - Coccoloba gigantifolia, chamada de “Uva-da-amazônia”, a maior folha dicotiledônea (plantas como o feijão, que quando germinam dão dois cotilédones, ou seja, dois pares de folhas embrionárias) do mundo, registrada no livro dos recordes, Guiness Book. Esta espécie pode chegar a 13 metros de altura e suas folhas, a 2,40 x 1,68 metros. Ela é endêmica do Brasil, foi encontrada pela primeira vez, em 1982, às margens do rio Canumã, afluente do rio Madeira, no município de Borba, no estado do Amazonas. Segundo os pesquisadores que a encontraram, trata-se de uma espécie provavelmente rara e está listada como ameaçada de extinção na Lista Vermelha da IUCN.

O Palácio Itaboraí já dispunha de uma amostra de sua folha desidratada/seca (foto) e agora passa a tê-la no seu acervo vivo, para fins de preservação e conservação da espécie, além do desenvolvimento de trabalhos científicos sobre propriedades e benefícios da planta. A muda introduzida na Trilha do Arboreto foi uma doação do INPA – Instituto Nacional de Pesquisa Amazônica, pelo pesquisador Dr. A. C. Cid Ferreira. 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí faz apresentação de Natal nada costumeira

Vídeos com apresentações estão disponíveis no YouTube

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz)

 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaborai – OCPIT acaba de disponibilizar no canal de youtube do Fórum Itaboraí três vídeos de seu curto concerto de Natal de 2020, em um formato adaptado às condições permitidas pelo contexto da pandemia da Covid-19. Para não gerar aglomerações, as apresentações foram realizadas com uma formação reduzida, de nove instrumentistas, em gravações realizadas na varanda do Palácio Itaboraí, em Petrópolis. No repertório estão: “Canção Angelical”, do compositor Félix Mendelssohn, “Greensleaves”, de compositor anônimo do século XVI, e “Feliz Natal e Boas Festas”, de Heitor Villa-Lobos, todas com adaptação de Sérgio Barboza e sob regência de Celso Franzen e de Luiz Felipe Galdino.

 

Formada, atualmente, por 24 jovens músicos de Petrópolis, estudantes da rede pública de ensino, a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí é um projeto sociocultural criado em 2013 pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, cujo propósito é desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista. Os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito no decorrer de quatro anos, com aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano.

 

“Este ano nosso concerto de Natal é atípico, bem diferente do que temos feito nos últimos anos, quando realizamos apresentações abertas ao público na concha acústica do Museu Imperial, na programação oficial da Prefeitura de Petrópolis e junto ao Sesc. Mas 2020 foi um ano muito desafiante para todos nós e, exatamente por isso, para buscarmos manter acesa a chama da criatividade, da superação e, sobretudo, da saúde integral, fizemos questão de presentear a sociedade com estas pérolas musicais, com o que estes jovens instrumentistas e toda a equipe da OCPIT conseguiu produzir, com tamanha entrega pessoal e qualidade, mesmo em tempos tão adversos”, celebra Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí.

 

Segundo o maestro e coordenador da OCPIT, Celso Franzen Jr., apesar da pandemia ter prejudicado muito a Orquestra, especialmente por se tratar de um grupo musical, que requer o trabalho em conjunto para se manter e evoluir, é possível tirar um saldo muito positivo dos trabalhos em 2020. “Embora alguns jovens tenham tido que abandonar a Orquestra por diversas razões durante a pandemia, a maioria dos alunos conseguiu sustentar uma rotina de estudos. Isso só foi possível com a determinação pessoal, além do apoio de toda a equipe da OCPIT e dos familiares, o que permitiu aos alunos manterem o nível musical que já haviam alcançado”, explica Celso. “E tivemos também um surpreendente desenvolvimento técnico de alguns alunos iniciantes, que estavam recém-chegados ao grupo quando a pandemia começou. Por isso, terminar o ano conseguindo produzir este pequeno concerto natalino e entregar isso de volta para sociedade é motivo de muito orgulho”, comemora o maestro.

 

Uma dessas alunas iniciantes é Thalyta Carvalho, de 16 anos, estudante do Liceu Municipal e que toca violino. Ela conta que sentiu muita falta de encontrar as pessoas da Orquestra e que algumas limitações como a intermitência da internet, os ruídos e movimentos de todos em casa enquanto ela aprendia e ensaiava e até a dificuldade de não entender algumas questões das aulas de teoria quase a fizeram desistir algumas vezes. “Mas os professores ajudaram muito a sermos persistentes e como eu não tinha nada pra fazer, estava à toa, acabei conseguindo me dedicar aos estudos do violino. Ia pra casa da minha avó, que fica aqui do lado, para estudar e valeu muito a pena, porque aprendi muito, coisas que antes eu não sabia e até tinha dificuldades e hoje me sinto bem mais confiante”, alega Thalyta.

 

E os resultados positivos não param por aí. Em 2020, A OCPIT recebeu a doação de instrumentos, que são fundamentais para a continuidade dos trabalhos. Dentre eles, um violoncelo, um violão, uma flauta transversal e o tão sonhado piano, que o grupo desejava há algum tempo, tanto para apoiar no trabalho de teoria musical com os alunos, quanto para compor um ambiente mais propício para concertos abertos no Palácio Itaboraí. A doadora é Karine Chaves da Silva, professora de inglês, que doou também a flauta. “Minha avó me deu esse piano quando eu tinha 16 anos. Meu sonho nessa idade era tocar piano profissionalmente, fazer faculdade de música e sair pelo mundo afora como musicista. Mas eu não tinha muito talento e hoje reconheço isso. Acabei tomando outro caminho, mas o piano continuou tendo toda minha estima, porém sem o mesmo espaço na minha vida. Ao doar a flauta para a OCPIT, vi que era hora do piano ir também. Eu chorei muito, mas fui consolada por entender que, apesar de eu não ter conseguido realizar aquele sonho, um pedacinho dele poderia ser parte da história e dos sonhos de outros adolescentes e jovens. Alguns recomendaram que eu vendesse, mas se eu fizesse assim não teria a mesma essência”, conta Karine, emocionada.

 

O ano de 2020 foi também de conquista pela OCPIT do Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura, na categoria “música erudita”, pelo trabalho realizado em 2019. Trata-se do mais importante reconhecimento do cenário cultural da cidade de Petrópolis e acontece todos os anos com o objetivo de consagrar os principais artistas e iniciativas culturais do município e, também, manter viva a homenagem a um dos maiores compositores e arranjadores brasileiros, o petropolitano César Guerra-Peixe (1914-1993). A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí recebe aporte financeiro do orçamento regular da Fiocruz, além do patrocínio da GE-Celma, desde fins de 2015, e da Schott Brasil, desde 2017, ambos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e, ainda, doações de pessoas físicas, por meio do abatimento no imposto de renda devido.

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

 

Projetos da Fiocruz podem receber doações a partir do IR de pessoa física

Plataforma online traz o passo-a-passo de como doar

Os projetos socioculturais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já podem receber doações de pessoas físicas através da campanha IR que Transforma. Lançada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI/Fiocruz), por meio de seu Escritório de Captação de Recursos, a plataforma tem por objetivo incentivar a participação da sociedade civil no fortalecimento da cultura científica e da cidadania.

 

Com uma simples ação, é possível doar até 6% do imposto de renda devido a pagar ou a restituir para projetos socioculturais, com dedução fiscal de 100% do valor investido. Caso a doação aconteça até o dia 20 de dezembro de 2020, o valor doado já poderá ser lançado na declaração do IR de 2021, no campo próprio de “doações efetuadas”, possibilitando o benefício da isenção.

 

Atualmente, é possível destinar parte do Imposto de Renda para o projeto Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, um projeto sociocultural direcionado aos jovens estudantes da rede pública de ensino que oferece um curso intensivo com aulas teóricas e práticas, presenciais e online, de música, visando desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante. Com sede no Palácio Itaboraí, a Orquestra já formou dezenas de jovens, ajudando-os no ingresso nas mais renomadas universidades de música do país.

 

Para apoiar, basta calcular o potencial de dedução fiscal no próprio site, usando dados do imposto devido da última declaração entregue à Receita Federal, escolher o projeto e fazer a doação. É simples, rápido e fortalece a cultura no nosso país.

 

Mais informações no site: http://www.irquetransforma.org.br/

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

Roda de conversa: Olhares pela Agricultura Urbana

Encontro online visa proporcionar trocas de experiências entre iniciativas de agricultura urbana, facilitar a atuação em redes e promover o debate da saúde e da segurança alimentar

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz)

Na próxima quarta-feira, 4 de novembro, o Fórum Itaboraí realizará a roda de conversa Olhares pela agricultura urbana: Avanços e Entraves para a promoção da Saúde e da segurança alimentar” e reunirá tanto convidados que já militam pelos princípios e práticas da agroecologia no Brasil quanto representantes de comunidades petropolitanas que, com apoio do Fórum Itaboraí e em articulação em seus territórios, estão transformando olhares e práticas comunitários a partir da abordagem da agroecologia. 

A iniciativa integra os esforços da Rede Fiocruz de Agroecologia Urbana, formada pelo Campus Fiocruz Mata Atlântica, a Escola Politécnica Joaquim Venâncio e também o Fórum Itaboraí. Segundo o agrônomo Claudemar Mattos, da equipe da Fiocruz-Petrópolis e membro da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), “o tema da agroecologia é de interesse da sociedade porque envolve princípios de uma sociedade mais justa e mais equitativa, além dos princípios técnicos, pelo cultivo de alimentos sem agrotóxicos e sem adubos químicos e, portanto, mais saudáveis e sustentáveis”. Ainda, segundo o agrônomo, “esta prática comunitária, feita na cidade, pode resgatar e aproximar a relação campo-cidade e contribuir com a segurança alimentar e com a saúde não apenas do indivíduo que cultiva, mas da família, da comunidade, do município”. 

De acordo com Claudemar, o desenho e dinâmica concebidos para estas rodas de conversa visam promover trocas de saberes e experiências para ampliar e fortalecer a promoção da saúde, a segurança alimentar e a organização comunitária, por meio do incentivo e apoio às práticas de agricultura urbana e gestão dos resíduos sólidos. “Queremos conhecer sobre a experiência de outros territórios e pessoas que militam pela agricultura urbana com base na agroecologia, entender que obstáculos e conquistas os acompanham. E, por outro lado, ouvir das comunidades de Petrópolis como isso vem acontecendo em seus territórios. Acreditamos que estes elementos que chegarão à roda, além de promoverem a reflexão e a discussão coletiva, também podem dar referências e fortalecer as comunidades petropolitanas e, sobretudo, a prática em rede”, conclui o agrônomo.

Em Petrópolis, desde fevereiro de 2020, o Fórum Itaboraí trabalha em articulação com 11 comunidades (em cinco delas, com apoio do CNPq) tanto para trocas de conhecimento técnico em agricultura urbana – incluindo o cultivo propriamente e a gestão de resíduos orgânicos – quanto para o fortalecimento de laços comunitários, para o incremento da segurança nutricional e para a redução da vulnerabilidade socioambiental dos moradores dos territórios envolvidos. “Na vila Frei Davi, na comunidade do Amazonas, por exemplo, esta experiência já aponta para cerca de uma tonelada de resíduos domésticos que deixou de ir para o aterro sanitário, porque foram compostados pelos moradores”, conta Claudemar.

Na roda de conversa estarão: Bernadete Montesano, da Rede Carioca de Agricultura Urbana; Aline Kinast, do Coletivo Roots Ativa e Articulação Embaúba, de Belo Horizonte-MG; Robson Patrocínio, do Campus Fiocruz Mata Atlântica; Dalva Oliveira, da comunidade Amazonas; e Vagner Teixeira, da comunidade da Glória, ambos de Petrópolis, sob a mediação de Claudemar Mattos. O encontro será transmitido pelo canal do Fórum Itaboraí no Youtube, às 18h (https://youtu.be/i_DI2NarLpg).

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí conquista Prêmio Maestro Guerra-Peixe 2020

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí-OCPIT conquistou, na última quinta-feira, 22 de outubro de 2020, o Prêmio Maestro Guerra-Peixe, o mais importante reconhecimento do cenário cultural em Petrópolis. O projeto do Fórum Itaboraí, que já havia concorrido ao prêmio em 2014, foi o vencedor na categoria "música erudita".

Criado em 2009 com o objetivo de incentivar e valorizar os principais agentes culturais do município, o prêmio é concedido pela Prefeitura de Petrópolis através do Instituto Municipal de Cultura e Esportes aos projetos, artistas e produções culturais que mais se destacam ao longo do ano.

“Ao longo destes quase oito anos, a Orquestra vem se consolidando e amadurecendo. Nessa trajetória, reafirmamos nossa missão de proporcionar caminhos e perspectivas mais saudáveis também para os nossos jovens, reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso aos direitos. Por isso, através da Orquestra, trabalhamos para apoiar o desenvolvimento desses jovens para que possam não só se envolver com a música, mas terem-na também como profissão, caso desejem”, explica Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí. “A jornada que levou a Orquestra a tal reconhecimento já é por si um processo de muitas conquistas, com destaque para os jovens, claro, mas que envolve também suas famílias, maestro e professores, a coordenação do projeto, toda equipe do Fórum Itaboraí e apoiadores da OCPIT. Esse reconhecimento nos alegra, entusiasma e fortalece o compromisso de todos nós com a promoção da saúde por meio da música e nos faz celebrar, ainda mais, a comunidade de aprendizagem que é a Orquestra”, complementa Rosenberg.

Para Celso Frazen Júnior, Maestro e coordenador pedagógico da OCPIT, "Esse Prêmio chega aos alunos e proferssores como um fôlego novo diante de uma pandemia que tornou tudo mais difícil. É a coroação de todo um trabalho que começou no ano de 2013".

Em sua décima primeira edição, o Prêmio Maestro Guerra-Peixe foi realizado em um formato diferente devido à pandemia de COVID-19. Sem a possibilidade da tradicional cerimônia de entrega das estatuetas, o anúncio dos vencedores foi realizado através de transmissão pelo canal oficial da premiação no YouTube.

Clique aqui para conhecer todos os indicados e vencedores.

Momento do anúncio do vencedor da categoria "música erudita", durante a exibicão da premiação no YouTube.

Fórum Itaboraí é indicado ao Prêmio Maestro Guerra-Peixe pela quarta vez

Fórum Itaboraí concorre na categoria "música erudita" com o projeto "Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí"

O Prêmio Maestro Guerra-Peixe, o mais importante reconhecimento do cenário cultural em Petrópolis, foi criado em 2009 por iniciativa da Prefeitura Municipal de Petrópolis através da Fundação de Cultura e Turismo com o objetivo de homenagear os principais agentes culturais do município e resgatar um dos mais importantes músicos brasileiros do século XX, o maestro e compositor César Guerra-Peixe.

Em sua décima primeira edição, o prêmio tem 41 indicados em 11 categorias: música popular, música erudita, teatro, dança, artes visuais, literatura, comunicação, audiovisual, produção cultural, especial e notório reconhecimento.

Este ano, o Fórum Itaboraí concorre na categoria "música erudita" com o projeto "Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí" (OCPIT), uma iniciativa destinada a jovens estudantes da rede pública de Petrópolis que busca realizar um trabalho de inserção, cidadania, redução da desigualdade social e capacitação profissional através da música.

É a quarta indicação do Fórum Itaboraí, segunda da OCPIT que, em 2014, também foi indicada ao prêmio. As outras 2 indicações foram para o projeto Quartas Culturaisem 2016 e 2017.

A premiação será no dia 22 de outubro, com transmissão ao vivo pelo YouTube pelo link https://www.youtube.com/channel/UC_vfbq8IWGoRXhig7xHE-cQ.

O Prêmio Maestro Guerra-Peixe é uma realização da Prefeitura de Petrópolis e do Instituto Municipal de Cultura e Esportes.

Clique aqui para conhecer todos os indicados.

OCPIT na Praça da Liberdade (Petrópolis/RJ): apresentação fez parte da programação do Natal Imperial em 2019

 

       

 

Atividades do Fórum Itaboraí têm restrições devido à pandemia do coronavírus

Em conformidade com as decisões dos órgãos de saúde ligados ao poder público, o Fórum Itaboraí informa que implementou medidas para restringir a circulação de pessoas nas dependências do Palácio Itaboraí e nas ações de todos os projetos. Todas as atividades coletivas, internas e externas, estão suspensas. O Palácio Itaboraí permanecerá fechado para a visitação e só será permitida a entrada de funcionários, respeitando a escala estabelecida. O objetivo das ações é minimizar a possibilidade de contágio e disseminação do coronavírus. Contatos: E-mail: forumitaborai@fiocruz.br Facebook: facebook.com/forumitaborai

FALA TU: Fórum Itaboraí promove encontros sobre comunicação comunitária

Iniciativa direcionada para a discussão e reflexão da importância da comunicação comunitária para o fortalecimento territorial, para a promoção da saúde, para o engajamento, participação e mobilização

De 10 de outubro até 07 de novembro, sempre aos sábados, de 14h às 16h, no YouTube, abrimos uma roda de conversa com gente de comunidade, de periferia, que utilzia a comunicação comunitária para transformar os territórios em que vivem, com diálogo e participação social, dando voz e vez aos segmentos populares. No círculo, estiveram lideranças comunitárias de Petrópolis e também de fora de nossa cidade, em um diálogo franco, aberto e cheio de reflexões e aprendizados.

Transmissões dos eventos:

1) Comunicação Comunitária: O que é e como pode transformar o território?: https://youtu.be/pXFjVA0v_Tw

2) Comunicação Comunitária e Saúde: https://youtu.be/paC-FkJyxDw

3) Comunicação Comunitária e Memória: https://youtu.be/V3cC2rpwiIQ

4) Comunicação Comunitária: audiovisual e redes sociais: https://youtu.be/Wp-FVaisLm8

5) Comunicação Comunitária: audiovisual e redes sociais: jornal impresso e rádio comunitária: https://youtu.be/dZnqHfWoc2o

Conheça a programação completa dos cinco encontros:

Boas colheitas em tempos de pandemia

Práticas agroecológicas apoiadas pelo Fórum Itaboraí ajudam a transformar comunidades durante o isolamento social

As práticas agroecológicas com comunidades petropolitanas, promovidas pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, tomou um novo formato desde o início do isolamento social causado pela pandemia da Covid-19: unindo criatividade, comunicação, tecnologia, integração, trocas de saberes e muito entusiasmo, quintais e pequenos espaços comunitários, por vezes abandonados, estão se transformando, ganhando vida, cores, aromas e novos sabores.  

Tudo começou com os Encontros de Formação e Interação de Saberes em Agricultura Urbana, que vinham acontecendo na comunidade do Amazonas, no Quitandinha, desde fevereiro de 2020. Eram 30 participantes, moradores não apenas do Amazonas, mas também dos bairros da Glória, Meio da Serra, Pedras Brancas, Posse e Retiro, que se reuniam uma vez na semana para, de um lado, ampliar conhecimento em agricultura urbana,aprendendo sobre técnicas de cultivo e gestão de resíduos orgânicos, como os restos da cozinha e da varrição de folhas e aparas de grama, e, de outro, fortalecer laços comunitários, aumentar a segurança nutricional e contribuir com a redução da vulnerabilidade socioambiental dos moradores e destes territórios.  

Segundo o agrônomo Claudemar Mattos, da equipe do Fórum Itaboraí e um dos responsáveis pelo ciclo de encontros, essa experiência tinha um caráter “piloto”, ou seja, onde a metodologia seria testada e, se necessário, ajustada para a replicação do curso para os outros sete bairros de Petrópolis em que o Fórum Itaboraí atua com práticas de gestão local participativa e intersetorial em saúde. “Foi quando veio o isolamento social e nos vimos no desafio de dar continuidade a estas práticas agroecológicas. Já tínhamos um grupo de whatsapp e foi por ele que mantivemos nossas conversas e prosas, ainda muito sem saber como essa forma de comunicação e trocas de conhecimentos poderia funcionar e quanto tempo este distanciamento poderia durar”, relembra o agrônomo.  

Aos poucos, a equipe do Fórum Itaboraí envolvida no ciclo de encontros foi testando e experimentando formas de abordar os conteúdos – antes previstos para os encontros presenciais – agora, neste novo ambiente mediado pela tecnologia, com informações técnicas e dicas sobre horta, alimentação, plantas medicinais, composteira e plantas alimentícias não convencionais – PANC. “Mas as práticas agroecológicas vão além das técnicas de cultivo. A partir da lida com a terra e daquilo que ela nos provê, a agroecologia toca em questões fundamentais como soberania, solidariedade econômica e social, trabalho comunitário e participação social, alimentos livres de agrotóxicos e o direito a uma alimentação saudável, gestão de resíduos, consciência ambiental e saúde, que são temáticas que trabalhamos transversalmente com este grupo”, explica Claudemar. 

Enquanto o isolamento social impossibilitou a realização dos encontros presenciais, o ambiente desterritorializado do whatsapp permitiu a inclusão e interação com mais pessoas interessadas, moradoras de outras comunidades de Petrópolis, e hoje o grupo de trocas de saberes em agricultura urbana conta com representantes de 11 localidades diferentes do município. Um deles é Vagner Teixeira, morador do bairro da Glória, em Corrêas, que já está colhendo e compartilhando com vizinhos um uma cesta de hortaliças que estão brotando da horta que ele começou a cultivar no terreno da casa da mãe, desde que vem participando dos encontros de agricultura urbana. “Eu lidava com jardinagem, mas nunca tinha mexido com horta, não sabia como fazer. Nestes encontros fui aprendendo como preparar a terra, como plantar a muda, a forma de regar, sobre ervas medicinais, como armazenar o grão na garrafa pet, como operar uma composteira. Mesmo pelo whatsapp eu interajo. Eles colocam os conteúdos e eu vou me aprimorando e tirando minhas dúvidas e aprendendo também com as dúvidas dos outros”, conta Vagner, que recebeu mudas e a estrutura da composteira do Fórum Itaboraí/Fiocruz para iniciar o projeto comunitário. 

“Hoje nossa composteira já conta com os restos de alimentos da cozinha da minha casa e de mais cinco vizinhos e já estamos usando este adubo pra horta. Aqui é nosso local de prática, enquanto esperamos as definições da Associação de Moradores para levar a horta para a parte de trás do campo de esporte, perto do colégio [E.M. Marieta Gonçalves]. E já estão aparecendo pessoas interessadas em integrar o projeto, porque estão vendo os benefícios. Imagina poder chegar no final de semana e ter um legume, uma verdura saudável para poder comer e saber que você participou daquilo? Tenho certeza de que a horta comunitária pode unir mais a comunidade”, anseia Vagner, que faz questão de enumerar o que já tem na horta:alface, agrião, beterraba, chicória, couve, salsa, cebolinha, sabugueiro, guaco, hortelã e capim limão. 

Do outro lado da cidade, no Amazonas, uma história similar também já pode ser contada pelos moradores da Vila Frei Davi, onde vivem 56 famílias. Na localidade já existia uma pequena horta comunitária, que foi incrementada com a participação, principalmente, das mulheres nos encontros de agricultura urbana. “Eu me envolvi porque o Serginho me convidou. Gosto muito de plantas. Minha mãe me ensinava muito sobre plantas medicinais e era só isso que conhecia. Me animei com os encontros, para poder conhecer mais e agora mexo com a terra todos os dias. Achava que alimentos sem agrotóxico era só pra rico. Mas vejo que podemos ter em casa, em pequenos espaços, em qualquer pedacinho de lugar. Estou completamente apaixonada por horta e isso mudou muito a minha vida”, conta, animada, Dalva Oliveira, 63 anos, aposentada e moradora da Vila. Além dos alimentos em si, Dalva destaca outros dois grandes ganhos do trabalho com a horta para a comunidade: “Uma das coisas boas é que o condomínio todo está ajudando a juntar restos alimentos, que colocamos na composteira. Até o mercadinho do bairro contribui. Já não jogamos mais nada desse tipo de resíduo na lixeira e, além de adubo para a horta, temos muito menos sujeira e ratos na lixeira da vila. Outra coisa é que, com as plantas medicinais que temos plantado, mais gente do bairro tá vindo aqui procurar os remédios naturais. Assim, vamos em uma rede de solidariedade, ajudando uns aos outros. A gente não se encharca tanto de remédios e nem de agrotóxicos. E já estamos pensando onde plantar as frutíferas”, celebra a moradora. 

Para Sérgio Monteiro, coordenador do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí, apesar do isolamento social, estes encontros, ainda que mediados por tecnologia e tendo formatos em contínua experimentação, têm revelado que é possível contribuir com a construção de uma cadeia de práticas e de significados para a promoção da saúde dentro e entre distintas comunidades de Petrópolis. “As pessoas vão tomando consciência da qualidade do ambiente em que vivem e demonstram que são capazes de colocar em prática, transformar locais e hábitos que vão favorecer a vida delas e que elas próprias têm razões para valorizar. E uma influencia a outra, seja um vizinho, seja alguém de outro território, mas que está ali conectado pelo mesmo propósito”, conclui Monteiro.

 

Dalva Oliveira, moradora do Amazonas.

Covid-19: Fiocruz alerta para urgência de medidas rígidas de isolamento social

Por Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encaminhou, na manhã desta quarta-feira (6/5), um relatório ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em resposta à solicitação do órgão realizada em 3 de maio. O documento consolida um posicionamento da Fiocruz a respeito da adoção de medidas rígidas de isolamento social no âmbito territorial do estado do Rio de Janeiro.

Com base em análises técnico-científicas e como parte de seu compromisso com a vida, com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a saúde da população, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana, visando à redução do ritmo de crescimento de casos e a preparação do sistema de saúde para o atendimento adequado e com qualidade às pessoas acometidas com as formas graves da Covid-19.

Os especialistas da instituição projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado do Rio de Janeiro, haverá um agravamento da situação epidemiológica e de insuficiência de leitos no mês de maio de 2020, que pode se prolongar e levar a um número expressivo de mortes que poderiam ser evitadas.

Segundo o documento, as medidas de lockdown devem ser adequadas às realidades epidemiológicas e dos sistemas de saúde das diferentes das cidades do estado sem que, no entanto, sejam implantadas de forma isolada. Para eles, elas devem considerar não somente o número registrado de casos e óbitos, mas principalmente a tendência da epidemia em cada região do estado, a disponibilidade de leitos e equipamentos, a adequação do quadro de profissionais de saúde, bem como a adesão dos cidadãos e dos estabelecimentos comerciais e industriais a estas medidas.

O relatório considera ainda a importância de intensa articulação das diferentes esferas de governo para a implantação dessas medidas rígidas de isolamento no estado e da adoção de medidas de apoio econômico e social às populações vulneráveis, particularmente as que dependem de trabalho informal ou precário, bem como suporte a pequenas empresas que geram empregos e podem sofrer grande impacto da pandemia.

Leia o documento na íntegra.

Quarentena musical

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí oferece orientações online aos jovens instrumentistas durante o isolamento

Apesar das limitações do isolamento social por conta da Covid-19, os jovens instrumentistas da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT seguem tendo aulas de música, adaptadas, porém, às condições da quarentena. Com os instrumentos em casa, os estudantes têm recebido orientações online dos professores e mantêm seus estudos individuais, de teoria e prática instrumental. Estão impedidos apenas da prática orquestral, porque esta requer a coletividade. As dificuldades são inevitáveis, desde as limitações de acesso à internet para alguns ao desafio de praticarem sozinhos em casa, em um ambiente diferente das salas do Palácio Itaboraí, onde eles costumam estar juntos de duas a cinco vezes por semana. Mas, desta experiência, os estudantes têm tirado novas perspectivas e a oportunidade, em muitos casos, de ter a família mais envolvida com a música clássica que eles praticam.

Segundo o maestro e coordenador da OCPIT, Celso Franzen Jr., estes encontros online não podem ser comparados e não substituem as aulas presenciais, mas são fundamentais para que os jovens músicos possam se manter estimulados e não fiquem totalmente distantes da prática habitual do instrumento. “Se eles param, perdem o que chamamos de coordenação fina. Embora alguns até reconheçam estarem evoluindo, nosso objetivo principal é mantê-los motivados e que não percam o que já adquiriram até agora. A música é uma prática que exige dedicação continuada. Se eles estiverem em dia com o trabalho individual, será muito mais fácil retomarmos com o coletivo, com nossa Orquestra, quando voltarmos”, explica Celso, acrescentando que há estudantes em diferentes níveis e todos estão sendo acompanhados, inclusive pela assistente social da OCPIT.

Como já fazia parte da rotina, os estudantes seguem tendo um tempo semanal diretamente com os professores, tanto para práticas individuais com seus instrumentos quanto para conteúdos de teoria musical; a novidade é que, durante este período de isolamento social, as aulas têm se sido adaptadas, já que vêm se utilizando dos meios tecnológicos para acontecerem. 

Jaqueline Rosa Moreira é professora de violino da OCPIT e tem feito vídeo-chamadas individuais com seus alunos pelo aplicativo multiplataforma whatsapp, além de gravar e recomendar vídeos com conteúdos complementares. Ela também passa tarefas e recebe deles vídeos com a execução dos trabalhos solicitados. No encontro seguinte, ela dá retornos com sua avaliação. “Tem funcionado bem para a maioria, principalmente para os alunos mais velhos, que já dominam mais o instrumento. De forma geral, eu os percebo engajados e contentes em fazer as atividades propostas, até porque estão cansados de ficar em casa e assim têm uma ocupação, uma vez que as aulas das escolas municipais em que estudam ainda não voltaram, nem de forma virtual” conta Jaqueline. Além das orientações técnicas, propriamente, a professora tem marcado encontros virtuais coletivos com seus alunos, para apoiá-los emocionalmente e ver como estão passando: “É quando reunimos o grupo todo, pelo menos todos aqueles que tocam violino comigo, para buscarmos manter o vínculo e trocarmos ideias. Falo por mim e por eles também: estamos todos aprendendo a dar valor ao que temos!”, destaca Jaqueline.

“O que eu mais sinto falta são os encontros orquestrais. São mais de quatro anos indo pra lá quase todos os dias. É como se eu não estivesse encontrando parte da minha família. A saudade é a mesma. Sinto falta da Orquestra, dos ensaios, das pessoas”, conta Isabella Mariosa, 19 anos, que toca flauta transversal e é uma das veteranas da atual composição da OCPIT. Apesar da distância e da saudade, a jovem agradece a possibilidade de seguir tendo aulas de música online: “Eu achei ótimo ter continuado, para não perder o foco e o ritmo. Se pararmos, o nosso corpo esquece e a cabeça enlouquece um pouco. E ter o professor, as tarefas, isso não nos deixa relaxar e faz com que pratiquemos. Além disso, a música é meu refúgio. E, neste período de isolamento, é onde consigo ter o meu espaço e meu tempo”, conclui Isabella, que está se preparando para este ano fazer o Teste de Habilidade Específica – o THE, exame requerido para ingressar na faculdade de música, onde ela pretende cursar bacharelado em flauta.

Para alguns alunos, o acesso à internet tem sido o principal limitante, às vezes até impeditivo para participar destes encontros de orientação musical online. Para outros, o desafio está mesmo em se adaptar a um aprendizado sem a presença dos professores, como é o caso do Ricardo Corvello, de 17 anos, que toca contrabaixo acústico, estuda no Colégio Estadual Dom Pedro II e está há quatro anos na OCPIT. “No início foi difícil e eu até pensei em desistir dessa ideia de aula online. Minha internet não é muito boa, mas isso até vou contornando. O problema maior foi conseguir me acostumar sem o Luiz Felipe, porque com ele por perto eu fico mais seguro de tocar as coisas certas. Mas ele começou bem devagar e eu fui me adaptando. Não achei que as aulas dariam certo, mas depois de um mês, tanto eu quanto ele nos esforçando, posso dizer que hoje está sendo bom. Estamos abordando conteúdo praticamente como se eu estivesse tendo aula presencial. E agora já ganhei mais velocidade nos exercícios, consigo executar mais rápido e tenho praticado até mais, pelo menos duas horas por dia, até porque estou com o meu instrumento por perto”, comemora o jovem instrumentista, contente por estar com o contrabaixo em casa, pois, pelo tamanho, não conseguia transportá-lo com frequência, usando-o preferencialmente nos dias em que ia ao Palácio Itaboraí. Apesar das dificuldades iniciais, Ricardo mostra mesmo que contornou os problemas e vem transformando sua jornada nesta quarentena: “Eu acho que isso tudo vai me ajudar a aprender de outras formas no futuro, como vendo um vídeo, acessando outros conteúdos. Ter nossos professores, claro, mas saber também aprender sozinho, ser mais autodidata. Esse momento vai ficar gravado como uma experiência positiva de estudo à distância”, conclui.

Na casa da juveníssima Ludmila de Andrade, as notas que ressoam da sua flauta transversal envolvem e acalantam toda a família durante o isolamento social. Com 12 anos, Ludmila ingressou na OCPIT no início de 2020, já com experiência anterior de tocar flauta doce. Estudante do Liceu Municipal, Ludmila tem seguido com afinco os encontros online semanais, tanto os específicos de seu instrumento, quanto os de teoria musical. “Como não é um vídeo gravado, estamos presentes ao mesmo tempo eu e o professor, ele tem conseguido me mostrar onde estou errando e o que eu posso corrigir. Não conseguiria fazer isso sozinha. Então, com ele, mesmo online, estamos conseguindo avançar. Mas por estar distante, eu tenho que treinar o dobro para acertar a cromática”, conta a menina Ludmila, explicando que “cromática” é a escala sonora do instrumento e que a qualidade do som executado tem a ver com a posição correta da embocadura, ou seja, de como se sopra a flauta. 

O pai e a mãe de Ludmila gostam de acompanhar a prática da filha em casa e contam que a jovem instrumentista toca diariamente, pelo menos uma hora por dia, na parte da tarde. “Pra nós é agradável. Gostamos de música e sempre a incentivamos, pois sabemos dos benefícios e ela também começou a tomar gosto pela música. A aula está sendo excelente. É como uma escada, você sobe degrau por degrau. Ela aprende e pratica. E por isso avança”, explica o industriário Paulo Roberto de Andrade. “Estamos mais próximos da experiência dela de aprender música, porque estamos todos em casa neste período. Tê-la praticando ajuda toda a família, porque a música traz alento nesse momento difícil. A música toca o coração das pessoas”, complementa, emocionado, o pai.

Portal Fiocruz tem área especial com informações sobre o coronavírus

Página dedicada ao assunto reúne o conteúdo produzido na Fundação sobre a doença

Em meio à epidemia de coronavírus, a Fiocruz tem atuado não apenas no esclarecimento de aspectos biológicos da doença, mas também na área da comunicação e informação em saúde. Para dar visibilidade a essa produção, o Portal Fiocruz lançou uma página especial que, além de notícias e vídeos, traz perguntas e respostas com as principais dúvidas da população e uma seção voltada para especialistas, com links para as principais fontes de informação em saúde sobre a epidemia. 

Desde o seu lançamento, em 5 de fevereiro de 2020, a página já acumula mais de 1,1 milhão de visualizações. Os conteúdos mais acessados nesse período foram as perguntas e respostas sobre o coronavírus, o que reflete o anseio da população por informações confiáveis.
 
Confira o especial do Portal Fiocruz sobre o coronavírus: fiocruz.br/coronavirus.
 
 

O mercado de trabalho na música clássica é tema de palestra gratuita no Palácio Itaboraí

O músico e pesquisador Lipe Portinho falará sobre as oportunidades da carreira

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT recebe no próximo dia 06 de março, de 15h às 17h, o músico contrabaixista e pesquisador Lipe Portinho para a palestra "O músico existencial: o mercado de trabalho na música". Com entrada franca, a palestra tem o objetivo de trazer luz às possibilidades de carreira que um profissional de música clássica pode seguir depois da formação superior. 

Segundo Celso Franzen Jr., maestro e coordenador da OCPIT, é comum para as pessoas que entram para a faculdade de música terem uma expectativa restrita de tornar-se um concertista, que, segundo ele é apenas um dos diversos caminhos possíveis. “Não foi diferente comigo, que entrei na faculdade às escuras, ainda sem saber exatamente quais as possibilidades a profissão poderia me oferecer e fui aprendendo na prática o mundo que pode ser aberto para o profissional de música clássica”, conta o regente, que entende que esta carreira ainda está amadurecendo no Brasil, principalmente no que se refere às políticas públicas para o segmento.
 
O conteúdo da palestra de Portinho faz parte de um estudo do músico a respeito do mercado de trabalho e é direcionado a qualquer pessoa que possa se interessar pelo assunto. “Para nossos instrumentistas da Orquestra e seus familiares, sem dúvidas, é uma rara oportunidade, uma vez que nosso propósito é oferecer formação orquestral, humanista e profissionalizante a estes jovens e conteúdos como este possibilitam visualizar caminhos futuros dentro da realidade da carreira”, explica Celso.
 
Embora aberta ao público, a palestra requer inscrição prévia, que pode ser feita pelo telefone (24) 2246-1430. As vagas são limitadas. O Palácio Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso – Petrópolis- RJ
 

Horta comunitária no Madame Machado é tema de reportagem do programa "Inter TV Rural"

O programa "Inter TV Rural" exibiu, no dia 23 de fevereiro de 2020, uma matéria sobre a horta comunitária criada na comunidade Madame Machado, em Petrópolis. A iniciativa é da associação de moradores do bairro e conta com o apoio técnico do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e com a parceria do quilombo da Tapera, na doação de mudas.

Para mais informações sobre o projeto, acesse http://www.forumitaborai.fiocruz.br/node/1169

Para ver a reportagem, clique na imagem abaixo:

 

Fórum Itaboraí promove encontros sobre práticas agroecológicas para comunidades petropolitanas

Objetivo é ampliar conhecimento em agricultura urbana, fortalecer laços comunitários e aumentar a segurança nutricional

A partir da próxima quarta-feira (05) até abril, moradores dos bairros Amazonas, Glória, Meio da Serra, Pedras Brancas, Posse e Retiro poderão participar dos “Encontros de Formação e Interação de Saberes em Agricultura Urbana”, cujos objetivos são gerar autonomia, soberania e solidariedade econômica e social mediante a promoção da segurança alimentar e de um maior vínculo com a terra, além de promover a troca de saberes, fortalecer os laços comunitários e contribuir com a redução da vulnerabilidade ambiental destes territórios.

A iniciativa é do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, que desenhou estes encontros com base nas informações levantadas pelo Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), trabalho que vem sendo realizado desde o início de 2017 em diversos bairros petropolitanos, por meio de articulações que envolvem Equipes de Saúde da Família – ESF e Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, no âmbito da cooperação entre a Fiocruz, as Secretaria Municipais de Saúde e de Assistência Social de Petrópolis, com a cooperação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Segundo Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí, o DRP tem apontado situações nos territórios que vinculam ao tema da agricultura urbana. “Identificamos demandas objetivas, como, por exemplo, iniciativas isoladas de hortas caseiras ou em pequenos espaços comunitários, bem como a alegada saudade de cultivar a terra, principalmente daquelas pessoas que originalmente são de áreas rurais e acabaram por deixar isso para trás com a vida na cidade. Mas também há outras situações apontadas pelo DRP, como o desemprego, a vulnerabilidade ambiental, problemas no descarte e na coleta de resíduos sólidos e no tratamento e a gestão dos esgotos, a ressignificação de espaços comunitários, a segurança alimentar de famílias nestes territórios e a participação social. E todas estas são questões que entendemos podem também ser trabalhadas a partir de abordagens práticas de agroecologia nestes espaços urbanos”, explica Rosenberg.

Os encontros propostos são semanais e somam 40 horas de um curso que leva aproximadamente três meses para ser percorrido e priorizará as atividades práticas, valorizando os conhecimentos e experiências existentes na comunidade. Claudemar Mattos, assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz e coordenador do ciclo de encontros, explica que além das técnicas agroecológicas, o aproveitamento integral dos alimentos e a participação social serão abordados como temas transversais nos encontros. “Com isso, promoveremos a integração do grupo, refletindo sobre a importância do trabalho comunitário, ao mesmo tempo em que aprendemos mais sobre técnicas de cultivo de alimentos adaptadas à nossa realidade e de gestão dos resíduos orgânicos, como os restos da cozinha e da varrição de folhas e aparas de grama. Juntos, vamos também aprender e ensinar formas de preparar estes alimentos, aproveitando-os ao máximo. Para praticar nosso aprendizado entre um encontro e outro, contaremos com os espaços existentes na comunidade para uma horta comunitária, além dos quintais particulares”, conta Claudemar.

Esta primeira turma acontecerá no território do bairro Amazonas e receberá moradores das outras comunidades já citadas. Por ser a primeira experiência, terá um caráter “piloto”, ou seja, onde a metodologia será testada e, se necessário, ajustada para a replicação do curso para os outros 12 bairros de Petrópolis em que o Fórum Itaboraí atua com práticas de gestão local participativa e intersetorial em saúde.

 

Palácio Itaboraí recebe a exposição "O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí"

Mostra gratuita traz informações e curiosidades sobre a obra clássica da literatura e seu autor

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – essa é uma das mais célebres frases do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, mundialmente conhecido por sua obra O Pequeno Príncipe. Além de escritor e ilustrador, Saint-Exupéry também era piloto da companhia francesa de correio aéreo Aéropostale e, talvez poucas pessoas saibam, mas uma pequena parte da sua história tem uma estreita relação com Petrópolis: com a expansão da aviação comercial na América do Sul, na década de 1920, Saint-Exupéry fazia escalas no Rio de Janeiro e, quando havia tempo entre uma viagem e outra, subia a serra e se hospedava na propriedade de seu amigo, também piloto, Marcel Reine, em Itaipava. Desde a década de 1940, esta casa é mantida por uma mesma família que a adquiriu após a Segunda Guerra Mundial e deu-lhe o nome de La Grande Valée (A casa do Pequeno Príncipe), onde preservam a memória da Aéropostale e do piloto.

De 21 de janeiro a 29 de maio, apreciadores do principezinho e do autor desse clássico da literatura universal terão a oportunidade de vivenciar a exposição “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí”, uma iniciativa do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde em parceria com o Instituto Municipal de Cultura e Esportes - IMCE e a La Grande Valée. A mostra traz curiosidades e informações sobre como o Pequeno Príncipe e a Aéropostale estão conectados: conta quem foi Saint Exupéry, onde ele trabalhava e como se deu o início da escrita e concepção de sua famosa obra literária. Quem visitar a exposição também poderá conhecer – ou reencontrar – alguns personagens que fazem parte da jornada do principezinho, como a Raposa e o Carneiro. Há, ainda, uma seção em que os visitantes poderão deixar suas mensagens para o mundo, registrando-as em estrelas que permanecerão penduradas em galhos. E mais: na “mesa do escritor” uma história já iniciada estará aberta para cada pessoa que quiser escrever um pequeno trecho e, juntos, construirmos uma grande história a diversas mãos.

No canal do youtube do Fórum Itaboraí (https://www.youtube.com/playlist?list=PL8ANDU7I_qdKquWX2resu2_ko81-sK9AD) interessados podem acessar podcasts com conteúdos relacionados. A mostra “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí” tem entrada franca e está aberta de terça a sexta, de 8:30h às 16:30h, e aos sábados, de 9:00h às 16:00h.Escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (24)2246-1430. A classificação é livre.

O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí recebe doações a partir do IR de pessoa física

Plataforma online traz o passo-a-passo de como doar

Pessoas físicas que admiram a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí dispõem de mais uma forma de contribuir com o trabalho de cidadania e transformação através da música, que há seis anos vem oferecendo formação orquestral, humanista e profissionalizante a  mais de 100 adolescentes e jovens da rede pública de ensino de Petrópolis.

 

Por meio da campanha IR que Transforma (www.irquetransforma.org.br), é possível doar até 6% do imposto de renda devido a pagar ou a restituir, com dedução fiscal de 100% do valor investido, para o projeto sociocultural. A campanha foi lançada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (VPGDI/Fiocruz), por meio de seu Escritório de Captação de Recursos, com o objetivo de dar ao cidadão o poder da decisão e a oportunidade de direcionar parte de seu imposto de renda devido a projetos socioculturais aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura e idealizados pela Fiocruz, contribuindo efetivamente com ações em benefício da cultura do nosso país. O IR que Transforma dispõe de uma plataforma própria, com simulador (www.irquetransforma.org.br/#simulador)e o passo-a-passo para fazer a doação.

 

Caso esta aconteça até o último dia útil de 2019, o valor doado já poderá ser lançado na declaração do imposto de renda de 2020, no campo próprio de “doações efetuadas”, possibilitando o benefício da isenção.

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí apresenta concertos gratuitos de fim de ano no Cine Teatro do Museu Imperial

No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros

Para encerrar a agenda de apresentação de 2019, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. As apresentações são gratuitas mas as vagas são limitadas. Solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

Confira a programação dos 2 dias de apresentação:

Fórum Itaboraí sedia evento sobre práticas e soluções para consolidação e fortalecimento do SUS

Encontro reuniu gestores públicos e profissionais de saúde de seis municípios do estado do Rio

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, sediou ontem (11) a 15ª Roda de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente IdeiaSUS. O encontro faz parte da cooperação técnica coordenada pela Presidência da Fiocruz, com a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), no âmbito da Rede de Apoio à Gestão Estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS). As rodas de práticas têm o objetivo de promover espaços de reflexão sobre SUS nos municípios. Em Petrópolis, o encontro reuniu, além dos agentes promotores, secretários municipais e profissionais de saúde de seis municípios do interior do estado do Rio de Janeiro, sendo quatro da Região Serrana (Petrópolis, Nova Friburgo, Macuco e Carmo) e dois do Centro Sul (Vassouras e Paraíba do Sul).

 

Para Valcler Rangel Fernandes, Chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz e Coordenador do IdeiaSUS, a iniciativa é um bom exemplo dos esforços da Fiocruz em atuar para além do papel que deve exercer uma instituição federal ligada ao Ministério da Saúde, fortalecendo o relacionamento direto com estados e municípios. “Nossa concepção é olhar para o SUS como um grande ambiente de inovação e olhar para a expansão da Atenção Básica, que acontece nos territórios, e que possibilitou o crescimento dessa grande plataforma de práticas em saúde”, complementa o coordenador.

 

O IdeiaSUS parte do princípio que a troca de experiências - exitosas ou não - são essenciais ao processo de consolidação e fortalecimento do SUS. “As rodas de prática servem para vermos que o SUS está vivo, que as iniciativas estão acontecendo e acontecendo com qualidade”, reforça Maria da Conceição de Souza Rocha, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro (Cosems RJ) e Secretária Municipal de Saúde de Piraí. “Precisamos conhecer e debater sobre as necessidades de saúde e as necessidades sociais, porque são elas que acabam orientando como vamos organizar as políticas públicas no território”, complementa Maria da Conceição.

 

Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí, celebra a oportunidade das diferentes esferas governamentais se encontrarem para refletir sobre práticas em saúde. “A sinergia entre as instituições federais, como é o caso da Fiocruz, e o executor local é determinante para que, de um lado, a população perceba a ação do poder público como um todo, de forma integrada, e, de outro, para que a comunidade seja vista em sua totalidade e não como algo fragmentado. E as novas tecnologias sociais em saúde devem focar nos territórios onde as famílias de maior exclusão social habitam”, avalia Rosenberg.

 

Conheça, a seguir, as práticas apresentadas na 15ª. Roda. Todas a práticas do IdeiaSUS são disponibilizadas na Plataforma Colaborativa do IdeiaSUS (www.ideiasus.fiocruz.br).

 

PRÁTICAS DA REGIÃO SERRANA:

1- Secretaria Municipal de Saúde do município de Macuco: Implementação do Protocolo do "Ponto G da Gestação"/ Dia da semana escolhido para a realização do pré-natal através do cuidado em rede/ampliação do acesso.

2- Secretaria Municipal de Saúde do município de Carmo: A Saúde Mental como campo de atuação da terapia comunitária integrativa: o fortalecimento do acolhimento aos sofrimentos no CAPS.

3- Secretaria Municipal de Saúde do município de Petrópolis: Participação popular na Estratégia Saúde da Família em Petrópolis: experiência de organização de Conselhos Locais nas sete regiões da Rede Básica de Saúde.

4- Secretaria Municipal de Saúde do município de Nova Friburgo: O Acesso da Mulher ao pré-natal: organização da Atenção Básica como porta de entrada e coordenadora do cuidado.

 

PRÁTICAS DA REGIÃO CENTRO SUL:

5- Secretaria Municipal de Saúde do município de Vassouras: Atenção Domiciliar: a integralidade do cuidado promovendo saúde e prevenindo agravos.

6- Secretaria Municipal de Saúde do município de Paraíba do Sul: Vigilância Itinerante.

 

Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) oferecem Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde

Das 24 vagas oferecidas, 16 serão destinadass para funcionários do Município de Petrópolis

Estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde oferecido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ESNP) e Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis. O curso tem como objetivo desenvolver uma visão crítica e estratégica sobre as políticas, planos e programas que tem determinado historicamente a expansão das cidades brasileiras, fortalecendo e ampliando a pauta da Saúde Coletiva na agenda e nas práticas de gestão e planejamento urbanos do país.
 
A quem se destina?
Profissionais graduados de todas as áreas atuando nos municípios da Região Serrana e, preferencialmente no Município de Petrópolis, e que busquem qualificação e formação para o desenvolvimento de práticas de formulação e execução de políticas, programas e projetos de intervenções urbanas e territoriais, na sua relação com a saúde coletiva.
 
Oferta de Vagas
Serão ao todo 24 (vinte e quatro) vagas, sendo 20 (vinte) vagas para candidatos de ampla concorrência, 03 (três) vagas para ações afirmativas e 01 (uma) vaga para candidatos estrangeiros;
Das 24 vagas, serão destinadas 16 (dezesseis) vagas para os para funcionários do Município de Petrópolis.
 
Carga Horária
400h (360h presenciais às sextas-feiras das 09h as 18h e eventualmente em trabalhos de campo aos sábados)
 
Período de inscrição
26/11/2019 a 03/01/2020
 
Como se inscrever?

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT apresenta concertos gratuitos de fim de ano em Petrópolis e no Rio de Janeiro

Na agenda, estão apresentações na programação do Natal Imperial e no Circuito Música no Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT realizará quatro novas apresentações gratuitas e abertas ao público, em Petrópolis e no Rio de Janeiro, fechando a agenda do grupo em 2019. No dia 29/11, sexta-feira, às 15h, a Orquestra se apresenta na Sala Villa-Lobos, do Instituto Villa-Lobos da UniRio. No dia seguinte, 30/11, sábado, os jovens instrumentistas sobem ao palco na Praça da Liberdade, às 18h, integrando a programação oficial do “Natal Imperial”, promovido pela Prefeitura de Petrópolis.

Já no dia 04/12, quarta-feira, às 12h30, a OCPIT se apresenta em formação de camerata no Circuito Música no Museu, no CCBB, no Rio de Janeiro. Formada em 2018, com músicos mais experientes da Orquestra, a Camerata do Palácio Itaboraí conta atualmente com 13 jovens, tendo no repertório músicas eruditas de compositores brasileiros e estrangeiros, novos e consagrados, geralmente dispostas em ordem cronológica. E, para encerrar a agenda, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros. As vagas para as apresentações do Museu Imperial são limitadas e solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

 

Páginas