O mercado de trabalho na música clássica é tema de palestra gratuita no Palácio Itaboraí

O músico e pesquisador Lipe Portinho falará sobre as oportunidades da carreira

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT recebe no próximo dia 06 de março, de 15h às 17h, o músico contrabaixista e pesquisador Lipe Portinho para a palestra "O músico existencial: o mercado de trabalho na música". Com entrada franca, a palestra tem o objetivo de trazer luz às possibilidades de carreira que um profissional de música clássica pode seguir depois da formação superior. 

Segundo Celso Franzen Jr., maestro e coordenador da OCPIT, é comum para as pessoas que entram para a faculdade de música terem uma expectativa restrita de tornar-se um concertista, que, segundo ele é apenas um dos diversos caminhos possíveis. “Não foi diferente comigo, que entrei na faculdade às escuras, ainda sem saber exatamente quais as possibilidades a profissão poderia me oferecer e fui aprendendo na prática o mundo que pode ser aberto para o profissional de música clássica”, conta o regente, que entende que esta carreira ainda está amadurecendo no Brasil, principalmente no que se refere às políticas públicas para o segmento.
 
O conteúdo da palestra de Portinho faz parte de um estudo do músico a respeito do mercado de trabalho e é direcionado a qualquer pessoa que possa se interessar pelo assunto. “Para nossos instrumentistas da Orquestra e seus familiares, sem dúvidas, é uma rara oportunidade, uma vez que nosso propósito é oferecer formação orquestral, humanista e profissionalizante a estes jovens e conteúdos como este possibilitam visualizar caminhos futuros dentro da realidade da carreira”, explica Celso.
 
Embora aberta ao público, a palestra requer inscrição prévia, que pode ser feita pelo telefone (24) 2246-1430. As vagas são limitadas. O Palácio Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso – Petrópolis- RJ
 

Horta comunitária no Madame Machado é tema de reportagem do programa "Inter TV Rural"

O programa "Inter TV Rural" exibiu, no dia 23 de fevereiro de 2020, uma matéria sobre a horta comunitária criada na comunidade Madame Machado, em Petrópolis. A iniciativa é da associação de moradores do bairro e conta com o apoio técnico do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e com a parceria do quilombo da Tapera, na doação de mudas.

Para mais informações sobre o projeto, acesse http://www.forumitaborai.fiocruz.br/node/1169

Para ver a reportagem, clique na imagem abaixo:

 

Fórum Itaboraí promove encontros sobre práticas agroecológicas para comunidades petropolitanas

Objetivo é ampliar conhecimento em agricultura urbana, fortalecer laços comunitários e aumentar a segurança nutricional

A partir da próxima quarta-feira (05) até abril, moradores dos bairros Amazonas, Glória, Meio da Serra, Pedras Brancas, Posse e Retiro poderão participar dos “Encontros de Formação e Interação de Saberes em Agricultura Urbana”, cujos objetivos são gerar autonomia, soberania e solidariedade econômica e social mediante a promoção da segurança alimentar e de um maior vínculo com a terra, além de promover a troca de saberes, fortalecer os laços comunitários e contribuir com a redução da vulnerabilidade ambiental destes territórios.

A iniciativa é do Fórum Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis, que desenhou estes encontros com base nas informações levantadas pelo Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), trabalho que vem sendo realizado desde o início de 2017 em diversos bairros petropolitanos, por meio de articulações que envolvem Equipes de Saúde da Família – ESF e Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, no âmbito da cooperação entre a Fiocruz, as Secretaria Municipais de Saúde e de Assistência Social de Petrópolis, com a cooperação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Segundo Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí, o DRP tem apontado situações nos territórios que vinculam ao tema da agricultura urbana. “Identificamos demandas objetivas, como, por exemplo, iniciativas isoladas de hortas caseiras ou em pequenos espaços comunitários, bem como a alegada saudade de cultivar a terra, principalmente daquelas pessoas que originalmente são de áreas rurais e acabaram por deixar isso para trás com a vida na cidade. Mas também há outras situações apontadas pelo DRP, como o desemprego, a vulnerabilidade ambiental, problemas no descarte e na coleta de resíduos sólidos e no tratamento e a gestão dos esgotos, a ressignificação de espaços comunitários, a segurança alimentar de famílias nestes territórios e a participação social. E todas estas são questões que entendemos podem também ser trabalhadas a partir de abordagens práticas de agroecologia nestes espaços urbanos”, explica Rosenberg.

Os encontros propostos são semanais e somam 40 horas de um curso que leva aproximadamente três meses para ser percorrido e priorizará as atividades práticas, valorizando os conhecimentos e experiências existentes na comunidade. Claudemar Mattos, assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz e coordenador do ciclo de encontros, explica que além das técnicas agroecológicas, o aproveitamento integral dos alimentos e a participação social serão abordados como temas transversais nos encontros. “Com isso, promoveremos a integração do grupo, refletindo sobre a importância do trabalho comunitário, ao mesmo tempo em que aprendemos mais sobre técnicas de cultivo de alimentos adaptadas à nossa realidade e de gestão dos resíduos orgânicos, como os restos da cozinha e da varrição de folhas e aparas de grama. Juntos, vamos também aprender e ensinar formas de preparar estes alimentos, aproveitando-os ao máximo. Para praticar nosso aprendizado entre um encontro e outro, contaremos com os espaços existentes na comunidade para uma horta comunitária, além dos quintais particulares”, conta Claudemar.

Esta primeira turma acontecerá no território do bairro Amazonas e receberá moradores das outras comunidades já citadas. Por ser a primeira experiência, terá um caráter “piloto”, ou seja, onde a metodologia será testada e, se necessário, ajustada para a replicação do curso para os outros 12 bairros de Petrópolis em que o Fórum Itaboraí atua com práticas de gestão local participativa e intersetorial em saúde.

 

Palácio Itaboraí recebe a exposição "O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí"

Mostra gratuita traz informações e curiosidades sobre a obra clássica da literatura e seu autor

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – essa é uma das mais célebres frases do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, mundialmente conhecido por sua obra O Pequeno Príncipe. Além de escritor e ilustrador, Saint-Exupéry também era piloto da companhia francesa de correio aéreo Aéropostale e, talvez poucas pessoas saibam, mas uma pequena parte da sua história tem uma estreita relação com Petrópolis: com a expansão da aviação comercial na América do Sul, na década de 1920, Saint-Exupéry fazia escalas no Rio de Janeiro e, quando havia tempo entre uma viagem e outra, subia a serra e se hospedava na propriedade de seu amigo, também piloto, Marcel Reine, em Itaipava. Desde a década de 1940, esta casa é mantida por uma mesma família que a adquiriu após a Segunda Guerra Mundial e deu-lhe o nome de La Grande Valée (A casa do Pequeno Príncipe), onde preservam a memória da Aéropostale e do piloto.

De 21 de janeiro a 29 de maio, apreciadores do principezinho e do autor desse clássico da literatura universal terão a oportunidade de vivenciar a exposição “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí”, uma iniciativa do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde em parceria com o Instituto Municipal de Cultura e Esportes - IMCE e a La Grande Valée. A mostra traz curiosidades e informações sobre como o Pequeno Príncipe e a Aéropostale estão conectados: conta quem foi Saint Exupéry, onde ele trabalhava e como se deu o início da escrita e concepção de sua famosa obra literária. Quem visitar a exposição também poderá conhecer – ou reencontrar – alguns personagens que fazem parte da jornada do principezinho, como a Raposa e o Carneiro. Há, ainda, uma seção em que os visitantes poderão deixar suas mensagens para o mundo, registrando-as em estrelas que permanecerão penduradas em galhos. E mais: na “mesa do escritor” uma história já iniciada estará aberta para cada pessoa que quiser escrever um pequeno trecho e, juntos, construirmos uma grande história a diversas mãos.

No canal do youtube do Fórum Itaboraí (https://www.youtube.com/playlist?list=PL8ANDU7I_qdKquWX2resu2_ko81-sK9AD) interessados podem acessar podcasts com conteúdos relacionados. A mostra “O Pequeno Príncipe visita o Palácio Itaboraí” tem entrada franca e está aberta de terça a sexta, de 8:30h às 16:30h, e aos sábados, de 9:00h às 16:00h.Escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (24)2246-1430. A classificação é livre.

O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí recebe doações a partir do IR de pessoa física

Plataforma online traz o passo-a-passo de como doar

Pessoas físicas que admiram a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí dispõem de mais uma forma de contribuir com o trabalho de cidadania e transformação através da música, que há seis anos vem oferecendo formação orquestral, humanista e profissionalizante a  mais de 100 adolescentes e jovens da rede pública de ensino de Petrópolis.

 

Por meio da campanha IR que Transforma (www.irquetransforma.org.br), é possível doar até 6% do imposto de renda devido a pagar ou a restituir, com dedução fiscal de 100% do valor investido, para o projeto sociocultural. A campanha foi lançada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (VPGDI/Fiocruz), por meio de seu Escritório de Captação de Recursos, com o objetivo de dar ao cidadão o poder da decisão e a oportunidade de direcionar parte de seu imposto de renda devido a projetos socioculturais aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura e idealizados pela Fiocruz, contribuindo efetivamente com ações em benefício da cultura do nosso país. O IR que Transforma dispõe de uma plataforma própria, com simulador (www.irquetransforma.org.br/#simulador)e o passo-a-passo para fazer a doação.

 

Caso esta aconteça até o último dia útil de 2019, o valor doado já poderá ser lançado na declaração do imposto de renda de 2020, no campo próprio de “doações efetuadas”, possibilitando o benefício da isenção.

 

Para conhecer mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio itaboraí, assista ao documentário em www.youtube.com/watch?v=kjeYKqG2J9s&t=1s

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí apresenta concertos gratuitos de fim de ano no Cine Teatro do Museu Imperial

No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros

Para encerrar a agenda de apresentação de 2019, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. As apresentações são gratuitas mas as vagas são limitadas. Solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

Confira a programação dos 2 dias de apresentação:

Fórum Itaboraí sedia evento sobre práticas e soluções para consolidação e fortalecimento do SUS

Encontro reuniu gestores públicos e profissionais de saúde de seis municípios do estado do Rio

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, sediou ontem (11) a 15ª Roda de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente IdeiaSUS. O encontro faz parte da cooperação técnica coordenada pela Presidência da Fiocruz, com a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), no âmbito da Rede de Apoio à Gestão Estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS). As rodas de práticas têm o objetivo de promover espaços de reflexão sobre SUS nos municípios. Em Petrópolis, o encontro reuniu, além dos agentes promotores, secretários municipais e profissionais de saúde de seis municípios do interior do estado do Rio de Janeiro, sendo quatro da Região Serrana (Petrópolis, Nova Friburgo, Macuco e Carmo) e dois do Centro Sul (Vassouras e Paraíba do Sul).

 

Para Valcler Rangel Fernandes, Chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz e Coordenador do IdeiaSUS, a iniciativa é um bom exemplo dos esforços da Fiocruz em atuar para além do papel que deve exercer uma instituição federal ligada ao Ministério da Saúde, fortalecendo o relacionamento direto com estados e municípios. “Nossa concepção é olhar para o SUS como um grande ambiente de inovação e olhar para a expansão da Atenção Básica, que acontece nos territórios, e que possibilitou o crescimento dessa grande plataforma de práticas em saúde”, complementa o coordenador.

 

O IdeiaSUS parte do princípio que a troca de experiências - exitosas ou não - são essenciais ao processo de consolidação e fortalecimento do SUS. “As rodas de prática servem para vermos que o SUS está vivo, que as iniciativas estão acontecendo e acontecendo com qualidade”, reforça Maria da Conceição de Souza Rocha, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro (Cosems RJ) e Secretária Municipal de Saúde de Piraí. “Precisamos conhecer e debater sobre as necessidades de saúde e as necessidades sociais, porque são elas que acabam orientando como vamos organizar as políticas públicas no território”, complementa Maria da Conceição.

 

Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí, celebra a oportunidade das diferentes esferas governamentais se encontrarem para refletir sobre práticas em saúde. “A sinergia entre as instituições federais, como é o caso da Fiocruz, e o executor local é determinante para que, de um lado, a população perceba a ação do poder público como um todo, de forma integrada, e, de outro, para que a comunidade seja vista em sua totalidade e não como algo fragmentado. E as novas tecnologias sociais em saúde devem focar nos territórios onde as famílias de maior exclusão social habitam”, avalia Rosenberg.

 

Conheça, a seguir, as práticas apresentadas na 15ª. Roda. Todas a práticas do IdeiaSUS são disponibilizadas na Plataforma Colaborativa do IdeiaSUS (www.ideiasus.fiocruz.br).

 

PRÁTICAS DA REGIÃO SERRANA:

1- Secretaria Municipal de Saúde do município de Macuco: Implementação do Protocolo do "Ponto G da Gestação"/ Dia da semana escolhido para a realização do pré-natal através do cuidado em rede/ampliação do acesso.

2- Secretaria Municipal de Saúde do município de Carmo: A Saúde Mental como campo de atuação da terapia comunitária integrativa: o fortalecimento do acolhimento aos sofrimentos no CAPS.

3- Secretaria Municipal de Saúde do município de Petrópolis: Participação popular na Estratégia Saúde da Família em Petrópolis: experiência de organização de Conselhos Locais nas sete regiões da Rede Básica de Saúde.

4- Secretaria Municipal de Saúde do município de Nova Friburgo: O Acesso da Mulher ao pré-natal: organização da Atenção Básica como porta de entrada e coordenadora do cuidado.

 

PRÁTICAS DA REGIÃO CENTRO SUL:

5- Secretaria Municipal de Saúde do município de Vassouras: Atenção Domiciliar: a integralidade do cuidado promovendo saúde e prevenindo agravos.

6- Secretaria Municipal de Saúde do município de Paraíba do Sul: Vigilância Itinerante.

 

Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) oferecem Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde

Das 24 vagas oferecidas, 16 serão destinadass para funcionários do Município de Petrópolis

Estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão Urbana e Saúde oferecido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ESNP) e Fórum Itaboraí - FIOCRUZ/Petrópolis. O curso tem como objetivo desenvolver uma visão crítica e estratégica sobre as políticas, planos e programas que tem determinado historicamente a expansão das cidades brasileiras, fortalecendo e ampliando a pauta da Saúde Coletiva na agenda e nas práticas de gestão e planejamento urbanos do país.
 
A quem se destina?
Profissionais graduados de todas as áreas atuando nos municípios da Região Serrana e, preferencialmente no Município de Petrópolis, e que busquem qualificação e formação para o desenvolvimento de práticas de formulação e execução de políticas, programas e projetos de intervenções urbanas e territoriais, na sua relação com a saúde coletiva.
 
Oferta de Vagas
Serão ao todo 24 (vinte e quatro) vagas, sendo 20 (vinte) vagas para candidatos de ampla concorrência, 03 (três) vagas para ações afirmativas e 01 (uma) vaga para candidatos estrangeiros;
Das 24 vagas, serão destinadas 16 (dezesseis) vagas para os para funcionários do Município de Petrópolis.
 
Carga Horária
400h (360h presenciais às sextas-feiras das 09h as 18h e eventualmente em trabalhos de campo aos sábados)
 
Período de inscrição
26/11/2019 a 03/01/2020
 
Como se inscrever?

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - OCPIT apresenta concertos gratuitos de fim de ano em Petrópolis e no Rio de Janeiro

Na agenda, estão apresentações na programação do Natal Imperial e no Circuito Música no Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT realizará quatro novas apresentações gratuitas e abertas ao público, em Petrópolis e no Rio de Janeiro, fechando a agenda do grupo em 2019. No dia 29/11, sexta-feira, às 15h, a Orquestra se apresenta na Sala Villa-Lobos, do Instituto Villa-Lobos da UniRio. No dia seguinte, 30/11, sábado, os jovens instrumentistas sobem ao palco na Praça da Liberdade, às 18h, integrando a programação oficial do “Natal Imperial”, promovido pela Prefeitura de Petrópolis.

Já no dia 04/12, quarta-feira, às 12h30, a OCPIT se apresenta em formação de camerata no Circuito Música no Museu, no CCBB, no Rio de Janeiro. Formada em 2018, com músicos mais experientes da Orquestra, a Camerata do Palácio Itaboraí conta atualmente com 13 jovens, tendo no repertório músicas eruditas de compositores brasileiros e estrangeiros, novos e consagrados, geralmente dispostas em ordem cronológica. E, para encerrar a agenda, nos dias 17 e 18/12, a OCPIT realiza seu já tradicional concerto no Cine Teatro do Museu Imperial, ambas as apresentações às 18h30. No repertório estão obras de grandes compositores, como Haendel, Gluck, Mozart, Tchaikovsky, Villa-Lobos, Guerra-Peixe, entre outros. As vagas para as apresentações do Museu Imperial são limitadas e solicitações de reserva poderão ser feitas a partir de 02 de dezembro pelo telefone (24) 2246-1430.

 

Fórum Itaboraí participa do Seminário de Tecnologia Social no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, em Brasília

Felix Rosenberg e Marina Rodrigues, diretor e analista social do Fórum Itaboraí, participaram do evento que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro

 

O encontro teve o objetivo de realizar o acompanhamento dos projetos selecionados pela chamada pública de apoio a pesquisas em tecnologias sociais, lançado em 2018 pelo CNPq, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC e Ministério da Cidadania. De um total superior a 600 projetos apresentados, o edital nacional contemplou 61 projetos voltados ao desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento e avaliação de Tecnologias Sociais que promovam geração de renda, inclusão no mundo do trabalho e autonomia econômica das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que atendam aos requisitos de simplicidade, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade, efetivo impacto e repercussão social. Além disso, os projetos devem estar relacionados a um ou mais de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O único projeto aprovado em Petrópolis volta-se ao desenvolvimento e aplicação de tecnologias sociais que permitem elaborar, com a participação das comunidades que habitam nos territórios de maior exclusão social, o diagnóstico dos seus principais problemas e potencialidades e fomentar o desenho de políticas públicas e uma maior inserção social e produtiva das mesmas. É coordenado pelo Fórum Itaboraí/Fiocruz-Petrópolis e dele participam também a Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio, da Fiocruz; a Prefeitura de Petrópolis, por meio das Secretariais Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, e o Departamento Municipal de Planejamento Urbano; além do Curso de Engenharia da Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF) e de Arquitetura da Católica de Petrópolis (UCP).

Para Felix Rosenberg, são três motivos para celebrar: “Em tempo de tanta conturbação política, social e econômica no nosso país, celebramos , em primeiro lugar, em razão da extraordinária iniciativa conjunta do CNPq, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Ministério da Cidadania que ansiamos seja repetida e ampliada; o segundo motivo é sucesso do primeiro seminário de tecnologias sociais, que permitiu não somente conhecer os mais destacados trabalhos de tecnologia social no país, mas também estabelecer amizades e parcerias entre os coordenadores desses projetos pelo Brasil afora; e, por último, pelo reconhecimento por parte da comunidade acadêmica desse campo de conhecimento do trabalho do Fórum Itaboraí / Fiocruz que, dentre outros logros, se destaca pela inovação na aplicação de tecnologias sociais; sua contribuição para a redução das desigualdades; a organização e participação comunitária e o enfoque e prática intersetorial envolvendo diversos órgãos do governo local, universidades e organizações e lideranças comunitárias”, explica o diretor.

Os demais projetos apoiados incluem iniciativas de saneamento alternativo para comunidades rurais amazônicas; reuso de água para produção agrícola em assentamentos do sermiárido nordestino; redução de vulnerabilidade de comunidades em áreas susceptíveis à desertificação; agregação de valor ao produto e geração de renda aos pescadores do Rio Uruguai, elaboração de modelo de cooperativas de prestação de serviços autônomos; agroecologia; compostagem de resíduos sólidos de baixo custo; economia solidária e agroecologia para ações em comunidades de dependentes químicos; tecnologias sociais para proteção à biodiversidade; entre outros.

 

Fórum Itaboraí promove encontro de líderes comunitários petropolitanos

Provocados por espetáculo do Teatro do Oprimido sobre racismo, participantes refletiram e discutiram sobre desigualdades sociais

 

No último dia 15 de novembro, líderes das comunidades Nossa Senhora de Fátima, na Posse; do Alemão, no Retiro; da Glória, em Corrêas; e do Meio da Serra estiveram reunidos na comunidade de Pedras Brancas, na Mosela, para trocar ideias e intercambiar conhecimentos e experiências frente aos desafios destes territórios petropolitanos, que vivem problemas socioeconômicos e ambientais similares.

A iniciativa foi facilitada pelo Fórum Itaboraí que coordena o projeto para o desenvolvimento, replicação e aperfeiçoamento de tecnologia social para inclusão cidadã nestes cincos territórios de agudas desigualdades sociais em Petrópolis. Este projeto é um dos 61 selecionados em todo o país na chamada pública de 2018 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq; do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC; e do Ministério da Cidadania.

O encontro aconteceu na quadra da comunidade Pedras Brancas, com o apoio da associação de moradores do bairro, e reuniu cerca de 40 pessoas. O ponto alto foi a apresentação da peça “Suspeito”, encenada pelo coletivo do Centro do Teatro do Oprimido “A Cor do Brasil” que reúne artistas-ativistas afrodescendentes interessados em aprofundar e ampliar a discussão pública sobre o racismo através da arte. “Suspeito aborda o racismo institucional e difuso, que, apesar de estar presente na vida cotidiana de negros e negras e de produzir consequências concretas para a desigualdade racial no país, ainda parece imperceptível por estar camuflado em um misto de camaradagem e meritocracia”, explica Alessandro Conceição, que integra o elenco Cor do Brasil. Ainda, segundo o ator, “a forma difusa e simbólica de expressão desse racismo cotidiano dificulta tanto a identificação quanto a luta por sua superação”.

De acordo com Marina Rodrigues, analista social do Fórum Itaboraí, o Teatro do Oprimido foi escolhido como ferramenta para aproximação e articulação territorial entre comunidades que vivem realidades similares. “São comunidades localizadas em diferentes regiões de Petrópolis, inclusive nas fronteiras do município, mas que guardam muita proximidade quando estamos falando da realidade social, econômica e ambiental desses lugares. E com o Teatro do Oprimido buscamos provocar uma reflexão sobre situações, condições e vivências tão comuns quanto cotidianas das pessoas que habitam estes territórios, que encontram poucos espaços e tempo para pensar, problematizar e dialogar sobre questões que as afetam. E, certamente, trocando experiências e ideias as comunidades se fortalecem”, avalia a pesquisadora.

Cláudio Noronha é presidente da Associação de Moradores do Alemão, comunidade localizada no Retiro, formada, segundo ele, por cerca de cinco mil habitantes. O líder comunitário participou do encontro e conta que a peça “Suspeito” o provocou a pensar e a perceber que tem pessoas que ainda não desistiram de lutar por um Brasil melhor. “A peça fala sobre racismo, sobre desigualdade e fala nossa língua, nos sentimos parte do que é colocado ali. Eles mostraram uma realidade que vivemos todos os dias, no shopping, nas ruas, no trabalho, e que pessoas como nós não têm coragem e não sabem se manifestar diante disso. É uma peça que precisa passar pra quem vive lá na comunidade, até para despertar nos jovens, nas pessoas de forma geral, o desejo de se abrirem, de desabafar e também saber como lidar com situações como estas, de discriminação”, explica Noronha. “Participar de encontros como este nos tiram da zona de conforto, nos permitem ter novas ideias e conhecer experiências de outros líderes que vivem situações parecidas com as nossas. Eu moro dentro de uma comunidade que precisa ter estas perspectivas. Saí renovado”, celebra o líder comunitário.

 

Processo seletivo 2020 da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí - Inscrições prorrogadas até 29 de novembro

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

Em funcionamento desde fevereiro de 2013, a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí é um Projeto Sócio – Cultural gratuito de formação de orquestra composto por um conjunto de aulas de teoria e harmonia, prática orquestral e instrumento. O Ciclo Básico do curso tem duração de 4 anos e conta com aulas três vezes por semana no período da tarde. Para àqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido junto ao Enem nas Universidades Públicas. Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

Processo Seletivo 2020

Destinado a estudantes matriculados na rede pública de ensino que estejam cursando prioritariamente entre o 7° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio, o processo seletivo de 2020 irá selecionar novos alunos para os seguintes instrumentos: violino, viola de arco, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal e clarinete. A seleção ocorrerá em duas etapas, ambas no dia 30 de novembro: entrevista sócio-motivacional e avaliação geral de aptidões musicais, ambas no Palácio Itaboraí.

Nenhum teste de teoria musical será exigido e candidatos que não possuem instrumentos poderão participar da seleção normalmente.

 

Inscrições

As inscrições foram prorrogadas até 29 de novembro e poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, de 08h às 17h, através do telefone (24) 2246-1430 ou na secretaria do Palácio Itaboraí localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, no Valparaíso em Petrópolis.

Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2019)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável 

 

Clique aqui para visualizar o material de divulgação do processo seletivo 2020.

Moradores da comunidade Primeiro de Maio criam horta comunitária com o apoio do Fórum Itaboraí

No último sábado, 26, mais de 30 pessoas, entre crianças e adultos da comunidade Primeiro de Maio, em Madame Machado, Itaipava, participaram de um mutirão para criação de uma horta comunitária, com o propósito de unir os moradores e contribuir com a qualidade alimentar de quem vive na localidade. A iniciativa é da associação de moradores do bairro e conta com o apoio técnico do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e com a parceria do quilombo da Tapera, na doação de mudas.

O morador e presidente da Associação de Moradores de Primeiro de Maio/Madame Machado, Amilton Oliveira, conta que a ideia nasceu do desejo de alguns moradores de criar uma horta medicinal para incentivar a comunidade a plantar seu próprio remédio. “Mas com o apoio da Fiocruz fomos amadurecendo nossa proposta e entendemos que poderíamos ter mais que plantas medicinais, poderíamos plantar também hortaliças, para nossa alimentação. E mais: a horta será um lugar onde vamos nos encontrar, onde cuidaremos juntos do que vamos consumir e, unidos, podemos realizar outras ações para o bem de nosso bairro”, comemora Amilton.

Durante o mutirão, crianças e adultos prepararam os canteiros, abriram os berços para as mudas, realizaram o plantio e cobriram a área com capim, para proteger o solo. Dentre eles estava Adalberto Bernardes, pedreiro e morador do bairro há 40 anos, nascido e criado na roça e que disse amar mexer com a terra, plantar, cuidar, ver crescer e depois colher. “Foi divertido e importante para a comunidade, principalmente para muitas crianças, que nunca tinham lidado com a terra e só veem determinados alimentos na quitanda ou no prato. E incrível conhecer como as coisas acontecem na natureza e saber que você pode ser parte disso”, avalia o morador. Adalberto faz questão de sugerir que, com a união da comunidade, o próximo mutirão poderá ser para reflorestar uma área no alto da comunidade, região onde existe uma nascente que abastece, segundo ele, pelo menos 60 moradores da comunidade e que vem sendo degradada pelo fogo e pelo desmatamento, além de ser um local onde já houve tentativa de invasão e loteamento.

A horta comunitária está sendo implantada nos fundos da própria Associação, em uma parte do terreno que estava, segundo Amilton, com mato alto e aspecto de abandonada. “Estamos dando uma nova função ao espaço. O próximo passo é finalizarmos o sistema de irrigação, que faremos com a ajuda de moradores e de técnicos da Fiocruz. Em seguida, ainda em novembro, realizaremos uma reunião comunitária para juntos elaborarmos como será o cuidado, as contribuições voluntárias de quem quer participar e como a comunidade vai se beneficiar do que for produzido. Uma das ideias é fazermos uma feira livre, em frente à Associação, com o excedente, para ajudar a manter a horta, até porque não temos feira dentro do bairro. Vai ser bom pra todo mundo”, visiona, entusiasmado, o presidente da Associação. Ele acrescenta, ainda, que nos planos está também a construção de uma estufa, para produção de mudas tanto para atender a horta quanto para fazer o intercâmbio com outras comunidades.

 

Fiocruz pra Você 2019 - Petrópolis

Uma divertida campanha de vacinação

Mais de 500 pessoas estiveram no último sábado, 19, no Fiocruz Pra Você, no Palácio Itaboraí, unidade da Fiocruz em Petrópolis. O evento, realizado anualmente em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, é um grande ato para sensibilizar e mobilizar as pessoas para a importância da vacinação. Além da oportunidade de imunização de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos contra o sarampo, houve atendimento pediátrico básico, orientação de saúde bucal, feira agroecológica, doação de mais de 600 livros e muita diversão, com diversas atividades gratuitas para todas as idades.

 

Bairro de Vila Rica, em Pedro do Rio, realiza segunda mostra de talentos

Iniciativa é apoiada por Acordo de Cooperação entre Secretaria Municipal de Saúde e Fórum Itaboraí - Fiocruz Petrópolis

 

No domingo, dia 27 de outubro, de 9h às 16h, o Posto de Saúde da Família e a comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio, promovem a 2ª. Feira de Talentos de Vila Rica, com entrada franca, na Escola Municipalizada Santa Terezinha. O evento nasceu com o propósito de mostrar o que o bairro tem de melhor e promover maior integração entre os moradores. Como parte da programação acontecerá, também, o fórum para eleição dos membros da sociedade civil do Conselho Municipal de Saúde, de 10h às 12h.
 
Esta segunda edição da Feira de Talentos acontece dois meses após a primeira, que reuniu mais de 20 expositores, apresentando suas habilidades em peças de artesanato, culinária, hip-hop, passinho, ioga, zumba, capoeira, entre outros. Segundo Ana Paula Lorete, agente comunitária do Posto de Saúde da Família em Vila Rica, o sucesso da primeira Feira foi tamanho que os moradores logo se mobilizaram para realizar esta segunda edição, com a participação de mais dez novos expositores. “Deu tão certo que a comunidade está motivada e não quer parar! A ideia é consolidar a Feira de Talentos como uma atividade permanente do bairro e que, desta mobilização, surja uma rede de economia solidária em Vila Rica”, conta, entusiasmada, a agente de saúde.
 
A mostra é fruto de um engajamento comunitário que vem acontecendo no bairro desde 2017, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS e do Fórum Itaboraí, Fiocruz em Petrópolis. O trabalho em parceria destas duas instituições está expresso em um acordo de cooperação que prevê ações continuadas e consecutivas para a promoção da saúde pública em territórios de atuação da Estratégia de Saúde da Família – ESF, em Petrópolis. A iniciativa teve início com diagnósticos rápidos participativos (DRP) de comunidades, envolvendo moradores e agentes comunitários de saúde.
 
Segundo Marina Rodrigues, pesquisadora social do Fórum Itaboraí, mais do que oferecer um retrato dos territórios estudados, esta metodologia contribuiu com a ressignificação do olhar e maior envolvimento dos profissionais de saúde com as condições de vida das populações que vivem naqueles lugares. “Este trabalho se desdobrou no fortalecimento e apoio orientado às equipes de saúde da família de oito territórios petropolitanos, sendo um deles Vila Rica, e estes profissionais vêm trabalhando na promoção da saúde integral, não apenas o olhar sobre a doença”, explica Marina. “E como parte fundamental deste trabalho está o estímulo à participação social, ao engajamento comunitário para a constituição de Conselhos Locais de Saúde, que são espaços onde possam ser discutidas questões que vão além da dimensão da saúde propriamente, mas também outros problemas comunitários que afetam a qualidade de vida daquela população, como, por exemplo, questões de transporte, lazer, assistência social, cultura, segurança, entre outros. Porque isso é saúde”, acrescenta a pesquisadora, informando que a constituição de Conselhos Locais está prevista na Lei Municipal Nº 7.705, de 12/09/2018, e que este, em Vila Rica, é o quarto de oito Conselhos Locais de Saúde previstos no acordo de cooperação, sendo os outros três já em operação no Amazonas, no Sargento Boening e na comunidade 1º de Maio/Madame Machado.
 
Na primeira edição da Feira de Talentos de Vila Rica, uma comissão constituída por seis moradores e por toda equipe da Estratégia de Saúde da Família do bairro divulgaram e explicaram aos moradores o que é e qual o papel do Conselho Local de Saúde. “Foi fundamental que este trabalho de informação e conscientização tenha acontecido na Feira de Talentos, pois, naquele momento, os moradores estavam se conectando a partir do que o bairro tem de melhor, do que é produzido pelas próprias pessoas que vivem ali. Então, neste contexto, eles puderam perceber que juntos podem realizar algo mais grandioso e que, participando, podem direcionar soluções para as suas próprias necessidades, sem ter que delegar isso para terceiros”, explica Eliane Quinan, Gerente da Atenção Básica nos territórios.
 
O Conselho Local de Saúde tem paridade entre membros locais e representantes do poder público em sua constituição, ou seja, é formado por quatro integrantes titulares da comunidade e quatro profissionais da gestão pública, além de um suplente para cada membro titular. Entre os membros da gestão pública, dois pertencem ao gestor municipal e os outros dois representam os profissionais que atuam na unidade de saúde do território. Quanto aos representantes da sociedade civil, estes devem ser moradores do território em questão e são eleitos em um fórum, aberto a participação de todos. Para se candidatar, a pessoa interessada deve, portanto, comprovar endereço e estar presente no decorrer de todo o fórum.
 

Fiocruz pra Você 2019 - Petrópolis

Fórum Itaboraí promove campanha de vacinação contra sarampo com programação cultural e muita diversão

Evento é totalmente gratuito

 

No próximo sábado, 19, crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos poderão ser vacinadas gratuitamente contra o sarampo no Fiocruz Pra Você 2019, evento que acontece no Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em Petrópolis, de 8h às 17h. Além da oportunidade de imunização das crianças, as famílias também poderão curtir um dia de muita diversão, com diversas atividades gratuitas para todas as idades.

 

O Fiocruz Pra Você é um evento tradicional realizado pela Fiocruz há 25 anos na sua sede, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, atraindo milhares de pessoas todos os anos em favor da vacinação. Em Petrópolis será a terceira edição do evento, realizado em coordenação com a Secretaria Municipal de Saúde. Para Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí, será um dia para atualizar a caderneta de vacinação das crianças, unindo responsabilidade pela vida com programação de cultura e lazer. “Nosso compromisso é com a saúde da população e, movidos por esta missão, nos preparamos para receber com alegria tanto quem já conhece e frequenta o Palácio Itaboraí como quem ainda não teve a oportunidade de conhecer este espaço público em Petrópolis”, conta Rosenberg.

 

As atividades terão início com a “1ª. Caminhada do Oswaldo”, que sairá da Praça da Liberdade, às 8h, com destino ao Palácio Itaboraí. A programação inclui também show de mágica, apresentação circense, oficinas de plantio de espécies medicinais, apresentações musicais com jovens que compõem a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, feira agroecológica, oficinas de saúde bucal, feira de troca e doação de livros, visitação da Trilha do Arboreto, onde estão centenas de espécies de plantas medicinais, além de cama elástica, piscina de bolinhas, pintura facial, brinquedos infláveis, personagens de histórias infantis, distribuição de brindes, pipoca e algodão doce.

 

O Palácio Itaboraí fica à Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso. Veja a programação completa do evento.

 

 

 

Fórum Itaboraí recebe autoridade angolana de saúde pública

 
O interesse central é a experiência da Fiocruz no município com plantas medicinais
 
O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, recebeu ontem (12) a visita do Dr. Zynga David, vice-diretor do Instituto Nacional de Investigação em Saúde - INIS, instituição equivalente à Fiocruz em Angola, ligada ao Ministério da Saúde daquele país africano. A visita teve um particular interesse no trabalho desenvolvido pelo Fórum com plantas medicinais, no âmbito do seu Programa de Biodiversidade e Saúde, dado o notório uso das plantas na medicina tradicional de povos africanos.  
“Em Angola, como em outros países de nosso continente, temos uma tradição muito forte no uso de plantas para cuidados com a saúde. Neste momento, o nosso país vive a fase de aprovação da Política Nacional de Medicina Tradicional e nós temos, no INIS, um departamento que trabalha notadamente com plantas medicinais. Diante deste cenário e considerando que uma de nossas especialidades é controle de qualidade, vemos a necessidade de termos um laboratório de referência que faça o controle de qualidade também das plantas para o uso da população” explica Dr. Zynga. O pesquisador e gestor público  visitou, ainda, o quilombo da Tapera, onde está localizado o horto do Arranjo Produtivo Local –APL de Plantas Medicinais, iniciativa liderada pelo Fórum Itaboraí, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis, agricultores do município e pesquisadores da Fiocruz, que fazem a certificação científica.
A vista do Dr. Zynga foi fomentada, também, na esfera de cooperação internacional da Rede de Institutos Nacionais de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, da qual a Fiocruz e o INIS são membros e cujo Secretário Executivo é Felix Rosenberg, também diretor do Fórum Itaboraí. “O interesse de uma autoridade angola em saúde pública com o nosso trabalho de plantas medicinais mostra o quão relevante é esta experiência integrada e sustentável de desenvolvimento local para a saúde, que culmina na dispensação de medicina natural e segura para a população, via postos de saúde do SUS. Iniciativa que começou em 2012 e vem colocando Petrópolis como referência nacional em plantas medicinais”, avalia Rosenberg, lembrando que esta experiência é um ciclo completo, que envolve desde a identificação, catalogação, análise fitoquímica e genética das plantas, passando pelo acompanhamento técnico do cultivo e produção, coleta, beneficiamento e distribuição, via Sistema Único de Saúde -SUS.
Durante a visita, o vice diretor do INIS também conheceu outros trabalhos desenvolvidos pelo Fórum. “Fiquei igualmente interessado no estudo de determinantes sociais de saúde nas comunidades. Esta visita à Fiocruz tem o propósito de conhecermos com mais detalhes o trabalho da instituição e, quem sabe, desenharmos um acordo de cooperação técnica entre INIS e Fiocruz. Temos muito a contribuir também com investigação na área de saúde pública com Brasil”, conta Dr. Zynga que, além do Fórum Itaboraí, esteve em visita também na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde dois técnicos angolanos do INIS permanecerão por dois meses se aperfeiçoando a partir da experiência da Fiocruz em comunicação, informação e biblioteconomia.
 
Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí e Dr. Zynga David, vice-diretor do Instituto Nacional de Investigação em Saúde - INIS da Angola.

Canal Saúde exibirá documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

A Orquestra de câmara do Palácio Itaboraí é um projeto socio-cultural direcionado a jovens estudantes da rede pública de ensino que oferece um curso intensivo com aulas teóricas e práticas de música. O documentário apresenta o projeto à sociedade através de depoimentos de alunos, pais, professores e da equipe responsável pela orquestra de câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT).
 
O documentário Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí: promovendo arte, cultura e saúde será exibido pelo Canal Saúde (Tv Digital 2.4, Rio de Janeiro e Brasília e Tv Digital 62.4 em São Paulo) nos dias 24 e 26 de setembro, às 23h.
 
O filme também está disponível em nosso YouTube.
 
Você também pode ver a programação de setembro do Canal Saúde clicando aqui.

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí visita Escola de Música da UNIRIO

Os jovens instrumentistas da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT visitaram o Instituto Villa-Lobos, a escola de música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio, dedicada ao ensino, pesquisa e extensão na área de música, nos níveis de graduação e pós-graduação. Durante a visita, os jovens assistiram a aulas de composição, harmonia de teclado, percussão e eletroacústica, esta última no estúdio de gravação da escola de música, além de um ensaio da Banda Sinfônica da Unirio.

Segundo Celso Franzen Jr., maestro e coordenador da OCPIT, esta atividade busca promover uma relação de aproximação com as universidades e faz parte da prática pedagógica da formação dos jovens. “As visitas às universidades que têm cursos de música de excelência, próximas a Petrópolis, certamente ampliam os horizontes destes jovens e os ajudam a tangibilizar sonhos. Porque, além de conhecerem um novo ambiente de formação e prática profissional, eles têm contato com professores e com diversos outros jovens que, como eles, também estudam música, mas em uma etapa que pode ser a deles em um futuro próximo”, conta Celso, lembrando que cinco jovens instrumentistas da OCPIT estão se preparando para o Teste de Habilidade Específica, o THE, requisito, além do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, para o ingresso no ensino superior de música. “Além disso, nossos esforços em construir uma aproximação entre a Orquestra e as faculdades de música tem o propósito de fortalecermos a prática pedagógica e intercambiar possibilidades de aprendizado, com master classes, contatos com festivais de músicas, realização de encontros de orquestras, acesso a conteúdos atualizados para o THE e, futuramente, para monitorias de alunos dessas universidades junto à nossa orquestra”, complementa o maestro, acrescentando que a parceria com a UniRio já está em construção.

Gabriele da Silva Gomes tem 17 anos, estuda no Liceu Municipal Cordolino Ambrósio e há três anos e sete meses faz parte da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, como violinista. Ela é uma das cinco jovens que deseja ingressar em um curso superior em música este ano. “Desde pequena, eu queria fazer algo com música, quando eu crescesse. Mas, na minha adolescência, essa ideia se dissolveu, pois não achava que música era uma faculdade que poderia possibilitar uma carreira, uma chance para quem vem de família de pouca renda, como eu. Aos 14 anos tive a oportunidade de ingressar na Orquestra e hoje tenho certeza do que eu quero e de que a música pode sim ser minha profissão”, conta Gabi, cujo sonho é ser violinista e professora de violino. Quando perguntada sobre a visita à UniRio ela responde efusivamente: “Visitar a escola de música da UniRio foi sensacional, é só isso que posso dizer! Conheci coisas que eu não conhecia no campo da música e foi muito agregador para mim, que quero levar a música como profissão. Abriu mais ainda minhas perspectivas. Antes eu só pensava em submeter para a UFJF [Universidade Federal de Juiz de Fora] e achei o campus apaixonante. Vou fazer o THE para UFJF, Unirio e UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro]”, conclui a jovem.

Quarta turma do EdpopSUS capacita para promoção da saúde em Petrópolis

 

Curso de educação popular reúne servidores municipais da saúde, da assistência social e lideranças comunitárias

Começou em agosto e vai até dezembro de 2019 a quarta turma do curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde, o EdpopSUS, em Petrópolis, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde - SMS em parceria com a Fiocruz, através da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis.

Ofertado via edital público a alguns municípios brasileiros, a partir de iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a EPSJV/Fiocruz, este curso nasceu em 2013 com o objetivo de promover a qualificação da prática educativa de profissionais e lideranças comunitárias que atuam em territórios com cobertura da Atenção Básica do SUS, contribuindo para a implantação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), instituída no mesmo ano. A partir então, pelo sucesso que alcançou, o EdpopSUS continua sendo implementado por muitos municípios brasileiros, que têm adaptado o seu formato às realidades locais.

Em Petrópolis, desde 2013, já foram capacitados mais de 150 profissionais em Educação Popular em Saúde. Segundo Norma de S. Thiago Pontes, Apoiadora Institucional do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Petrópolis, Educadora do Programa EdpopSUS e Articuladora Local do Programa, a dimensão educativa do processo de trabalho dos agentes comunitários é fundamental, porque propõe metodologias e tecnologias voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, a partir do diálogo entre a diversidade de saberes. “A educação popular instrumentaliza estes profissionais, que estão tão próximos dessas famílias, inseridos naquele território, a terem um olhar que incorpora a visão da população, os seus saberes, suas perspectivas, sua cultura e seus valores, na identificação dos problemas do território e na promoção da saúde”, explica Norma.

Em 2017, o curso passou a ser oferecido pela SMS em parceria com o Fórum Itaboraí- Fiocruz/Petrópolis, passando, em 2018, a fazer parte de um acordo guarda-chuva de cooperação técnica entre ambas as instituições para o desenvolvimento da gestão participativa intersetorial na promoção da saúde no município. Desde então, o curso vem ganhando aprofundamento metodológico-pedagógico, além de apoio em logística e infraestrutura.

“A intensa parceria entre a Prefeitura Municipal de Petrópolis e o Fórum Itaboraí/Fiocruz em prol da promoção da saúde no município, realizando ações de fomento ao uso plantas medicinais, de organização das comunidades com vistas à constituição de fóruns comunitários e conselhos locais de saúde com caráter intersetorial, de educação popular para agentes comunitários de saúde, de assistência social e para lideranças comunitárias, constitui um exemplo prático e concreto de desenvolvimento social no âmbito dos territórios locais, em  perfeito alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Social (ODS) e da Agenda 2030”, avalia Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí.

O curso acontece semanalmente nas instalações do Palácio Itaboraí, sede do Fórum, no bairro Valparaíso. São 17 encontros, perfazendo 160 horas de conteúdos teóricos e práticos para 36 educandos em uma turma multiprofissional, com 70% de servidores da Secretaria Municipal de Saúde e, pela primeira vez, sendo aberto também à participação de servidores municipais da Assistência Social e de representantes das comunidades que estão vivenciando o processo de implantação dos Conselhos Locais de Saúde. No decorrer do curso, os educandos construirão projetos de intervenção em territórios pré-definidos, como desdobramento da educação popular na prática cotidiana de trabalho, e apresentarão a experiência ao final do curso.

Evelin Vaz é assistente social, trabalha no Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social e é uma das educandas nesta turma do EdpopSUS. Na percepção dela, um dos pontos fortes do curso é trazer a dimensão da educação popular para diferentes segmentos profissionais que atuam com a mesma população, integrando, ampliando e fortalecendo o trabalho da rede de atenção básica no território. “É também uma possibilidade de trocas de conhecimento entre estes profissionais, dando a oportunidade para que as agentes comunitárias de saúde conheçam melhor a política de assistência social, e vice-versa. Esta intersetorialidade é fundamental”, acrescenta Evelin. “Este curso também nos ajuda, enquanto profissionais da assistência, a resgatar o nosso foco para a territorialidade das pessoas que atendemos, porque às vezes, no cotidiano, acabamos atropelando essa dimensão que é essencial ao nosso trabalho, ou seja, entender e respeitar a cultura local, o vínculo que estas pessoas têm com o lugar que vivem, as relações afetivas estabelecidas e como este olhar pode apoiar a assistência que ofertamos”, conclui.

Ainda, dentre as inovações desta turma, estão três educadores que são agentes comunitários de saúde e já participaram como educandos do EdupopSUS, como é o caso de Ingrid Rocha, que atua na comunidade 1º. de Maio, em Madame Machado, Itaipava. Ingrid cursou o EdpopSUS em duas turmas, em 2014 e em 2017, e nesta, atuará como educadora. “Entendo meu papel como facilitadora no entendimento e no aprendizado dos agentes de saúde que estão tendo contato com a educação popular agora, porque já estive no lugar deles e consigo compreender as questões trazidas pelos colegas. Mas, na verdade, mais do que ensinar, eu encaro esta oportunidade como uma nova chance de aprender ainda mais”, comemora a agente comunitária. Ingrid também destaca que se sentiu valorizada e reconhecida profissionalmente com o convite, questão que, na percepção dela, chega em momento oportuno, dada à alegada desvalorização do papel dos agentes de saúde. “Nosso trabalho tem sido burocratizado e a essência do que fazemos, que é estar perto, atuar no cuidado das pessoas, tem se perdido. Este curso valoriza quem somos e o que fazemos e fortalece o elo entre o Sistema Único de Saúde e a população”, aponta.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a meta é que até 2020 outras três turmas do EdpopSUS sejam implementadas em Petrópolis em parceria com o Fórum Itaboraí-Fiocruz/Petrópolis e que até 2021 todos os agentes comunitários de saúde da rede tenham recebido capacitação em educação popular em saúde.

 

 

Bairro de Vila Rica, em Pedro do Rio, realiza mostra de talentos

Iniciativa é apoiada por Acordo de Cooperação entre Secretaria Municipal de Saúde e Fórum Itaboraí - Fiocruz Petrópolis

 

No próximo sábado, dia 31 de agosto, de 13h às 17h, o Posto de Saúde da Família e a comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio, promovem a 1ª. Feira de Talentos de Vila Rica, no pátio da igreja Santa Edwiges. O evento tem o objetivo de mostrar o que o bairro tem de melhor, feito pelas pessoas que ali vivem e convivem, além de promover maior integração entre os moradores. Serão cerca de 30 expositores, que apresentarão seus talentos em artesanato, culinária, hip-hop, passinho, ioga, zumba, capoeira, entre outros. A entrada é franca.
 
A mostra é fruto de um engajamento comunitário que vem acontecendo no bairro desde 2017, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS e do Fórum Itaboraí. O trabalho em parceria destas duas instituições está expresso em um acordo de cooperação que prevê ações continuadas e consecutivas para a promoção da saúde pública em territórios de atuação da Estratégia de Saúde da Família – ESF, em Petrópolis. A iniciativa teve início com diagnósticos rápidos participativos (DRP) de comunidades, envolvendo moradores e agentes comunitários de saúde.
 
Segundo Marina Rodrigues, pesquisadora social do Fórum Itaboraí, mais do que oferecer um retrato dos territórios estudados, esta metodologia contribuiu com a ressignificação do olhar e maior envolvimento dos profissionais de saúde com as condições de vida das populações que vivem naqueles lugares. “Este trabalho se desdobrou no fortalecimento e apoio orientado às equipes de saúde da família de oito territórios petropolitanos, sendo um deles Vila Rica, e estes profissionais vêm trabalhando na promoção da saúde integral, não apenas o olhar sobre a doença”, explica Marina. “E como parte fundamental deste trabalho está o estímulo à participação social, o engajamento comunitário para a constituição de Conselhos Locais de Saúde, que são espaços onde possam ser discutidas questões que vão além da dimensão da saúde propriamente, mas também outros problemas comunitários que afetam a qualidade de vida daquela população, como, por exemplo, questões de transporte, lazer, assistência social, cultura, segurança, entre outros. Porque isso é saúde”, acrescenta a pesquisadora, informando que a constituição de Conselhos Locais está prevista na Lei Municipal Nº 7.705, de 12/09/2018.
 
Atualmente, existe uma comissão no bairro formada por seis moradores e por toda equipe da Estratégia de Saúde da Família, que acreditam na participação social e têm trabalhado pelo fortalecimento dos laços comunitários em Vila Rica e na mobilização dos moradores para a constituição do Conselho Local de Saúde. Esta comissão se reúne mensalmente e foi deste grupo que surgiu a ideia da mostra de talentos. “Estávamos pensando em uma maneira de envolver mais gente, de divulgar melhor sobre a importância da comunidade participar, porque divisão já temos o bastante por aqui. Queremos ideias e propostas que possam nos unir, que foquem nas coisas boas que temos, mostrem o potencial positivo do bairro. E acreditamos que os nossos próprios talentos serão um chamariz para que possamos nos conhecer melhor”, conta animada a moradora Gisele Faria, que integra esta comissão e mora em Vila Rica há mais de 35 anos. “Será também uma oportunidade de dar uma força e visibilidade para o trabalho, os produtos de muitas pessoas que fazem coisas incríveis. Somos mais de quatro mil moradores e, eu mesma, que moro aqui desde que nasci, não conhecia vários talentos. O bairro tem um potencial enorme. E juntando estas pessoas poderemos falar sobre a importância do Conselho Local de Saúde, sobre como precisamos nos unir, participar e ajudar o bairro a se desenvolver”, complementa Gisele.
 
O garimpo dos talentos foi feito pelas agentes comunitárias de saúde, que, de casa em casa, foram identificando as aptidões e habilidades e inscrevendo os interessados. Ana Paula Lorete atua na microárea 4, umas das sete que compõe a Estratégia de Saúde da Família no bairro, e relata que foi um trabalho interessante e surpreendente mapear o que as pessoas têm de bom. “Encontramos pessoas que trabalham com reutilização de pneus para produção de móveis, pinturas de quadros, artesanato com tricô, crochê e costura, enfeites de cabelo, materiais para festas de aniversário, além de grupos de música e dança e também muitas opções de culinária. Alguns realizam estas atividades no tempo livre e, para outros, essas práticas são fonte principal de renda. Nos surpreendemos. A comunidade é muito diversa e talentosa”, conclui a agente de saúde.

Fórum Itaboraí tem projetos premiados na 1ª Conferência de Promoção da Saúde da Fiocruz

Evento foi uma iniciativa das Vice-Presidência de Promoção e Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) e Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e faz parte do Programa Translacional de Promoção da Saúde (FioPromoS)

A Conferência

Realizada no Campus de Manguinhos durante os dias 8 e 10 de abril e 2 e 3 de julho, a conferência teve como objetivos incentivar a reflexão sobre os desafios teóricos e práticos da Promoção da Saúde, na perspectiva do fortalecimento do SUS, e de fortalecer as ações desenvolvidas institucionalmente neste campo de atuação. Contou com a participação de pesquisadores de universidades nacionais e internacionais, rodas de conversa e mesas redondas sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, além de apresentações de projetos de diversas unidades da Fiocruz e expressões artísticas relacionadas aos temas abordados.

As iniciativas apresentadas serão utilizadas na elaboração de um portfólio e de um projeto estratégico com ênfase nas Tecnologias Sociais em Saúde, com o objetivo de desenvolver ações integradas da Academia com os Territórios.

 

A participação do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde

O Fórum Itaboraí teve participação destacada na conferência, com apresentações de projetos com foco na participação social e promoção da saúde.

Na modalidade oral, foram apresentados dois trabalhos: a) A estratégia da saúde da família no município de Petrópolis como indutora da participação popular na promoção da saúde*, cujo objetivo é incentivar a criação de redes entre as instituições públicas e lideranças comunitárias para discussão participativa de políticas de promoção de saúde; b) Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí”*, projeto voltado para estudantes secundaristas da rede pública como meio de inserção social e fortalecimento da cidadania.

Na modalidade “pôster” foram apresentados 3 trabalhos, sendo 2 deles premiados entre 190 da mesma modalidade: o pôster O uso da cartografia participativa para a identificação de áreas de vulnerabilidade socioambiental e promoção da saúde no município de Petrópolis”*, estudo que demonstra como o conhecimento do território desempenha um papel fundamental na atuação dos agentes de saúde, recebeu o prêmio “Menção Honrosa em Promoção da Saúde e Vulnerabilidade Socioambiental”.

O outro pôster premiado com uma “Menção Honrosa em Comunidades Saudáveis e Agenda 2030” foi O Teatro do Oprimido e a Agenda 2030”*, que consiste em dinâmica teatral baseada na metodologia criada por Augusto Boal e é utilizada no projeto do Fórum Itaboraí para sensibilizar coletividades e incentivar a mobilização social sobre os principais problemas de cada comunidade.

O terceiro pôster apresentado, Plantas Medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais como indutoras da promoção da saúde”*, trata de um projeto que promove o uso de plantas medicinais e alimentícias não convencionais no município de Petrópolis , mediante estratégias integradas de produção ,pesquisa ,ensino, extensão e cooperação técnica com produtores e o poder público.

O Fórum Itaboraí contribuiu também com a apresentação de um concerto da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, com uma exposição viva de plantas do acervo da Trilha do Arboreto e com a apresentação da peça “Toma que o filho é teu”, encenado pelo grupo de Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí, que abordou a questão dos resíduos sólidos, um problema prioritário para as comunidades participantes do projeto.

* Link para download e visualização do material.

 

Prorrogada a exposição "Dinossauros e Geoparques do Brasil"

Mostra interativa e gratuita estará em cartaz até 31 de agosto

 

Devido ao grande sucesso, a exposição interativa Dinossauros e Geoparques do Brasil, em exibição no Fórum Itaboraí, foi prorrogada e estará em cartaz até 31 de agosto, com entrada franca. Voltada ao público de todas as idades, a mostra traz informações científicas e curiosidades sobre os dinossauros e provoca a reflexão sobre a geoconservação e o uso sustentável de áreas geográficas com relevante patrimônio geológico, os geoparques. Fruto de parceria do Fórum Itaboraí, do Museu de Ciências da Terra e do Serviço Geológico do Brasil – CPRM a exposição já recebeu 7.400 visitantes, desde início de maio, quando foi aberta.

 

Os visitantes poderão interagir com uma “caixa de escavação”, descobrindo achados importantes para a Ciência, poderão também medir o tamanho dos próprios pés em comparação a uma “pata de dinossauro”, conhecer por onde andavam estes animais pré históricos em nosso Brasil e, seguindo as pegadas (originais e réplicas) de terópodes e ornitópodes, adentrar o Vale dos Dinossauros, um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, situado no estado da Paraíba. O público poderá, ainda, ver de perto uma réplica de esqueleto de um dinossauro e se encantar com essas criaturas que habitaram nosso planeta antes de nós.

 

Grupos interessados podem fazer o agendamento prévio pelo telefone (24) 2246-1430, com Juliana Possas. O Palácio Itaboraí, sede do Fórum, fica à rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, em Petrópolis, e a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, de 8h30 às 16h30, e aos sábados, de 9h às 16h. Classificação etária: livre.

 

 

Do mato ao prato - Guia de Plantas Alimentícias Não Convencionais

Publicação do Fórum Itaboraí inclui receitas culinárias e informações nutricionais sobre plantas alimentícias não convencionais

Já está disponível para consulta e download gratuito (clique aqui para acessar) a nova publicação do Fórum Itaboraí. O “Guia de Plantas Alimentícias não Convencionais - PANC” reúne informações científicas, técnicas e nutricionais de 21 espécies de PANC, plantas comestíveis encontradas em Petrópolis e na Região Serrana do Rio de Janeiro. A matéria também traz curiosidades, termos culinários, dicas de como higienizar os vegetais, receitas e fotos, tanto das plantas em seus hábitats naturais, como delas no prato.

Segundo o Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, esta publicação tem o propósito de disseminar conhecimentos relacionados ao plantio e ao consumo dessas plantas, que hoje estão sendo redescobertas e exploradas em novas opções de cardápios e valorizadas no seu uso e valores nutricionais. “No Brasil, em seus diferentes biomas, temos uma biodiversidade magnífica, que pode ser melhor explorada contribuindo para a complementação alimentar, para a diversificação dos cardápios e redução dos custos dos alimentos, na busca de uma alimentação cada vez mais saudável e mais acessível. Com o tempo, a produção familiar do seu próprio alimento sucumbiu à produção de mercado e fomos nos esquecendo destas plantas que dão espontaneamente e das quais podemos nos nutrir”, explica Rosenberg. “Sem contar que o patrimônio culinário expresso nos pratos, nas receitas tradicionais, faz parte da memória afetiva, do registro, da transmissão oral de nossa herança cultural. Então, acreditamos que nos ambientes urbanos é possível cultivar pequenas hortas e canteiros com PANC e conciliar os hábitos contemporâneos às nossas origens, resgatando nossa história alimentar, contribuindo com conservação da sociobiodiversidade e obtendo alimentos diversificados, saudáveis, de menor custo e surpreendendo com novas cores e sabores”, conclui o Diretor.

 

Sobre as PANC

O termo PANC, atribuído a Plantas Alimentícias Não Convencionais, foi cunhado e começou a ser usado e divulgado em 2008 pelo Biólogo e Professor do Instituto Federal do Amazonas, Valdely Ferreira Kinupp. Refere-se a todas as plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou cultivadas, nativas ou exóticas que não estão incluídas em nosso cardápio cotidiano. Por esta razão, uma mesma planta pode ser considerada convencional em uma região, porém não convencional em outra. E caso seu uso seja resgatado ou propagado, tal planta pode vir a ser convencional, passando a ser reconhecida, produzida, comercializada, fazendo parte do dia a dia alimentar de dada população. Kinupp destaca que entre 10 a 20% da flora mundial tem potencial alimentício. Dentre as PANC que podem ser encontradas em Petrópolis e na Região Serrana do Rio de Janeiro estão, por exemplo, o peixinho e a ora-pro-nobis, além de partes comestíveis e não frequentemente consumidas de plantas convencionais, como as folhas e talos da cenoura, beterraba, couve-flor, abóbora, batata-doce, entre outras.

Adilson Oliveira é nutricionista e faz parte da equipe do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí. Entusiasta e envolvido com os trabalhos que resultaram nesta publicação, ele esclarece que uma mesma planta pode ser considerada convencional em uma região e não convencional em outra, e que, com o tempo, conforme seu uso seja resgatado ou propagado, ela passará a ser convencional, sendo reconhecida, produzida, comercializada e fazendo parte do dia a dia alimentar dessa população. Também são PANC as partes comestíveis e não frequentemente consumidas de plantas convencionais, como as folhas e talos de: cenoura, beterraba, couve-flor, abóbora, batata-doce, entre outras. Ele acrescenta que estas plantas não têm sido produzidas por falta de conhecimento dos agricultores ou porque elas foram “esquecidas” pelo mercado. “O cultivo destas plantas também apresenta vantagens em relação aos cultivos tradicionais, pois as PANC são mais resistentes a pragas e se integram melhor com a fauna e a flora nativa. Muitas delas também possuem potencial para complementação da renda familiar. Em síntese, as PANC são a própria essência do conceito de agroecologia”, explica Adilson. “Seja na forma do alimento propriamente dito, ou como substâncias condimentares ou aromáticas, substitutas de sal, edulcorantes, amaciantes de carnes e corantes, as PANC podem ser inseridas na alimentação cotidiana, com ganhos nutricionais e baixo custo”, complementa o nutricionista.

 

Palácio Itaboraí promove evento sobre a alimentação livre de agrotóxico

 

Programação integra a Semana dos Orgânicos, que acontece em todo o país

 

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, integrará a Semana Nacional do Alimento Orgânico, com atividades gratuitas e abertas ao público no dia 31 de maio, de 8h às 16h, no Palácio Itaboraí, sede do Fórum. Na programação estão uma feira de exposição e venda de produtos orgânicos e agroecológicos e a exibição de filme, seguida de debate, sobre a promoção da alimentação livre de agrotóxico.

 

Semana dos Orgânicos

Realizada anualmente na última semana de maio, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a campanha nacional do “Produto Orgânico – melhor para a vida” está em sua 15ª. edição e, em 2019, traz como tema “Qualidade e saúde: do plantio ao prato”. De acordo com informações do próprio Ministério, um dos principais objetivos da campanha é informar o consumidor como reconhecer o produto orgânico nos locais de comercialização e estimular que ele participe como agente no controle da qualidade orgânica, melhorando a relação de confiança com os produtores. A agenda também pretende trazer à luz princípios agroecológicos que viabilizam a produção de alimentos e outros produtos de uso do ser humano de forma mais harmônica com a natureza, valorizando a biodiversidade, contribuindo com a saúde de todas as partes envolvidas e promovendo a justiça social nos diversos segmentos da cadeia produtiva.

 

Na feira, produtores de Petrópolis, especificamente do Brejal, Caxambu e Secretário, estarão expondo e vendendo seus produtos orgânicos e agroecológicos a preços acessíveis, durante todo o dia. Nela, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também montará um ponto de informações aos visitantes e consumidores sobre alimentação livre de agrotóxico. Além da feira, o Fórum Itaboraí exibirá, no mesmo dia, em quatro sessões, o documentário “O veneno está na mesa 2”, que amplia o debate sobre o uso de agrotóxicos no Brasil e as alternativas saudáveis de produção de alimentos. Sob a direção do cineasta Silvio Tendler, o filme atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. Apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. Das quatro sessões, duas delas, às 9h e 14h, são exclusivas aos alunos das escolas Gunnar Vingren e Terra Santa, unidades públicas escolares vizinhas ao Fórum Itaboraí. Já as sessões das 10h e das 13h serão abertas ao público. Todas as sessões serão seguidas de debates sobre agrotóxicos. A classificação indicativa do filme é livre.

 

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