Fórum Itaboraí e Comissão da OAB articulam ações conjuntas para promover cidadania e saúde nos territórios

Objetivo é promover a formação de lideranças comunitárias para o uso de instrumentos jurídicos e sociais para a conquista de melhorias para os territórios

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) - Publicado em 16/10/2025

O Palácio Itaboraí, sede do Fórum Itaboraí, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, recebeu representantes da Comissão de Direito Médico e Saúde da OAB subseção Petrópolis, na manhã desta quinta-feira, 16 de outubro. Durante o encontro foi estabelecida uma parceria entre as instituições para promover o fortalecimento da mobilização comunitária em territórios da cidade a partir da Educação em Direitos.
 
A ideia é contribuir na formação de lideranças comunitárias sobre o uso de instrumentos jurídicos e sociais para organização coletiva na  conquista de melhorias, legalmente garantidas, em seus territórios.
 
Também foram levantados temas que afetam o município de uma maneira geral, como riscos ambientais, segurança alimentar, mobilidade urbana e habitação, destacando as interconexões com a saúde e o bem-estar da população.

 

Fórum Itaboraí, em parceria com OAB, integra campanha de conscientização ambiental com pintura de bueiros

Iniciativa faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que ocorre neste mês. Objetivo é mostrar que o lixo jogado na rua segue até os oceanos impactando os ecossistemas marinhos.

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 16/10/2025

Dois bueiros no Palácio Itaboraí, sede do Fórum Itaboraí/Fiocruz Petrópolis, receberam pintura artística nesta semana com os dizeres: “O mar começa aqui. Bueiro não é lixeira”. A ação marca o início das atividades da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que será realizada neste mês, com o tema “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”.
 
A iniciativa é uma parceria entre o Fórum Itaboraí/Fiocruz Petrópolis e a OAB – Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto. A ação integra a campanha “O mar começa aqui”, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de não descartar lixo em bueiros, rios e córregos, evitando a poluição e que os resíduos cheguem ao oceano e provoquem danos aos ecossistemas marinhos.
 
A  campanha teve início em Portugal em 2019 e se espalhou por outros países. No Brasil, já aconteceu em Santa Catarina e Macaé e chega a Petrópolis dentro do intervalo em que foi proclamada a Década dos Oceanos (2021–2030) pela Organização das Nações Unidas (ONU), buscando reforçar o papel coletivo da sociedade na proteção dos mares e na promoção do desenvolvimento sustentável.
 
Para o biólogo Sérgio Monteiro, da Fiocruz, a ação contribui diretamente para a conscientização ambiental, ajudando a evitar que resíduos cheguem aos oceanos e também reduzindo os riscos de entupimentos e inundações em Petrópolis, especialmente durante o período de chuvas intensas. “Mesmo em cidades de montanha, o lixo descartado de forma incorreta acaba impactando o sistema de drenagem e chega até os oceanos”, afirmou.
 
Na OAB Petrópolis, a campanha é coordenada por meio da Comissão de Meio Ambiente, presidida pelo advogado e ativista ambiental Rogério Guimarães. Ele explica que este é um projeto de baixo custo e com grande potencial de multiplicação. “A ideia é que se espalhe por diferentes pontos da cidade, inclusive em comunidades e escolas, ajudando a reduzir o descarte de lixo nas ruas”, destacou.
 
Em Petrópolis, outra instituição que aderiu a campanha foi a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj) que fará as intervenções nos bueiros durante a SNCT, que começa na próxima segunda-feira, 20 de outubro. Nos próximos dias, a OAB também vai levar a iniciativa para o município vizinho de São José do Vale do Rio Preto.
 

 

Fiocruz Publica Edital Para Estágio Não-Obrigatório para o segundo semestre de 2025

Fórum Itaboraí oferece 2 vagas no total. Oportunidades são para áreas de Ciências Biológicas e Pedagogia.

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 11/04/2025

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com inscrições abertas para estágio não-obrigatório em diversas áreas de atuação. No total, são 162 oportunidades para unidades do Rio de Janeiro e regionais. Em Petrópolis, o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde está com duas vagas, sendo uma para área de Ciências Biológicas e uma para pedagogia.
 
As inscrições para as vagas podem ser feitas até o dia 22 de outubro. Os estudantes interessados devem acessar esse edital para mais informações sobre requisitos, processo de seleção e inscrições. O detalhamento das vagas pode ser acessado aqui.
 
Os estudantes que se candidatarem à vaga de Ciências Biológicas terão a oportunidade de atuar na Trilha do Arboreto, exposição viva de biodiversidade vegetal, aberta ao público, que conta com 488 espécies de plantas catalogadas. A trilha é aberta ao público. 
 
 
Para a oportunidade em Pedagogia, a vaga é para atuação na Biblioteca Livre do Fórum Itaboraí, que possui um acervo dedicado à promoção do acesso democrático à cultura e à informação técnico-científica, com o objetivo principal de inclusão social e apoio à educação e ao desenvolvimento sociocultural.
 

 

Encontro com Associações de Moradores no Palácio Itaboraí marca início de novo processo de cooperação entre instituições em Petrópolis

Fórum Itaboraí, FAMPE, CDDH e Casa da Cidadania se unem para fortalecer o trabalho das Associações de Moradores da cidade

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) - Publicado em 30/09/2025

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/FIOCRUZ Petrópolis e a Federação das Associações de Moradores de Petrópolis (FAMPE) promoveram no último sábado (27), no Palácio Itaboraí, um encontro com representantes de associações de diferentes comunidades do município, com o objetivo de fortalecer o diálogo sobre cidadania, participação popular e a atuação coletiva nos territórios. A iniciativa contou com apoio da Casa da Cidadania e do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) representando o início de um novo processo de cooperação para fortalecimento das associações de moradores em Petrópolis.

Ao todo, marcaram presença representantes das comunidades do Atílio Marotti, Alto da Serra, Quitandinha, Serrinha, Estrada da Saudade, Vila Rica, Quilombo da Tapera, Posse, Floresta, São Sebastião, Fazenda Inglesa, Duarte da Silveira, Quarteirão Suíço, Vila Rica, Castelânea, Alto Independência, Caxambu, Santa Isabel e Chapa 4.

A programação reuniu momentos culturais, como a apresentação do Trio de Cordas do Palácio Itaboraí, e atividades participativas, incluindo mesas de debate, dinâmica do Teatro do Oprimido e grupos de trabalho que debateram sobre desafios e perspectivas para a atuação das associações.

Na abertura, o diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, destacou a importância da mobilização popular para transformar a realidade social. “As Associações de Moradores são órgãos coletivos por excelência que podem juntar a comunidade e trabalhar para transformá-la para que seja mais justa e igualitária. Nós queremos estar juntos com vocês para construir um modelo capaz de transformar nossas realidades”, afirmou.

O presidente da FAMPE, Paulo Souza, ressaltou a trajetória da entidade e a necessidade de uma nova fase de atuação conjunta. “Tivemos diversos encontros até chegarmos a este momento, e com esses parceiros vamos poder avançar muito mais”, disse. Durante o encontro, ele lembrou o aumento da demanda por regularização das associações, com oito processos eleitorais previstos até o fim de 2025. “Temos agora um novo desafio, que é acompanhar não apenas a par⁷te eleitoral, mas também a construção de ações coletivas no interior das comunidades depois das eleições. A FAMPE quer fazer diferente, não deixando o líder sozinho, mas apoiando com advogado, contador, cartório e parceiros”, afirmou.

O presidente da FAMPE também reforçou a importância de recuperar a confiança da população nas associações. “É fundamental mostrar que as associações estão atuando com transparência, com seriedade e para o coletivo. A FAMPE está aqui para que aconteça o processo democrático, para que presidentes e diretorias trabalhem pelo bem comum. E o poder público vai respeitar quando encontrar associações realmente fortes”, destacou Paulo.

Já o tesoureiro da FAMPE, Eduardo Costa, acrescentou que para o pleno exercício da cidadania, é preciso contar com a população participativa e organizada com o objetivo de alcançar o desenvolvimento do local onde vive. “Para que a sociedade possa avançar, temos que buscar realizar a vontade coletiva em prol de resultados para toda a comunidade. Promover qualidade de vida a todos os cidadãos é nosso objetivo maior", disse.

Carla Carvalho, coordenadora do CDDH, ressaltou que o encontro foi de extrema importância, com organizações de mãos dadas para melhorar as condições das associações de moradores no sentido democrático, documental, comunicacional e a incidência em políticas públicas e ações locais. “A compreensão de que as associações de moradores são as potências locais que incidem na cidade é o que sai de potente do encontro”, afirmou.

Carlos Jorge, da Casa da Cidadania, chamou atenção para a importância de consolidar as bases populares das associações. “Para que seja representativa para a sociedade, essa base precisa se solidificar e trazer o que os moradores realmente querem”, comentou.

Para Zélia Maria de Souza de Jesus, vice-presidente da Associação de Moradores do Temistocles, na Estrada da Saudade, o encontro gerou muito aprendizado. “A gente ainda vê pessoas que se preocupam e querem melhorar suas comunidades. Por isso, vale a pena a gente lutar em busca de um objetivo. Espero que tenhamos mais momentos juntos, com as associações e as lideranças comunitárias”.

O encontro foi encerrado com a definição de encaminhamentos para ações conjuntas que fortaleçam a atuação da FAMPE e das Associações de Moradores dentro das comunidades. Entre as medidas estão a realização de oficinas sobre regularização, de planos de ação e gestão, o desenvolvimento em conjunto de um sistema de informação e comunicação e o apoio contínuo às diretorias recém-eleitas, de modo a garantir representatividade, transparência e fortalecimento institucional.

 

 

 

 

 

 

Fórum Itaboraí inicia formação em controle social e participação popular para agentes comunitários de saúde e agentes de endemias

Curso é resultado de um acordo de cooperação entre a Fiocruz e a Secretaria Municipal de Saúde

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 15/09/2025

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/ Fiocruz Petrópolis iniciou nesta sexta-feira (12) a formação em controle social e participação popular em Atenção Primária em Saúde para Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate a Endemias (ACEs), que atuam em cinco territórios do município. Com carga horária de 60 horas, o curso é resultado de um acordo de cooperação entre a Fiocruz Petrópolis e a Secretaria Municipal de Saúde.
 
A proposta da formação é contribuir para a qualificação das práticas em saúde nos territórios, com foco no fortalecimento da participação social mediante a escuta ativa da comunidade e. O curso oferece aos participantes subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de estratégias de apoio e articulação com a comunidade.
 
A aula inaugural contou com uma mesa de abertura formada por Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí; Fabíola Heck, superintendente da Atenção Primária da Secretaria de Saúde e Norma Pontes, chefe do Núcleo de Gestão da Educação em Saúde (Nuges) no município.
 
Para Felix, a participação do Agente Comunitário de Saúde é um elemento essencial nas políticas públicas do país e no apoio às comunidades. “Estamos convictos de que o trabalho, a capacitação, a discussão, a ação conjunta com os agentes comunitários de saúde são essenciais, pois são quem representam o poder público no local, são agentes de transformação dentro das comunidades”, disse.
 
Na ocasião, Fabíola Heck destacou que a intenção neste curso é fortalecer a atenção primária, alinhando-se com o modelo da Estratégia Saúde da Família. Norma Pontes acrescenta que a formação é uma maneira de traduzir em ações o pensamento da Secretaria sobre a Atenção Primária no município. “É a realidade do território no processo de trabalho das equipes, que se aproxima, aprofunda relações culturais e políticas com essa população e procura construir saberes, trocar experiências para avançar em um modelo de cuidado efetivo, potente nos territórios”, afirma.
 
Para o secretário de Saúde, Luís Cruzick, a formação representa um passo importante para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde em Petrópolis e é uma forma de reconhecer e valorizar o papel estratégico desses profissionais na promoção da saúde e na escuta ativa das demandas da população.
 
Intersetorialidade e participação social
 
Felix iniciou a formação com uma aula sobre “Intersetorialidade e participação social para o enfrentamento das inequidades em saúde no nível local”, explicando a inserção da saúde, no sentido ampliado, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS e abordando os temas de Território, Classe Social e Saúde e Atenção Primária de Saúde. Ele concluiu com uma breve apresentação do papel e ações do Fórum Itaboraí no combate às inequidades em saúde e as ideias para as ações futuras.
 
 

 

Alunos da OCPIT participam de evento com músicos de fundação austríaca

Encontro foi marcado por masterclasses de diferentes instrumentos e um concerto com a Camerata de Viena, em um dia de intercâmbio cultural
Aline Rickly (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 05/09/2025
 

Os alunos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) participaram de um evento na quarta-feira, dia 27 de agosto, com músicos da Fundação Austríaca Viajart, que atua na promoção de intercâmbios culturais e artísticos, com destaque para a música clássica. O encontro reuniu também os estudantes do projeto Ação Social Pela Música.
 
Durante a manhã, aconteceram masterclasses de violino, viola de arco, violoncelo e flauta transversal, conduzidas pelos músicos convidados da fundação. No período da tarde, os alunos puderam assistir a Camerata Viajart, com um repertório de música clássica em mais um momento de intercâmbio cultural.
 
Os jovens também tiveram a oportunidade de participar de uma roda de conversa sobre possibilidades de estudo no exterior, ampliando horizontes e perspectivas para a formação acadêmica e artística. Neste momento, os alunos tiraram dúvidas sobre os desafios da profissão e compartilharam um pouco dos seus desejos e sonhos.
 
Nina Mayer, diretora executiva da OCPIT, conta que esta foi a segunda vez que os alunos tiveram a oportunidade de ter aulas com os professores da Viajart. “Essa iniciativa possibilita a troca entre os músicos da cidade e de outros projetos. 
 
Agradecemos mais uma vez a parceria da Jacqueline Moreira, da Ação Social pela Música, que nos procurou para que pudéssemos viabilizar esse dia tão marcante para nossos jovens músicos”, diz. 
Fundadora da Viajart, Ana Daldon conta que essa troca é um momento em que os músicos oferecem o conhecimento que têm e recebem na mesma intensidade por meio desses espaços com os estudantes. 
 
“Percebemos que não basta inspirar, mas que gestos concretos determinam a jornada para esses profissionais. A gente percebe os grandes talentos que existem e fica na expectativa para ver quem a gente encontra daqui a uns meses ou anos lá fora”, afirma.
 
Guilherme Moraes, de São Paulo, é um dos músicos da Viajart que participou do encontro. “Foi uma oportunidade de trocar e oferecer o que a gente aprendeu para os alunos. Percebo que é uma galera que está pensando muito, preocupada com o futuro profissional”, conta ele que começou a estudar violoncelo aos 8 anos na escola, passou pelas aulas de música na Igreja e estudou na Escola de Música do Estado de São Paulo, embarcando aos 18 anos para o curso na Europa, onde segue há dez anos.
 
 

 

Fórum Itaboraí lança guia com ferramentas para abordagem local das desigualdades sociais como determinantes das inequidades em saúde

 

Fórum Itaboraí conclui formação para apoiadores da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde

21 profissionais participaram do curso que teve carga horária de 30 horas com atividades teóricas presenciais  e de campo

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 15/07/2025

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, Fiocruz Petrópolis, concluiu em junho deste ano a formação em participação comunitária e controle social à Atenção Básica em Saúde. Ao todo, 21 apoiadoras/es da Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis participaram do curso, que teve carga horária de 30 horas, distribuída em encontros presenciais e atividades de campo.
 
Os encontros abordaram temas como Determinação Social da Saúde, Origem do SUS, conceitos de Território, Classe Social e Saúde, Atenção Primária à Saúde, Tecnologia Social: Diagnóstico Rápido Participativo e Cartografia Participativa, Controle Social a partir da ferramenta do Teatro do Oprimido e Práxis e  leitura coletiva territorial a partir da relação entre classe social, território e saúde, utilizando a metodologia do DRP. 
 
Durante a formação, a turma foi dividida em grupos por regiões de saúde - distribuição das sete áreas geográficas da Atenção Primária à Saúde -  para  as atividades de campo. Na ocasião, cada grupo ficou responsável por realizar uma travessia nos territórios selecionados onde se apropriaram da ferramenta do DRP, acompanhados por técnicos da Fiocruz Petrópolis e por Agentes Comunitários de Saúde. A atividade ocorreu em Pedro do Rio, Alto Independência, Chácara Flora, Vila Felipe, Laginha, Itamarati e São João Batista.
 
A sistematização do conteúdo, com desafios e potencialidades de cada uma dessas regiões, foi apresentada no dia 27 de junho, data que marcou o encerramento da formação. Como trabalho final do curso ficou acordada a realização de um Plano de Ação para estes territórios. 
 
O objetivo da formação foi constituir um ambiente pedagógico para reflexão crítica sobre o fortalecimento do controle social e da participação comunitária como  princípio fundamental  do SUS, e a centralidade dos apoiadores da Atenção Primária à Saúde e dos Agentes Comunitários de Saúde neste processo. O curso ofereceu aos participantes subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de estratégias de apoio e articulação com a comunidade, além de promover o diálogo com usuários e profissionais da rede. A proposta é contribuir para a qualificação das práticas em saúde nos territórios, com foco na escuta ativa da comunidade e no fortalecimento da participação social.
 
 

Projeto de planejamento urbano integrado para redução de riscos de desastres é lançado na Fiocruz

Evento reuniu 100 pessoas, entre representantes dos 12 municípios selecionados para o projeto, colaboradores da Fiocruz e do Governo Federal, representantes da comunidade científica e de movimentos sociais

Aline Rickly (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 01/07/2025

O Projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades), uma parceria entre a Fiocruz e o Ministério das Cidades, foi lançado oficialmente na quarta-feira (25/6). O projeto tem como objetivo fortalecer as estratégias nacionais de planejamento para resiliência urbana e garantir maior segurança e qualidade de vida para seus cidadãos. Ele prevê a elaboração de um manual com metodologias para intervenções urbanas integradas e inovadoras que será aplicado, inicialmente, em seis territórios pilotos, que serão selecionados em 2026.

A mesa de abertura contou com a presença do vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Valcler Rangel; da diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio; e do secretário Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Roberto Queiroz Tome Junior. “Planejar é fundamental e esse é um dos objetos que tratamos aqui, nestes dois dias [de oficina] e no processo de parceria [do projeto]. Fazer planejamento, olhar para os riscos, olhar para como enfrentamos esses riscos, resultar numa situação melhor do que essa, por exemplo, que o Rio Grande do Sul passa hoje. Temos certeza de que mais acidentes hidrológicos vão acontecer. A questão da crise climática está colocada e ela precisa ser enfrentada com adaptação e com prevenção, com medidas de mitigação”, disse Valcler Rangel.

O vice-presidente acrescentou que não há enfrentamento da crise climática de maneira isolada ou fragmentada, mas sim a necessidade de um esforço integrado. “É muito importante olharmos para a desigualdade existente, inclusive nos desastres. Há pessoas que são mais atingidas do que outras. Há racismo ambiental. É preciso que haja indicadores que demonstrem cada vez de maneira mais evidente que há pessoas sendo atingidas de forma desigual também. A desigualdade não aparece só na fome, ela aparece também na hora que tem uma chuva, na hora que tem um desastre”, ressaltou.

O Secretário Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Roberto Queiroz Tomé, afirmou que o projeto é de suma importância para o Ministério das Cidades e, acima de tudo, para todos os municípios, uma vez que os resultados do DUI-RRD Cidades têm a intenção de escalar pelo Brasil afora para todos os demais municípios. “É importante a construção por meio de diálogos, entendermos quais são as necessidades dos municípios, quais são suas fragilidades e vulnerabilidades, e transformá-las em políticas públicas de excelência e, conseguir assim, contribuir para o Brasil que a cada dia precisa que tenhamos iniciativas positivas e propositivas”, disse.

Celebração dos termos de compromisso

Durante o seminário, realizado na Fiocruz Brasília, foi feita a assinatura dos termos de compromisso dos municípios selecionados: Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem, em Minas Gerais; Mangaratiba, Petrópolis, Nova Friburgo e Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro; Candeia e Simões Filho, na Bahia; Olinda, em Pernambuco; Teresina, no Piauí; e São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul. Em seguida foi feita a apresentação do projeto, seu escopo, metas, metodologias e cronograma de execução. A primeira parte da apresentação esteve a cargo da diretora de Estruturação de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Ministério das Cidades e integrante do núcleo gestor do projeto, Cristiana Scorza; do coordenador do projeto e do Programa Institucional de Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) da VPAAPS, Luís Madeira; e do coordenador do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) e componente do núcleo de gestão do projeto, Leonardo Freitas.

“O objetivo do DUI-RRD Cidades é desenvolver uma metodologia de trabalho a ser aplicada pelos municípios considerando a integração entre Desenvolvimento Urbano Integrado e Redução de Riscos de Desastres. A presença da Fiocruz se justifica por uma concepção de saúde ampliada e a compreensão clara que esses dois temas têm sobre a saúde das populações”, explicou Luís Madeira, acrescentando que a oficina em Brasília representa o passo inicial da articulação entre a Fiocruz, o Ministério das Cidades e os 12 municípios selecionados.  

Cristiana Scorza destacou que o projeto tem esse olhar do desenvolvimento urbano integrado para redução de riscos e desastres, que é um tema fundamental do Ministério das Cidades. “O debate vai ser muito rico. O olhar de vocês [municípios] vai ser importante para gente conduzir nosso trabalho”, afirmou. Cristiana destacou ainda o conceito de desenvolvimento urbano integrado (DUI), entendido pelo núcleo gestor do projeto como o processo coordenado de articulação de políticas públicas, planos, programas e projetos setoriais nas cidades, de integração multinível e de melhoria do desenho urbano em um determinado território, de modo a viabilizar a urbanização inclusiva, resiliente, próspera e sustentável. “Essa integração pode proporcionar melhores resultados urbanísticos, racionalização de recursos envolvidos, maximização de efeitos urbanísticos, sociais e ambientais e integração entre as agendas que atuam sobre o território urbano”, disse.

A apresentação da proposta de metodologia e de revisão foi feita em seguida por Marcel Claudio Santana, membro do comitê gestor do Ministério das Cidades, e Cecília Benites e Camila Maia, integrantes da equipe técnica da Fiocruz no projeto.

Apresentações dos municípios

O evento continuou na parte da tarde, com as apresentações dos municípios sobre os projetos para redução de riscos de desastres nos territórios. Foram destacados os contextos, limites e possibilidades, além da necessidade da participação popular para fortalecer as políticas públicas de prevenção de desastres, da integração entre saberes científicos e populares. Entre os desafios, os municípios ressaltaram questões como limites orçamentários para as intervenções.

A oficina continuou na quinta-feira (26/6), com a divisão dos participantes em grupos de trabalho para discutir questões como Participação Social, Planejamento Ambiental, Adaptação Climática e Territorial e Viabilidade Econômica no contexto de redução de riscos e desastres. À tarde foi feita a apresentação dos temas abordados pelos grupos. Logo após, Leticia Oliveira, da GIZ Cooperação Técnica Brasil-Alemanha, fez a apresentação da plataforma ReDUS, uma rede com iniciativas de interesse público que atuam em prol do desenvolvimento urbano sustentável em todo Brasil e onde os municípios poderão acessar as informações sobre o projeto DUI-RRD Cidades.

O projeto

O projeto DUI-RRD Cidades faz parte do Termo de Execução Descentralizada nº 969900/2024, que busca integrar esforços para desenvolver e aplicar novas metodologias, tecnologias e práticas em contextos de risco de desastres. Ele engloba a participação da Fiocruz, por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) e de programas como o OTSS e o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde. Ao longo deste ano, representantes do Grupo de Trabalho Ampliado, que reúne os integrantes do Ministério das Cidades e da Fiocruz, e dos 12 municípios, participarão de seminários, oficinas e debates técnicos sobre o tema.

Para 2026 está prevista a aplicação da metodologia em seis territórios pilotos (que serão selecionados posteriormente), com suporte técnico especializado adaptado aos contextos e desafios locais. Essa etapa incluirá apoio à elaboração de estratégias de redução de risco de desastres, contribuindo para ampliar a resiliência dos municípios participantes.

 

Fiocruz lança livro sobre saúde e agroecologia no Dia Mundial do Meio Ambiente

Publicação é fruto de um trabalho desenvolvido em territórios quilombolas, indígenas e da agricultura familiar no RJ e em SP
Angélica Almeida (VPAAPS/Fiocruz) / Publicado em 05/06/2025
 

Respostas coletivas aos desafios enfrentados e visões para o futuro de comunidades quilombolas, indígenas e da agricultura familiar são apresentadas no livro “Saúde, agroecologia e territórios: aprendizados do projeto Ará” , lançado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz.

A obra apresenta resultados do projeto Ará, desenvolvido em três regiões do estado do Rio de Janeiro e no estado de São Paulo, entre 2021 e 2024, em meio aos desafios impostos pela pandemia de covid-19. As ações foram realizadas na Serra da Bocaina, no Maciço da Pedra Branca e na região de Petrópolis e Areal.

“A sistematização fomenta aprendizagens para caminhos a serem traçados quando o assunto é saúde e agroecologia, seja na Fiocruz, nos territórios ou em cada um dos programas territoriais que foram parte dessa ação”, afirma Helena Lopes pesquisadora da Agenda de Saúde e Agroecologia da VPAAPS e uma das organizadoras do livro.

A publicação é composta por cinco capítulos, além das considerações finais. A introdução discute a metodologia da sistematização, a concepção do projeto Ará (origens, ações e parcerias), equipes e atores envolvidos. Os capítulos seguintes abordam as temáticas da soberania e segurança alimentar e nutricional; da saúde das pessoas e dos territórios; da construção social de mercados; e da construção social de conhecimentos.

Ao longo do livro, também são apresentadas “Histórias de resistência”, que destacam inovações e soluções para os problemas enfrentados nas comunidades com base no encontro entre saberes técnicos, científicos e tradicionais. Um dos exemplos foi a implementação de tecnologias de saneamento ecológico, tendo em vista que os três territórios do projeto convivem com a falta de acesso a água de qualidade e de tratamento adequado de esgotos.

É um pilar de atuação da Fiocruz promover uma visão integrada que evidencie as interconexões entre a saúde humana e a saúde do ambiente e contribua para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), afirma prefácio assinado por Mario Moreira, presidente da Fiocruz, e por Hermano Castro, à época Vice-Presidente da VPAAPS.

O Ará foi desenvolvido por programas institucionais vinculados à Presidência da Fiocruz — a Fiocruz Mata Atlântica (FMA), o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde e o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) —, e pela Agenda de Saúde e Agroecologia da VPAAPS. A Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e diferentes movimentos e organizações da sociedade civil foram também parceiros da ação nos diferentes territórios.  

 

Fiocruz e Ministério das Cidades selecionam 12 municípios para integrar projeto de planejamento urbano integrado para redução de riscos de desastres

Cidades estão localizadas em seis estados brasileiros: RJ, MG, PE, PI, BA e RS. Próximas etapas, que visam a elaboração de um manual de intervenções urbanas, englobam participações em seminários, oficinas e debates técnicos

Aline Rickly (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 05/06/2025

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (SNDUM), selecionaram 12 cidades para participar do projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades). Os municípios estão localizados em seis estados brasileiros (Veja a lista completa abaixo).

Ao todo, 21 cidades, das 50 que estavam aptas a participar do edital, submeteram propostas. A seleção levou em conta critérios como: disponibilidade de infraestrutura e capacidade técnica e operacional, avaliação de iniciativas já existentes, diagnóstico das áreas de risco geo-hidrológico, arranjos intersetoriais, organização de gestão participativa com a comunidade, propostas de intervenção baseadas nos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade e capacidade para replicar a metodologia para outros contextos municipais.

“O resultado da seleção apresenta, entre as propostas recebidas, representatividade regional e diversidade de tipologias de risco associada a desastres geo-hidrológicos. Estes fatores são importantes para a qualidade e a abrangência do produto a ser desenvolvido no projeto, bem como com a efetividade da metodologia a ser aplicada nas cidades que visa fortalecer a resiliência urbana e, portanto, impactar positivamente as condições de vida e saúde da população”, afirma Luís Madeira, coordenador do Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) que, junto ao Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), ambos da Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), representam com o Fórum Itaboraí a Fiocruz enquanto núcleo gestor do projeto.

Também integrante do núcleo gestor, a diretora de Estruturação de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Ministério das Cidades, Cristiana Scorza, destaca que a análise cuidadosa das propostas buscou identificar aquelas que apresentaram nos perímetros delimitados, equipamentos ou infraestruturas urbanas suscetíveis aos desastres geo-hidrológicos. “E que sejam essenciais para o atendimento da população da cidade, atentando à relação entre as áreas centrais e demais áreas dos municípios, ressaltando a importância do desenvolvimento urbano integrado para a redução de riscos de desastres”, ressalta.

Próximas etapas do Projeto DUI-RRD Cidades

A partir de agora, as cidades selecionadas vão contribuir com a elaboração de um manual de intervenções urbanas voltado à redução de riscos de desastres geo-hidrológicos, como cheias, enxurradas, inundações e deslizamentos. A proposta busca fortalecer as estratégias de planejamento urbano integrado voltadas à redução de riscos de desastres por meio do desenvolvimento de novas metodologias, tecnologias e práticas inovadoras.

Ao longo deste ano de 2025, as cidades irão participar de seminários, oficinas e debates técnicos sobre o tema. O primeiro encontro será nos dias 25 e 26 de junho na sede da Fiocruz, em Brasília. Na ocasião, será feito o lançamento do projeto, com apresentações e início das oficinas. Outras atividades dessa primeira etapa estão previstas para ocorrer nos meses seguintes.

A próxima fase do projeto será em 2026 com a aplicação da metodologia em seis territórios pilotos, com suporte técnico especializado adaptado aos contextos e desafios locais. Essa etapa inclui apoio à elaboração de estratégias de redução de risco de desastres, contribuindo para ampliar a resiliência dos municípios participantes.

Lista completa das cidades selecionadas:

Candeias – BA

Simões Filho – BA

Olinda – PE

Teresina – PI

Nova Lima – MG

Belo Horizonte – MG

Contagem – MG

Mangaratiba – RJ

Petrópolis – RJ

Nova Friburgo – RJ

Paraíba do Sul – RJ

São Sebastião do Caí – RS

 

 

Fiocruz e Ministério das Cidades divulgam resultado preliminar com 12 municípios selecionados para projeto de desenvolvimento urbano e redução de riscos de desastres

Resultado final será divulgado no dia 4 de junho, após análise de recursos. Ao todo, 21 cidades, de sete estados brasileiros, submeteram propostas

Aline Rickly (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 29/05/2025

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (SNDUM), divulgaram, nesta quarta-feira (28/05), a lista com as 12 cidades pré-selecionadas para participar do projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades). São elas: Candeias e Simões Filho, na Bahia; Olinda, em Pernambuco; Teresina, no Piauí; Nova Lima, Belo Horizonte e Contagem, em Minas Gerais; Mangaratiba, Petrópolis, Nova Friburgo e Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro; e São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul.

Ao todo, 21 municípios, dos 50 que estavam aptos a participar do edital, submeteram propostas. A etapa de recursos se inicia nesta quinta-feira (29) e deverá ser feita até sexta (30) pelo e-mail: rrd.cidades@fiocruz.br. O resultado final será divulgado no dia 4 de junho.

A seleção levou em conta critérios como: disponibilidade de infraestrutura e capacidade técnica e operacional, avaliação de iniciativas já existentes, diagnóstico das áreas de risco geo-hidrológico, arranjos intersetoriais, organização de gestão participativa com a comunidade, propostas de intervenção baseadas nos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade e capacidade para replicar a metodologia para outros contextos municipais.

Sobre o projeto

O projeto DUI - RRD Cidades tem como principal objetivo elaborar um manual de intervenções urbanas voltado à redução de riscos de desastres geo-hidrológicos, como cheias, enxurradas, inundações e deslizamentos. A proposta busca fortalecer as estratégias de planejamento urbano integrado voltadas à redução de riscos de desastres por meio do desenvolvimento de novas metodologias, tecnologias e práticas inovadoras nos territórios selecionados.

 

Ao longo deste ano de 2025, os municípios selecionados vão participar de oficinas e debates técnicos​, com interação e troca de experiências com diferentes entidades, instituições de Ensino Superior e com a sociedade civil, além da possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas no tema.

A próxima fase, consiste na aplicação da metodologia em seis territórios pilotos a partir de 2026, com suporte técnico especializado adaptado aos contextos e desafios locais. Essa etapa inclui apoio à elaboração de estratégias de redução de risco de desastres, contribuindo para ampliar a resiliência dos municípios participantes.

 

 

Prazo para edital de desenvolvimento urbano e prevenção de desastres é prorrogado até amanhã pela Fiocruz e Ministério das Cidades

Inscrições devem ser feitas pela plataforma Redus. 50 cidades do país estão aptas a participar da seleção (lista abaixo)

Aline Rickly (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 21/05/2025

O prazo para participar do edital do Projeto Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades), realizado por meio de uma parceria entre a Fiocruz e o Ministério das Cidades,  foi prorrogado até esta quinta-feira, 22 de maio. As inscrições devem ser feitas pela plataforma Redus (veja abaixo a lista dos 50 municípios brasileiros aptos a participar do edital).
O projeto tem como objetivo a elaboração de um manual com metodologias para intervenções urbanas, fortalecendo as estratégias nacionais para redução de riscos de desastres, integrando esforços para desenvolver e aplicar novas metodologias, tecnologias e práticas nos territórios selecionados. 
Os 50 municípios elegíveis foram identificados a partir de dados da União, do Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças do Clima (AdaptaBrasil - MCTI) e das áreas de atuação estratégicas da Fiocruz no país. 
Para acessar o edital completo, acesse: https://fiocruz.br/documento/2025/04/edital-de-chamamento-de-16-de-abril-de-2025Para mais informações ou esclarecimentos, envie e-mail para: rrd.cidades@ficruz.br
Como serão as próximas etapas?
Após a realização das inscrições serão selecionados até 12 municípios, levando-se em conta elementos considerados fundamentais como: disponibilidade de infraestrutura e capacidade técnica e operacional, avaliação de iniciativas já existentes, diagnóstico das áreas de risco geo-hidrológico, arranjos intersetoriais, organização de gestão participativa com a comunidade, propostas de intervenção baseadas nos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade e capacidade para replicar a metodologia para outros contextos municipais.  
Ao longo deste ano de 2025, os 12 municípios selecionados vão participar de capacitações e debates técnicos​, com interação e troca de experiências com diferentes entidades, instituições de Ensino Superior e com a sociedade civil, além da possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas no tema. 
Aplicação da metodologia em territórios pilotos
A fase seguinte, prevista para 2026, consiste na aplicação da metodologia em seis territórios pilotos, com suporte técnico especializado adaptado aos contextos e desafios locais.  Essa etapa inclui apoio à elaboração de estratégias de redução de risco de desastres, contribuindo para ampliar a resiliência dos municípios participantes.  
Veja a lista completa dos municípios elegíveis:
  1. Angra dos Reis
  2. Aquiraz
  3. Belo Horizonte 
  4. Brasília 
  5. Camaragibe
  6. Candeias
  7. Canutama
  8. Caraguatatuba
  9. Careiro da Várzea
  10. Caxias
  11. Contagem
  12. Eldorado do Sul
  13. Fortaleza
  14. Iribité
  15. Ilhabela
  16. Jaboatão do Guararapes
  17. Lábrea
  18. Lauro de Freitas
  19. Manaus
  20. Mangaratiba
  21. Mariana
  22. Miguel Pereira
  23. Nova Friburgo
  24. Nova Hartz
  25. Nova Lima
  26. Novo Hamburgo
  27. Olinda
  28. Paraíba do Sul
  29. Paraty
  30. Paulista
  31. Petrópolis 
  32. Portão
  33. Porto Alegre
  34. Recife
  35. Ribeirão das Neves
  36. Rio de Janeiro
  37. Sabará
  38. Salvador
  39. Santa Luzia
  40. São Leopoldo
  41. São Lourenço da Mata
  42. São Sebastião
  43. São Sebastião do Caí
  44. Sapucaia do Sul
  45. Simões Filho
  46. Teresina
  47. Teresópolis
  48. Três Rios 
  49. Ubatuba
  50. Vespasiano

 

Fórum Itaboraí realiza curso de formação para apoiadores da Atenção Primária da Secretaria de Saúde

Objetivo é fortalecer a atuação do SUS  e dos profissionais nos territórios

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 21/05/2025

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, Fiocruz Petrópolis, iniciou neste mês de maio o curso de atualização em Participação Comunitária e Controle Social na Atenção Primária de Saúde para 28 apoiadoras/es da Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis. A proposta da formação é contribuir para a qualificação das práticas em saúde nos territórios, com foco na escuta ativa da comunidade e no fortalecimento da participação social.
 
O curso oferece aos participantes subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de estratégias de apoio e articulação com a comunidade, além de promover o diálogo com usuários e profissionais da rede.A primeira aula aconteceu na sexta-feira, dia 9 de maio, no auditório do Centro de Saúde. A abertura contou com a presença do diretor da Fiocruz Petrópolis, Felix Rosenberg, e de Maria Zenith Nunes Carvalho, diretora da Atenção Básica do município.
 
Na ocasião, Felix fez uma apresentação sobre Determinação Social da Saúde, apresentando conceitos sobre Promoção da Saúde, a relação com os territórios, intersetorialidade e participação social para o enfrentamento da iniquidade em saúde no nível local. Em seguida, Norma Pontes, chefe do núcleo de gestão da educação em saúde, abordou a Origem do SUS e o controle social.
 
Para Felix, este é mais um exemplo da estreita colaboração entre a Fiocruz e a Prefeitura de Petrópolis, que ocorre por meio de um acordo de cooperação. “Esta ação reforça a educação permanente do pessoal de saúde como a melhor iniciativa para manter no mais alto nível o compromisso e a responsabilidade do SUS com um serviço de saúde e de promoção do bem-estar eficaz, democrático e participativo“, destacou.
 
A segunda aula foi realizada no dia 16 de maio e tratou de temas como Território, Classe Social e Saúde e a relação com a Atenção Primária em Saúde. Na próxima aula, os assuntos a serem debatidos são: Ferramentas de Tecnologia Social, como Diagnóstico Rápido Participativo, Cartografia Participativa e Teatro do Oprimido. Também está incluído na ementa do curso os conceitos de Práxis e Equidade em Saúde. O curso se encerrará com a elaboração pelos participantes de um Plano de Trabalho para os territórios.
 
Para o  Secretário Municipal de saúde, Luíz Cruzick, esta é uma parceria muito importante para a Secretaria de Saúde de Petrópolis. “Desta forma, teremos uma capacitação padrão para todos os nossos profissionais com um olhar voltado para a nossa realidade. Assim, os profissionais da ponta passam a ter um cuidado especial no atendimento à população", comentou.
 
Com carga horária de 30 horas, a formação trata de estratégias para promoção da equidade e da participação social, além da construção de processos de territorialização e mapeamento comunitário. O curso também discute a importância da atuação integrada entre profissionais de saúde, lideranças comunitárias e usuários do sistema, para o fortalecimento das ações em saúde pública.
 
 
 

Especialistas da Fiocruz integram projeto em Angola para atualização de mapa sobre doenças transmitidas por insetos

Iniciativa inclui a participação de uma equipe multidisciplinar sob coordenação do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, com a presença de geógrafos do Fórum Itaboraí

Aline Rickly (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 05/05/2025 

Um grupo de especialistas da Fiocruz embarcou para Angola em abril para uma missão que busca a atualização do mapa entomológico do país africano, uma necessidade que foi reforçada após o primeiro registro do mosquito “tigre-asiático” (Aedes albopictus) no território angolano em 2025. O objetivo do trabalho é levantar novos dados sobre a situação epidemiológica das doenças transmitidas por vetores na região. 
 
Até o dia 2 de maio, os especialistas atuaram nas cidades de Luanda, Lobito, Lubango e Saurimo. A iniciativa teve coordenação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (CRIS), com gestão das analistas Erica Kastrup, Cláudia Turco e Cláudia Presotto. Já o ponto focal da coordenação técnica no Brasil é a pesquisadora da Fiocruz Rondônia, Genimar Rebouças Julião.
“Esse projeto tem por objetivo principal o fortalecimento estruturante e sustentável da Vigilância Entomológica do país, uma iniciativa do governo Angolano por meio do seu Ministério da Saúde e o programa regional REDISSE IV. Nesse sentido, parcerias e cooperações firmadas desde 2023 procuram priorizar as necessidades da população, seriamente afetada pelas doenças com transmissão vetorial, como a malária”, explica Genimar.
 
A equipe multidisciplinar que iniciou o trabalho em Angola é composta por entomólogos, biólogos, ecólogos, geógrafos, médicos e veterinários. Dois geógrafos do Fórum Itaboraí (Fiocruz Petrópolis) participam da missão: Caiett Genial e Bruno Cesar dos Santos. Eles estão atuando na formação na área de Cartografia e Geoprocessamento, além da Vigilância Cidadã, que é a geração de dados a partir dos moradores das localidades situadas nos municípios e províncias de Angola. A partir disso, será alimentado um banco de informações que irá complementar os dados das coletas de campo para construção do mapa atualizado.
 
Sobre o projeto
O REDISSE (fase IV) é um projeto de Melhoria dos Sistemas de Vigilância Regional financiado pelo Banco Mundial e constitui um programa que apoia e incentiva os países da África Central no enfrentamento de doenças e epidemias ocasionadas pelo desequilíbrio na interface humano-animal-ambiental. O objetivo é promover melhorias nos sistemas de saúde e na capacidade diagnóstica, de detecção e de prevenção, que permitam respostas mais rápidas e eficientes às ameaças de Saúde Pública regional e global.
 
“Várias estratégias têm sido implementadas para incrementar a vigilância contínua dos agentes infecciosos transmitidos por mosquitos, carrapatos, moscas, piuns, maruins e outros artrópodes vetores presentes em Angola. Em 2012, o país elaborou o Mapa Entomológico de Angola, documento que detalha a distribuição de espécies de mosquitos anofelinos em todo o território angolano, com agregação de dados de densidade relativa e níveis de resistência a inseticidas”, conta Genimar.
 
Coordenador da equipe técnica do projeto em Angola, José Franco Martins, também chefe do Departamento de Controle de Doenças e coordenador do Programa Nacional de Combate à Malária afirma que este trabalho de atualização enquadra-se como um exercício de fundamental importância, cujo a necessidade surgiu a partir da epidemia de febre amarela em 2016 aliado ao crescente casos de arboviroses, como Dengue e Chikungunya, bem como casos de Zika. “E pelo fato de o país estar intensificando a vigilância das arboviroses e outros vetores, como por exemplo o Anofeles stenphensi (mosquito transmissor da malária), julgamos ser oportuno atualizar o mapa entomológico para conhecermos os vetores transmissores de doenças e, com isso, podermos definir as melhores estratégias de combate”, destacou José Franco.
 
Sobre a participação da Fiocruz no trabalho, ele acrescentou que agrega ao componente de sustentabilidade com, inicialmente, a formação de técnicos angolanos e, através desta, a criação de capacidade local para garantir a continuidade destes exercícios em períodos mais curtos.  “Também se torna importante para nós pela partilha de boas práticas relativamente à iniciativa de vigilância cidadã, que permitirá criar um banco de imagem para fins pedagógicos por um lado e para orientar a população em medidas a adotar em caso de acidente com esses vetores”, disse.
 
Segundo Genimar, o projeto priorizou os investimentos em recursos humanos, principalmente os profissionais de “linha de frente”, que executam as ações de vigilância e controle no país. Nesse cenário, as equipes de Angola e do Brasil definiram a sustentabilidade como pilar do projeto, garantindo a formação de multiplicadores e a capilarização do conhecimento na vigilância e controle de vetores e dos patógenos por eles transmitidos.
 
Visando também a integralidade, optou-se pela abordagem de “Uma só Saúde”, para a construção de um esforço colaborativo de múltiplas disciplinas para atingir a saúde ideal para pessoas, animais e o ambiente onde estão inseridos. 
 
A execução do projeto prevê várias etapas, incluindo a formação de recursos humanos especializados e seminários avançados, dando continuidade à política de fortalecimento da Cooperação Sul-Sul em Desenvolvimento em Saúde e aprofundamento nas conexões da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
 
Angola no Brasil
Para o alinhamento das ações do projeto em abril e maio, a Fiocruz recebeu a equipe angolana do projeto REDISSE IV, com a presença de José Franco Martins. Na ocasião, a equipe angolana visitou alguns dos laboratórios que atendem às questões sanitárias relativas à transmissão vetorial na Fiocruz.

 

Diretor do Fórum Itaboraí recebe homenagem do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique

Entrega aconteceu na cidade de Maputo durante reunião da Rede de Institutos de Saúde Pública da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RINSP-CPLP)

Aline Rickly (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 30/04/2025 

O diretor do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/ Fiocruz Petrópolis, Felix Rosenberg, recebeu neste mês de abril uma homenagem do Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique pelas mãos do diretor geral, Eduardo Samo Gudo, e da diretora geral adjunta, Sofia Viegas.
 
A homenagem representa um reconhecimento sobre o trabalho que Felix Rosenberg vem realizando como secretário executivo da Rede de Institutos de Saúde Pública da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RINSP-CPLP), no qual representa a Fiocruz, em especial a sua contribuição para reestruturação e desenvolvimento no INS de Moçambique.
 

A entrega aconteceu no dia 11 de abril durante a 6ª reunião da RINSP-CPLP, na cidade de Maputo. Uma comitiva da Fiocruz participou do encontro durante estadia em Moçambique que envolveu uma grande agenda de visitas e debates sobre atividades para formação de profissionais, fortalecimento do sistema de saúde local, produção de medicamentos, e para participação da principal reunião global dos institutos nacionais de saúde pública de todo o mundo, organizada pela Associação Internacional dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (Ianphi, na sigla em inglês) e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS).

 

Projeto Seleciona Municípios Para Elaborar Manual de Intervenções Urbanas Para Redução de Riscos e Desastres

Em parceria com o Ministério das Cidades, a Fiocruz está desenvolvendo o Projeto Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres em Cidades (Projeto DUI - RRD Cidades), que visa a elaboração de um manual com metodologias para intervenções urbanas integradas e inovadoras para municípios brasileiros. O objetivo é fortalecer as estratégias nacionais de planejamento para resiliência urbana e garantir maior segurança e qualidade de vida para seus cidadãos.

Vinícius Carvalho (OTSS / Fiocruz) / Publicado em 24/04/2025 

Na busca de melhorar a aplicabilidade e efetividade do manual, o projeto prevê validação das metodologias em diferentes contextos municipais. Foram identificados 50 municípios elegíveis a participar do processo seletivo para contribuir diretamente no desenvolvimento deste manual. A seleção de municípios elegíveis foi feita a partir de dados da União, do Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças do Clima (AdaptaBrasil - MCTI) e das áreas de atuação estratégicas da Fiocruz no país. Com o lançamento do edital, os municípios interessados poderão submeter suas propostas.

A partir das inscrições, que devem ser realizadas até 12 de maio, serão selecionados até 12 municípios, levando-se em conta elementos considerados fundamentais como: disponibilidade de infraestrutura e capacidade técnica e operacional, avaliação de iniciativas já existentes, diagnóstico das áreas de risco hidrológico, arranjos intersetoriais, organização de gestão participativa com a comunidade, propostas de intervenção baseadas nos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade e capacidade para replicar a metodologia para outros contextos municipais.  

Após a seleção, estes municípios vão participar de capacitações e debates técnicos ao longo de ​2025​, com interação e troca de experiências com diferentes entidades, instituições de Ensino Superior e com a sociedade civil, além da possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas no tema. A fase seguinte, prevista para 2026, consiste na aplicação da metodologia em seis territórios pilotos, com suporte técnico especializado específico para seus contextos e desafios locais, através de assessoria técnica, que apoie a elaboração e implementação de estratégias de redução de risco de desastres, ampliando a resiliência dos municípios participantes.  

O Projeto DUI-RRD Cidades faz parte do Termo de Execução Descentralizada nº 969900/2024, que busca integrar esforços entre a Fiocruz, o Ministério das Cidades, e demais atores-chave, para desenvolver e aplicar novas metodologias, tecnologias e práticas em contextos de risco de desastres.

“A Fiocruz tem compromisso com a proteção e a promoção da saúde e a qualidade de vida da população, e tem atuado de forma intersetorial buscando contribuir com outras políticas setoriais considerando o efeito dessas políticas nas condições da saúde nos territórios", afirma o coordenador do Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS/Fiocruz) e componente do Núcleo Gestor do projeto DUI-RRD Cidades, Luis Domingues. "No caso do Projeto RRD Cidades, a Fiocruz contribui com o Ministério das Cidades na elaboração de metodologias que orientem estratégias de redução de riscos de desastres, integrando a saúde em seu conceito ampliado, ao planejamento urbano e às intervenções urbanísticas em áreas suscetíveis ao risco”. O PITSS faz parte da Vice Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).

Diretora do Departamento de Estruturação do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Dedum/SNDUM) do Ministério das Cidades e também componente do Núcleo Gestor do projeto DUI-RRD Cidades, Cristiana Scorza Guimaraens complementa. “O Ministério das Cidades está empenhado em reduzir as desigualdades socioterritoriais, mediante o desenvolvimento urbano integrado, democrático, acessível, inclusivo e sustentável. Diante da ocorrência de eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes, é evidente a necessidade crescente em desenvolver e implementar estratégias de planejamento e intervenções urbanísticas capazes de reduzir os impactos de desastres geo-hidrológicos e promover a resiliência urbana, principalmente nas localidades que demandam maior atenção como os espaços urbanos marcados pela precariedade, degradação e vulnerabilidade. O Projeto RRD Cidades busca oferecer a referência metodológica para esse desafio".

As propostas devem ser enviadas exclusivamente online, pelo formulário disponível no site da ReDUS, até 12 de maio de 2025. É importante que os interessados revisem todas as diretrizes e critérios estabelecidos no edital, garantindo que suas propostas estejam alinhadas com os objetivos do projeto. Acesse o edital completo.

Para mais informações ou esclarecimentos, envie e-mail para: rrd.cidades@ficruz.br

Confira o calendário completo do projeto

 

Processo seletivo 2025 para Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí está com inscrições abertas

As inscrições poderão ser feitas até 12 de março. Processo de seleção será no dia 15/03, no Palácio Itaboraí
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 23/01/2025
 

As inscrições para o processo seletivo da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) estão abertas até o dia 12 de março. As vagas são para flauta, violino, violoncelo, viola de arco e contrabaixo, com início imediato, além de cadastro de reserva para clarinete. Podem se inscrever estudantes da rede pública de Petrópolis que estejam cursando entre o 7º ano do ensino fundamental e o 1º ano do ensino médio.

O curso é gratuito, tem duração de três anos, com aulas realizadas no período da tarde, três vezes por semana. Não é necessário conhecimento prévio de música e todos os materiais e instrumentos necessários são fornecidos pela OCPIT. 

As inscrições devem ser feitas pelo Whatsapp: (24) 2103-2181. A seleção será realizada no dia 15 de março na parte da manhã, no Palácio Itaboraí, localizado na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso.

A OCPIT é um projeto sociocultural do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz/Petrópolis), criado em 2013. Com uma carga horária anual de 300 horas, o programa inclui aulas teóricas e práticas, masterclasses, intercâmbios com universidades de música e apresentações regulares de concertos para diversos públicos, incluindo escolas da rede pública de Petrópolis. 

O projeto também prepara os alunos interessados em ingressar em universidades públicas para os Testes de Habilidades Específicas (THE) das Escolas de Música.

Vagas: Início imediato para flauta, violino, violoncelo e contrabaixo. Cadastro de reserva para viola de arco e clarinete.

Quem pode participar: Estudantes da rede pública de ensino de Petrópolis, prioritariamente entre o 7º ano do ensino fundamental e o 1º ano do ensino médio

Inscrições: Até 12 de março, pelo WhatsApp do Fórum Itaboraí: (24) 2103-2181

Seleção: Dia 15 de março, pela manhã

Local: Palácio Itaboraí – Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, Valparaíso, Petrópolis

 

Conheça mais sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí no YouTube: 

Documentário: https://youtu.be/kjeYKqG2J9s

Outros vídeos: https://www.youtube.com/playlist?list=PL8ANDU7I_qdLJXSt_Q7jKZ-BFdIzRLCuL

 

Fórum Itaboraí conclui formação de novos agentes comunitários de saúde

Oficina de formação dos profissionais para uma prática de saúde integrada e participativa ocorreu por meio de um acordo de cooperação com a Secretaria de Saúde

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 05/12/2024

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, concluiu na segunda-feira (2/12) uma oficina de formação para os novos agentes comunitários de saúde do município. O objetivo foi fortalecer a atuação desses profissionais nos territórios de Petrópolis, oferecendo ferramentas para uma prática de saúde integrada e participativa.
 
Realizado em parceria com a Secretaria de Saúde, a formação teve carga horária de 60 horas e contou com conteúdo teórico e aplicações práticas sobre ferramentas de Tecnologia Social, como o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), a Cartografia Participativa e o Teatro do Oprimido. Parte do curso aconteceu no auditório do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Quitandinha, e a outra, na região do Itamarati. 
 
“A familiarização dos agentes comunitários de saúde com princípios da Atenção Primária da Saúde, estabelecidos em Alma Ata, em 1978, e adaptados aos nossos dias, centrados na organização e participação comunitária para a redução das inequidades e a promoção da saúde e o bem-estar contribuirá significativamente para uma maior integração entre as comunidades e o poder público”, disse o diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg.
 
Durante a formação, foram apresentados conceitos e ferramentas sobre a determinação socioambiental da Saúde, o Espaço Geográfico e o Território e métodos qualitativos de pesquisa. A oficina seguiu com as aplicações práticas das ferramentas no Itamarati. Na região, as equipes percorreram as localidades do Provisória, Floresta, Rua Bernardo Proença, Alcobacinha e Quissamã, para tomar conhecimento do território através da escuta comunitária, como parte do instrumento de travessia do método do DRP. 
 
Durante o encerramento foram apresentados os resultados do diagnóstico pelas equipes que identificaram as principais vulnerabilidades e potencialidades de cada localidade do território. O material será sistematizado e encaminhado à Secretaria de Saúde.
 
Ricardo Patuléa, Secretário Municipal de Saúde, destacou a importância da formação para os agentes comunitários. “Essa parceria entre a Prefeitura de Petrópolis e a Fiocruz estabelece uma importante capacitação para estes profissionais, que com certeza, resultará em mais qualidade na atuação junto à população”, concluiu.

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí fará apresentação gratuita de fim de ano no Centro de Cultura

Concerto será no dia 13 de dezembro, com repertório clássico e natalino
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 05/12/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) encerra o ano com um concerto especial no dia 13 de dezembro, no Teatro Afonso Arinos, localizado no Centro de Cultura Raul de Leoni, em Petrópolis. O evento começa às 19h e tem entrada gratuita.

O programa promete encantar o público com performances de solistas formandos, seguidas pela apresentação da Orquestra completa, que trará um repertório variado, incluindo obras clássicas e músicas natalinas.

O repertório mescla peças de Johann Sebastian Bach, Fritz  Kreisler, Oskar  Rieding  e Bela Bartók, além dos brasileiros Osvaldo Lacerda, Edmundo Villani-Côrtes e Dimitri Cervo. Coroando o concerto, os jovens executarão as peças  "Prelúdio" do Oratório de Natal, de Camille Saint-Saens e "Celebrando o Natal", arranjo folclórico natalino.

“A apresentação celebra o desenvolvimento dos nossos alunos ao longo do ano, além de compartilhar com a comunidade a magia da música nesta época festiva”, destaca Nina Mayer, coordenadora executiva da OCPIT.

 

Serviço:

Concerto de fim de ano da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

Local: Teatro Afonso Arinos, no Centro de Cultura Raul de Leoni

Endereço: Praça Visconde de Mauá, nº 305, Centro-Petrópolis

Horário: 19h, com abertura dos portões às 18h45

Entrada gratuita. Não haverá reserva de lugares

Clique aqui para ver a programação completa

 

Fórum Itaboraí lança cartilha ‘Hortas nas Escolas’ como parte de iniciativa de soberania alimentar

Projeto integra os princípios da agroecologia e busca incentivar hábitos alimentares saudáveis entre os estudantes e suas famílias

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 17/10/2024

O Fórum Itaboraí - Política, Ciência e Cultura na Saúde / Fiocruz Petrópolis lançou a cartilha "Hortas nas Escolas", com objetivo de fortalecer a soberania e a segurança alimentar na rede pública de ensino em Petrópolis. A iniciativa visa promover a educação ambiental, o acesso a alimentos frescos e saudáveis e o engajamento da comunidade escolar na produção de hortaliças e plantas medicinais com foco na promoção da saúde. Ao todo, 18 escolas municipais já participam da atividade.
A ideia surgiu durante a jornada “Ciência e Comunidade” do Amazonas, que ocorreu em janeiro de 2023, reunindo especialistas e representantes da sociedade civil para debater soluções para o combate à fome. Na ocasião, a horta escolar foi apontada como uma estratégia educativa para incorporar o cultivo de alimentos diretamente na rotina escolar e na merenda dos alunos.
A cartilha, lançada no segundo semestre deste ano, oferece orientações que vão desde a semeadura até a colheita, abordando também técnicas de compostagem e manejo sustentável do solo. O material foi elaborado para ser utilizado por professores, gestores escolares e alunos, incentivando a participação de toda a comunidade nas atividades das hortas, que integram os princípios da agroecologia.
 
O impacto positivo inclui o envolvimento dos alunos, mudanças nos hábitos alimentares e a redução de resíduos nas escolas por meio da compostagem. A expectativa é expandir o projeto para mais escolas e introduzir novas atividades educativas.
 
A cartilha está disponível para download gratuito por meio deste link.
 

Fórum Itaboraí realiza atividades em Petrópolis na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Exposições, oficinas e rodas de conversa farão parte da programação

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 14/10/2023

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde realizará uma série de atividades durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que começa na próxima segunda-feira, 14 de outubro, com o tema: “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”. As ações irão ocorrer na unidade da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (FAETERJ), no Quitandinha e na Praça CEU, na Posse.

Entre os dias 16 e 18 de outubro, a equipe de Biodiversidade, Agroecologia e Saúde fará rodas de conversa sobre plantas medicinais, além da exposição da maior folha do mundo (Coccoloba gigantifolia) e da horta suspensa com garrafas PET, na Faeterj. Técnicos do Fórum Itaboraí também realizarão oficinas de compostagem em baldes, biofertilizantes caseiros e reciclagem de resíduos domésticos, focadas na melhoria do solo e em práticas para hortas domésticas. Mudas serão distribuídas ao público durante o evento.

As atividades da Faeterj vão incluir ainda visitas guiadas ao Jardim Sensorial, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer diferentes espécies vegetais e experimentar degustações de plantas medicinais. A programação reforça a importância do cultivo sustentável, trazendo modelos de compostagem de baixo e zero custo para promover a saúde do solo.

No dia 23 de outubro, ainda dentro da programação da SNCT, a Praça CEU, na Posse, vai receber uma mostra de espécies de árvores frutíferas da Mata Atlântica e oficinas de compostagem e biofertilizantes. Também haverá distribuição de mudas de hortaliças. A atividade vai contar com alunos da Escola Municipalizada Moysés Furtado Bravo e mulheres do grupo de convivência do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). A programação inclui contação de histórias sobre os biomas brasileiros e jogos educativos.

 

Programação:

Dia 16/10 – Quarta-feira (FAETERJ)

10h45 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 17/10 - Quinta-feira (FAETERJ)

10h45 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs  (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 18/10 – Sexta-feira (FAETERJ)

10h30 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs  (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 23/10 - Quarta-feira (CEU Posse)

13h30  - Contação de histórias sobre os biomas brasileiros e jogos educativos

14h  - Mostra de espécies de árvores frutíferas da Mata Atlântica - Oficinas de compostagem e biofertilizantes.

Trilha do Arboreto, no Palácio Itaboraí, será reaberta para visitação

Para conhecer o espaço, com 488 espécies de plantas catalogadas, é preciso fazer o agendamento pela plataforma de serviços do Governo Federal

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 09/10/2024

A Trilha do Arboreto, exposição viva de biodiversidade vegetal que conta com 488 espécies de plantas catalogadas, será reaberta para visitação a partir do dia 14 de outubro após um período suspensa devido a obras na unidade. A trilha está localizada no Palácio Itaboraí, sede do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/ Fiocruz Petrópolis.
 
O Fórum Itaboraí é referência em plantas medicinais para a promoção da saúde na Região Serrana do Rio de Janeiro. Na trilha, o público pode conferir, por exemplo, o Jardim Sensorial, com aromas, cheiros e gostos de diferentes espécies, como Stevia, Jambú, Lavandas, Mentas e Capim-limão. No espaço, os visitantes também poderão ver a maior folha dicotiledônea do mundo, Coccoloba gigantifolia - Uva-da-amazônia, segundo o livro dos recordes. Outra espécie que atrai a curiosidade dos visitantes é a árvore da espécie Melaleuca, conhecida como árvore de papel, por ter o tronco macio ao toque.
 
Segundo Sérgio Monteiro, biólogo responsável pela Trilha do Arboreto, o objetivo da visitação é ajudar as pessoas a compreenderem as características e diferenças entre as espécies de plantas, inclusive aquelas com o mesmo nome popular, como: Boldos, Espinheiras-santas, Mentas, Guacos, Ervas cidreiras, Alecrins e Arnicas. “É importante disseminar o conhecimento sobre as plantas medicinais, com o objetivo de resgatar os conhecimentos tradicionais e mostrar que são seres vivos, com constituintes químicos, que podem fazer bem e também mal, se forem usadas de maneira inadequada”, explica.
 
A visitação é guiada por monitores universitários e pode durar de uma até três horas, dependendo do objetivo do grupo. Ao longo da trilha, estão placas informativas com os nomes populares e científicos das plantas, a família, o centro de diversidade, uso popular e seu status, ou seja, se elas são tóxicas, aromáticas, nutritivas, espirituais, ornamentais e/ou medicinais.
 
Para fazer a visitação é preciso realizar o agendamento pela plataforma de serviços do Governo Federal. Neste link, é possível encontrar o passo a passo: https://forumitaborai.fiocruz.br/solicitacaogovbr. Podem participar grupos de até 30 pessoas. O horário é de segunda a sexta, das 9h às 17h. O Fórum Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso. O agendamento já está aberto ao público.
 

Fórum Itaboraí inicia projeto de saneamento ecológico para promoção da saúde no Brejal, com curso de formação de agricultores

Objetivo é promover melhorias das condições sanitárias e do manejo das águas por meio de ferramentas de Tecnologia social fortalecendo a agroecologia e contribuindo para melhor qualidade de vida da população

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 09/10/2024

O Fórum Itaboraí, Fiocruz, iniciou no segundo semestre deste ano um projeto de saneamento ecológico para promoção da saúde no Brejal, em Petrópolis. Realizado por meio de edital da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, o projeto é voltado para agricultores familiares orgânicos e agroecológicos com o objetivo de promover melhorias das condições sanitárias e do manejo das águas por meio de soluções baseadas em ferramentas de Tecnologia Social.
 
A primeira fase do projeto contempla a realização do curso teórico: "Nos caminhos das águas do Brejal: saneamento ecológico na promoção da saúde”.
O curso é realizado por diferentes unidades da Fiocruz, incluindo o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde; a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP). As aulas têm parceria do Conselho Local de Saúde do Brejal, da Associação dos Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO), da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS) e da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – AGEVAP / Comitê Piabanha.
 
Ao todo, 34 moradores estão inscritos na formação. As aulas teóricas começaram em agosto e são ministradas pelo professor Alexandre Pessoa, engenheiro sanitarista da EPSJV. “Esse curso está dentro de uma estratégia, que é a implantação do saneamento ecológico. Então é o início de um caminho, de uma intervenção concreta no território. E o que a gente quer são territórios saudáveis e sustentáveis, melhorar esses espaços, contribuir em alguma medida”, explica Alexandre.
 
As primeiras aulas abordaram temas como: “O que tem no seu território que faz bem à sua saúde”, “O que é saneamento e o que isso muda na sua vida?”, “Saneamento Ecológico comunitário e domiciliar” e “Tecnologia Social em Saneamento Ecológico”. O curso continua nos meses de setembro, outubro e novembro, incluindo outras abordagens como: comitês de bacia e legislação, agroecologia e bem viver e saneamento ecológico na superação da insegurança hídrica e alimentar.
 
Moradora do Brejal, Valéria de Oliveira tem participado do curso e diz estar gostando das aulas. “Muita coisa que eu não sabia, tenho aprendido, como sobre armazenamento da água, o preparo das coisas. Tenho achado muito legal”, disse. Ronison Gonçalves de Araújo, também morador da região, acrescenta que tem sido uma troca importante. “Principalmente aprender sobre a importância da preservação da água”, comentou.
 
Paralelamente às aulas teóricas, os técnicos da Fiocruz estão mapeando o território para entender a situação atual dos recursos hídricos na região, desde a situação das nascentes, o armazenamento da água até os sistemas de irrigação e o saneamento. A próxima fase do projeto visa a implantação das unidades demonstrativas de proteção e/ou restauração de nascentes, de captação de água de chuva, de sistema de irrigação e de saneamento ecológico.
 
“O intuito é abordar a questão do saneamento na região, junto com os agricultores, de forma concreta e ampla ao mesmo tempo, na medida em que o saneamento não se resume somente às obras, mas também está diretamente relacionado ao modo de conviver com o território e possui relação direta com o conceito ampliado de saúde”, afirma Thiago da Cruz Alves, coordenador do projeto.
 
 

Fórum Itaboraí conclui trabalho do projeto Ará em territórios quilombolas de Petrópolis e Areal

Com foco no desenvolvimento sustentável, a iniciativa incluiu o diagnóstico das condições de saneamento, gestão e uso dos recursos hídricos e dos resíduos, além de propostas para a promoção da saúde nas comunidades quilombolas da Tapera e Boa Esperança.
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 30/09/2024
 

O projeto Ará foi desenvolvido por programas institucionais vinculados à Presidência da Fiocruz — a Fiocruz Mata Atlântica (FMA), o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde e o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) —, e pela Agenda de Saúde e Agroecologia da VPAAPS. 

Entre os principais resultados, destaca-se a implantação de 21 unidades de saneamento ecológico, com 19 fossas filtros e 2 unidades Tanque de Evapotranspiração com círculo de bananeira (TEVAP). Foram cercados 89 pontos de água, como nascentes e córregos, para promover a proteção dos recursos hídricos. O projeto também implementou sistemas demonstrativos de captação de água com bomba carneiro e restaurou uma cisterna, reforçando a gestão sustentável dos recursos hídricos.

No campo da agroecologia e segurança alimentar e nutricional, o projeto fortaleceu a transição agroecológica nas comunidades, implementando 31 quintais produtivos e distribuindo 12 mil mudas. Também foram fortalecidas as unidades demonstrativas de produção de mel e de produção de melaço e rapadura, além da implantação de dois galinheiros coletivos e avaliação do horto de plantas medicinais.

O fortalecimento da organização coletiva foi outro eixo central do projeto, com ações formativas e apoio ao associativismo. Foram realizados encontros mensais para formação das articuladoras comunitárias, apoio ao Coletivo de Mulheres do Quilombo Boa Esperança e incentivo ao movimento da juventude. A infraestrutura comunitária também foi aprimorada com a instalação de equipamentos e móveis para fortalecer as associações locais.

Os dados sistematizados do projeto Ará podem ser acessados no livro que foi divulgado em 2025. Nele, é possível encontrar informações detalhadas sobre o trabalho, assim como acessar fotografias. Veja o livro: https://portal.fiocruz.br/documento/2024/08/saude-agroecologia-e-territorios-aprendizados-do-projeto-ara

 

O TEvap recebe todo o efluente que sai do esgoto, do vaso sanitário, e entra numa caixa estanque. O tanque construído tem 10 metros quadrados de área e 1,20m de profundidade

Fórum Itaboraí avança com projeto que usa ferramentas de tecnologia social para redução das iniquidades em saúde em países da América Latina

Projeto Multicêntrico concluiu sua terceira etapa com avaliações sobre a aplicação do Diagnóstico Rápido Participativo e Cartografia Participativa em regiões vulneráveis de cinco países

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) - Publicado em 26/09/2024 - Atualizado em 11/02/2025

Foto: Sacolão popular / Brenda Spinosa/MPAO Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/Fiocruz Petrópolis está avançando com o projeto Multicêntrico, iniciativa que objetiva a aplicação de ferramentas de Tecnologia Social para redução das desigualdades sociais como determinante das iniquidades em saúde em territórios vulneráveis de cinco países da América Latina.

Na última semana, representantes dos Institutos Nacional de Saúde Pública da Argentina, El Salvador e México e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), no Paraguai, estiveram em Petrópolis para a terceira etapa do projeto, que consistiu na avaliação do uso das ferramentas como Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) e Cartografia Participativa (CP) nesses territórios. Pesquisadores da Colômbia participaram de forma on-line.

A primeira etapa do projeto ocorreu em Petrópolis em junho deste ano com capacitação desses profissionais nas ferramentas de tecnologia social. Na ocasião, os profissionais tiveram acesso a apresentação teórica sobre Determinação Social da Saúde, desigualdades sociais e iniquidades em Saúde, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 e Atenção primária em Saúde e intersetorialidade. Também houve aplicação prática das ferramentas no Alto Independência, um dos territórios vulneráveis de Petrópolis.

A segunda etapa da iniciativa contemplou a ida dos técnicos do Fórum Itaboraí aos países latino-americanos para apoiar na aplicação das ferramentas nesses territórios. As regiões onde foram feitos os trabalhos foram: Dock Sud, em Avellaneda, na Argentina; Maurício Jose Troche, no Paraguai; Guasca, na região Cundinamarca, na Colômbia; Panchimalquito, em El Salvador; e Atlacholoaya, em Morelos, no México.

Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg destacou que a metodologia e o propósito do trabalho foram incorporados muito rapidamente pelos profissionais dos territórios. “Foi feita uma radiografia muito precisa da realidade territorial. É importante agora buscar apoios intersetoriais para dar continuidade aos trabalhos. O DRP é um processo permanente de escuta da população do território, é um processo contínuo de uma metodologia transformadora”, destacou.

Assistente Social do Fórum Itaboraí, Marina Rodrigues de Jesus foi uma das técnicas que acompanhou o trabalho nas regiões de El Salvador e México. Ela ressaltou a importância da apropriação da metodologia antes dos técnicos irem para o campo e que o DRP é uma ferramenta contra-hegemônica, contra-colonizadora. “Tudo que é produzido no território vai ao encontro da comunidade e o povo precisa fazer parte disso”, afirmou.

Zaida Alvarez do Instituto de Saúde Pública de El Salvador viu a aplicação das ferramentas como uma inovação para abordar o trabalho comunitário. “Isso nos permite gerar competências e fortalecer o trabalho de nossos agentes comunitários, que são os promotores de saúde, que se dedicam ao trabalho na comunidade. Então, o que nós queremos é que seja realizado um trabalho de acompanhamento, fortalecendo a escuta da população, e por meio disso, identificar os determinantes sociais e poder vencer as iniquidades em saúde”, disse.

Karol Cotes, do Instituto de Saúde Pública da Colômbia, acrescentou que a experiência de aplicação do DRP e da Cartografia em Guasca foi estimulante, reconfortante e esperançosa. “Gerou aprendizagens mútuas, geração de vínculos e exercício de escuta livre”, afirmou.

O projeto multicêntrico vai continuar com a elaboração de um conjunto de indicadores que permita sistematizar os resultados das experiências nestes territórios. Um dos encaminhamentos a partir de agora será a construção de um Observatório on-line para agrupar essas informações e ser fonte de pesquisa também para outras regiões e países.

SOBRE O PROJETO

O projeto multicêntrico surgiu a partir de um consenso estabelecido em seminários e reuniões internacionais de Institutos Nacionais de Saúde Pública sobre a necessidade de ação efetiva para reduzir desigualdades sociais e iniquidades em saúde. A ideia foi consolidada durante o Seminário Internacional da Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), realizado em agosto de 2023, em Petrópolis. Na ocasião, estiveram presentes diretores e representantes dos Institutos Nacionais de Saúde de vários países latino-americanos, além de outras organizações internacionais.

Acompanhando as políticas de promoção de saúde da Fiocruz e inspirado na Conferência Mundial sobre Determinantes de Saúde de 2011 e nas declarações da IANPHI, o projeto tomou forma com base na experiência do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, da Fiocruz, que desenvolveu ferramentas de Tecnologia Social para diagnosticar e intervir em territórios com alta fragilidade social em Petrópolis.

 

RELATÓRIOS FINAS

Português: https://forumitaborai.fiocruz.br/sites/default/files/Rel.Multi.POR.Def.pagsim.pdf

Espanhol: https://forumitaborai.fiocruz.br/sites/default/files/Rel.Multi.ESP.Def.pagsim.pdf

Inglês: https://forumitaborai.fiocruz.br/sites/default/files/Rel.Multi.ING.Def.pagsim.pdf

Inscrições prorrogadas para o novo processo seletivo da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí. Nova vaga para flauta transversal também é oferecida.

As inscrições poderão ser feitas até 07 de outubro. Processo de seleção será no dia 09/10, no Palácio Itaboraí
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 04/09/2024 - Atualizado em 23/09/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT), projeto sociocultural do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz/Petrópolis), está com vagas abertas para início imediato. As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas até o dia 07 de outubro. A seleção será no dia 09, no Palácio Itaboraí.

 

Podem se inscrever adolescentes matriculados entre o 8° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio da rede pública de ensino de Petrópolis.. As vagas disponíveis são para os instrumentos violino, viola, contrabaixo acústico e flauta transversal. Não é necessário conhecimento prévio de teoria musical ou possuir instrumento para participar da seleção.

 

Sobre a OCPIT

A OCPIT é um projeto do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz /Petrópolis), criado em 2013, e tem o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista.

Os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito no decorrer de três anos, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano, com aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

Para aqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve ainda um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido além do Enem nas Universidades Públicas.

Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

Seleção:

A seleção vai ocorrer no dia 09 de outubro, na parte da tarde, no Palácio Itaboraí. Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 188 - Valparaíso, Petrópolis/RJ

 

Inscrições

As inscrições poderão ser feitas até o dia 07 de outubro, somente através do WhatsApp (24) 2103-2181.

Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2023)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável

 

 

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí fará apresentação gratuita em Petrópolis nesta sexta, 23/09

Recital será às 18h, no Teatro Afonso Arinos, no Centro de Cultura Raul de Leoni
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 12/09/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) vai se apresentar nesta sexta-feira (13) em Petrópolis. O recital será às 18h no Teatro Afonso Arinos, no Centro de Cultura Raul de Leoni. A entrada é gratuita.

Na ocasião, alunos de violino, com acompanhamento de piano, vão apresentar clássicos de Sebastian Bach, Antonio Vivaldi e Christoph Gluck, além de diversas canções folclóricas.

“O recital faz parte das atividades curriculares do projeto da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí e é uma oportunidade para cada músico mostrar seu progresso individual”, afirma Nina Mayer, coordenadora executiva da OCPIT.

A OCPIT é um projeto sociocultural do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz/Petrópolis) criado em 2013, com o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista. No decorrer de três anos, os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano.

O curso inclui aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

 

 

Processo Seletivo 2024.2

A OCPIT está com processo seletivo aberto para vagas de início imediato. Até o dia 23 de setembro podem se inscrever estudantes da rede pública de ensino de Petrópolis matriculados entre o 8° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio. A seleção será no dia 25.

As vagas disponíveis são para violino, viola e contrabaixo acústico. Não é necessário conhecimento prévio de teoria musical ou possuir instrumento para participar da seleção. Os interessados em integrar a OCPIT podem fazer a inscrição somente pelo whatsapp (24) 2103-2181. O processo seletivo será no dia 25, no Palácio Itaboraí, que fica na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso.

Mulheres Quilombolas da Região Serrana do Rio se dedicam à agroecologia como estratégia para promoção da saúde em suas comunidades

Neste 25 de julho, dia em que é lembrado o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, conheça moradoras dos Quilombos Boa Esperança, em Areal, e da Tapera, em Petrópolis, que se dedicam à produção saudável de alimentos

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) e Angélica Almeida (Agroecologia / VPAAPS) - Publicado em 25/07/2024

O plantio de alimentos em hortas e quintais produtivos é uma prática ancestral que mostra a forte relação das mulheres com a terra e com o sustento das famílias. Lideranças quilombolas da Região Serrana do Rio dão continuidade a esta tradição, como uma estratégia para promoção da saúde por meio da produção agroecológica.
Neste dia 25 de julho, em que é comemorado o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, contamos a história de duas mulheres que são exemplos de resistência nas comunidades onde vivem. Elas vêm desempenhando um papel crucial na preservação da cultura e na promoção da agroecologia nas comunidades de Boa Esperança, em Areal, e Tapera, em Petrópolis.
No Boa Esperança, Valdinéia da Silva Santos Gomes, de 52 anos, tem se dedicado ao plantio de alimentos, como alface, mostarda, chicória, beterraba, jiló, quiabo e couve. Considerada uma das lideranças do território por seu perfil de mobilizar e fortalecer principalmente outras mulheres, ela destaca a produção dos alimentos agroecológicos como um caminho para uma vida com mais saúde.
“Agroecologia para mim é vida. Tenho o maior orgulho de colocar na minha mesa uma alimentação sem agrotóxicos. E não só para mim, para minha família, mas para os vizinhos também”, conta ela, que compartilha os alimentos com outros moradores do território e também tem apostado no cultivo agroecológico como uma forma de gerar emprego e renda para as mulheres e famílias que vivem na comunidade.
Já no Quilombo da Tapera, é Eva Casciano, de 40 anos, que se dedica ao cultivo do quintal produtivo que conta também com ervas medicinais. Ela ainda contribui para a implantação de um pomar para uso da comunidade, que vem sendo construído por um coletivo de mulheres, criado recentemente, onde se cultivam espécies como banana, laranja, tangerina, amora, pitaya, goiaba, grumixama, mirtilo e framboesa.
“A gente tem buscado muito um protagonismo feminino na agroecologia. Sempre aconteceu, mas a gente não falava tanto, não tinha tanto apoio e, hoje em dia, temos buscado esse fortalecimento. Temos feito muitas trocas, até com as mulheres do Quilombo Boa Esperança, que fica aqui próximo. Estamos visitando os quintais delas e elas os nossos e fazemos troca de alimentos”, disse.
Para Eva, o conceito de agroecologia está ligado a todo o envolvimento com o meio ambiente. “É um plantio preocupado com todas as questões ao nosso entorno, né? Envolvendo o cuidar do nosso próximo, o cuidado com a terra, com a natureza. O que a gente tá colocando no nosso corpo? O que a gente está oferecendo para o nosso próximo? Tudo isso eu entendo como um conceito de agroecologia”, explica.
 

As iniciativas da Valdinéia e da Eva são estimuladas pelo Projeto Ará, executado desde 2021 pela Fiocruz, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e a saúde em populações fragilizadas e comunidades tradicionais em três regiões do Rio de Janeiro e também no estado de São Paulo. Na Região Serrana, o projeto é conduzido pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis.
 
No Quilombo Boa Esperança, o projeto Ará contribuiu com a melhoria da qualidade da água, com a implantação de saneamento ecológico, cercamento de nascentes e fortalecimento de quintais produtivos e sistemas agroflorestais. No Quilombo da Tapera, o Ará contribuiu para implantação de quintais produtivos, do pomar  comunitário e também está em andamento a revitalização do horto de plantas medicinais e ornamentais.
 
Agrônoma no Fórum Itaboraí, Lucia Helena Almeida afirma que as atividades voltadas à promoção da agroecologia nos territórios quilombolas de Boa Esperança e Tapera ampliaram a diversidade dos cultivos de hortaliças e de espécies frutíferas pelas mulheres. “Isso contribui para a soberania e segurança alimentar a partir da observação das relações ecológicas que se dão no ambiente local”, disse.
O fortalecimento da agroecologia nos territórios está associado ao combate à fome e à insegurança alimentar. De acordo com relatório da Rede PENSSAN em 2022, quase 20% dos domicílios rurais enfrentam a fome. As desigualdades de acesso aos alimentos têm forte recorte de raça e de gênero: famílias que têm mulheres como responsáveis e/ou aquelas em que a pessoa de referência se denomina de cor preta ou parda são mais atingidas
 pelo problema. Mais de 6 em cada 10 (63,0%) estavam em algum nível de insegurança alimentar.

 

Fórum Itaboraí inicia Projeto Multicêntrico para uso de Tecnologia Social para redução das iniquidades em saúde em países da América Latina

Primeira etapa do projeto capacitou participantes de cinco países em metodologias de Tecnologia Social para serem aplicadas em territórios vulneráveis

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 11/06/2024

Foto: Sacolão popular / Brenda Spinosa/MPAO Fórum Itaboraí/ Fiocruz Petrópolis sediou entre os dias 3 e 7 deste mês de junho a primeira etapa do Projeto Multicêntrico, uma iniciativa que objetiva a aplicação da Tecnologia Social para reduzir desigualdades sociais como determinante das iniquidades em saúde em territórios vulneráveis da América Latina. Representantes de cinco países participaram do treinamento, sendo Argentina, El Salvador, México e Paraguai, de forma presencial, e Colômbia, on-line.

Esta primeira etapa do projeto Multicêntrico incluiu a fase de apresentação teórica sobre conceitos como Determinação Social da Saúde, desigualdades sociais e iniquidades em Saúde, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 e Atenção primária em Saúde e intersetorialidade. Também foram apresentados os conceitos e ferramentas de Tecnologia social, como Diagnóstico Rápido Participativo e Cartografia Participativa.

A segunda fase do treinamento englobou a visita prática, com aplicação das ferramentas no Alto Independência, um dos territórios vulneráveis de Petrópolis. Participaram das ações, integrantes da equipe do Fórum Itaboraí, dos Institutos de Saúde Pública e pesquisa da América Latina, da Estratégia de Saúde da Família e do Centro de Referência da Assistência Social do município.

A última fase desta primeira etapa contou com a avaliação e debate das visitas realizadas, além da apresentação dos territórios nos países onde devem ser implementadas as metodologias de Tecnologia Social: Argentina, El Salvador, México e Paraguai. O próximo passo do Projeto Multicêntrico será a visita de integrantes da equipe do Fórum Itaboraí a estes territórios com a finalidade de avaliar o desenvolvimento dos projetos, analisar eventuais dificuldades e desafios e propor, se necessário, ajustes aos procedimentos implementados.

Na visão do diretor do Fórum Itaborai, Felix Rosenberg, a implementação do projeto constitui uma marca histórica para o caminho iniciado com a parceria da Prefeitura de Petrópolis na procura de soluções práticas e concretas para diminuir as grandes desigualdades sociais que caracterizam as adversas condições de saúde de populações social e economicamente fragilizadas. “A iniciativa, que contou com decisivo apoio internacional, superou, na sua primeira etapa, todas as nossas expectativas considerando o extraordinário apoio das instituições e comunidades locais, incluindo a Equipe de Saúde da Familia, CRAS e escolas locais e o entusiasmo e dedicação demonstrados pelos participantes do projeto”.

Representante da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) do Paraguai, Patrícia Lima disse que pôde perceber que a partir do contato com a comunidade e o uso das ferramentas de Tecnologia Social, os moradores reconhecem quais são seus direitos e que devem reivindicá-los e tê-los porque merecem. “Ao realizar e ter a experiência, percebi que não é apenas um diagnóstico que fazemos, mas sim que validamos o conhecimento da comunidade, suas necessidades, participamos do processo em que ela reconhece suas potencialidades e ajudamos a validar esses processos negativos que talvez estejam ocorrendo”, destaca.

Para ela, o DRP e a Cartografia Participativa se mostraram como instrumentos importantes. “Nos destacamos comparando-nos com o Paraguai, [implantar essas metodologias] seria acender uma faísca na comunidade com a qual vamos trabalhar sobre o que está acontecendo, o que podemos fazer a respeito, o que podemos fazer para melhorar a partir do nosso lugar. Espero que possamos replicar pelo menos 10% do que aprendemos aqui no Paraguai”, ressaltou Patrícia.

SOBRE O PROJETO

O projeto multicêntrico surgiu a partir de um consenso estabelecido em seminários e reuniões internacionais de Institutos Nacionais de Saúde Pública sobre a necessidade de ação efetiva para reduzir desigualdades sociais e iniquidades em saúde. A ideia foi consolidada durante o Seminário Internacional da Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), realizado em agosto de 2023, em Petrópolis. Na ocasião, estiveram presentes diretores e representantes dos Institutos Nacionais de Saúde de vários países latino-americanos, além de outras organizações internacionais.

Acompanhando as políticas de promoção de saúde da Fiocruz e inspirado na Conferência Mundial sobre Determinantes de Saúde de 2011 e nas declarações da IANPHI, o projeto tomou forma com base na experiência do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, da Fiocruz, que desenvolveu ferramentas de Tecnologia Social para diagnosticar e intervir em territórios com alta fragilidade social em Petrópolis.

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