Ao todo, foram plantadas 20 espécies que estimulam pelo menos quatro dos cinco sentidos. A ação faz parte da programação da 19ª Semana de Ciência e Tecnologia, que também terá palestra sobre as plantas medicinais nos 200 anos de Independência nesta sexta
Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 21/10/2022
Uma parceria entre o Fórum Itaboraí e a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj-Petrópolis) garantiu a implantação de um Jardim Sensorial, com 20 espécies, que estimulam tato, visão, olfato e paladar. Elas já podem ser vistas na entrada do campus, que fica no bairro Quitandinha.
A ação faz parte da programação da 19ª Semana de Ciência e Tecnologia, que também terá uma palestra hoje, sexta-feira (21), às 11h, sobre as plantas medicinais nos 200 anos de Independência. O tema será abordado pelo biólogo e responsável técnico pelo Horto Escola do Fórum Itaboraí, Sérgio Monteiro. “Vamos fazer um resgate da história, citando a obra de Auguste François César Prouvençal de Saint-Hilaire. Ele percorreu o Brasil entre 1816 e 1822 e, em 1824, publicou o título inédito na língua portuguesa: ‘Plantas usuais dos brasileiros’, com o registro de 73 espécies”, explica Sérgio.
Sobre o Jardim Sensorial da Faeterj, Sérgio diz que as plantações ocorreram ao longo da semana, sendo plantadas pelos funcionários da Faeterj e alunos das escolas que visitaram o evento. Todas as espécies podem ser tocadas e algumas estimulam ainda mais os sentidos, como o capim limão, alecrim e hortelã, que despertam o olfato; o Jambu e a Estévia associadas ao paladar; e o Peixinho e a Cavalinha, que despertam o tato - a primeira transmite a sensação de estar tocando em uma camurça e a outra estimula o sentido por ser áspera. Já a Cinerária chama a atenção visualmente por ser prateada e se destacar em meio ao verde.
O jardim conta inicialmente com 20 espécies: Manjericão (Ocimum basilicum), Camomila (Matricaria chamomilla), Melissa (Melissa officinalis), Peixinho (Stachys byzantina), Citronela (Cymbopogon winterianus), Elevante (Mentha citrata), Hortelã (Mentha crispa), Poejo (Mentha pullegium), Menta piperita (Mentha piperita), Guaco (Mikania laevigata), Cavalinha (Equisetum hyemale), Capim limão (Cymbopogon citratus), Sálvia (Salvia officinalis), Alfazema (Lavandula dentada), Erva-cidreira (Lippia alba), Tomilho (Thymus vulgare) e Cinerária (Jacobaea marítima), Estévia (Stevia rebaudina), Jambú (Acmella oleracea) e Alecrim (Rosmarinus officinalis).
O projeto teve a iniciativa do coordenador de extensão da Faeterj, Roberto Roli, e contou com apoio da equipe de jardinagem da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep). A proposta é que o Jardim Sensorial também sirva como área de experimento do Projeto Tupã, coordenado pelo professor Alan Giese, que visa desenvolver mecanismos de monitoramento e automação para irrigação de jardins e hortas urbanas.
Segundo Lucimar Cunha, diretora da Faeterj Petrópolis, o espaço de bem-estar e lazer, vai proporcionar mais oportunidades de integração entre as pessoas.
“Um jardim criado para surpreender, educar e instigar a curiosidade de quem o visita. Essa é a proposta do Jardim Sensorial da Faeterj Petrópolis. Construímos coletivamente um novo espaço, um ambiente composto por boa variedade de plantas e estruturado com o propósito de oferecer, aos visitantes, estímulo aos sentidos, uma vez que permite às pessoas tocarem nas plantas para sentir suas texturas, formas e aromas”, conclui.