Fórum Itaboraí recebe autoridade angolana de saúde pública

 
O interesse central é a experiência da Fiocruz no município com plantas medicinais
 
O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, recebeu ontem (12) a visita do Dr. Zynga David, vice-diretor do Instituto Nacional de Investigação em Saúde - INIS, instituição equivalente à Fiocruz em Angola, ligada ao Ministério da Saúde daquele país africano. A visita teve um particular interesse no trabalho desenvolvido pelo Fórum com plantas medicinais, no âmbito do seu Programa de Biodiversidade e Saúde, dado o notório uso das plantas na medicina tradicional de povos africanos.  
“Em Angola, como em outros países de nosso continente, temos uma tradição muito forte no uso de plantas para cuidados com a saúde. Neste momento, o nosso país vive a fase de aprovação da Política Nacional de Medicina Tradicional e nós temos, no INIS, um departamento que trabalha notadamente com plantas medicinais. Diante deste cenário e considerando que uma de nossas especialidades é controle de qualidade, vemos a necessidade de termos um laboratório de referência que faça o controle de qualidade também das plantas para o uso da população” explica Dr. Zynga. O pesquisador e gestor público  visitou, ainda, o quilombo da Tapera, onde está localizado o horto do Arranjo Produtivo Local –APL de Plantas Medicinais, iniciativa liderada pelo Fórum Itaboraí, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis, agricultores do município e pesquisadores da Fiocruz, que fazem a certificação científica.
A vista do Dr. Zynga foi fomentada, também, na esfera de cooperação internacional da Rede de Institutos Nacionais de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, da qual a Fiocruz e o INIS são membros e cujo Secretário Executivo é Felix Rosenberg, também diretor do Fórum Itaboraí. “O interesse de uma autoridade angola em saúde pública com o nosso trabalho de plantas medicinais mostra o quão relevante é esta experiência integrada e sustentável de desenvolvimento local para a saúde, que culmina na dispensação de medicina natural e segura para a população, via postos de saúde do SUS. Iniciativa que começou em 2012 e vem colocando Petrópolis como referência nacional em plantas medicinais”, avalia Rosenberg, lembrando que esta experiência é um ciclo completo, que envolve desde a identificação, catalogação, análise fitoquímica e genética das plantas, passando pelo acompanhamento técnico do cultivo e produção, coleta, beneficiamento e distribuição, via Sistema Único de Saúde -SUS.
Durante a visita, o vice diretor do INIS também conheceu outros trabalhos desenvolvidos pelo Fórum. “Fiquei igualmente interessado no estudo de determinantes sociais de saúde nas comunidades. Esta visita à Fiocruz tem o propósito de conhecermos com mais detalhes o trabalho da instituição e, quem sabe, desenharmos um acordo de cooperação técnica entre INIS e Fiocruz. Temos muito a contribuir também com investigação na área de saúde pública com Brasil”, conta Dr. Zynga que, além do Fórum Itaboraí, esteve em visita também na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde dois técnicos angolanos do INIS permanecerão por dois meses se aperfeiçoando a partir da experiência da Fiocruz em comunicação, informação e biblioteconomia.
 
Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí e Dr. Zynga David, vice-diretor do Instituto Nacional de Investigação em Saúde - INIS da Angola.

Canal Saúde exibirá documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

A Orquestra de câmara do Palácio Itaboraí é um projeto socio-cultural direcionado a jovens estudantes da rede pública de ensino que oferece um curso intensivo com aulas teóricas e práticas de música. O documentário apresenta o projeto à sociedade através de depoimentos de alunos, pais, professores e da equipe responsável pela orquestra de câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT).
 
O documentário Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí: promovendo arte, cultura e saúde será exibido pelo Canal Saúde (Tv Digital 2.4, Rio de Janeiro e Brasília e Tv Digital 62.4 em São Paulo) nos dias 24 e 26 de setembro, às 23h.
 
O filme também está disponível em nosso YouTube.
 
Você também pode ver a programação de setembro do Canal Saúde clicando aqui.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí visita Escola de Música da UNIRIO

Os jovens instrumentistas da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT visitaram o Instituto Villa-Lobos, a escola de música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio, dedicada ao ensino, pesquisa e extensão na área de música, nos níveis de graduação e pós-graduação. Durante a visita, os jovens assistiram a aulas de composição, harmonia de teclado, percussão e eletroacústica, esta última no estúdio de gravação da escola de música, além de um ensaio da Banda Sinfônica da Unirio.

Segundo Celso Franzen Jr., maestro e coordenador da OCPIT, esta atividade busca promover uma relação de aproximação com as universidades e faz parte da prática pedagógica da formação dos jovens. “As visitas às universidades que têm cursos de música de excelência, próximas a Petrópolis, certamente ampliam os horizontes destes jovens e os ajudam a tangibilizar sonhos. Porque, além de conhecerem um novo ambiente de formação e prática profissional, eles têm contato com professores e com diversos outros jovens que, como eles, também estudam música, mas em uma etapa que pode ser a deles em um futuro próximo”, conta Celso, lembrando que cinco jovens instrumentistas da OCPIT estão se preparando para o Teste de Habilidade Específica, o THE, requisito, além do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, para o ingresso no ensino superior de música. “Além disso, nossos esforços em construir uma aproximação entre a Orquestra e as faculdades de música tem o propósito de fortalecermos a prática pedagógica e intercambiar possibilidades de aprendizado, com master classes, contatos com festivais de músicas, realização de encontros de orquestras, acesso a conteúdos atualizados para o THE e, futuramente, para monitorias de alunos dessas universidades junto à nossa orquestra”, complementa o maestro, acrescentando que a parceria com a UniRio já está em construção.

Gabriele da Silva Gomes tem 17 anos, estuda no Liceu Municipal Cordolino Ambrósio e há três anos e sete meses faz parte da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, como violinista. Ela é uma das cinco jovens que deseja ingressar em um curso superior em música este ano. “Desde pequena, eu queria fazer algo com música, quando eu crescesse. Mas, na minha adolescência, essa ideia se dissolveu, pois não achava que música era uma faculdade que poderia possibilitar uma carreira, uma chance para quem vem de família de pouca renda, como eu. Aos 14 anos tive a oportunidade de ingressar na Orquestra e hoje tenho certeza do que eu quero e de que a música pode sim ser minha profissão”, conta Gabi, cujo sonho é ser violinista e professora de violino. Quando perguntada sobre a visita à UniRio ela responde efusivamente: “Visitar a escola de música da UniRio foi sensacional, é só isso que posso dizer! Conheci coisas que eu não conhecia no campo da música e foi muito agregador para mim, que quero levar a música como profissão. Abriu mais ainda minhas perspectivas. Antes eu só pensava em submeter para a UFJF [Universidade Federal de Juiz de Fora] e achei o campus apaixonante. Vou fazer o THE para UFJF, Unirio e UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro]”, conclui a jovem.

Quarta turma do EdpopSUS capacita para promoção da saúde em Petrópolis

 

Curso de educação popular reúne servidores municipais da saúde, da assistência social e lideranças comunitárias

Começou em agosto e vai até dezembro de 2019 a quarta turma do curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde, o EdpopSUS, em Petrópolis, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde - SMS em parceria com a Fiocruz, através da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis.

Ofertado via edital público a alguns municípios brasileiros, a partir de iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a EPSJV/Fiocruz, este curso nasceu em 2013 com o objetivo de promover a qualificação da prática educativa de profissionais e lideranças comunitárias que atuam em territórios com cobertura da Atenção Básica do SUS, contribuindo para a implantação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), instituída no mesmo ano. A partir então, pelo sucesso que alcançou, o EdpopSUS continua sendo implementado por muitos municípios brasileiros, que têm adaptado o seu formato às realidades locais.

Em Petrópolis, desde 2013, já foram capacitados mais de 150 profissionais em Educação Popular em Saúde. Segundo Norma de S. Thiago Pontes, Apoiadora Institucional do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Petrópolis, Educadora do Programa EdpopSUS e Articuladora Local do Programa, a dimensão educativa do processo de trabalho dos agentes comunitários é fundamental, porque propõe metodologias e tecnologias voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, a partir do diálogo entre a diversidade de saberes. “A educação popular instrumentaliza estes profissionais, que estão tão próximos dessas famílias, inseridos naquele território, a terem um olhar que incorpora a visão da população, os seus saberes, suas perspectivas, sua cultura e seus valores, na identificação dos problemas do território e na promoção da saúde”, explica Norma.

Em 2017, o curso passou a ser oferecido pela SMS em parceria com o Fórum Itaboraí- Fiocruz/Petrópolis, passando, em 2018, a fazer parte de um acordo guarda-chuva de cooperação técnica entre ambas as instituições para o desenvolvimento da gestão participativa intersetorial na promoção da saúde no município. Desde então, o curso vem ganhando aprofundamento metodológico-pedagógico, além de apoio em logística e infraestrutura.

“A intensa parceria entre a Prefeitura Municipal de Petrópolis e o Fórum Itaboraí/Fiocruz em prol da promoção da saúde no município, realizando ações de fomento ao uso plantas medicinais, de organização das comunidades com vistas à constituição de fóruns comunitários e conselhos locais de saúde com caráter intersetorial, de educação popular para agentes comunitários de saúde, de assistência social e para lideranças comunitárias, constitui um exemplo prático e concreto de desenvolvimento social no âmbito dos territórios locais, em  perfeito alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Social (ODS) e da Agenda 2030”, avalia Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí.

O curso acontece semanalmente nas instalações do Palácio Itaboraí, sede do Fórum, no bairro Valparaíso. São 17 encontros, perfazendo 160 horas de conteúdos teóricos e práticos para 36 educandos em uma turma multiprofissional, com 70% de servidores da Secretaria Municipal de Saúde e, pela primeira vez, sendo aberto também à participação de servidores municipais da Assistência Social e de representantes das comunidades que estão vivenciando o processo de implantação dos Conselhos Locais de Saúde. No decorrer do curso, os educandos construirão projetos de intervenção em territórios pré-definidos, como desdobramento da educação popular na prática cotidiana de trabalho, e apresentarão a experiência ao final do curso.

Evelin Vaz é assistente social, trabalha no Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social e é uma das educandas nesta turma do EdpopSUS. Na percepção dela, um dos pontos fortes do curso é trazer a dimensão da educação popular para diferentes segmentos profissionais que atuam com a mesma população, integrando, ampliando e fortalecendo o trabalho da rede de atenção básica no território. “É também uma possibilidade de trocas de conhecimento entre estes profissionais, dando a oportunidade para que as agentes comunitárias de saúde conheçam melhor a política de assistência social, e vice-versa. Esta intersetorialidade é fundamental”, acrescenta Evelin. “Este curso também nos ajuda, enquanto profissionais da assistência, a resgatar o nosso foco para a territorialidade das pessoas que atendemos, porque às vezes, no cotidiano, acabamos atropelando essa dimensão que é essencial ao nosso trabalho, ou seja, entender e respeitar a cultura local, o vínculo que estas pessoas têm com o lugar que vivem, as relações afetivas estabelecidas e como este olhar pode apoiar a assistência que ofertamos”, conclui.

Ainda, dentre as inovações desta turma, estão três educadores que são agentes comunitários de saúde e já participaram como educandos do EdupopSUS, como é o caso de Ingrid Rocha, que atua na comunidade 1º. de Maio, em Madame Machado, Itaipava. Ingrid cursou o EdpopSUS em duas turmas, em 2014 e em 2017, e nesta, atuará como educadora. “Entendo meu papel como facilitadora no entendimento e no aprendizado dos agentes de saúde que estão tendo contato com a educação popular agora, porque já estive no lugar deles e consigo compreender as questões trazidas pelos colegas. Mas, na verdade, mais do que ensinar, eu encaro esta oportunidade como uma nova chance de aprender ainda mais”, comemora a agente comunitária. Ingrid também destaca que se sentiu valorizada e reconhecida profissionalmente com o convite, questão que, na percepção dela, chega em momento oportuno, dada à alegada desvalorização do papel dos agentes de saúde. “Nosso trabalho tem sido burocratizado e a essência do que fazemos, que é estar perto, atuar no cuidado das pessoas, tem se perdido. Este curso valoriza quem somos e o que fazemos e fortalece o elo entre o Sistema Único de Saúde e a população”, aponta.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a meta é que até 2020 outras três turmas do EdpopSUS sejam implementadas em Petrópolis em parceria com o Fórum Itaboraí-Fiocruz/Petrópolis e que até 2021 todos os agentes comunitários de saúde da rede tenham recebido capacitação em educação popular em saúde.

 

 

Bairro de Vila Rica, em Pedro do Rio, realiza mostra de talentos

Iniciativa é apoiada por Acordo de Cooperação entre Secretaria Municipal de Saúde e Fórum Itaboraí - Fiocruz Petrópolis

 

No próximo sábado, dia 31 de agosto, de 13h às 17h, o Posto de Saúde da Família e a comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio, promovem a 1ª. Feira de Talentos de Vila Rica, no pátio da igreja Santa Edwiges. O evento tem o objetivo de mostrar o que o bairro tem de melhor, feito pelas pessoas que ali vivem e convivem, além de promover maior integração entre os moradores. Serão cerca de 30 expositores, que apresentarão seus talentos em artesanato, culinária, hip-hop, passinho, ioga, zumba, capoeira, entre outros. A entrada é franca.
 
A mostra é fruto de um engajamento comunitário que vem acontecendo no bairro desde 2017, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS e do Fórum Itaboraí. O trabalho em parceria destas duas instituições está expresso em um acordo de cooperação que prevê ações continuadas e consecutivas para a promoção da saúde pública em territórios de atuação da Estratégia de Saúde da Família – ESF, em Petrópolis. A iniciativa teve início com diagnósticos rápidos participativos (DRP) de comunidades, envolvendo moradores e agentes comunitários de saúde.
 
Segundo Marina Rodrigues, pesquisadora social do Fórum Itaboraí, mais do que oferecer um retrato dos territórios estudados, esta metodologia contribuiu com a ressignificação do olhar e maior envolvimento dos profissionais de saúde com as condições de vida das populações que vivem naqueles lugares. “Este trabalho se desdobrou no fortalecimento e apoio orientado às equipes de saúde da família de oito territórios petropolitanos, sendo um deles Vila Rica, e estes profissionais vêm trabalhando na promoção da saúde integral, não apenas o olhar sobre a doença”, explica Marina. “E como parte fundamental deste trabalho está o estímulo à participação social, o engajamento comunitário para a constituição de Conselhos Locais de Saúde, que são espaços onde possam ser discutidas questões que vão além da dimensão da saúde propriamente, mas também outros problemas comunitários que afetam a qualidade de vida daquela população, como, por exemplo, questões de transporte, lazer, assistência social, cultura, segurança, entre outros. Porque isso é saúde”, acrescenta a pesquisadora, informando que a constituição de Conselhos Locais está prevista na Lei Municipal Nº 7.705, de 12/09/2018.
 
Atualmente, existe uma comissão no bairro formada por seis moradores e por toda equipe da Estratégia de Saúde da Família, que acreditam na participação social e têm trabalhado pelo fortalecimento dos laços comunitários em Vila Rica e na mobilização dos moradores para a constituição do Conselho Local de Saúde. Esta comissão se reúne mensalmente e foi deste grupo que surgiu a ideia da mostra de talentos. “Estávamos pensando em uma maneira de envolver mais gente, de divulgar melhor sobre a importância da comunidade participar, porque divisão já temos o bastante por aqui. Queremos ideias e propostas que possam nos unir, que foquem nas coisas boas que temos, mostrem o potencial positivo do bairro. E acreditamos que os nossos próprios talentos serão um chamariz para que possamos nos conhecer melhor”, conta animada a moradora Gisele Faria, que integra esta comissão e mora em Vila Rica há mais de 35 anos. “Será também uma oportunidade de dar uma força e visibilidade para o trabalho, os produtos de muitas pessoas que fazem coisas incríveis. Somos mais de quatro mil moradores e, eu mesma, que moro aqui desde que nasci, não conhecia vários talentos. O bairro tem um potencial enorme. E juntando estas pessoas poderemos falar sobre a importância do Conselho Local de Saúde, sobre como precisamos nos unir, participar e ajudar o bairro a se desenvolver”, complementa Gisele.
 
O garimpo dos talentos foi feito pelas agentes comunitárias de saúde, que, de casa em casa, foram identificando as aptidões e habilidades e inscrevendo os interessados. Ana Paula Lorete atua na microárea 4, umas das sete que compõe a Estratégia de Saúde da Família no bairro, e relata que foi um trabalho interessante e surpreendente mapear o que as pessoas têm de bom. “Encontramos pessoas que trabalham com reutilização de pneus para produção de móveis, pinturas de quadros, artesanato com tricô, crochê e costura, enfeites de cabelo, materiais para festas de aniversário, além de grupos de música e dança e também muitas opções de culinária. Alguns realizam estas atividades no tempo livre e, para outros, essas práticas são fonte principal de renda. Nos surpreendemos. A comunidade é muito diversa e talentosa”, conclui a agente de saúde.

Fórum Itaboraí tem projetos premiados na 1ª Conferência de Promoção da Saúde da Fiocruz

Evento foi uma iniciativa das Vice-Presidência de Promoção e Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) e Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e faz parte do Programa Translacional de Promoção da Saúde (FioPromoS)

A Conferência

Realizada no Campus de Manguinhos durante os dias 8 e 10 de abril e 2 e 3 de julho, a conferência teve como objetivos incentivar a reflexão sobre os desafios teóricos e práticos da Promoção da Saúde, na perspectiva do fortalecimento do SUS, e de fortalecer as ações desenvolvidas institucionalmente neste campo de atuação. Contou com a participação de pesquisadores de universidades nacionais e internacionais, rodas de conversa e mesas redondas sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, além de apresentações de projetos de diversas unidades da Fiocruz e expressões artísticas relacionadas aos temas abordados.

As iniciativas apresentadas serão utilizadas na elaboração de um portfólio e de um projeto estratégico com ênfase nas Tecnologias Sociais em Saúde, com o objetivo de desenvolver ações integradas da Academia com os Territórios.

 

A participação do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde

O Fórum Itaboraí teve participação destacada na conferência, com apresentações de projetos com foco na participação social e promoção da saúde.

Na modalidade oral, foram apresentados dois trabalhos: a) A estratégia da saúde da família no município de Petrópolis como indutora da participação popular na promoção da saúde*, cujo objetivo é incentivar a criação de redes entre as instituições públicas e lideranças comunitárias para discussão participativa de políticas de promoção de saúde; b) Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí”*, projeto voltado para estudantes secundaristas da rede pública como meio de inserção social e fortalecimento da cidadania.

Na modalidade “pôster” foram apresentados 3 trabalhos, sendo 2 deles premiados entre 190 da mesma modalidade: o pôster O uso da cartografia participativa para a identificação de áreas de vulnerabilidade socioambiental e promoção da saúde no município de Petrópolis”*, estudo que demonstra como o conhecimento do território desempenha um papel fundamental na atuação dos agentes de saúde, recebeu o prêmio “Menção Honrosa em Promoção da Saúde e Vulnerabilidade Socioambiental”.

O outro pôster premiado com uma “Menção Honrosa em Comunidades Saudáveis e Agenda 2030” foi O Teatro do Oprimido e a Agenda 2030”*, que consiste em dinâmica teatral baseada na metodologia criada por Augusto Boal e é utilizada no projeto do Fórum Itaboraí para sensibilizar coletividades e incentivar a mobilização social sobre os principais problemas de cada comunidade.

O terceiro pôster apresentado, Plantas Medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais como indutoras da promoção da saúde”*, trata de um projeto que promove o uso de plantas medicinais e alimentícias não convencionais no município de Petrópolis , mediante estratégias integradas de produção ,pesquisa ,ensino, extensão e cooperação técnica com produtores e o poder público.

O Fórum Itaboraí contribuiu também com a apresentação de um concerto da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, com uma exposição viva de plantas do acervo da Trilha do Arboreto e com a apresentação da peça “Toma que o filho é teu”, encenado pelo grupo de Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí, que abordou a questão dos resíduos sólidos, um problema prioritário para as comunidades participantes do projeto.

* Link para download e visualização do material.

 

Prorrogada a exposição "Dinossauros e Geoparques do Brasil"

Mostra interativa e gratuita estará em cartaz até 31 de agosto

 

Devido ao grande sucesso, a exposição interativa Dinossauros e Geoparques do Brasil, em exibição no Fórum Itaboraí, foi prorrogada e estará em cartaz até 31 de agosto, com entrada franca. Voltada ao público de todas as idades, a mostra traz informações científicas e curiosidades sobre os dinossauros e provoca a reflexão sobre a geoconservação e o uso sustentável de áreas geográficas com relevante patrimônio geológico, os geoparques. Fruto de parceria do Fórum Itaboraí, do Museu de Ciências da Terra e do Serviço Geológico do Brasil – CPRM a exposição já recebeu 7.400 visitantes, desde início de maio, quando foi aberta.

 

Os visitantes poderão interagir com uma “caixa de escavação”, descobrindo achados importantes para a Ciência, poderão também medir o tamanho dos próprios pés em comparação a uma “pata de dinossauro”, conhecer por onde andavam estes animais pré históricos em nosso Brasil e, seguindo as pegadas (originais e réplicas) de terópodes e ornitópodes, adentrar o Vale dos Dinossauros, um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, situado no estado da Paraíba. O público poderá, ainda, ver de perto uma réplica de esqueleto de um dinossauro e se encantar com essas criaturas que habitaram nosso planeta antes de nós.

 

Grupos interessados podem fazer o agendamento prévio pelo telefone (24) 2246-1430, com Juliana Possas. O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre.

 

 

Do mato ao prato - Guia de Plantas Alimentícias Não Convencionais

Publicação do Fórum Itaboraí inclui receitas culinárias e informações nutricionais sobre plantas alimentícias não convencionais

Já está disponível para consulta e download gratuito (clique aqui para acessar) a nova publicação do Fórum Itaboraí. O “Guia de Plantas Alimentícias não Convencionais - PANC” reúne informações científicas, técnicas e nutricionais de 21 espécies de PANC, plantas comestíveis encontradas em Petrópolis e na Região Serrana do Rio de Janeiro. A matéria também traz curiosidades, termos culinários, dicas de como higienizar os vegetais, receitas e fotos, tanto das plantas em seus hábitats naturais, como delas no prato.

Segundo o Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, esta publicação tem o propósito de disseminar conhecimentos relacionados ao plantio e ao consumo dessas plantas, que hoje estão sendo redescobertas e exploradas em novas opções de cardápios e valorizadas no seu uso e valores nutricionais. “No Brasil, em seus diferentes biomas, temos uma biodiversidade magnífica, que pode ser melhor explorada contribuindo para a complementação alimentar, para a diversificação dos cardápios e redução dos custos dos alimentos, na busca de uma alimentação cada vez mais saudável e mais acessível. Com o tempo, a produção familiar do seu próprio alimento sucumbiu à produção de mercado e fomos nos esquecendo destas plantas que dão espontaneamente e das quais podemos nos nutrir”, explica Rosenberg. “Sem contar que o patrimônio culinário expresso nos pratos, nas receitas tradicionais, faz parte da memória afetiva, do registro, da transmissão oral de nossa herança cultural. Então, acreditamos que nos ambientes urbanos é possível cultivar pequenas hortas e canteiros com PANC e conciliar os hábitos contemporâneos às nossas origens, resgatando nossa história alimentar, contribuindo com conservação da sociobiodiversidade e obtendo alimentos diversificados, saudáveis, de menor custo e surpreendendo com novas cores e sabores”, conclui o Diretor.

 

Sobre as PANC

O termo PANC, atribuído a Plantas Alimentícias Não Convencionais, foi cunhado e começou a ser usado e divulgado em 2008 pelo Biólogo e Professor do Instituto Federal do Amazonas, Valdely Ferreira Kinupp. Refere-se a todas as plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou cultivadas, nativas ou exóticas que não estão incluídas em nosso cardápio cotidiano. Por esta razão, uma mesma planta pode ser considerada convencional em uma região, porém não convencional em outra. E caso seu uso seja resgatado ou propagado, tal planta pode vir a ser convencional, passando a ser reconhecida, produzida, comercializada, fazendo parte do dia a dia alimentar de dada população. Kinupp destaca que entre 10 a 20% da flora mundial tem potencial alimentício. Dentre as PANC que podem ser encontradas em Petrópolis e na Região Serrana do Rio de Janeiro estão, por exemplo, o peixinho e a ora-pro-nobis, além de partes comestíveis e não frequentemente consumidas de plantas convencionais, como as folhas e talos da cenoura, beterraba, couve-flor, abóbora, batata-doce, entre outras.

Adilson Oliveira é nutricionista e faz parte da equipe do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí. Entusiasta e envolvido com os trabalhos que resultaram nesta publicação, ele esclarece que uma mesma planta pode ser considerada convencional em uma região e não convencional em outra, e que, com o tempo, conforme seu uso seja resgatado ou propagado, ela passará a ser convencional, sendo reconhecida, produzida, comercializada e fazendo parte do dia a dia alimentar dessa população. Também são PANC as partes comestíveis e não frequentemente consumidas de plantas convencionais, como as folhas e talos de: cenoura, beterraba, couve-flor, abóbora, batata-doce, entre outras. Ele acrescenta que estas plantas não têm sido produzidas por falta de conhecimento dos agricultores ou porque elas foram “esquecidas” pelo mercado. “O cultivo destas plantas também apresenta vantagens em relação aos cultivos tradicionais, pois as PANC são mais resistentes a pragas e se integram melhor com a fauna e a flora nativa. Muitas delas também possuem potencial para complementação da renda familiar. Em síntese, as PANC são a própria essência do conceito de agroecologia”, explica Adilson. “Seja na forma do alimento propriamente dito, ou como substâncias condimentares ou aromáticas, substitutas de sal, edulcorantes, amaciantes de carnes e corantes, as PANC podem ser inseridas na alimentação cotidiana, com ganhos nutricionais e baixo custo”, complementa o nutricionista.

 

Palácio Itaboraí promove evento sobre a alimentação livre de agrotóxico

 

Programação integra a Semana dos Orgânicos, que acontece em todo o país

 

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, integrará a Semana Nacional do Alimento Orgânico, com atividades gratuitas e abertas ao público no dia 31 de maio, de 8h às 16h, no Palácio Itaboraí, sede do Fórum. Na programação estão uma feira de exposição e venda de produtos orgânicos e agroecológicos e a exibição de filme, seguida de debate, sobre a promoção da alimentação livre de agrotóxico.

 

Semana dos Orgânicos

Realizada anualmente na última semana de maio, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a campanha nacional do “Produto Orgânico – melhor para a vida” está em sua 15ª. edição e, em 2019, traz como tema “Qualidade e saúde: do plantio ao prato”. De acordo com informações do próprio Ministério, um dos principais objetivos da campanha é informar o consumidor como reconhecer o produto orgânico nos locais de comercialização e estimular que ele participe como agente no controle da qualidade orgânica, melhorando a relação de confiança com os produtores. A agenda também pretende trazer à luz princípios agroecológicos que viabilizam a produção de alimentos e outros produtos de uso do ser humano de forma mais harmônica com a natureza, valorizando a biodiversidade, contribuindo com a saúde de todas as partes envolvidas e promovendo a justiça social nos diversos segmentos da cadeia produtiva.

 

Na feira, produtores de Petrópolis, especificamente do Brejal, Caxambu e Secretário, estarão expondo e vendendo seus produtos orgânicos e agroecológicos a preços acessíveis, durante todo o dia. Nela, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também montará um ponto de informações aos visitantes e consumidores sobre alimentação livre de agrotóxico. Além da feira, o Fórum Itaboraí exibirá, no mesmo dia, em quatro sessões, o documentário “O veneno está na mesa 2”, que amplia o debate sobre o uso de agrotóxicos no Brasil e as alternativas saudáveis de produção de alimentos. Sob a direção do cineasta Silvio Tendler, o filme atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. Apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. Das quatro sessões, duas delas, às 9h e 14h, são exclusivas aos alunos das escolas Gunnar Vingren e Terra Santa, unidades públicas escolares vizinhas ao Fórum Itaboraí. Já as sessões das 10h e das 13h serão abertas ao público. Todas as sessões serão seguidas de debates sobre agrotóxicos. A classificação indicativa do filme é livre.

 

Novo espaço para a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT conta com um novo e exclusivo espaço para aulas e ensaios de seus jovens instrumentistas, em um anexo parcialmente recuperado no Palácio Itaboraí. São quatro salas que irão propiciar maior comodidade para professores e para os quase 30 estudantes que frequentam aulas de teoria musical e de prática orquestral, além de estudos individuais de instrumento, permanecendo, em média, três tardes por semana no Palácio Itaboraí.

Criada em fevereiro de 2013, a OCPIT é um projeto sociocultural voltado à formação orquestral, humanista e profissionalizante de alunos da rede pública de ensino de Petrópolis, idealizado e mantido pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis. Os jovens recebem formação gratuita no período de quatro anos, por meio de aulas teóricas e práticas de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, principalmente para escolas da rede pública de Petrópolis, com carga horária de 300 horas ao longo do ano. No decorrer dos seis anos de existência da Orquestra, quatro de seus egressos instrumentistas estão cursando o ensino superior de música, nos cursos de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e da Universidade Católica de Petrópolis – UCP.

As pessoas que tiverem interesse em conhecer de perto o trabalho da Orquestra, vivenciar um pouco da dinâmica dos estudantes e apreciar o repertório atual da OCPIT podem participar, como ouvintes, dos ensaios abertos, que acontecerão duas vezes ao mês, às primeiras e terceiras quintas-feiras. A participação requer agendamento prévio, pelo telefone (24) 2246-1430, com Nina Mayer.

Exposições no Fórum Itaboraí - 2019

PALÁCIO ITABORAÍ RECEBE A EXPOSIÇÃO DINOSSAUROS E GEOPARQUES DO BRASIL

Mostra interativa e gratuita traz informações científicas e promete descobertas para todas as idades

 

Dinossauros e Geoparques do Brasil é a nova exposição interativa em cartaz no Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, de 06 de maio a 02 de agosto de 2019, com entrada franca. Voltada ao público de todas as idades, a mostra traz informações científicas e curiosidades sobre os dinossauros e provoca a reflexão sobre a geoconservação e o uso sustentável de áreas geográficas com relevante patrimônio geológico, os geoparques.

Os visitantes poderão interagir com uma “caixa de escavação”, descobrindo achados importantes para a Ciência, poderão também medir o tamanho dos próprios pés em comparação a uma “pata de dinossauro”, conhecer por onde andavam estes animais pré históricos em nosso Brasil e, seguindo as pegadas (originais e réplicas) de terópodes e ornitópodes, adentrar o Vale dos Dinossauros, um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, situado no estado da Paraíba. O público poderá, ainda, ver de perto uma réplica de esqueleto de um dinossauro e se encantar com essas criaturas que habitaram nosso planeta antes de nós.

 

Geoparques

Um geoparque, segundo a UNESCO, é uma área geográfica onde sítios do patrimônio geológico são partes de um conceito integrado de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Um geoparque deve gerar atividade econômica, notadamente através do geoturismo, e envolve um número de geossítios ou sítios geológicos de importância científica, raridade ou beleza, incluindo formas de relevo e suas paisagens. Aspectos arqueológicos, ecológicos, históricos ou culturais podem representar importantes componentes de um geoparque.  O Brasil, com sua rica geodiversidade, contendo testemunhos de praticamente todas as eras geológicas, aliada à sua imensa extensão territorial, possui grande potencial para a proposição de geoparques. O Brasil tem somente um geoparque integrado à Rede Global de Geoparques, o Geoparque Araripe(2006), no Ceará, o primeiro das Américas e, até o momento, o segundo geoparque latino-americano. O Projeto Geoparques, criado pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, está em curso e prevê-se, em futuro próximo, a implantação de novos geoparques no Brasil, como o de Rio do Peixe (PB), Quarta Colônia (RS) e Bodoquena-Pantanal (MS).

 

A exposição Dinossauros e Geoparques do Brasil é uma parceria do Fórum Itaboraí , do Museu de Ciências da Terra e do Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Grupos podem fazer o agendamento prévio pelo telefone (24) 2246-1430, com Juliana Possas. O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre. Outras informações em: http://www.cprm.gov.br/publique/Noticias/Petropolis-%28RJ%29-recebe-pela-primeira-vez-exposicao-sobre-Geoparques-e-Dinossauros-5659.html

 

Associação de Pais e Amigos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí elegerá novos membros

Comunicamos que a Associação de Pais e Amigos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT realizará Assembleia Geral Extraordinária, no dia 11 de abril, às 17h30, no auditório do Palácio Itaboraí, com o objetivo de constituir, por eleição, nova Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal e Administrativo da Associação. Não há prerrequisito para participar. Para aquelas pessoas que tiverem interesse, o estatuto da Associação pode ser acessado aqui.

 

Candidatos aprovados na primeira fase do processo seletivo 2019 da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

Os aprovados na primeira fase deverão comparecer ao Palácio Itaboraí no dia e horário indicados ao lado de seus nomes na tabela para a realização da entrevista, segunda fase do processo seletivo. A entrevista é obrigatória e faz parte do processo seletivo.

Informamos também que os atuais alunos da OCPIT convidam os aprovados para participarem, na terça-feira, dia 19/03, de um momento de integração onde haverá demonstração de cada instrumento. Esta atividade não é obrigatória e irá acontecer de 15h30 às 16h30. 

 

Feira de Troca e doações de livros da Biblioteca Livre do Fórum Itaboraí

A Biblioteca Livre do Fórum Itaboraí promoverá uma feira de troca e doações de livros no dia 22 de março, próxima sexta-feira. O evento será gratuito e aberto a todos os públicos. A programação também inclui 2 sessões, às 10h e às 14h, da peça infantil "O Reino Adormecido" que será encenada pelo Grupo Teatral Povo do Cafundó. As vagas para a apresentação teatral são limitadas e devem ser solicitadas com antecedência pelo telefone (24) 2246-1430. O Palácio Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, 188, no Valparaíso em Petrópolis-RJ.

 

 

Fórum Itaboraí promove visita de campo ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro

 

Atividade reuniu agricultores e profissionais da saúde pública de Petrópolis

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, promoveu, no último dia 27 de fevereiro, uma capacitação técnica de campo no Arboreto do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, reunindo cerca de 50 pessoas, entre agricultores do Quilombo da Tapera, do Rocio, do Caxambu e do Vale do Jacó, além de médicos, agentes de saúde e farmacêuticas que atuam na rede pública de saúde de Petrópolis. Participaram, também, profissionais autônomos que trabalham com plantas medicinais e atuam como mediadores para o desenvolvimento local em algumas comunidades do município.

 

A iniciativa é parte do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí, que inclui, entre outras, o Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais (em parceria com a Secretaria de Saúde de Petrópolis) e ações de fortalecimento da agricultura familiar.

 

“Muitas pessoas conhecem, já visitaram ou ouviram falar sobre jardins botânicos, mas comumente pensam que se trata apenas de um parque. Nosso objetivo com esta capacitação técnica de campo foi, de um lado, propiciar um aprendizado a partir da observação e revelar o quão rico e relevante é o trabalho de pesquisa que envolve a diversidade vegetal; de outro, promover a interação social e técnica entre os participantes, criando conexões e intercâmbio entre agricultores, profissionais de saúde e outros atores, com vistas a fomentar oportunidades de parceria, trocas de conhecimento, trabalho e geração de renda”, explica Sergio Monteiro, coordenador do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí.

 

A visita técnica teve início no setor de plantas medicinais, com a palestra da bióloga e pesquisadora Yara de Britto, do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, trazendo informações e reflexões sobre os papéis simbólico, social e científico de um jardim botânico, além de abordar temas como plantas medicinais, saberes tradicionais e pesquisa científica. A palestra foi seguida de uma visita à coleção temática do setor, que atualmente conta com 150 espécies, entre plantas medicinais, ervas e arbustos, organizadas por temas e distribuídas em um espaço de dois mil m2. No acervo, há espécies de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS) e outras com uso tradicional corroborado por pesquisas científicas.

 

O grupo também percorreu o arboreto do Jardim Botânico, propriamente, realizando uma visita guiada com atenção especial a algumas espécies nativas e também a coleções vivas, como o cactário, o orquidário e o bromeliário. E, para a surpresa dos participantes, o encontro contemplou, ainda, uma visita técnica ao herbário - que é uma coleção de plantas secas catalogadas, ou seja, que reúne informações confiáveis e oficiais sobre o reino das plantas para fins de pesquisas científicas – e ao Banco Ativo de Germoplasma ex-situ, um banco onde são conservadas sementes nativas de espécies ameaçadas de extinção, de espécies endêmicas (ou seja, exclusivas de uma região geográfica), de espécies usadas para recuperar áreas degradadas e também de espécies de uso etnobotânico (interação entre as sociedades humanas e as plantas), entre elas algumas de uso medicinal. “Eu fiquei encantada e feliz ao saber que há reservas de sementes para regeneração de áreas de florestas nativas destruídas por queimadas, por exemplo. Não tinha ideia de que havia gente trabalhando nisso”, conta Sueli Vieira, agente comunitária de saúde da Estrada da Saudade. “Esta visita ampliou muito meu conhecimento e meu horizonte sobre as plantas e vai nos ajudar muito no posto de saúde do bairro, onde estamos montando a nossa horta para prescrição no próprio posto”, complementa Sueli, que participou da visita técnica com outros colegas agentes comunitários de saúde da mesma área de atuação.

 

Maria Eugênia Duarte é agricultora do Caxambu e tem se dedicado ao plantio de alimentos orgânicos e de plantas medicinais, estas últimas com produção voltada para a dispensação para os postos de saúde de Petrópolis, no âmbito do Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais. Ela fez parte do grupo que esteve nesta capacitação técnica de campo. “Eu já conhecia o Jardim Botânico do Rio, mas, das vezes que estive lá, meu olhar sempre foi de apreciar. Dessa vez, eu tive a oportunidade de conhecer mais tecnicamente e profundamente as plantas. Pra mim, a visita foi como um livro aberto, porque às vezes se aprende mais ouvindo e vendo do que estudando diretamente. Eu pude observar sobre a forma de cuidar de algumas plantas medicinais, aprendi sobre germinação de sementes e como as pesquisas são essenciais. Voltei com outros olhos”, relata a agricultora, que é também pedagoga aposentada.

Já para Teresa Cristina Correia, rezadeira do Quilombo da Tapera, que fica no Vale do Cuiabá, em Itaipava, essa foi a primeira vez que esteve em um jardim botânico. “Achei tudo muito bom. Conheci gente nova e coisas que eu não tinha ideia que existiam. Mas gostei mesmo da primeira parte, que tem as hortinhas com remédios. Eu encontrei algumas plantas que a gente tem lá no Quilombo, mas eu não sabia que era remédio. Isso tudo faz a gente aumentar nossa sabedoria sobre as plantas e ajuda pra que cuidemos melhor da nossa gente lá no Quilombo”, conta, animada, dona Teresa.

Dr. Pedro Paulo Lemos, médico do posto de saúde de Vila Felipe, também participou da visita técnica, com um jovem estudante de medicina, que estagia no posto, e duas agentes de saúde do bairro. Para ele, a oportunidade de visitar o Jardim Botânico com um olhar voltado ao aprendizado técnico é uma excelente experiência para quem atua no campo da saúde. “Eu fui formado como médico alopata e não conhecemos quase nada sobre as plantas medicinais, que muitas vezes, funcionam tão bem quanto os remédios de farmácia. Mas só podemos prescrever o que conhecemos e uma visita como essa nos leva a aprender mais sobre uma área que os médicos não têm muito acesso”, avalia Dr. Pedro. “Lá no bairro, a equipe do posto utiliza bastante as ervas medicinais, principalmente aquelas que os moradores têm plantadas em casa. O paciente tem que mudar a percepção, parar de ir ao posto só para receber a prescrição do remédio alopata que ele já conhece e que passa a dor, mas que muitas vezes volta a doer. Precisamos cuidar da saúde das pessoas de outra forma, com mais envolvimento. Mais profissionais de saúde precisam ampliar seus conhecimentos nesta área e quanto mais pessoas da comunidade puderem também conhecer as plantas e seus efeitos, melhor será”, conclui o médico.

 

 

Fórum Itaboraí - Fiocruz/Petrópolis participa da criação de Conselho Local de Saúde na Comunidade 1º de Maio

Ação é resultado de um Acordo de Cooperação com a Prefeitura de Petrópolis

 

No dia 23 de fevereiro, a equipe social do Fórum Itaboraí participou do “Fórum para a eleição do Conselho Local de Saúde da Comunidade 1º de Maio / Madame Machado”, em Petrópolis. Este foi o primeiro Conselho Local de Saúde da cidade de Petrópolis, criado com base na Lei Municipal Nº 7.705, de 12/09/2018, dos oito previstos de serem implantados no município e representa um resultado concreto do Acordo de Cooperação entre a Prefeitura Municipal de Petrópolis e o Fórum Itaboraí / Fiocruz para o desenvolvimento de um plano abrangente de promoção da saúde, iniciado durante o primeiro trimestre de 2017.

 

Realizado na sede da Escola Municipal Amélia Antunes Rabello, que fica na própria comunidade, o Fórum reuniu público superior a 50 pessoas, entre moradores, trabalhadores locais da saúde e representantes de diversos setores da gestão pública municipal, como a Secretária  de Saúde, Fabíola Heck, a Secretáriad e Educação, Marcia Palma; o diretor da Comdep (empresa pública responsável, entre outros, pela gestão de resíduos sólidos no município), Marcos Albuquerque, o assessor da Secretaria de Esporte e Lazer, Marcelo Costa, e o vereador Silmar Fortes.

 

Durante o encontro foram eleitos os titulares e suplentes do Conselho recém criado, dos quais quatro são integrantes da comunidade e quatro são profissionais da gestão pública, sendo dois da área da Saúde, um da Educação e um da Assistência Social.

 

O caráter intersetorial e a paridade entre membros locais e representantes do poder público são aspectos fundamentais na constituição do Conselho Local de Saúde para que ele possa alcançar seu principal objetivo: ser um ambiente formal em que  moradores e profissionais da gestão pública atuantes no território possam, juntos, dialogar, discutir e propor soluções para os problemas locais. A ideia é implementar a educação ambiental a partir da perspectiva da gestão comunitária. Crianças, jovens e adultos podem conhecer e participar da sua comunidade e se assumirem como sujeitos que atuam no seu território para transformá-lo num lugar agradável de se viver. Nesse sentido, é importante conhecer o que acontece com o lixo em Petrópolis.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí tem seu quarto aluno aprovado em vestibular de música

Piero Fagundes Torres, 19 anos, é o mais novo egresso da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT a ingressar na faculdade de música. Morador do Cascatinha, ele estudava no Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim quando, em 2013, assistiu a uma apresentação da Orquestra na escola e, tempos depois, viu informação sobre o processo seletivo da OCPIT  no mural do colégio. “Eu tinha 14 anos e não me interessava pela música clássica, especificamente. Achava careta. Mas tinha um desejo enorme de aprender violão e minha família não tinha condições de pagar para eu fazer aulas. Eu estava procurando um curso gratuito de violão, porque queria ser ator, participar de musicais, e achei que era a hora de aprender música, pois sabia que a música poderia me complementar, como ator”, relembra Piero. “Quando vi a divulgação no mural da escola, achei que poderia ser uma oportunidade e cheguei em casa e pedi apoio aos meus pais, que, em toda minha trajetória, sempre me apoiaram. Tinha receio de não passar, porque eu não sabia nada de música, mas tinha vontade. Fiz uma entrevista pessoal e acho que foi aí que fui selecionado, com base no enorme desejo que tinha de tocar violão”, conta o jovem instrumentista, filho do meio de mãe que trabalha como secretária e o pai como estofador.
 
Piero ingressou na OCPIT em 2014 e conta que a jornada no início foi difícil, pois a Orquestra já tinha jovens que tocavam e ele se sentia perdido e desintegrado. “Mas a Orquestra é muito mais do que a música. É um lugar que se aprende sobre viver em comunidade. Sempre tive apoio para não me desestimular ou desistir, tanto dos coordenadores como dos amigos que fiz lá. E isso foi essencial para eu continuar. Eu ia às aulas, mas corria por fora, pedia ajuda dos professores e estudava muito em casa. Todo meu tempo livre dedicava ao meu violão. E foi dando estes primeiros passos no escuro que consegui avançar e, aos poucos, fui me integrando à Orquestra e descobrindo como a música clássica é interessante”, recorda Piero, com um sorriso genuíno no rosto. “Eu era meio individualista, queria aprender a tocar sozinho e seguir algo que estava na minha cabeça. Mas a Orquestra me ensinou muito mais que música. Me ensinou que temos que nos preocupar com todas as partes, porque se uma não funciona, a Orquestra não funciona. E na vida também é assim. Ali mudei muito minhas concepções. Com toda disciplina, conteúdo e valores, eu amadureci. Eu fui ajudado e também ajudei muitos amigos. Hoje, tendo encerrado meu ciclo, vejo o quanto eu cresci como pessoa e carrego comigo aprendizados da música e da vida”, avalia Piero.
 
A ideia de ser ator foi transformada e Piero quer ser músico, se especializar cada vez mais no violão, cursar a licenciatura e também o bacharelado e depois fazer uma pós graduação. “Eu passo boa parte do meu tempo com o violão e pensei: porque não levar isso como profissão, trabalhar com o que amo fazer? Não é um esforço, é um prazer. Algumas pessoas já tentaram fazer minha cabeça, mas estou certo: eu quero ser músico, intérprete, um violonista, e ir aprendendo até onde meu violão me levar”, afirma, categórico, o jovem instrumentista.
 
Para ingressar na faculdade de música ele precisou se preparar e muito, pois o processo seletivo exige um conhecimento aprofundado e o candidato, além do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, precisa passar no Teste de Habilidade Específica, o THE, para o qual ele contou com o apoio dos professores e amigos da Orquestra. “Quando eu vi que outros amigos da Orquestra, que vieram antes de mim, passaram, eu me senti encorajado a também buscar este caminho, e estou muito contente que consegui!”, comemora Piero, que, no próximo mês, dará início aos seus estudos na Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

Fórum Itaboraí, Prefeitura de Petrópolis e Universidades atuam em projeto para desenvolvimento local, apoiado pelo CNPq

Projeto intersetorial de pesquisa e desenvolvimento tecnológico tem objetivo de replicar e aperfeiçoar tecnologias sociais, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Ao longo de 2019, o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, atuará em conjunto com as Secretariais Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, o Departamento Municipal de Planejamento Urbano, a Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio, da Fiocruz, e as Universidades Federal Fluminense (UFF), Católica de Petrópolis (UCP) e Faculdade de Medicina de Petrópolis (Fase) no desenvolvimento, replicação e aperfeiçoamento de tecnologia social para inclusão cidadã nos territórios de Pedras Brancas, Meio da Serra, Jacuba (Posse), Comunidade do Alemão (Retiro) e Glória (Corrêas). Em outras palavras, o projeto é uma iniciativa intersetorial e interdisciplinar de pesquisa para o desenvolvimento local, utilizando metodologias de escuta comunitária, diagnóstico e cartografia participativa para formulação conjunta de alternativas para a redução das fragilidades e desigualdades sociais existentes. O trabalho é fruto de uma chamada técnica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e tem como uma das prerrogativas a contribuição para o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS e da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Tecnologia social, de acordo com o Instituto que leva o mesmo nome, é um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida. “Não se trata de um modelo pronto, que deva ser simplesmente replicado, mas de metodologias em transformação, em que as pessoas que precisam das soluções são parte delas, assumindo o processo de mudança”, explica Irma Passoni, uma das fundadoras do Instituto de Tecnologia Social.

Para Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí e coordenador do projeto, o mesmo vem ao encontro da experiência e da capacidade de articulação e colaboração acumuladas pela Fiocruz e outros atores envolvidos ao longo dos últimos anos e traz um caráter inovador: “As metodologias com as quais trabalharemos têm potencial de promover a ruptura com antigos paradigmas, trazendo uma nova percepção de como solucionar problemas e desafios crônicos nas comunidades. É inovador porque integra diversas tecnologias sociais e vários setores do poder executivo municipal e também por possibilitar a replicação destas tecnologias, de acordo com as realidades locais, envolvendo e mobilizando diferentes atores de múltiplas esferas, com vistas a elaborar propostas que permitam uma maior inserção social e produtiva das pessoas que vivem naqueles territórios. E, por isso, é uma proposta de desenvolvimento tecnológico e de intervenção social relevante, consistente e sustentável”, avalia Rosenberg.

Entre as metodologias a serem utilizadas está o Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, aplicada pelos pesquisadores sociais do Fórum Itaboraí e pelos profissionais da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde nos territórios de atuação da Estratégia de Saúde da Família - ESF. Este trabalho conjunto teve início em fevereiro de 2017, com o mapeamento participativo dos determinantes socioambientais que afetam direta ou indiretamente a saúde e o bem-estar de cerca de 40% da população municipal. Contemplou também a capacitação das equipes da Saúde da Família, contribuições à Conferência Municipal de Saúde, e, em dezembro de 2018, a iniciativa foi formalizada em um acordo de cooperação técnica entre Prefeitura Municipal de Petrópolis e Fiocruz para o fomento da gestão participativa intersetorial na promoção da saúde em oito territórios de Petrópolis.

Segundo o geógrafo Bruno César dos Santos, que integra a equipe técnica do Projeto, as cinco áreas selecionadas representam territórios prioritários do Plano Progredir, do Ministério de Desenvolvimento Social, que prevê ações de inclusão produtiva para pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “Nosso ponto de partida são os setores censitários. A partir deles, desenvolveremos um diagnóstico cartográfico participativo para a identificação mais precisa de áreas de vulnerabilidades sociais não observáveis pela escala dos censos. Os dados serão levantados tanto pelos estudantes das escolas públicas dos territórios, ou próximas deles, quanto das universidades, utilizando a metodologia da Cartografia Participativa e técnicas do processo DRP. Isso porque nosso objetivo é, a partir de relatos dos próprios moradores, enriquecer e espacializar as informações socioeconômicas sobre aquelas áreas, apoiando o desenho de políticas socioambientais mais específicas e mais efetivas para as localidades estudadas”, explica Bruno.

O papel do Departamento de Planejamento Urbano do município, neste trabalho, será de articulador de políticas, dos agentes e setores públicos envolvidos e interessados. A Diretora Municipal de Planejamento Urbano, Layla Talin, comemora a oportunidade da gestão pública atuar em um projeto intersetorial e interdisciplinar como este e destaca também os insumos que serão gerados pela pesquisa: “É uma inovação envolver a população na geração de dados e informações de planejamento urbano, que poderão subsidiar a distribuição de projetos e equipamentos públicos, por exemplo. Normalmente, as informações com as quais trabalhamos são oriundas de técnicos, que compõem suas análises a partir da observação do território e de dados censitários. Neste projeto, usaremos uma tecnologia em que a população é protagonista e isso nos traz dados mais alinhados com a realidade daqueles territórios, além de gerar novas discussões e de nos fazer repensar os aspectos decisórios no planejamento urbano municipal”, conclui Layla.

Nos territórios, o trabalho intersetorial será desenvolvido com apoio de servidores públicos da Educação, da Saúde e da Assistência Social, que atuarão como pontos focais nas escolas, postos de saúde e Centros de Referência da Assistência Social – CRAS.

“As escolas públicas são equipamentos de grande relevância e referência para as comunidades. Ao atuarmos em um projeto desta natureza, com os profissionais que estão diretamente nas escolas e também com os jovens estudantes, estamos qualificando nosso olhar e escuta, fortalecendo ainda mais os elos com a comunidade e também compreendendo melhor quem são as famílias que vivem ali, para que possamos desempenhar cada vez melhor nosso papel e contribuir com o desenvolvimento local”, avalia Marcia de Palma, Secretária Municipal de Educação.

Para Norma de S. Thiago Pontes, Apoiadora Institucional do Departamento de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, esta é uma oportunidade valiosa de trabalhar de forma integrada e com tecnologias inovadoras para a transformação da realidade de territórios em que vivem famílias em graus elevados de exclusão social. “Estamos muito contentes de participar deste Projeto, pois ele está bem alinhado a um dos princípios do SUS [Sistema Único de Saúde] que é a equidade, na lógica da promoção da igualdade de direitos com justiça social. E fazer isso em rede, ou seja, envolvendo profissionais, gestores, a própria população e as forças sociais do território, professores, pesquisadores, estudantes, proporciona um excelente aprendizado e trocas de experiências, potencializando nossa capacidade de agir e transformar, juntos, aquela realidade, de contribuir para melhores condições de saúde e de vida para nossas comunidades”, considera Norma.

O Projeto contará também com a participação de 30 estudantes dos cursos de graduação em saúde da FASE, de Engenharia de Produção da UFF e de Arquitetura da UCP, que passarão, no próximo mês de março, por uma capacitação teórica e prática para apropriação da metodologia de trabalho.

 

Processo seletivo 2019 da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

Em funcionamento desde fevereiro de 2013, a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí é um Projeto Sócio – Cultural direcionado a jovens estudantes matriculados na rede pública de ensino. O projeto oferece um curso gratuito de música com duração de 4 anos, com aulas teóricas e práticas de 3 disciplinas: aula de instrumento, teoria musical e prática orquestral. As aulas acontecem 3 vezes por semana, sempre no período da tarde. Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

Processo Seletivo 2019

Destinado a estudantes matriculados na rede pública de ensino que estejam cursando prioritariamente entre o 7° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio, o processo seletivo de 2019 irá selecionar novos alunos para os seguintes instrumentos: violino,  viola, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal e clarinete. A seleção ocorrerá em duas etapas: avaliação básica da coordenação rítmica e da prática musical informal, no dia 16/03, e entrevista sócio-motivacional, nos dias 20 e 21/03, ambas no Palácio Itaboraí. Não será exigido conhecimento prático ou teórico de música.

 

Inscrições

As inscrições estarão abertas de 18 de fevereiro a 15 de março e poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, de 08h às 17h, através do telefone (24) 2246-1430 ou na secretaria do Palácio Itaboraí localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, no Valparaíso em Petrópolis. Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2019)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável 

 

Clique aqui para visualizar o material de divulgação do processo seletivo 2019.

Fiocruz e Prefeitura Municipal de Petrópolis formalizam acordo de cooperação técnica

 

Objetivo é o desenvolvimento da gestão participativa intersetorial na promoção da saúde

 

O Prefeito de Petrópolis, Bernardo Rossi, a Secretária Municipal de Saúde, Fabíola Heck, e o Chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, Valcler Rangel, em representação da Presidente, Nisia Trindade, assinaram no dia 27/12/2018, no Palácio Itaboraí (sede do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde – unidade da Fiocruz em Petrópolis), um acordo de cooperação técnico-científica para o desenvolvimento do projeto “Estratégia de Saúde da Família – ESF como indutor da gestão local intersetorial participativa”, para os próximos três anos. A iniciativa consolida e formaliza um plano de ação conjunto que tem o objetivo de integrar esforços para a promoção da saúde e o bem-estar em comunidades petropolitanas, atendendo às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS e da Agenda 2030. As ações envolvem a capacitação das equipes de Saúde da Família que atuam no território, o diagnóstico e mapeamento participativo dos determinantes socioambientais que afetam direta ou indiretamente a saúde e o bem-estar da população, a articulação intersetorial e o engajamento, mobilização e apoio à comunidade na proposição de caminhos para a transformação da realidade local, mediante a implementação de Conselhos Gestores Locais.

 

Estavam também presentes a Secretária Municipal de Educação, Márcia Palma, o Superintendente Municipal de Esporte e Lazer, Hingo Hammes, o Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, o vereador Silmar Fortes e respectivas equipes da Prefeitura de Petrópolis e da Fiocruz.

 

O encontro teve início com uma apresentação feita pelo Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, indicando as ações que, desde fevereiro de 2017, vêm sendo realizadas em colaboração entre a Secretaria de Saúde Petrópolis e o Fórum Itaboraí e que permitiram estabelecer as estratégias municipais de promoção da saúde, discutidas e aprovadas pela Conferência Municipal de Saúde, com base no diagnostico rápido participativo – DRP, conduzidos pelas equipes de saúde em 36 territórios em que há atuação da Estratégia de Saúde da Família - ESF, o que representa cerca de 40% da população do município. Esses dados, consolidados, evidenciaram que muitos dos problemas, relatados pela própria população, são decorrentes de questões não apenas da dimensão da saúde própria e diretamente, mas que envolvem também transporte, lazer, assistência social, cultura, segurança, entre outros.

 

É neste contexto, portanto, que ambas instituições assinam o termo de cooperação técnica, com vistas a planejar e implementar políticas públicas e a promover a articulação intersetorial para a constituição de Conselhos Gestores Locais em, inicialmente, oito destes territórios (Sargento Boening, Bataillard, Amazonas, Castelo São Manoel, Madame Machado, Vale do Cuiabá/ Boa Esperança, Carangola e Vila Rica), com participação de gestores públicos e comunidade na proposição de soluções para os problemas locais.

 

Para Valcler Rangel existe um ineditismo na parceria que vem sendo desenhada entre Fiocruz e Prefeitura de Petrópolis, resultando no desenvolvimento de tecnologias sociais: “O que vem sendo concebido aqui em Petrópolis envolve inovação e tecnologia e está permitindo avançar na compreensão dos problemas complexos que compreendem a promoção da saúde da população. Além das vacinas e pesquisas em saúde pública, pelo que somos mais conhecidos, temos compromisso também com a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e, portanto, precisamos estar próximos aos municípios, apoiar os gestores públicos municipais na governança local. E a tecnologia social que está sendo desenvolvida em Petrópolis poderá, no futuro, ser replicada em outros municípios”, comemora o Chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, estrutura institucional a quem o Fórum Itaboraí está ligado.

 

Na avaliação de Bernardo Rossi, a parceria com instituições como a Fiocruz figura-se como um importante apoio para o desenvolvimento do município. “Estamos na ponta da lança e muitas vezes caminhamos sozinhos, sem suporte estadual ou federal. O apoio da Fiocruz com o desenvolvimento de pesquisas, também na área social, nos dá direções para a formulação das políticas públicas que resolvam os problemas locais, cuja responsabilidade recaem, principalmente, na autoridade municipal. O trabalho da Secretaria de Saúde em parceria com a Fiocruz em Petrópolis nos tem permitido olhar os problemas em um universo mais micro e, assim, trabalhando, vamos atingir o macro e servir de exemplo para outros municípios”, avalia o Prefeito.

 

O evento culminou com uma visita do Prefeito e da sua equipe às instalações da Trilha de Plantas Medicinais e do Horto Escola do Fórum Itaboraí, que dão suporte a outra das ações de intensa cooperação técnica entre a Fiocruz e a Prefeitura Municipal de Petrópolis.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí realizará quatro concertos gratuitos em dezembro

Apresentações serão nos dias 08, 11, 12 e 19 de dezembro.

 

No dia 08, próximo sábado, 19 jovens instrumentistas da Orquestra sobem ao palco do Lago Quitandinha, às 17h, dentro da programação oficial do “Natal É a Gente Que Faz”, promovido pelo sistema Fecomercio/RJ, Sesc/RJ e Senac/RJ.

Já os concertos dos dias 11 e 12 terão lugar no Cineteatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30, com a presença dos 27 integrantes. No repertório estão obras de grandes compositores, como Bach, Beethoven, Schubert, Mozart, Tchaikovsky, Guerra-Peixe, entre outros. 

E para encerrar os concertos de 2018 a Orquestra também vai fazer parte da apresentação dia 20, na Praça Dom Pedro II (Praça da Águia), às 20h do Concerto de Natal do Coral Integração com a participação de Mafalda Minnozzi (estrada franca).

 

Embora as quatro apresentações tenham entrada franca, os concertos que acontecerão no Cineteatro do Museu Imperial estão sujeitos à lotação. Por esta razão,  para estas apresentações dos dias 11 e 12/12, é necessário reservar (máximo de 2 por CPF) o ingresso pelo telefone (24) 2246-1430, pelo email forumitaborai@fiocruz.br ou presencialmente no Palácio Itaboraí, sede do Fórum, localizado à Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso.

 

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí realizará concertos no Cineteatro do Museu Imperial nos dias 11 e 12 de dezembro

As apresentações são totalmente gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados já podem reservar os convites através dos canais de comunicação do Fórum Itaboraí, listados abaixo.

As apresentações começarão às 18h30 mas recomendamos a chegada com 30 minutos de antecedência para a retira do convite no saguão do Cineteatro.

A apresentação do convite é obrigatória.

 

Programa das apresentações:

*Georg Friedrich Haendel (1685-1759) - Bourré

*Johann Sebastian Bach (1685-1750) - "Gavotte" da Suíte Orquestral n°3

*Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Uma Pequena Serenata Noturna - 1°movimento

*Ludwig van Beethoven (1770-1827) - "Marcha Turca" do balé "As Ruínas de Atenas"

*Franz Schubert (1797-1828) - Serenata

*Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893) - "Cena" do balé "O Lago dos Cisnes"

*Edvard Grieg (1843-1907) - 4°movimento da Suíte "Peer Gynt" n°1

*Claude Debussy (1862-1918) - Prelúdio n°8

* Alexandre Levy (1864-1892) - Reverie

*César Guerra-Peixe (1914-1993) - Mourão

*Antônio Gastão (1962- ) - "Abertura" da Cantata de Rezende

 

Informações sobre os concertos: 

Datas: 11 e 12 de dezembro de 2018 (especificar a data desejada).

Horário: 18h30
Local: Cineteatro Museu Imperial (prédio da Biblioteca do Museu)
Endereço: Bosque do Imperador s/n - Centro - Petrópolis

 

Informações para a reserva do convite:

Reserva limitada a 2 convites por CPF
Período: Até 10/12 ou até a retirada total dos convites
Horário: de segunda a sexta, de 8h às 17h
Local: Palácio Itaboraí
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 188 - Valparaíso - Petrópolis
Telefone:(24) 2246-1430
Email: forumitaborai@fiocruz.br

 

Para conhecer mais sobre a OCPIT e sobre outros projetos do Fórum Itaboraí, acesse: http://www.forumitaborai.fiocruz.br/ e https://www.facebook.com/forumitaborai/

 

Organizações de jovens publicam "Carta da Juventude"

Documento foi elaborado a partir de discussões do "I Fórum Social da Juventude de Petrópolis".

As organizações de jovens do município, representadas na coordenação do I Fórum da Juventude de Petrópolis, realizado em associação e nas dependências do Palácio Itaboraí/Fiocruz, iniciaram divulgação da “Carta da Juventude”.
O documento foi elaborado a partir dos registros das inúmeras atividades que compuseram a programação do evento, com especial destaque às Mesas de Debates e Rodas de Conversas que abordaram temas variados selecionados pelos jovens a partir de seus interesses particulares.
De acordo com seus autores, a “Carta da Juventude” apresenta aos Poderes Públicos e à sociedade Petropolitana, de forma geral, o contexto sócio-político e cultural, segundo os participantes do Fórum, suas análises e críticas, assim como proposições de formas de abordagem e resistência às dificuldades que identificam em suas experiências como cidadãos em nosso município.
 
Veja uma entrevista com o jovem Nathan Gomes, um dos organizadores do evento e responsáveis pela carta, no programa "Um programa e Tal", da Rede Petrópolis de Televisão: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2212541579018739&id=397293763699529
 
Clique aqui para ver a "Carta da Juventude" ou aqui para saber mais sobre o "I Fórum Social da Juventude de Petrópolis".
 

Agricultores orgânicos do Caxambu entregam primeiros lotes de matéria prima vegetal para prescrição à população

 

Agricultores orgânicos do Caxambu, que fazem parte do Arranjo Produtivo Local – APL de Plantas Medicinais de Petrópolis 2012, entregaram ao Dr. Candinho e equipe do Posto de Saúde do Caxambu os primeiros lotes de matéria prima vegetal para prescrição à população, tendo mais uma opção no tratamento de doenças e na promoção da saúde do petropolitano que utiliza o SUS. O APL 2012 é uma experiência integrada e sustentável de desenvolvimento local, fruto de uma cooperação entre a Prefeitura Municipal de Petrópolis e o Fórum Itaboraí/ Fiocruz - Petrópolis.

Fórum Itaboraí integra programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no LNCC

Fórum Itaboraí integra programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no LNCC

De 16 a 18 de outubro, atrações promovidas pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde - Fiocruz/Petrópolis integrarão a programação da 15a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC, no Quitandinha.  O tema deste ano, “Ciência para a Redução das Desigualdades”, baseia-se na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas – ONU e está relacionado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS, especificamente o de número 10: Redução das Desigualdades. O evento é gratuito e dele participam diversas instituições.

 

Dentre as atrações oferecidas pelo Fórum Itaboraí - Fiocruz-Petrópolis estarão Jogos dos ODS, workshops do Teatro do Oprimido, apresentações da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí , instalação de um jardim sensorial e medicinal (que se tornará permanente no LNCC), palestra sobre saúde na comunidade, exposição viva de plantas medicinais, reunindo 33 espécies e suas curiosidades,  além da maior folha do mundo, horta suspensa, doação de mudas de plantas medicinais e de algumas espécies da Mata Atlântica. A programação completa pode ser acessada em: https://www.lncc.br/eventoSeminario/eventoconsultar.php?vMenu=&idt_evento=1860

 

Caxambu tem seus primeiro agricultores com certificação orgânica

Os agricultores Maria Eugênia e Betinho, do Caxambu, acabam de receber a certificação de produtores orgânicos, concedido pela Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro - Abio, com o apoio do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis. O casal de agricultores integra o Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais – APL Petrópolis 2012, coordenado pelo Fórum Itaboraí em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis, cujo objetivo é fortalecer e disseminar as práticas de uso das plantas medicinais para promoção da saúde e do bem-estar da população, por meio de ações integradas e sustentáveis que envolvem agricultores, pesquisadores e profissionais da área de saúde.

 

“Para participar do Projeto APL Petrópolis e cultivar as plantas medicinais a serem utilizadas nos postos de saúde, o agricultor precisa ser orgânico. E, por esta razão, apoiamos a transição da Maria Eugênia e do Betinho do sistema convencional de produção agrícola para o orgânico”, comemora Sergio Monteiro, biólogo, responsável pelo setor de Plantas Medicinais do Fórum Itaboraí e coordenador, pelo Fórum, do APL 2012. “Eles são pioneiros no Caxambu no cultivo orgânico, um local tradicionalmente conhecido pelo uso de agrotóxicos na produção de hortaliças. Além de estarem entre os agricultores que vão produzir plantas medicinais para o cuidado na saúde da população também já estão fornecendo hortaliças para restaurantes. A experiência deles certamente servirá de inspiração para outros agricultores da localidade, mostrando que é possível produzir alimentos mais saudáveis, com menor impacto para o agricultor e para o meio ambiente e gerando renda”, complementa Sergio.

 

Maria Eugênia Ferreira da Silva é professora aposentada e Carlos Alberto Ferreira da Silva, servidor público aposentado. Suas famílias são originárias do Caxambu e os pais e avós de Betinho eram agricultores. Até pouco tempo, o casal plantava para o consumo próprio, quando resolveu conhecer mais sobre o sistema de produção orgânica e decidiu entrar para este mercado. “Esse sistema é mais saudável para nós, para o solo, para o meio ambiente e para o planeta Terra. O agrotóxico é um veneno, acaba com a terra, que não produz com consistência e sabor e fica esfarelenta. Pessoal quer sugar da terra com rapidez, para colocar dinheiro rápido no bolso. Mas as terras aqui não estão dando mais, de tão doentes que ficaram. E quando vem chuva forte leva tudo, porque o solo não segura”, avalia Maria Eugênia. “Temos terra disponível e queremos nos alimentar bem e que outras pessoas também se alimentem com saúde. E agora isso virou fonte de renda pra nós. Muita gente fica com medo de mudar do convencional para o orgânico. Mas é possível. Queremos que essa moda pegue”, conclui a agricultora.

 

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