Projetos da Fiocruz podem receber doações a partir do IR de pessoa física

Plataforma online traz o passo-a-passo de como doar

Os projetos socioculturais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já podem receber doações de pessoas físicas através da campanha IR que Transforma. Lançada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI/Fiocruz), por meio de seu Escritório de Captação de Recursos, a plataforma tem por objetivo incentivar a participação da sociedade civil no fortalecimento da cultura científica e da cidadania.

 

Com uma simples ação, é possível doar até 6% do imposto de renda devido a pagar ou a restituir para projetos socioculturais, com dedução fiscal de 100% do valor investido. Caso a doação aconteça até o dia 20 de dezembro de 2020, o valor doado já poderá ser lançado na declaração do IR de 2021, no campo próprio de “doações efetuadas”, possibilitando o benefício da isenção.

 

Atualmente, é possível destinar parte do Imposto de Renda para o projeto Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, um projeto sociocultural direcionado aos jovens estudantes da rede pública de ensino que oferece um curso intensivo com aulas teóricas e práticas, presenciais e online, de música, visando desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante. Com sede no Palácio Itaboraí, a Orquestra já formou dezenas de jovens, ajudando-os no ingresso nas mais renomadas universidades de música do país.

 

Para apoiar, basta calcular o potencial de dedução fiscal no próprio site, usando dados do imposto devido da última declaração entregue à Receita Federal, escolher o projeto e fazer a doação. É simples, rápido e fortalece a cultura no nosso país.

 

Mais informações no site: http://www.irquetransforma.org.br/

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

Roda de conversa: Olhares pela Agricultura Urbana

Encontro online visa proporcionar trocas de experiências entre iniciativas de agricultura urbana, facilitar a atuação em redes e promover o debate da saúde e da segurança alimentar

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz)

Na próxima quarta-feira, 4 de novembro, o Fórum Itaboraí realizará a roda de conversa Olhares pela agricultura urbana: Avanços e Entraves para a promoção da Saúde e da segurança alimentar” e reunirá tanto convidados que já militam pelos princípios e práticas da agroecologia no Brasil quanto representantes de comunidades petropolitanas que, com apoio do Fórum Itaboraí e em articulação em seus territórios, estão transformando olhares e práticas comunitários a partir da abordagem da agroecologia. 

A iniciativa integra os esforços da Rede Fiocruz de Agroecologia Urbana, formada pelo Campus Fiocruz Mata Atlântica, a Escola Politécnica Joaquim Venâncio e também o Fórum Itaboraí. Segundo o agrônomo Claudemar Mattos, da equipe da Fiocruz-Petrópolis e membro da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), “o tema da agroecologia é de interesse da sociedade porque envolve princípios de uma sociedade mais justa e mais equitativa, além dos princípios técnicos, pelo cultivo de alimentos sem agrotóxicos e sem adubos químicos e, portanto, mais saudáveis e sustentáveis”. Ainda, segundo o agrônomo, “esta prática comunitária, feita na cidade, pode resgatar e aproximar a relação campo-cidade e contribuir com a segurança alimentar e com a saúde não apenas do indivíduo que cultiva, mas da família, da comunidade, do município”. 

De acordo com Claudemar, o desenho e dinâmica concebidos para estas rodas de conversa visam promover trocas de saberes e experiências para ampliar e fortalecer a promoção da saúde, a segurança alimentar e a organização comunitária, por meio do incentivo e apoio às práticas de agricultura urbana e gestão dos resíduos sólidos. “Queremos conhecer sobre a experiência de outros territórios e pessoas que militam pela agricultura urbana com base na agroecologia, entender que obstáculos e conquistas os acompanham. E, por outro lado, ouvir das comunidades de Petrópolis como isso vem acontecendo em seus territórios. Acreditamos que estes elementos que chegarão à roda, além de promoverem a reflexão e a discussão coletiva, também podem dar referências e fortalecer as comunidades petropolitanas e, sobretudo, a prática em rede”, conclui o agrônomo.

Em Petrópolis, desde fevereiro de 2020, o Fórum Itaboraí trabalha em articulação com 11 comunidades (em cinco delas, com apoio do CNPq) tanto para trocas de conhecimento técnico em agricultura urbana – incluindo o cultivo propriamente e a gestão de resíduos orgânicos – quanto para o fortalecimento de laços comunitários, para o incremento da segurança nutricional e para a redução da vulnerabilidade socioambiental dos moradores dos territórios envolvidos. “Na vila Frei Davi, na comunidade do Amazonas, por exemplo, esta experiência já aponta para cerca de uma tonelada de resíduos domésticos que deixou de ir para o aterro sanitário, porque foram compostados pelos moradores”, conta Claudemar.

Na roda de conversa estarão: Bernadete Montesano, da Rede Carioca de Agricultura Urbana; Aline Kinast, do Coletivo Roots Ativa e Articulação Embaúba, de Belo Horizonte-MG; Robson Patrocínio, do Campus Fiocruz Mata Atlântica; Dalva Oliveira, da comunidade Amazonas; e Vagner Teixeira, da comunidade da Glória, ambos de Petrópolis, sob a mediação de Claudemar Mattos. O encontro será transmitido pelo canal do Fórum Itaboraí no Youtube, às 18h (https://youtu.be/i_DI2NarLpg).

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí conquista Prêmio Maestro Guerra-Peixe 2020

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí-OCPIT conquistou, na última quinta-feira, 22 de outubro de 2020, o Prêmio Maestro Guerra-Peixe, o mais importante reconhecimento do cenário cultural em Petrópolis. O projeto do Fórum Itaboraí, que já havia concorrido ao prêmio em 2014, foi o vencedor na categoria "música erudita".

Criado em 2009 com o objetivo de incentivar e valorizar os principais agentes culturais do município, o prêmio é concedido pela Prefeitura de Petrópolis através do Instituto Municipal de Cultura e Esportes aos projetos, artistas e produções culturais que mais se destacam ao longo do ano.

“Ao longo destes quase oito anos, a Orquestra vem se consolidando e amadurecendo. Nessa trajetória, reafirmamos nossa missão de proporcionar caminhos e perspectivas mais saudáveis também para os nossos jovens, reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso aos direitos. Por isso, através da Orquestra, trabalhamos para apoiar o desenvolvimento desses jovens para que possam não só se envolver com a música, mas terem-na também como profissão, caso desejem”, explica Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí. “A jornada que levou a Orquestra a tal reconhecimento já é por si um processo de muitas conquistas, com destaque para os jovens, claro, mas que envolve também suas famílias, maestro e professores, a coordenação do projeto, toda equipe do Fórum Itaboraí e apoiadores da OCPIT. Esse reconhecimento nos alegra, entusiasma e fortalece o compromisso de todos nós com a promoção da saúde por meio da música e nos faz celebrar, ainda mais, a comunidade de aprendizagem que é a Orquestra”, complementa Rosenberg.

Para Celso Frazen Júnior, Maestro e coordenador pedagógico da OCPIT, "Esse Prêmio chega aos alunos e proferssores como um fôlego novo diante de uma pandemia que tornou tudo mais difícil. É a coroação de todo um trabalho que começou no ano de 2013".

Em sua décima primeira edição, o Prêmio Maestro Guerra-Peixe foi realizado em um formato diferente devido à pandemia de COVID-19. Sem a possibilidade da tradicional cerimônia de entrega das estatuetas, o anúncio dos vencedores foi realizado através de transmissão pelo canal oficial da premiação no YouTube.

Clique aqui para conhecer todos os indicados e vencedores.

Momento do anúncio do vencedor da categoria "música erudita", durante a exibicão da premiação no YouTube.

Fórum Itaboraí é indicado ao Prêmio Maestro Guerra-Peixe pela quarta vez

Fórum Itaboraí concorre na categoria "música erudita" com o projeto "Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí"

O Prêmio Maestro Guerra-Peixe, o mais importante reconhecimento do cenário cultural em Petrópolis, foi criado em 2009 por iniciativa da Prefeitura Municipal de Petrópolis através da Fundação de Cultura e Turismo com o objetivo de homenagear os principais agentes culturais do município e resgatar um dos mais importantes músicos brasileiros do século XX, o maestro e compositor César Guerra-Peixe.

Em sua décima primeira edição, o prêmio tem 41 indicados em 11 categorias: música popular, música erudita, teatro, dança, artes visuais, literatura, comunicação, audiovisual, produção cultural, especial e notório reconhecimento.

Este ano, o Fórum Itaboraí concorre na categoria "música erudita" com o projeto "Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí" (OCPIT), uma iniciativa destinada a jovens estudantes da rede pública de Petrópolis que busca realizar um trabalho de inserção, cidadania, redução da desigualdade social e capacitação profissional através da música.

É a quarta indicação do Fórum Itaboraí, segunda da OCPIT que, em 2014, também foi indicada ao prêmio. As outras 2 indicações foram para o projeto Quartas Culturaisem 2016 e 2017.

A premiação será no dia 22 de outubro, com transmissão ao vivo pelo YouTube pelo link https://www.youtube.com/channel/UC_vfbq8IWGoRXhig7xHE-cQ.

O Prêmio Maestro Guerra-Peixe é uma realização da Prefeitura de Petrópolis e do Instituto Municipal de Cultura e Esportes.

Clique aqui para conhecer todos os indicados.

OCPIT na Praça da Liberdade (Petrópolis/RJ): apresentação fez parte da programação do Natal Imperial em 2019

 

       

 

Atividades do Fórum Itaboraí têm restrições devido à pandemia do coronavírus

Em conformidade com as decisões dos órgãos de saúde ligados ao poder público, o Fórum Itaboraí informa que implementou medidas para restringir a circulação de pessoas nas dependências do Palácio Itaboraí e nas ações de todos os projetos. Todas as atividades coletivas, internas e externas, estão suspensas. O Palácio Itaboraí permanecerá fechado para a visitação e só será permitida a entrada de funcionários, respeitando a escala estabelecida. O objetivo das ações é minimizar a possibilidade de contágio e disseminação do coronavírus. Contatos: E-mail: forumitaborai@fiocruz.br Facebook: facebook.com/forumitaborai

FALA TU: Fórum Itaboraí promove encontros sobre comunicação comunitária

Iniciativa direcionada para a discussão e reflexão da importância da comunicação comunitária para o fortalecimento territorial, para a promoção da saúde, para o engajamento, participação e mobilização

De 10 de outubro até 07 de novembro, sempre aos sábados, de 14h às 16h, no YouTube, abrimos uma roda de conversa com gente de comunidade, de periferia, que utilzia a comunicação comunitária para transformar os territórios em que vivem, com diálogo e participação social, dando voz e vez aos segmentos populares. No círculo, estiveram lideranças comunitárias de Petrópolis e também de fora de nossa cidade, em um diálogo franco, aberto e cheio de reflexões e aprendizados.

Transmissões dos eventos:

1) Comunicação Comunitária: O que é e como pode transformar o território?: https://youtu.be/pXFjVA0v_Tw

2) Comunicação Comunitária e Saúde: https://youtu.be/paC-FkJyxDw

3) Comunicação Comunitária e Memória: https://youtu.be/V3cC2rpwiIQ

4) Comunicação Comunitária: audiovisual e redes sociais: https://youtu.be/Wp-FVaisLm8

5) Comunicação Comunitária: audiovisual e redes sociais: jornal impresso e rádio comunitária: https://youtu.be/dZnqHfWoc2o

Conheça a programação completa dos cinco encontros:

Boas colheitas em tempos de pandemia

Práticas agroecológicas apoiadas pelo Fórum Itaboraí ajudam a transformar comunidades durante o isolamento social

As práticas agroecológicas com comunidades petropolitanas, promovidas pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, tomou um novo formato desde o início do isolamento social causado pela pandemia da Covid-19: unindo criatividade, comunicação, tecnologia, integração, trocas de saberes e muito entusiasmo, quintais e pequenos espaços comunitários, por vezes abandonados, estão se transformando, ganhando vida, cores, aromas e novos sabores.  

Tudo começou com os Encontros de Formação e Interação de Saberes em Agricultura Urbana, que vinham acontecendo na comunidade do Amazonas, no Quitandinha, desde fevereiro de 2020. Eram 30 participantes, moradores não apenas do Amazonas, mas também dos bairros da Glória, Meio da Serra, Pedras Brancas, Posse e Retiro, que se reuniam uma vez na semana para, de um lado, ampliar conhecimento em agricultura urbana,aprendendo sobre técnicas de cultivo e gestão de resíduos orgânicos, como os restos da cozinha e da varrição de folhas e aparas de grama, e, de outro, fortalecer laços comunitários, aumentar a segurança nutricional e contribuir com a redução da vulnerabilidade socioambiental dos moradores e destes territórios.  

Segundo o agrônomo Claudemar Mattos, da equipe do Fórum Itaboraí e um dos responsáveis pelo ciclo de encontros, essa experiência tinha um caráter “piloto”, ou seja, onde a metodologia seria testada e, se necessário, ajustada para a replicação do curso para os outros sete bairros de Petrópolis em que o Fórum Itaboraí atua com práticas de gestão local participativa e intersetorial em saúde. “Foi quando veio o isolamento social e nos vimos no desafio de dar continuidade a estas práticas agroecológicas. Já tínhamos um grupo de whatsapp e foi por ele que mantivemos nossas conversas e prosas, ainda muito sem saber como essa forma de comunicação e trocas de conhecimentos poderia funcionar e quanto tempo este distanciamento poderia durar”, relembra o agrônomo.  

Aos poucos, a equipe do Fórum Itaboraí envolvida no ciclo de encontros foi testando e experimentando formas de abordar os conteúdos – antes previstos para os encontros presenciais – agora, neste novo ambiente mediado pela tecnologia, com informações técnicas e dicas sobre horta, alimentação, plantas medicinais, composteira e plantas alimentícias não convencionais – PANC. “Mas as práticas agroecológicas vão além das técnicas de cultivo. A partir da lida com a terra e daquilo que ela nos provê, a agroecologia toca em questões fundamentais como soberania, solidariedade econômica e social, trabalho comunitário e participação social, alimentos livres de agrotóxicos e o direito a uma alimentação saudável, gestão de resíduos, consciência ambiental e saúde, que são temáticas que trabalhamos transversalmente com este grupo”, explica Claudemar. 

Enquanto o isolamento social impossibilitou a realização dos encontros presenciais, o ambiente desterritorializado do whatsapp permitiu a inclusão e interação com mais pessoas interessadas, moradoras de outras comunidades de Petrópolis, e hoje o grupo de trocas de saberes em agricultura urbana conta com representantes de 11 localidades diferentes do município. Um deles é Vagner Teixeira, morador do bairro da Glória, em Corrêas, que já está colhendo e compartilhando com vizinhos um uma cesta de hortaliças que estão brotando da horta que ele começou a cultivar no terreno da casa da mãe, desde que vem participando dos encontros de agricultura urbana. “Eu lidava com jardinagem, mas nunca tinha mexido com horta, não sabia como fazer. Nestes encontros fui aprendendo como preparar a terra, como plantar a muda, a forma de regar, sobre ervas medicinais, como armazenar o grão na garrafa pet, como operar uma composteira. Mesmo pelo whatsapp eu interajo. Eles colocam os conteúdos e eu vou me aprimorando e tirando minhas dúvidas e aprendendo também com as dúvidas dos outros”, conta Vagner, que recebeu mudas e a estrutura da composteira do Fórum Itaboraí/Fiocruz para iniciar o projeto comunitário. 

“Hoje nossa composteira já conta com os restos de alimentos da cozinha da minha casa e de mais cinco vizinhos e já estamos usando este adubo pra horta. Aqui é nosso local de prática, enquanto esperamos as definições da Associação de Moradores para levar a horta para a parte de trás do campo de esporte, perto do colégio [E.M. Marieta Gonçalves]. E já estão aparecendo pessoas interessadas em integrar o projeto, porque estão vendo os benefícios. Imagina poder chegar no final de semana e ter um legume, uma verdura saudável para poder comer e saber que você participou daquilo? Tenho certeza de que a horta comunitária pode unir mais a comunidade”, anseia Vagner, que faz questão de enumerar o que já tem na horta:alface, agrião, beterraba, chicória, couve, salsa, cebolinha, sabugueiro, guaco, hortelã e capim limão. 

Do outro lado da cidade, no Amazonas, uma história similar também já pode ser contada pelos moradores da Vila Frei Davi, onde vivem 56 famílias. Na localidade já existia uma pequena horta comunitária, que foi incrementada com a participação, principalmente, das mulheres nos encontros de agricultura urbana. “Eu me envolvi porque o Serginho me convidou. Gosto muito de plantas. Minha mãe me ensinava muito sobre plantas medicinais e era só isso que conhecia. Me animei com os encontros, para poder conhecer mais e agora mexo com a terra todos os dias. Achava que alimentos sem agrotóxico era só pra rico. Mas vejo que podemos ter em casa, em pequenos espaços, em qualquer pedacinho de lugar. Estou completamente apaixonada por horta e isso mudou muito a minha vida”, conta, animada, Dalva Oliveira, 63 anos, aposentada e moradora da Vila. Além dos alimentos em si, Dalva destaca outros dois grandes ganhos do trabalho com a horta para a comunidade: “Uma das coisas boas é que o condomínio todo está ajudando a juntar restos alimentos, que colocamos na composteira. Até o mercadinho do bairro contribui. Já não jogamos mais nada desse tipo de resíduo na lixeira e, além de adubo para a horta, temos muito menos sujeira e ratos na lixeira da vila. Outra coisa é que, com as plantas medicinais que temos plantado, mais gente do bairro tá vindo aqui procurar os remédios naturais. Assim, vamos em uma rede de solidariedade, ajudando uns aos outros. A gente não se encharca tanto de remédios e nem de agrotóxicos. E já estamos pensando onde plantar as frutíferas”, celebra a moradora. 

Para Sérgio Monteiro, coordenador do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí, apesar do isolamento social, estes encontros, ainda que mediados por tecnologia e tendo formatos em contínua experimentação, têm revelado que é possível contribuir com a construção de uma cadeia de práticas e de significados para a promoção da saúde dentro e entre distintas comunidades de Petrópolis. “As pessoas vão tomando consciência da qualidade do ambiente em que vivem e demonstram que são capazes de colocar em prática, transformar locais e hábitos que vão favorecer a vida delas e que elas próprias têm razões para valorizar. E uma influencia a outra, seja um vizinho, seja alguém de outro território, mas que está ali conectado pelo mesmo propósito”, conclui Monteiro.

 

Dalva Oliveira, moradora do Amazonas.

Covid-19: Fiocruz alerta para urgência de medidas rígidas de isolamento social

Por Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encaminhou, na manhã desta quarta-feira (6/5), um relatório ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em resposta à solicitação do órgão realizada em 3 de maio. O documento consolida um posicionamento da Fiocruz a respeito da adoção de medidas rígidas de isolamento social no âmbito territorial do estado do Rio de Janeiro.

Com base em análises técnico-científicas e como parte de seu compromisso com a vida, com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a saúde da população, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana, visando à redução do ritmo de crescimento de casos e a preparação do sistema de saúde para o atendimento adequado e com qualidade às pessoas acometidas com as formas graves da Covid-19.

Os especialistas da instituição projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado do Rio de Janeiro, haverá um agravamento da situação epidemiológica e de insuficiência de leitos no mês de maio de 2020, que pode se prolongar e levar a um número expressivo de mortes que poderiam ser evitadas.

Segundo o documento, as medidas de lockdown devem ser adequadas às realidades epidemiológicas e dos sistemas de saúde das diferentes das cidades do estado sem que, no entanto, sejam implantadas de forma isolada. Para eles, elas devem considerar não somente o número registrado de casos e óbitos, mas principalmente a tendência da epidemia em cada região do estado, a disponibilidade de leitos e equipamentos, a adequação do quadro de profissionais de saúde, bem como a adesão dos cidadãos e dos estabelecimentos comerciais e industriais a estas medidas.

O relatório considera ainda a importância de intensa articulação das diferentes esferas de governo para a implantação dessas medidas rígidas de isolamento no estado e da adoção de medidas de apoio econômico e social às populações vulneráveis, particularmente as que dependem de trabalho informal ou precário, bem como suporte a pequenas empresas que geram empregos e podem sofrer grande impacto da pandemia.

Leia o documento na íntegra.

Quarentena musical

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí oferece orientações online aos jovens instrumentistas durante o isolamento

Apesar das limitações do isolamento social por conta da Covid-19, os jovens instrumentistas da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT seguem tendo aulas de música, adaptadas, porém, às condições da quarentena. Com os instrumentos em casa, os estudantes têm recebido orientações online dos professores e mantêm seus estudos individuais, de teoria e prática instrumental. Estão impedidos apenas da prática orquestral, porque esta requer a coletividade. As dificuldades são inevitáveis, desde as limitações de acesso à internet para alguns ao desafio de praticarem sozinhos em casa, em um ambiente diferente das salas do Palácio Itaboraí, onde eles costumam estar juntos de duas a cinco vezes por semana. Mas, desta experiência, os estudantes têm tirado novas perspectivas e a oportunidade, em muitos casos, de ter a família mais envolvida com a música clássica que eles praticam.

Segundo o maestro e coordenador da OCPIT, Celso Franzen Jr., estes encontros online não podem ser comparados e não substituem as aulas presenciais, mas são fundamentais para que os jovens músicos possam se manter estimulados e não fiquem totalmente distantes da prática habitual do instrumento. “Se eles param, perdem o que chamamos de coordenação fina. Embora alguns até reconheçam estarem evoluindo, nosso objetivo principal é mantê-los motivados e que não percam o que já adquiriram até agora. A música é uma prática que exige dedicação continuada. Se eles estiverem em dia com o trabalho individual, será muito mais fácil retomarmos com o coletivo, com nossa Orquestra, quando voltarmos”, explica Celso, acrescentando que há estudantes em diferentes níveis e todos estão sendo acompanhados, inclusive pela assistente social da OCPIT.

Como já fazia parte da rotina, os estudantes seguem tendo um tempo semanal diretamente com os professores, tanto para práticas individuais com seus instrumentos quanto para conteúdos de teoria musical; a novidade é que, durante este período de isolamento social, as aulas têm se sido adaptadas, já que vêm se utilizando dos meios tecnológicos para acontecerem. 

Jaqueline Rosa Moreira é professora de violino da OCPIT e tem feito vídeo-chamadas individuais com seus alunos pelo aplicativo multiplataforma whatsapp, além de gravar e recomendar vídeos com conteúdos complementares. Ela também passa tarefas e recebe deles vídeos com a execução dos trabalhos solicitados. No encontro seguinte, ela dá retornos com sua avaliação. “Tem funcionado bem para a maioria, principalmente para os alunos mais velhos, que já dominam mais o instrumento. De forma geral, eu os percebo engajados e contentes em fazer as atividades propostas, até porque estão cansados de ficar em casa e assim têm uma ocupação, uma vez que as aulas das escolas municipais em que estudam ainda não voltaram, nem de forma virtual” conta Jaqueline. Além das orientações técnicas, propriamente, a professora tem marcado encontros virtuais coletivos com seus alunos, para apoiá-los emocionalmente e ver como estão passando: “É quando reunimos o grupo todo, pelo menos todos aqueles que tocam violino comigo, para buscarmos manter o vínculo e trocarmos ideias. Falo por mim e por eles também: estamos todos aprendendo a dar valor ao que temos!”, destaca Jaqueline.

“O que eu mais sinto falta são os encontros orquestrais. São mais de quatro anos indo pra lá quase todos os dias. É como se eu não estivesse encontrando parte da minha família. A saudade é a mesma. Sinto falta da Orquestra, dos ensaios, das pessoas”, conta Isabella Mariosa, 19 anos, que toca flauta transversal e é uma das veteranas da atual composição da OCPIT. Apesar da distância e da saudade, a jovem agradece a possibilidade de seguir tendo aulas de música online: “Eu achei ótimo ter continuado, para não perder o foco e o ritmo. Se pararmos, o nosso corpo esquece e a cabeça enlouquece um pouco. E ter o professor, as tarefas, isso não nos deixa relaxar e faz com que pratiquemos. Além disso, a música é meu refúgio. E, neste período de isolamento, é onde consigo ter o meu espaço e meu tempo”, conclui Isabella, que está se preparando para este ano fazer o Teste de Habilidade Específica – o THE, exame requerido para ingressar na faculdade de música, onde ela pretende cursar bacharelado em flauta.

Para alguns alunos, o acesso à internet tem sido o principal limitante, às vezes até impeditivo para participar destes encontros de orientação musical online. Para outros, o desafio está mesmo em se adaptar a um aprendizado sem a presença dos professores, como é o caso do Ricardo Corvello, de 17 anos, que toca contrabaixo acústico, estuda no Colégio Estadual Dom Pedro II e está há quatro anos na OCPIT. “No início foi difícil e eu até pensei em desistir dessa ideia de aula online. Minha internet não é muito boa, mas isso até vou contornando. O problema maior foi conseguir me acostumar sem o Luiz Felipe, porque com ele por perto eu fico mais seguro de tocar as coisas certas. Mas ele começou bem devagar e eu fui me adaptando. Não achei que as aulas dariam certo, mas depois de um mês, tanto eu quanto ele nos esforçando, posso dizer que hoje está sendo bom. Estamos abordando conteúdo praticamente como se eu estivesse tendo aula presencial. E agora já ganhei mais velocidade nos exercícios, consigo executar mais rápido e tenho praticado até mais, pelo menos duas horas por dia, até porque estou com o meu instrumento por perto”, comemora o jovem instrumentista, contente por estar com o contrabaixo em casa, pois, pelo tamanho, não conseguia transportá-lo com frequência, usando-o preferencialmente nos dias em que ia ao Palácio Itaboraí. Apesar das dificuldades iniciais, Ricardo mostra mesmo que contornou os problemas e vem transformando sua jornada nesta quarentena: “Eu acho que isso tudo vai me ajudar a aprender de outras formas no futuro, como vendo um vídeo, acessando outros conteúdos. Ter nossos professores, claro, mas saber também aprender sozinho, ser mais autodidata. Esse momento vai ficar gravado como uma experiência positiva de estudo à distância”, conclui.

Na casa da juveníssima Ludmila de Andrade, as notas que ressoam da sua flauta transversal envolvem e acalantam toda a família durante o isolamento social. Com 12 anos, Ludmila ingressou na OCPIT no início de 2020, já com experiência anterior de tocar flauta doce. Estudante do Liceu Municipal, Ludmila tem seguido com afinco os encontros online semanais, tanto os específicos de seu instrumento, quanto os de teoria musical. “Como não é um vídeo gravado, estamos presentes ao mesmo tempo eu e o professor, ele tem conseguido me mostrar onde estou errando e o que eu posso corrigir. Não conseguiria fazer isso sozinha. Então, com ele, mesmo online, estamos conseguindo avançar. Mas por estar distante, eu tenho que treinar o dobro para acertar a cromática”, conta a menina Ludmila, explicando que “cromática” é a escala sonora do instrumento e que a qualidade do som executado tem a ver com a posição correta da embocadura, ou seja, de como se sopra a flauta. 

O pai e a mãe de Ludmila gostam de acompanhar a prática da filha em casa e contam que a jovem instrumentista toca diariamente, pelo menos uma hora por dia, na parte da tarde. “Pra nós é agradável. Gostamos de música e sempre a incentivamos, pois sabemos dos benefícios e ela também começou a tomar gosto pela música. A aula está sendo excelente. É como uma escada, você sobe degrau por degrau. Ela aprende e pratica. E por isso avança”, explica o industriário Paulo Roberto de Andrade. “Estamos mais próximos da experiência dela de aprender música, porque estamos todos em casa neste período. Tê-la praticando ajuda toda a família, porque a música traz alento nesse momento difícil. A música toca o coração das pessoas”, complementa, emocionado, o pai.

Portal Fiocruz tem área especial com informações sobre o coronavírus

Página dedicada ao assunto reúne o conteúdo produzido na Fundação sobre a doença

Em meio à epidemia de coronavírus, a Fiocruz tem atuado não apenas no esclarecimento de aspectos biológicos da doença, mas também na área da comunicação e informação em saúde. Para dar visibilidade a essa produção, o Portal Fiocruz lançou uma página especial que, além de notícias e vídeos, traz perguntas e respostas com as principais dúvidas da população e uma seção voltada para especialistas, com links para as principais fontes de informação em saúde sobre a epidemia. 

Desde o seu lançamento, em 5 de fevereiro de 2020, a página já acumula mais de 1,1 milhão de visualizações. Os conteúdos mais acessados nesse período foram as perguntas e respostas sobre o coronavírus, o que reflete o anseio da população por informações confiáveis.
 
Confira o especial do Portal Fiocruz sobre o coronavírus: fiocruz.br/coronavirus.
 
 

O mercado de trabalho na música clássica é tema de palestra gratuita no Palácio Itaboraí

O músico e pesquisador Lipe Portinho falará sobre as oportunidades da carreira

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT recebe no próximo dia 06 de março, de 15h às 17h, o músico contrabaixista e pesquisador Lipe Portinho para a palestra "O músico existencial: o mercado de trabalho na música". Com entrada franca, a palestra tem o objetivo de trazer luz às possibilidades de carreira que um profissional de música clássica pode seguir depois da formação superior. 

Segundo Celso Franzen Jr., maestro e coordenador da OCPIT, é comum para as pessoas que entram para a faculdade de música terem uma expectativa restrita de tornar-se um concertista, que, segundo ele é apenas um dos diversos caminhos possíveis. “Não foi diferente comigo, que entrei na faculdade às escuras, ainda sem saber exatamente quais as possibilidades a profissão poderia me oferecer e fui aprendendo na prática o mundo que pode ser aberto para o profissional de música clássica”, conta o regente, que entende que esta carreira ainda está amadurecendo no Brasil, principalmente no que se refere às políticas públicas para o segmento.
 
O conteúdo da palestra de Portinho faz parte de um estudo do músico a respeito do mercado de trabalho e é direcionado a qualquer pessoa que possa se interessar pelo assunto. “Para nossos instrumentistas da Orquestra e seus familiares, sem dúvidas, é uma rara oportunidade, uma vez que nosso propósito é oferecer formação orquestral, humanista e profissionalizante a estes jovens e conteúdos como este possibilitam visualizar caminhos futuros dentro da realidade da carreira”, explica Celso.
 
Embora aberta ao público, a palestra requer inscrição prévia, que pode ser feita pelo telefone (24) 2246-1430. As vagas são limitadas. O Palácio Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso – Petrópolis- RJ
 

Horta comunitária no Madame Machado é tema de reportagem do programa "Inter TV Rural"

O programa "Inter TV Rural" exibiu, no dia 23 de fevereiro de 2020, uma matéria sobre a horta comunitária criada na comunidade Madame Machado, em Petrópolis. A iniciativa é da associação de moradores do bairro e conta com o apoio técnico do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e com a parceria do quilombo da Tapera, na doação de mudas.

Para mais informações sobre o projeto, acesse http://www.forumitaborai.fiocruz.br/node/1169

Para ver a reportagem, clique na imagem abaixo:

 

Fórum Itaboraí promove encontros sobre práticas agroecológicas para comunidades petropolitanas

Objetivo é ampliar conhecimento em agricultura urbana, fortalecer laços comunitários e aumentar a segurança nutricional

A partir da próxima quarta-feira (05) até abril, moradores dos bairros Amazonas, Glória, Meio da Serra, Pedras Brancas, Posse e Retiro poderão participar dos “Encontros de Formação e Interação de Saberes em Agricultura Urbana”, cujos objetivos são gerar autonomia, soberania e solidariedade econômica e social mediante a promoção da segurança alimentar e de um maior vínculo com a terra, além de promover a troca de saberes, fortalecer os laços comunitários e contribuir com a redução da vulnerabilidade ambiental destes territórios.

A iniciativa é do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, que desenhou estes encontros com base nas informações levantadas pelo Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), trabalho que vem sendo realizado desde o início de 2017 em diversos bairros petropolitanos, por meio de articulações que envolvem Equipes de Saúde da Família – ESF e Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, no âmbito da cooperação entre a Fiocruz, as Secretaria Municipais de Saúde e de Assistência Social de Petrópolis, com a cooperação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Segundo Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí, o DRP tem apontado situações nos territórios que vinculam ao tema da agricultura urbana. “Identificamos demandas objetivas, como, por exemplo, iniciativas isoladas de hortas caseiras ou em pequenos espaços comunitários, bem como a alegada saudade de cultivar a terra, principalmente daquelas pessoas que originalmente são de áreas rurais e acabaram por deixar isso para trás com a vida na cidade. Mas também há outras situações apontadas pelo DRP, como o desemprego, a vulnerabilidade ambiental, problemas no descarte e na coleta de resíduos sólidos e no tratamento e a gestão dos esgotos, a ressignificação de espaços comunitários, a segurança alimentar de famílias nestes territórios e a participação social. E todas estas são questões que entendemos podem também ser trabalhadas a partir de abordagens práticas de agroecologia nestes espaços urbanos”, explica Rosenberg.

Os encontros propostos são semanais e somam 40 horas de um curso que leva aproximadamente três meses para ser percorrido e priorizará as atividades práticas, valorizando os conhecimentos e experiências existentes na comunidade. Claudemar Mattos, assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz e coordenador do ciclo de encontros, explica que além das técnicas agroecológicas, o aproveitamento integral dos alimentos e a participação social serão abordados como temas transversais nos encontros. “Com isso, promoveremos a integração do grupo, refletindo sobre a importância do trabalho comunitário, ao mesmo tempo em que aprendemos mais sobre técnicas de cultivo de alimentos adaptadas à nossa realidade e de gestão dos resíduos orgânicos, como os restos da cozinha e da varrição de folhas e aparas de grama. Juntos, vamos também aprender e ensinar formas de preparar estes alimentos, aproveitando-os ao máximo. Para praticar nosso aprendizado entre um encontro e outro, contaremos com os espaços existentes na comunidade para uma horta comunitária, além dos quintais particulares”, conta Claudemar.

Esta primeira turma acontecerá no território do bairro Amazonas e receberá moradores das outras comunidades já citadas. Por ser a primeira experiência, terá um caráter “piloto”, ou seja, onde a metodologia será testada e, se necessário, ajustada para a replicação do curso para os outros 12 bairros de Petrópolis em que o Fórum Itaboraí atua com práticas de gestão local participativa e intersetorial em saúde.

 

Palácio Itaboraí recebe a exposição "O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí"

Mostra gratuita traz informações e curiosidades sobre a obra clássica da literatura e seu autor

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – essa é uma das mais célebres frases do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, mundialmente conhecido por sua obra O Pequeno Príncipe. Além de escritor e ilustrador, Saint-Exupéry também era piloto da companhia francesa de correio aéreo Aéropostale e, talvez poucas pessoas saibam, mas uma pequena parte da sua história tem uma estreita relação com Petrópolis: com a expansão da aviação comercial na América do Sul, na década de 1920, Saint-Exupéry fazia escalas no Rio de Janeiro e, quando havia tempo entre uma viagem e outra, subia a serra e se hospedava na propriedade de seu amigo, também piloto, Marcel Reine, em Itaipava. Desde a década de 1940, esta casa é mantida por uma mesma família que a adquiriu após a Segunda Guerra Mundial e deu-lhe o nome de La Grande Valée (A casa do Pequeno Príncipe), onde preservam a memória da Aéropostale e do piloto.

De 21 de janeiro a 29 de maio, apreciadores do principezinho e do autor desse clássico da literatura universal terão a oportunidade de vivenciar a exposição “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí”, uma iniciativa do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde em parceria com o Instituto Municipal de Cultura e Esportes - IMCE e a La Grande Valée. A mostra traz curiosidades e informações sobre como o Pequeno Príncipe e a Aéropostale estão conectados: conta quem foi Saint Exupéry, onde ele trabalhava e como se deu o início da escrita e concepção de sua famosa obra literária. Quem visitar a exposição também poderá conhecer – ou reencontrar – alguns personagens que fazem parte da jornada do principezinho, como a Raposa e o Carneiro. Há, ainda, uma seção em que os visitantes poderão deixar suas mensagens para o mundo, registrando-as em estrelas que permanecerão penduradas em galhos. E mais: na “mesa do escritor” uma história já iniciada estará aberta para cada pessoa que quiser escrever um pequeno trecho e, juntos, construirmos uma grande história a diversas mãos.

No canal do youtube do Fórum Itaboraí (https://www.youtube.com/playlist?list=PL8ANDU7I_qdKquWX2resu2_ko81-sK9AD) interessados podem acessar podcasts com conteúdos relacionados. A mostra “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí” tem entrada franca e está aberta de terça a sexta, de 8:30h às 16:30h, e aos sábados, de 9:00h às 16:00h.Escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (24)2246-1430. A classificação é livre.

O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí recebe doações a partir do IR de pessoa física

Plataforma online traz o passo-a-passo de como doar

Pessoas físicas que admiram a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí dispõem de mais uma forma de contribuir com o trabalho de cidadania e transformação através da música, que há seis anos vem oferecendo formação orquestral, humanista e profissionalizante a  mais de 100 adolescentes e jovens da rede pública de ensino de Petrópolis.

 

Por meio da campanha IR que Transforma (www.irquetransforma.org.br), é possível doar até 6% do imposto de renda devido a pagar ou a restituir, com dedução fiscal de 100% do valor investido, para o projeto sociocultural. A campanha foi lançada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (VPGDI/Fiocruz), por meio de seu Escritório de Captação de Recursos, com o objetivo de dar ao cidadão o poder da decisão e a oportunidade de direcionar parte de seu imposto de renda devido a projetos socioculturais aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura e idealizados pela Fiocruz, contribuindo efetivamente com ações em benefício da cultura do nosso país. O IR que Transforma dispõe de uma plataforma própria, com simulador (www.irquetransforma.org.br/#simulador)e o passo-a-passo para fazer a doação.

 

Caso esta aconteça até o último dia útil de 2019, o valor doado já poderá ser lançado na declaração do imposto de renda de 2020, no campo próprio de “doações efetuadas”, possibilitando o benefício da isenção.

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí apresenta concertos gratuitos de fim de ano no Cine Teatro do Museu Imperial

No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros

Para encerrar a agenda de apresentação de 2019, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. As apresentações são gratuitas mas as vagas são limitadas. Solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

Confira a programação dos 2 dias de apresentação:

Fórum Itaboraí sedia evento sobre práticas e soluções para consolidação e fortalecimento do SUS

Encontro reuniu gestores públicos e profissionais de saúde de seis municípios do estado do Rio

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, sediou ontem (11) a 15ª Roda de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente IdeiaSUS. O encontro faz parte da cooperação técnica coordenada pela Presidência da Fiocruz, com a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), no âmbito da Rede de Apoio à Gestão Estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS). As rodas de práticas têm o objetivo de promover espaços de reflexão sobre SUS nos municípios. Em Petrópolis, o encontro reuniu, além dos agentes promotores, secretários municipais e profissionais de saúde de seis municípios do interior do estado do Rio de Janeiro, sendo quatro da Região Serrana (Petrópolis, Nova Friburgo, Macuco e Carmo) e dois do Centro Sul (Vassouras e Paraíba do Sul).

 

Para Valcler Rangel Fernandes, Chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz e Coordenador do IdeiaSUS, a iniciativa é um bom exemplo dos esforços da Fiocruz em atuar para além do papel que deve exercer uma instituição federal ligada ao Ministério da Saúde, fortalecendo o relacionamento direto com estados e municípios. “Nossa concepção é olhar para o SUS como um grande ambiente de inovação e olhar para a expansão da Atenção Básica, que acontece nos territórios, e que possibilitou o crescimento dessa grande plataforma de práticas em saúde”, complementa o coordenador.

 

O IdeiaSUS parte do princípio que a troca de experiências - exitosas ou não - são essenciais ao processo de consolidação e fortalecimento do SUS. “As rodas de prática servem para vermos que o SUS está vivo, que as iniciativas estão acontecendo e acontecendo com qualidade”, reforça Maria da Conceição de Souza Rocha, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro (Cosems RJ) e Secretária Municipal de Saúde de Piraí. “Precisamos conhecer e debater sobre as necessidades de saúde e as necessidades sociais, porque são elas que acabam orientando como vamos organizar as políticas públicas no território”, complementa Maria da Conceição.

 

Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí, celebra a oportunidade das diferentes esferas governamentais se encontrarem para refletir sobre práticas em saúde. “A sinergia entre as instituições federais, como é o caso da Fiocruz, e o executor local é determinante para que, de um lado, a população perceba a ação do poder público como um todo, de forma integrada, e, de outro, para que a comunidade seja vista em sua totalidade e não como algo fragmentado. E as novas tecnologias sociais em saúde devem focar nos territórios onde as famílias de maior exclusão social habitam”, avalia Rosenberg.

 

Conheça, a seguir, as práticas apresentadas na 15ª. Roda. Todas a práticas do IdeiaSUS são disponibilizadas na Plataforma Colaborativa do IdeiaSUS (www.ideiasus.fiocruz.br).

 

PRÁTICAS DA REGIÃO SERRANA:

1- Secretaria Municipal de Saúde do município de Macuco: Implementação do Protocolo do "Ponto G da Gestação"/ Dia da semana escolhido para a realização do pré-natal através do cuidado em rede/ampliação do acesso.

2- Secretaria Municipal de Saúde do município de Carmo: A Saúde Mental como campo de atuação da terapia comunitária integrativa: o fortalecimento do acolhimento aos sofrimentos no CAPS.

3- Secretaria Municipal de Saúde do município de Petrópolis: Participação popular na Estratégia Saúde da Família em Petrópolis: experiência de organização de Conselhos Locais nas sete regiões da Rede Básica de Saúde.

4- Secretaria Municipal de Saúde do município de Nova Friburgo: O Acesso da Mulher ao pré-natal: organização da Atenção Básica como porta de entrada e coordenadora do cuidado.

 

PRÁTICAS DA REGIÃO CENTRO SUL:

5- Secretaria Municipal de Saúde do município de Vassouras: Atenção Domiciliar: a integralidade do cuidado promovendo saúde e prevenindo agravos.

6- Secretaria Municipal de Saúde do município de Paraíba do Sul: Vigilância Itinerante.

 

Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) oferecem Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde

Das 24 vagas oferecidas, 16 serão destinadass para funcionários do Município de Petrópolis

Estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde oferecido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ESNP) e Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis. O curso tem como objetivo desenvolver uma visão crítica e estratégica sobre as políticas, planos e programas que tem determinado historicamente a expansão das cidades brasileiras, fortalecendo e ampliando a pauta da Saúde Coletiva na agenda e nas práticas de gestão e planejamento urbanos do país.
 
A quem se destina?
Profissionais graduados de todas as áreas atuando nos municípios da Região Serrana e, preferencialmente no Município de Petrópolis, e que busquem qualificação e formação para o desenvolvimento de práticas de formulação e execução de políticas, programas e projetos de intervenções urbanas e territoriais, na sua relação com a saúde coletiva.
 
Oferta de Vagas
Serão ao todo 24 (vinte e quatro) vagas, sendo 20 (vinte) vagas para candidatos de ampla concorrência, 03 (três) vagas para ações afirmativas e 01 (uma) vaga para candidatos estrangeiros;
Das 24 vagas, serão destinadas 16 (dezesseis) vagas para os para funcionários do Município de Petrópolis.
 
Carga Horária
400h (360h presenciais às sextas-feiras das 09h as 18h e eventualmente em trabalhos de campo aos sábados)
 
Período de inscrição
26/11/2019 a 03/01/2020
 
Como se inscrever?

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT apresenta concertos gratuitos de fim de ano em Petrópolis e no Rio de Janeiro

Na agenda, estão apresentações na programação do Natal Imperial e no Circuito Música no Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT realizará quatro novas apresentações gratuitas e abertas ao público, em Petrópolis e no Rio de Janeiro, fechando a agenda do grupo em 2019. No dia 29/11, sexta-feira, às 15h, a Orquestra se apresenta na Sala Villa-Lobos, do Instituto Villa-Lobos da UniRio. No dia seguinte, 30/11, sábado, os jovens instrumentistas sobem ao palco na Praça da Liberdade, às 18h, integrando a programação oficial do “Natal Imperial”, promovido pela Prefeitura de Petrópolis.

Já no dia 04/12, quarta-feira, às 12h30, a OCPIT se apresenta em formação de camerata no Circuito Música no Museu, no CCBB, no Rio de Janeiro. Formada em 2018, com músicos mais experientes da Orquestra, a Camerata do Palácio Itaboraí conta atualmente com 13 jovens, tendo no repertório músicas eruditas de compositores brasileiros e estrangeiros, novos e consagrados, geralmente dispostas em ordem cronológica. E, para encerrar a agenda, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros. As vagas para as apresentações do Museu Imperial são limitadas e solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

 

Fórum Itaboraí participa do Seminário de Tecnologia Social no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, em Brasília

Felix Rosenberg e Marina Rodrigues, diretor e analista social do Fórum Itaboraí, participaram do evento que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro

 

O encontro teve o objetivo de realizar o acompanhamento dos projetos selecionados pela chamada pública de apoio a pesquisas em tecnologias sociais, lançado em 2018 pelo CNPq, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC e Ministério da Cidadania. De um total superior a 600 projetos apresentados, o edital nacional contemplou 61 projetos voltados ao desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento e avaliação de Tecnologias Sociais que promovam geração de renda, inclusão no mundo do trabalho e autonomia econômica das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que atendam aos requisitos de simplicidade, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade, efetivo impacto e repercussão social. Além disso, os projetos devem estar relacionados a um ou mais de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O único projeto aprovado em Petrópolis volta-se ao desenvolvimento e aplicação de tecnologias sociais que permitem elaborar, com a participação das comunidades que habitam nos territórios de maior exclusão social, o diagnóstico dos seus principais problemas e potencialidades e fomentar o desenho de políticas públicas e uma maior inserção social e produtiva das mesmas. É coordenado pelo Fórum Itaboraí/Fiocruz-Petrópolis e dele participam também a Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio, da Fiocruz; a Prefeitura de Petrópolis, por meio das Secretariais Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, e o Departamento Municipal de Planejamento Urbano; além do Curso de Engenharia da Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF) e de Arquitetura da Católica de Petrópolis (UCP).

Para Felix Rosenberg, são três motivos para celebrar: “Em tempo de tanta conturbação política, social e econômica no nosso país, celebramos , em primeiro lugar, em razão da extraordinária iniciativa conjunta do CNPq, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Ministério da Cidadania que ansiamos seja repetida e ampliada; o segundo motivo é sucesso do primeiro seminário de tecnologias sociais, que permitiu não somente conhecer os mais destacados trabalhos de tecnologia social no país, mas também estabelecer amizades e parcerias entre os coordenadores desses projetos pelo Brasil afora; e, por último, pelo reconhecimento por parte da comunidade acadêmica desse campo de conhecimento do trabalho do Fórum Itaboraí / Fiocruz que, dentre outros logros, se destaca pela inovação na aplicação de tecnologias sociais; sua contribuição para a redução das desigualdades; a organização e participação comunitária e o enfoque e prática intersetorial envolvendo diversos órgãos do governo local, universidades e organizações e lideranças comunitárias”, explica o diretor.

Os demais projetos apoiados incluem iniciativas de saneamento alternativo para comunidades rurais amazônicas; reuso de água para produção agrícola em assentamentos do sermiárido nordestino; redução de vulnerabilidade de comunidades em áreas susceptíveis à desertificação; agregação de valor ao produto e geração de renda aos pescadores do Rio Uruguai, elaboração de modelo de cooperativas de prestação de serviços autônomos; agroecologia; compostagem de resíduos sólidos de baixo custo; economia solidária e agroecologia para ações em comunidades de dependentes químicos; tecnologias sociais para proteção à biodiversidade; entre outros.

 

Fórum Itaboraí promove encontro de líderes comunitários petropolitanos

Provocados por espetáculo do Teatro do Oprimido sobre racismo, participantes refletiram e discutiram sobre desigualdades sociais

 

No último dia 15 de novembro, líderes das comunidades Nossa Senhora de Fátima, na Posse; do Alemão, no Retiro; da Glória, em Corrêas; e do Meio da Serra estiveram reunidos na comunidade de Pedras Brancas, na Mosela, para trocar ideias e intercambiar conhecimentos e experiências frente aos desafios destes territórios petropolitanos, que vivem problemas socioeconômicos e ambientais similares.

A iniciativa foi facilitada pelo Fórum Itaboraí que coordena o projeto para o desenvolvimento, replicação e aperfeiçoamento de tecnologia social para inclusão cidadã nestes cincos territórios de agudas desigualdades sociais em Petrópolis. Este projeto é um dos 61 selecionados em todo o país na chamada pública de 2018 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq; do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC; e do Ministério da Cidadania.

O encontro aconteceu na quadra da comunidade Pedras Brancas, com o apoio da associação de moradores do bairro, e reuniu cerca de 40 pessoas. O ponto alto foi a apresentação da peça “Suspeito”, encenada pelo coletivo do Centro do Teatro do Oprimido “A Cor do Brasil” que reúne artistas-ativistas afrodescendentes interessados em aprofundar e ampliar a discussão pública sobre o racismo através da arte. “Suspeito aborda o racismo institucional e difuso, que, apesar de estar presente na vida cotidiana de negros e negras e de produzir consequências concretas para a desigualdade racial no país, ainda parece imperceptível por estar camuflado em um misto de camaradagem e meritocracia”, explica Alessandro Conceição, que integra o elenco Cor do Brasil. Ainda, segundo o ator, “a forma difusa e simbólica de expressão desse racismo cotidiano dificulta tanto a identificação quanto a luta por sua superação”.

De acordo com Marina Rodrigues, analista social do Fórum Itaboraí, o Teatro do Oprimido foi escolhido como ferramenta para aproximação e articulação territorial entre comunidades que vivem realidades similares. “São comunidades localizadas em diferentes regiões de Petrópolis, inclusive nas fronteiras do município, mas que guardam muita proximidade quando estamos falando da realidade social, econômica e ambiental desses lugares. E com o Teatro do Oprimido buscamos provocar uma reflexão sobre situações, condições e vivências tão comuns quanto cotidianas das pessoas que habitam estes territórios, que encontram poucos espaços e tempo para pensar, problematizar e dialogar sobre questões que as afetam. E, certamente, trocando experiências e ideias as comunidades se fortalecem”, avalia a pesquisadora.

Cláudio Noronha é presidente da Associação de Moradores do Alemão, comunidade localizada no Retiro, formada, segundo ele, por cerca de cinco mil habitantes. O líder comunitário participou do encontro e conta que a peça “Suspeito” o provocou a pensar e a perceber que tem pessoas que ainda não desistiram de lutar por um Brasil melhor. “A peça fala sobre racismo, sobre desigualdade e fala nossa língua, nos sentimos parte do que é colocado ali. Eles mostraram uma realidade que vivemos todos os dias, no shopping, nas ruas, no trabalho, e que pessoas como nós não têm coragem e não sabem se manifestar diante disso. É uma peça que precisa passar pra quem vive lá na comunidade, até para despertar nos jovens, nas pessoas de forma geral, o desejo de se abrirem, de desabafar e também saber como lidar com situações como estas, de discriminação”, explica Noronha. “Participar de encontros como este nos tiram da zona de conforto, nos permitem ter novas ideias e conhecer experiências de outros líderes que vivem situações parecidas com as nossas. Eu moro dentro de uma comunidade que precisa ter estas perspectivas. Saí renovado”, celebra o líder comunitário.

 

Processo seletivo 2020 da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - Inscrições prorrogadas até 29 de novembro

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

Em funcionamento desde fevereiro de 2013, a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí é um Projeto Sócio – Cultural gratuito de formação de orquestra composto por um conjunto de aulas de teoria e harmonia, prática orquestral e instrumento. O Ciclo Básico do curso tem duração de 4 anos e conta com aulas três vezes por semana no período da tarde. Para àqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido junto ao Enem nas Universidades Públicas. Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

Processo Seletivo 2020

Destinado a estudantes matriculados na rede pública de ensino que estejam cursando prioritariamente entre o 7° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio, o processo seletivo de 2020 irá selecionar novos alunos para os seguintes instrumentos: violino, viola de arco, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal e clarinete. A seleção ocorrerá em duas etapas, ambas no dia 30 de novembro: entrevista sócio-motivacional e avaliação geral de aptidões musicais, ambas no Palácio Itaboraí.

Nenhum teste de teoria musical será exigido e candidatos que não possuem instrumentos poderão participar da seleção normalmente.

 

Inscrições

As inscrições foram prorrogadas até 29 de novembro e poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, de 08h às 17h, através do telefone (24) 2246-1430 ou na secretaria do Palácio Itaboraí localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, no Valparaíso em Petrópolis.

Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2019)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável 

 

Clique aqui para visualizar o material de divulgação do processo seletivo 2020.

Moradores da comunidade Primeiro de Maio criam horta comunitária com o apoio do Fórum Itaboraí

No último sábado, 26, mais de 30 pessoas, entre crianças e adultos da comunidade Primeiro de Maio, em Madame Machado, Itaipava, participaram de um mutirão para criação de uma horta comunitária, com o propósito de unir os moradores e contribuir com a qualidade alimentar de quem vive na localidade. A iniciativa é da associação de moradores do bairro e conta com o apoio técnico do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e com a parceria do quilombo da Tapera, na doação de mudas.

O morador e presidente da Associação de Moradores de Primeiro de Maio/Madame Machado, Amilton Oliveira, conta que a ideia nasceu do desejo de alguns moradores de criar uma horta medicinal para incentivar a comunidade a plantar seu próprio remédio. “Mas com o apoio da Fiocruz fomos amadurecendo nossa proposta e entendemos que poderíamos ter mais que plantas medicinais, poderíamos plantar também hortaliças, para nossa alimentação. E mais: a horta será um lugar onde vamos nos encontrar, onde cuidaremos juntos do que vamos consumir e, unidos, podemos realizar outras ações para o bem de nosso bairro”, comemora Amilton.

Durante o mutirão, crianças e adultos prepararam os canteiros, abriram os berços para as mudas, realizaram o plantio e cobriram a área com capim, para proteger o solo. Dentre eles estava Adalberto Bernardes, pedreiro e morador do bairro há 40 anos, nascido e criado na roça e que disse amar mexer com a terra, plantar, cuidar, ver crescer e depois colher. “Foi divertido e importante para a comunidade, principalmente para muitas crianças, que nunca tinham lidado com a terra e só veem determinados alimentos na quitanda ou no prato. E incrível conhecer como as coisas acontecem na natureza e saber que você pode ser parte disso”, avalia o morador. Adalberto faz questão de sugerir que, com a união da comunidade, o próximo mutirão poderá ser para reflorestar uma área no alto da comunidade, região onde existe uma nascente que abastece, segundo ele, pelo menos 60 moradores da comunidade e que vem sendo degradada pelo fogo e pelo desmatamento, além de ser um local onde já houve tentativa de invasão e loteamento.

A horta comunitária está sendo implantada nos fundos da própria Associação, em uma parte do terreno que estava, segundo Amilton, com mato alto e aspecto de abandonada. “Estamos dando uma nova função ao espaço. O próximo passo é finalizarmos o sistema de irrigação, que faremos com a ajuda de moradores e de técnicos da Fiocruz. Em seguida, ainda em novembro, realizaremos uma reunião comunitária para juntos elaborarmos como será o cuidado, as contribuições voluntárias de quem quer participar e como a comunidade vai se beneficiar do que for produzido. Uma das ideias é fazermos uma feira livre, em frente à Associação, com o excedente, para ajudar a manter a horta, até porque não temos feira dentro do bairro. Vai ser bom pra todo mundo”, visiona, entusiasmado, o presidente da Associação. Ele acrescenta, ainda, que nos planos está também a construção de uma estufa, para produção de mudas tanto para atender a horta quanto para fazer o intercâmbio com outras comunidades.

 

Fiocruz pra Você 2019 - Petrópolis

Uma divertida campanha de vacinação

Mais de 500 pessoas estiveram no último sábado, 19, no Fiocruz Pra Você, no Palácio Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis. O evento, realizado anualmente em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, é um grande ato para sensibilizar e mobilizar as pessoas para a importância da vacinação. Além da oportunidade de imunização de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos contra o sarampo, houve atendimento pediátrico básico, orientação de saúde bucal, feira agroecológica, doação de mais de 600 livros e muita diversão, com diversas atividades gratuitas para todas as idades.

 

Bairro de Vila Rica, em Pedro do Rio, realiza segunda mostra de talentos

Iniciativa é apoiada por Acordo de Cooperação entre Secretaria Municipal de Saúde e Fórum Itaboraí - Fiocruz Petrópolis

 

No domingo, dia 27 de outubro, de 9h às 16h, o Posto de Saúde da Família e a comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio, promovem a 2ª. Feira de Talentos de Vila Rica, com entrada franca, na Escola Municipalizada Santa Terezinha. O evento nasceu com o propósito de mostrar o que o bairro tem de melhor e promover maior integração entre os moradores. Como parte da programação acontecerá, também, o fórum para eleição dos membros da sociedade civil do Conselho Municipal de Saúde, de 10h às 12h.
 
Esta segunda edição da Feira de Talentos acontece dois meses após a primeira, que reuniu mais de 20 expositores, apresentando suas habilidades em peças de artesanato, culinária, hip-hop, passinho, ioga, zumba, capoeira, entre outros. Segundo Ana Paula Lorete, agente comunitária do Posto de Saúde da Família em Vila Rica, o sucesso da primeira Feira foi tamanho que os moradores logo se mobilizaram para realizar esta segunda edição, com a participação de mais dez novos expositores. “Deu tão certo que a comunidade está motivada e não quer parar! A ideia é consolidar a Feira de Talentos como uma atividade permanente do bairro e que, desta mobilização, surja uma rede de economia solidária em Vila Rica”, conta, entusiasmada, a agente de saúde.
 
A mostra é fruto de um engajamento comunitário que vem acontecendo no bairro desde 2017, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS e do Fórum Itaboraí, Fiocruz em Petrópolis. O trabalho em parceria destas duas instituições está expresso em um acordo de cooperação que prevê ações continuadas e consecutivas para a promoção da saúde pública em territórios de atuação da Estratégia de Saúde da Família – ESF, em Petrópolis. A iniciativa teve início com diagnósticos rápidos participativos (DRP) de comunidades, envolvendo moradores e agentes comunitários de saúde.
 
Segundo Marina Rodrigues, pesquisadora social do Fórum Itaboraí, mais do que oferecer um retrato dos territórios estudados, esta metodologia contribuiu com a ressignificação do olhar e maior envolvimento dos profissionais de saúde com as condições de vida das populações que vivem naqueles lugares. “Este trabalho se desdobrou no fortalecimento e apoio orientado às equipes de saúde da família de oito territórios petropolitanos, sendo um deles Vila Rica, e estes profissionais vêm trabalhando na promoção da saúde integral, não apenas o olhar sobre a doença”, explica Marina. “E como parte fundamental deste trabalho está o estímulo à participação social, ao engajamento comunitário para a constituição de Conselhos Locais de Saúde, que são espaços onde possam ser discutidas questões que vão além da dimensão da saúde propriamente, mas também outros problemas comunitários que afetam a qualidade de vida daquela população, como, por exemplo, questões de transporte, lazer, assistência social, cultura, segurança, entre outros. Porque isso é saúde”, acrescenta a pesquisadora, informando que a constituição de Conselhos Locais está prevista na Lei Municipal Nº 7.705, de 12/09/2018, e que este, em Vila Rica, é o quarto de oito Conselhos Locais de Saúde previstos no acordo de cooperação, sendo os outros três já em operação no Amazonas, no Sargento Boening e na comunidade 1º de Maio/Madame Machado.
 
Na primeira edição da Feira de Talentos de Vila Rica, uma comissão constituída por seis moradores e por toda equipe da Estratégia de Saúde da Família do bairro divulgaram e explicaram aos moradores o que é e qual o papel do Conselho Local de Saúde. “Foi fundamental que este trabalho de informação e conscientização tenha acontecido na Feira de Talentos, pois, naquele momento, os moradores estavam se conectando a partir do que o bairro tem de melhor, do que é produzido pelas próprias pessoas que vivem ali. Então, neste contexto, eles puderam perceber que juntos podem realizar algo mais grandioso e que, participando, podem direcionar soluções para as suas próprias necessidades, sem ter que delegar isso para terceiros”, explica Eliane Quinan, Gerente da Atenção Básica nos territórios.
 
O Conselho Local de Saúde tem paridade entre membros locais e representantes do poder público em sua constituição, ou seja, é formado por quatro integrantes titulares da comunidade e quatro profissionais da gestão pública, além de um suplente para cada membro titular. Entre os membros da gestão pública, dois pertencem ao gestor municipal e os outros dois representam os profissionais que atuam na unidade de saúde do território. Quanto aos representantes da sociedade civil, estes devem ser moradores do território em questão e são eleitos em um fórum, aberto a participação de todos. Para se candidatar, a pessoa interessada deve, portanto, comprovar endereço e estar presente no decorrer de todo o fórum.
 

Fiocruz pra Você 2019 - Petrópolis

Fórum Itaboraí promove campanha de vacinação contra sarampo com programação cultural e muita diversão

Evento é totalmente gratuito

 

No próximo sábado, 19, crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos poderão ser vacinadas gratuitamente contra o sarampo no Fiocruz Pra Você 2019, evento que acontece no Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em Petrópolis, de 8h às 17h. Além da oportunidade de imunização das crianças, as famílias também poderão curtir um dia de muita diversão, com diversas atividades gratuitas para todas as idades.

 

O Fiocruz Pra Você é um evento tradicional realizado pela Fiocruz há 25 anos na sua sede, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, atraindo milhares de pessoas todos os anos em favor da vacinação. Em Petrópolis será a terceira edição do evento, realizado em coordenação com a Secretaria Municipal de Saúde. Para Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí, será um dia para atualizar a caderneta de vacinação das crianças, unindo responsabilidade pela vida com programação de cultura e lazer. “Nosso compromisso é com a saúde da população e, movidos por esta missão, nos preparamos para receber com alegria tanto quem já conhece e frequenta o Palácio Itaboraí como quem ainda não teve a oportunidade de conhecer este espaço público em Petrópolis”, conta Rosenberg.

 

As atividades terão início com a “1ª. Caminhada do Oswaldo”, que sairá da Praça da Liberdade, às 8h, com destino ao Palácio Itaboraí. A programação inclui também show de mágica, apresentação circense, oficinas de plantio de espécies medicinais, apresentações musicais com jovens que compõem a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, feira agroecológica, oficinas de saúde bucal, feira de troca e doação de livros, visitação da Trilha do Arboreto, onde estão centenas de espécies de plantas medicinais, além de cama elástica, piscina de bolinhas, pintura facial, brinquedos infláveis, personagens de histórias infantis, distribuição de brindes, pipoca e algodão doce.

 

O Palácio Itaboraí fica à Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso. Veja a programação completa do evento.

 

 

 

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