Fórum Itaboraí lança cartilha ‘Hortas nas Escolas’ como parte de iniciativa de soberania alimentar

Projeto integra os princípios da agroecologia e busca incentivar hábitos alimentares saudáveis entre os estudantes e suas famílias

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 17/10/2024

O Fórum Itaboraí - Política, Ciência e Cultura na Saúde / Fiocruz Petrópolis lançou a cartilha "Hortas nas Escolas", com objetivo de fortalecer a soberania e a segurança alimentar na rede pública de ensino em Petrópolis. A iniciativa visa promover a educação ambiental, o acesso a alimentos frescos e saudáveis e o engajamento da comunidade escolar na produção de hortaliças e plantas medicinais com foco na promoção da saúde. Ao todo, 18 escolas municipais já participam da atividade.
A ideia surgiu durante a jornada “Ciência e Comunidade” do Amazonas, que ocorreu em janeiro de 2023, reunindo especialistas e representantes da sociedade civil para debater soluções para o combate à fome. Na ocasião, a horta escolar foi apontada como uma estratégia educativa para incorporar o cultivo de alimentos diretamente na rotina escolar e na merenda dos alunos.
A cartilha, lançada no segundo semestre deste ano, oferece orientações que vão desde a semeadura até a colheita, abordando também técnicas de compostagem e manejo sustentável do solo. O material foi elaborado para ser utilizado por professores, gestores escolares e alunos, incentivando a participação de toda a comunidade nas atividades das hortas, que integram os princípios da agroecologia.
 
O impacto positivo inclui o envolvimento dos alunos, mudanças nos hábitos alimentares e a redução de resíduos nas escolas por meio da compostagem. A expectativa é expandir o projeto para mais escolas e introduzir novas atividades educativas.
 
A cartilha está disponível para download gratuito por meio deste link.
 

Fórum Itaboraí realiza atividades em Petrópolis na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Exposições, oficinas e rodas de conversa farão parte da programação

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 14/10/2023

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde realizará uma série de atividades durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que começa na próxima segunda-feira, 14 de outubro, com o tema: “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”. As ações irão ocorrer na unidade da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (FAETERJ), no Quitandinha e na Praça CEU, na Posse.

Entre os dias 16 e 18 de outubro, a equipe de Biodiversidade, Agroecologia e Saúde fará rodas de conversa sobre plantas medicinais, além da exposição da maior folha do mundo (Coccoloba gigantifolia) e da horta suspensa com garrafas PET, na Faeterj. Técnicos do Fórum Itaboraí também realizarão oficinas de compostagem em baldes, biofertilizantes caseiros e reciclagem de resíduos domésticos, focadas na melhoria do solo e em práticas para hortas domésticas. Mudas serão distribuídas ao público durante o evento.

As atividades da Faeterj vão incluir ainda visitas guiadas ao Jardim Sensorial, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer diferentes espécies vegetais e experimentar degustações de plantas medicinais. A programação reforça a importância do cultivo sustentável, trazendo modelos de compostagem de baixo e zero custo para promover a saúde do solo.

No dia 23 de outubro, ainda dentro da programação da SNCT, a Praça CEU, na Posse, vai receber uma mostra de espécies de árvores frutíferas da Mata Atlântica e oficinas de compostagem e biofertilizantes. Também haverá distribuição de mudas de hortaliças. A atividade vai contar com alunos da Escola Municipalizada Moysés Furtado Bravo e mulheres do grupo de convivência do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). A programação inclui contação de histórias sobre os biomas brasileiros e jogos educativos.

 

Programação:

Dia 16/10 – Quarta-feira (FAETERJ)

10h45 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 17/10 - Quinta-feira (FAETERJ)

10h45 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs  (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 18/10 – Sexta-feira (FAETERJ)

10h30 - Roda de Conversa sobre Plantas Medicinais e PANCs  (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com exposição da maior folha do mundo - Oficina de Compostagem em Balde - Oficina de Fertilizantes Caseiros

11h30 - Jardim Sensorial – Desidratador de Ervas Aromáticas - Jardim Sensorial – Tecnologia Social - Projeto de Captação de Água da Chuva para Irrigação Automatizada

 

Dia 23/10 - Quarta-feira (CEU Posse)

13h30  - Contação de histórias sobre os biomas brasileiros e jogos educativos

14h  - Mostra de espécies de árvores frutíferas da Mata Atlântica - Oficinas de compostagem e biofertilizantes.

Trilha do Arboreto, no Palácio Itaboraí, será reaberta para visitação

Para conhecer o espaço, com 488 espécies de plantas catalogadas, é preciso fazer o agendamento pela plataforma de serviços do Governo Federal

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 09/10/2024

A Trilha do Arboreto, exposição viva de biodiversidade vegetal que conta com 488 espécies de plantas catalogadas, será reaberta para visitação a partir do dia 14 de outubro após um período suspensa devido a obras na unidade. A trilha está localizada no Palácio Itaboraí, sede do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/ Fiocruz Petrópolis.
 
O Fórum Itaboraí é referência em plantas medicinais para a promoção da saúde na Região Serrana do Rio de Janeiro. Na trilha, o público pode conferir, por exemplo, o Jardim Sensorial, com aromas, cheiros e gostos de diferentes espécies, como Stevia, Jambú, Lavandas, Mentas e Capim-limão. No espaço, os visitantes também poderão ver a maior folha dicotiledônea do mundo, Coccoloba gigantifolia - Uva-da-amazônia, segundo o livro dos recordes. Outra espécie que atrai a curiosidade dos visitantes é a árvore da espécie Melaleuca, conhecida como árvore de papel, por ter o tronco macio ao toque.
 
Segundo Sérgio Monteiro, biólogo responsável pela Trilha do Arboreto, o objetivo da visitação é ajudar as pessoas a compreenderem as características e diferenças entre as espécies de plantas, inclusive aquelas com o mesmo nome popular, como: Boldos, Espinheiras-santas, Mentas, Guacos, Ervas cidreiras, Alecrins e Arnicas. “É importante disseminar o conhecimento sobre as plantas medicinais, com o objetivo de resgatar os conhecimentos tradicionais e mostrar que são seres vivos, com constituintes químicos, que podem fazer bem e também mal, se forem usadas de maneira inadequada”, explica.
 
A visitação é guiada por monitores universitários e pode durar de uma até três horas, dependendo do objetivo do grupo. Ao longo da trilha, estão placas informativas com os nomes populares e científicos das plantas, a família, o centro de diversidade, uso popular e seu status, ou seja, se elas são tóxicas, aromáticas, nutritivas, espirituais, ornamentais e/ou medicinais.
 
Para fazer a visitação é preciso realizar o agendamento pela plataforma de serviços do Governo Federal. Neste link, é possível encontrar o passo a passo: https://forumitaborai.fiocruz.br/solicitacaogovbr. Podem participar grupos de até 30 pessoas. O horário é de segunda a sexta, das 9h às 17h. O Fórum Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso. O agendamento já está aberto ao público.
 

Fórum Itaboraí inicia projeto de saneamento ecológico para promoção da saúde no Brejal, com curso de formação de agricultores

Objetivo é promover melhorias das condições sanitárias e do manejo das águas por meio de ferramentas de Tecnologia social fortalecendo a agroecologia e contribuindo para melhor qualidade de vida da população

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) Publicado em 09/10/2024

O Fórum Itaboraí, Fiocruz, iniciou no segundo semestre deste ano um projeto de saneamento ecológico para promoção da saúde no Brejal, em Petrópolis. Realizado por meio de edital da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, o projeto é voltado para agricultores familiares orgânicos e agroecológicos com o objetivo de promover melhorias das condições sanitárias e do manejo das águas por meio de soluções baseadas em ferramentas de Tecnologia Social.
 
A primeira fase do projeto contempla a realização do curso teórico: "Nos caminhos das águas do Brejal: saneamento ecológico na promoção da saúde”.
O curso é realizado por diferentes unidades da Fiocruz, incluindo o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde; a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP). As aulas têm parceria do Conselho Local de Saúde do Brejal, da Associação dos Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO), da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS) e da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – AGEVAP / Comitê Piabanha.
 
Ao todo, 34 moradores estão inscritos na formação. As aulas teóricas começaram em agosto e são ministradas pelo professor Alexandre Pessoa, engenheiro sanitarista da EPSJV. “Esse curso está dentro de uma estratégia, que é a implantação do saneamento ecológico. Então é o início de um caminho, de uma intervenção concreta no território. E o que a gente quer são territórios saudáveis e sustentáveis, melhorar esses espaços, contribuir em alguma medida”, explica Alexandre.
 
As primeiras aulas abordaram temas como: “O que tem no seu território que faz bem à sua saúde”, “O que é saneamento e o que isso muda na sua vida?”, “Saneamento Ecológico comunitário e domiciliar” e “Tecnologia Social em Saneamento Ecológico”. O curso continua nos meses de setembro, outubro e novembro, incluindo outras abordagens como: comitês de bacia e legislação, agroecologia e bem viver e saneamento ecológico na superação da insegurança hídrica e alimentar.
 
Moradora do Brejal, Valéria de Oliveira tem participado do curso e diz estar gostando das aulas. “Muita coisa que eu não sabia, tenho aprendido, como sobre armazenamento da água, o preparo das coisas. Tenho achado muito legal”, disse. Ronison Gonçalves de Araújo, também morador da região, acrescenta que tem sido uma troca importante. “Principalmente aprender sobre a importância da preservação da água”, comentou.
 
Paralelamente às aulas teóricas, os técnicos da Fiocruz estão mapeando o território para entender a situação atual dos recursos hídricos na região, desde a situação das nascentes, o armazenamento da água até os sistemas de irrigação e o saneamento. A próxima fase do projeto visa a implantação das unidades demonstrativas de proteção e/ou restauração de nascentes, de captação de água de chuva, de sistema de irrigação e de saneamento ecológico.
 
“O intuito é abordar a questão do saneamento na região, junto com os agricultores, de forma concreta e ampla ao mesmo tempo, na medida em que o saneamento não se resume somente às obras, mas também está diretamente relacionado ao modo de conviver com o território e possui relação direta com o conceito ampliado de saúde”, afirma Thiago da Cruz Alves, coordenador do projeto.
 
 

Fórum Itaboraí avança com projeto que usa ferramentas de tecnologia social para redução das iniquidades em saúde em países da América Latina

Projeto Multicêntrico concluiu sua terceira etapa com avaliações sobre a aplicação do Diagnóstico Rápido Participativo e Cartografia Participativa em regiões vulneráveis de cinco países

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) - Publicado em 26/09/2024

Foto: Sacolão popular / Brenda Spinosa/MPAO Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde/Fiocruz Petrópolis está avançando com o projeto Multicêntrico, iniciativa que objetiva a aplicação de ferramentas de Tecnologia Social para redução das desigualdades sociais como determinante das iniquidades em saúde em territórios vulneráveis de cinco países da América Latina.

Na última semana, representantes dos Institutos Nacional de Saúde Pública da Argentina, El Salvador e México e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), no Paraguai, estiveram em Petrópolis para a terceira etapa do projeto, que consistiu na avaliação do uso das ferramentas como Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) e Cartografia Participativa (CP) nesses territórios. Pesquisadores da Colômbia participaram de forma on-line.

A primeira etapa do projeto ocorreu em Petrópolis em junho deste ano com capacitação desses profissionais nas ferramentas de tecnologia social. Na ocasião, os profissionais tiveram acesso a apresentação teórica sobre Determinação Social da Saúde, desigualdades sociais e iniquidades em Saúde, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 e Atenção primária em Saúde e intersetorialidade. Também houve aplicação prática das ferramentas no Alto Independência, um dos territórios vulneráveis de Petrópolis.

A segunda etapa da iniciativa contemplou a ida dos técnicos do Fórum Itaboraí aos países latino-americanos para apoiar na aplicação das ferramentas nesses territórios. As regiões onde foram feitos os trabalhos foram: Dock Sud, em Avellaneda, na Argentina; Maurício Jose Troche, no Paraguai; Guasca, na região Cundinamarca, na Colômbia; Panchimalquito, em El Salvador; e Atlacholoaya, em Morelos, no México.

Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg destacou que a metodologia e o propósito do trabalho foram incorporados muito rapidamente pelos profissionais dos territórios. “Foi feita uma radiografia muito precisa da realidade territorial. É importante agora buscar apoios intersetoriais para dar continuidade aos trabalhos. O DRP é um processo permanente de escuta da população do território, é um processo contínuo de uma metodologia transformadora”, destacou.

Assistente Social do Fórum Itaboraí, Marina Rodrigues de Jesus foi uma das técnicas que acompanhou o trabalho nas regiões de El Salvador e México. Ela ressaltou a importância da apropriação da metodologia antes dos técnicos irem para o campo e que o DRP é uma ferramenta contra-hegemônica, contra-colonizadora. “Tudo que é produzido no território vai ao encontro da comunidade e o povo precisa fazer parte disso”, afirmou.

Zaida Alvarez do Instituto de Saúde Pública de El Salvador viu a aplicação das ferramentas como uma inovação para abordar o trabalho comunitário. “Isso nos permite gerar competências e fortalecer o trabalho de nossos agentes comunitários, que são os promotores de saúde, que se dedicam ao trabalho na comunidade. Então, o que nós queremos é que seja realizado um trabalho de acompanhamento, fortalecendo a escuta da população, e por meio disso, identificar os determinantes sociais e poder vencer as iniquidades em saúde”, disse.

Karol Cotes, do Instituto de Saúde Pública da Colômbia, acrescentou que a experiência de aplicação do DRP e da Cartografia em Guasca foi estimulante, reconfortante e esperançosa. “Gerou aprendizagens mútuas, geração de vínculos e exercício de escuta livre”, afirmou.

O projeto multicêntrico vai continuar com a elaboração de um conjunto de indicadores que permita sistematizar os resultados das experiências nestes territórios. Um dos encaminhamentos a partir de agora será a construção de um Observatório on-line para agrupar essas informações e ser fonte de pesquisa também para outras regiões e países.

SOBRE O PROJETO

O projeto multicêntrico surgiu a partir de um consenso estabelecido em seminários e reuniões internacionais de Institutos Nacionais de Saúde Pública sobre a necessidade de ação efetiva para reduzir desigualdades sociais e iniquidades em saúde. A ideia foi consolidada durante o Seminário Internacional da Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), realizado em agosto de 2023, em Petrópolis. Na ocasião, estiveram presentes diretores e representantes dos Institutos Nacionais de Saúde de vários países latino-americanos, além de outras organizações internacionais.

Acompanhando as políticas de promoção de saúde da Fiocruz e inspirado na Conferência Mundial sobre Determinantes de Saúde de 2011 e nas declarações da IANPHI, o projeto tomou forma com base na experiência do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, da Fiocruz, que desenvolveu ferramentas de Tecnologia Social para diagnosticar e intervir em territórios com alta fragilidade social em Petrópolis.

Inscrições prorrogadas para o novo processo seletivo da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí. Nova vaga para flauta transversal também é oferecida.

As inscrições poderão ser feitas até 07 de outubro. Processo de seleção será no dia 09/10, no Palácio Itaboraí
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 04/09/2024 - Atualizado em 23/09/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT), projeto sociocultural do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz/Petrópolis), está com vagas abertas para início imediato. As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas até o dia 07 de outubro. A seleção será no dia 09, no Palácio Itaboraí.

 

Podem se inscrever adolescentes matriculados entre o 8° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio da rede pública de ensino de Petrópolis.. As vagas disponíveis são para os instrumentos violino, viola, contrabaixo acústico e flauta transversal. Não é necessário conhecimento prévio de teoria musical ou possuir instrumento para participar da seleção.

 

Sobre a OCPIT

A OCPIT é um projeto do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz /Petrópolis), criado em 2013, e tem o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista.

Os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito no decorrer de três anos, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano, com aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

Para aqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve ainda um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido além do Enem nas Universidades Públicas.

Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

Seleção:

A seleção vai ocorrer no dia 09 de outubro, na parte da tarde, no Palácio Itaboraí. Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 188 - Valparaíso, Petrópolis/RJ

 

Inscrições

As inscrições poderão ser feitas até o dia 07 de outubro, somente através do WhatsApp (24) 2103-2181.

Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2023)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável

 

 

 

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí fará apresentação gratuita em Petrópolis nesta sexta, 23/09

Recital será às 18h, no Teatro Afonso Arinos, no Centro de Cultura Raul de Leoni
Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 12/09/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) vai se apresentar nesta sexta-feira (13) em Petrópolis. O recital será às 18h no Teatro Afonso Arinos, no Centro de Cultura Raul de Leoni. A entrada é gratuita.

Na ocasião, alunos de violino, com acompanhamento de piano, vão apresentar clássicos de Sebastian Bach, Antonio Vivaldi e Christoph Gluck, além de diversas canções folclóricas.

“O recital faz parte das atividades curriculares do projeto da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí e é uma oportunidade para cada músico mostrar seu progresso individual”, afirma Nina Mayer, coordenadora executiva da OCPIT.

A OCPIT é um projeto sociocultural do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz/Petrópolis) criado em 2013, com o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista. No decorrer de três anos, os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano.

O curso inclui aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

 

 

Processo Seletivo 2024.2

A OCPIT está com processo seletivo aberto para vagas de início imediato. Até o dia 23 de setembro podem se inscrever estudantes da rede pública de ensino de Petrópolis matriculados entre o 8° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio. A seleção será no dia 25.

As vagas disponíveis são para violino, viola e contrabaixo acústico. Não é necessário conhecimento prévio de teoria musical ou possuir instrumento para participar da seleção. Os interessados em integrar a OCPIT podem fazer a inscrição somente pelo whatsapp (24) 2103-2181. O processo seletivo será no dia 25, no Palácio Itaboraí, que fica na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso.

Mulheres Quilombolas da Região Serrana do Rio se dedicam à agroecologia como estratégia para promoção da saúde em suas comunidades

Neste 25 de julho, dia em que é lembrado o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, conheça moradoras dos Quilombos Boa Esperança, em Areal, e da Tapera, em Petrópolis, que se dedicam à produção saudável de alimentos

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) e Angélica Almeida (Agroecologia / VPAAPS) - Publicado em 25/07/2024

O plantio de alimentos em hortas e quintais produtivos é uma prática ancestral que mostra a forte relação das mulheres com a terra e com o sustento das famílias. Lideranças quilombolas da Região Serrana do Rio dão continuidade a esta tradição, como uma estratégia para promoção da saúde por meio da produção agroecológica.
Neste dia 25 de julho, em que é comemorado o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, contamos a história de duas mulheres que são exemplos de resistência nas comunidades onde vivem. Elas vêm desempenhando um papel crucial na preservação da cultura e na promoção da agroecologia nas comunidades de Boa Esperança, em Areal, e Tapera, em Petrópolis.
No Boa Esperança, Valdinéia da Silva Santos Gomes, de 52 anos, tem se dedicado ao plantio de alimentos, como alface, mostarda, chicória, beterraba, jiló, quiabo e couve. Considerada uma das lideranças do território por seu perfil de mobilizar e fortalecer principalmente outras mulheres, ela destaca a produção dos alimentos agroecológicos como um caminho para uma vida com mais saúde.
“Agroecologia para mim é vida. Tenho o maior orgulho de colocar na minha mesa uma alimentação sem agrotóxicos. E não só para mim, para minha família, mas para os vizinhos também”, conta ela, que compartilha os alimentos com outros moradores do território e também tem apostado no cultivo agroecológico como uma forma de gerar emprego e renda para as mulheres e famílias que vivem na comunidade.
Já no Quilombo da Tapera, é Eva Casciano, de 40 anos, que se dedica ao cultivo do quintal produtivo que conta também com ervas medicinais. Ela ainda contribui para a implantação de um pomar para uso da comunidade, que vem sendo construído por um coletivo de mulheres, criado recentemente, onde se cultivam espécies como banana, laranja, tangerina, amora, pitaya, goiaba, grumixama, mirtilo e framboesa.
“A gente tem buscado muito um protagonismo feminino na agroecologia. Sempre aconteceu, mas a gente não falava tanto, não tinha tanto apoio e, hoje em dia, temos buscado esse fortalecimento. Temos feito muitas trocas, até com as mulheres do Quilombo Boa Esperança, que fica aqui próximo. Estamos visitando os quintais delas e elas os nossos e fazemos troca de alimentos”, disse.
Para Eva, o conceito de agroecologia está ligado a todo o envolvimento com o meio ambiente. “É um plantio preocupado com todas as questões ao nosso entorno, né? Envolvendo o cuidar do nosso próximo, o cuidado com a terra, com a natureza. O que a gente tá colocando no nosso corpo? O que a gente está oferecendo para o nosso próximo? Tudo isso eu entendo como um conceito de agroecologia”, explica.
 

As iniciativas da Valdinéia e da Eva são estimuladas pelo Projeto Ará, executado desde 2021 pela Fiocruz, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e a saúde em populações fragilizadas e comunidades tradicionais em três regiões do Rio de Janeiro e também no estado de São Paulo. Na Região Serrana, o projeto é conduzido pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis.
 
No Quilombo Boa Esperança, o projeto Ará contribuiu com a melhoria da qualidade da água, com a implantação de saneamento ecológico, cercamento de nascentes e fortalecimento de quintais produtivos e sistemas agroflorestais. No Quilombo da Tapera, o Ará contribuiu para implantação de quintais produtivos, do pomar  comunitário e também está em andamento a revitalização do horto de plantas medicinais e ornamentais.
 
Agrônoma no Fórum Itaboraí, Lucia Helena Almeida afirma que as atividades voltadas à promoção da agroecologia nos territórios quilombolas de Boa Esperança e Tapera ampliaram a diversidade dos cultivos de hortaliças e de espécies frutíferas pelas mulheres. “Isso contribui para a soberania e segurança alimentar a partir da observação das relações ecológicas que se dão no ambiente local”, disse.
O fortalecimento da agroecologia nos territórios está associado ao combate à fome e à insegurança alimentar. De acordo com relatório da Rede PENSSAN em 2022, quase 20% dos domicílios rurais enfrentam a fome. As desigualdades de acesso aos alimentos têm forte recorte de raça e de gênero: famílias que têm mulheres como responsáveis e/ou aquelas em que a pessoa de referência se denomina de cor preta ou parda são mais atingidas
 pelo problema. Mais de 6 em cada 10 (63,0%) estavam em algum nível de insegurança alimentar.

 

Fórum Itaboraí inicia Projeto Multicêntrico para uso de Tecnologia Social para redução das iniquidades em saúde em países da América Latina

Primeira etapa do projeto capacitou participantes de cinco países em metodologias de Tecnologia Social para serem aplicadas em territórios vulneráveis

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 11/06/2024

Foto: Sacolão popular / Brenda Spinosa/MPAO Fórum Itaboraí/ Fiocruz Petrópolis sediou entre os dias 3 e 7 deste mês de junho a primeira etapa do Projeto Multicêntrico, uma iniciativa que objetiva a aplicação da Tecnologia Social para reduzir desigualdades sociais como determinante das iniquidades em saúde em territórios vulneráveis da América Latina. Representantes de cinco países participaram do treinamento, sendo Argentina, El Salvador, México e Paraguai, de forma presencial, e Colômbia, on-line.

Esta primeira etapa do projeto Multicêntrico incluiu a fase de apresentação teórica sobre conceitos como Determinação Social da Saúde, desigualdades sociais e iniquidades em Saúde, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 e Atenção primária em Saúde e intersetorialidade. Também foram apresentados os conceitos e ferramentas de Tecnologia social, como Diagnóstico Rápido Participativo e Cartografia Participativa.

A segunda fase do treinamento englobou a visita prática, com aplicação das ferramentas no Alto Independência, um dos territórios vulneráveis de Petrópolis. Participaram das ações, integrantes da equipe do Fórum Itaboraí, dos Institutos de Saúde Pública e pesquisa da América Latina, da Estratégia de Saúde da Família e do Centro de Referência da Assistência Social do município.

A última fase desta primeira etapa contou com a avaliação e debate das visitas realizadas, além da apresentação dos territórios nos países onde devem ser implementadas as metodologias de Tecnologia Social: Argentina, El Salvador, México e Paraguai. O próximo passo do Projeto Multicêntrico será a visita de integrantes da equipe do Fórum Itaboraí a estes territórios com a finalidade de avaliar o desenvolvimento dos projetos, analisar eventuais dificuldades e desafios e propor, se necessário, ajustes aos procedimentos implementados.

Na visão do diretor do Fórum Itaborai, Felix Rosenberg, a implementação do projeto constitui uma marca histórica para o caminho iniciado com a parceria da Prefeitura de Petrópolis na procura de soluções práticas e concretas para diminuir as grandes desigualdades sociais que caracterizam as adversas condições de saúde de populações social e economicamente fragilizadas. “A iniciativa, que contou com decisivo apoio internacional, superou, na sua primeira etapa, todas as nossas expectativas considerando o extraordinário apoio das instituições e comunidades locais, incluindo a Equipe de Saúde da Familia, CRAS e escolas locais e o entusiasmo e dedicação demonstrados pelos participantes do projeto”.

Representante da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) do Paraguai, Patrícia Lima disse que pôde perceber que a partir do contato com a comunidade e o uso das ferramentas de Tecnologia Social, os moradores reconhecem quais são seus direitos e que devem reivindicá-los e tê-los porque merecem. “Ao realizar e ter a experiência, percebi que não é apenas um diagnóstico que fazemos, mas sim que validamos o conhecimento da comunidade, suas necessidades, participamos do processo em que ela reconhece suas potencialidades e ajudamos a validar esses processos negativos que talvez estejam ocorrendo”, destaca.

Para ela, o DRP e a Cartografia Participativa se mostraram como instrumentos importantes. “Nos destacamos comparando-nos com o Paraguai, [implantar essas metodologias] seria acender uma faísca na comunidade com a qual vamos trabalhar sobre o que está acontecendo, o que podemos fazer a respeito, o que podemos fazer para melhorar a partir do nosso lugar. Espero que possamos replicar pelo menos 10% do que aprendemos aqui no Paraguai”, ressaltou Patrícia.

SOBRE O PROJETO

O projeto multicêntrico surgiu a partir de um consenso estabelecido em seminários e reuniões internacionais de Institutos Nacionais de Saúde Pública sobre a necessidade de ação efetiva para reduzir desigualdades sociais e iniquidades em saúde. A ideia foi consolidada durante o Seminário Internacional da Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI), realizado em agosto de 2023, em Petrópolis. Na ocasião, estiveram presentes diretores e representantes dos Institutos Nacionais de Saúde de vários países latino-americanos, além de outras organizações internacionais.

Acompanhando as políticas de promoção de saúde da Fiocruz e inspirado na Conferência Mundial sobre Determinantes de Saúde de 2011 e nas declarações da IANPHI, o projeto tomou forma com base na experiência do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, da Fiocruz, que desenvolveu ferramentas de Tecnologia Social para diagnosticar e intervir em territórios com alta fragilidade social em Petrópolis.

Fiocruz conclui projeto de transição agroecológica em Petrópolis

Iniciativa teve atuação direta nos territórios do Brejal e Bonfim, com impacto também em outras regiões, como Corrêas, Alto da Serra e na Comunidade do Contorno, na BR-040

Aline Ricly (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em29/04/2024
 

Foto: Sacolão popular / Brenda Spinosa/MPAO projeto de transição agroecológica para promoção da saúde da Fiocruz, que buscou desenvolver ações de apoio para o combate à fome e uma alimentação saudável, foi concluído no início deste mês de abril em Petrópolis. O encerramento contou com um evento no Parque Nacional Serra dos Órgãos (Parnaso) e reuniu cerca de 70 pessoas, incluindo representantes das comunidades e participantes das várias atividades desenvolvidas pelas equipes do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, e da Agenda de Saúde e Agroecologia da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS).

Com início em junho de 2022, o Transição Agroecológica faz parte de uma iniciativa mais ampla, o projeto Ará, que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável e a promoção da saúde em populações fragilizadas e comunidades tradicionais.

Na atuação em Petrópolis, o Transição Agroecológica contou com a parceria do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Associação dos Produtores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO). As ações do projeto foram focadas nos territórios do Brejal e Bonfim, regiões rurais da cidade, mas houve impacto também em áreas urbanas, como Corrêas, Alto da Serra e a comunidade do Contorno na BR-040.

Durante o projeto, o MPA, além de buscar alternativas para reduzir o uso de agrotóxicos nas produções de verduras e hortaliças do Bonfim, estruturou uma rede que abrangeu o planejamento, preparação e logística eficiente para distribuição de cestas com alimentos agroecológicos. Ao todo, foram distribuídas 1.600 cestas para as famílias em vulnerabilidade identificadas pelo projeto.

Este número inclui os sacolões populares - onde as famílias em insegurança alimentar, principalmente da região do Alto da Serra, a mais impactada pelas chuvas de 2022, tiveram acesso a alimentos agroecológicos e puderam montar sua própria cesta com alimentos in natura. O projeto também forneceu insumos para a operacionalização de uma cozinha solidária na Escola Municipal Leonardo Boff, na Comunidade do Contorno. “A agroecologia é uma das principais estratégias para a promoção da saúde já que contribui para dar sustentabilidade e versatilidade à produção familiar de alimentos, contribuindo para combater a fome ao mesmo tempo que reduzindo o uso de insumos químicos com impacto prejudicial reconhecido sobre a saúde das pessoas”, diz Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí / Fiocruz.

Thiago Alves, coordenador do projeto pelo Fórum Itaboraí, diz que a ideia foi unir esforços para aproximar as populações das zonas rurais e urbanas de Petrópolis em torno do direito humano à alimentação adequada e dos princípios agroecológicos que promovem saúde para a população em geral, tanto do campo quanto da cidade. “Além disso, outro ganho da parceria foi a reaproximação dos movimentos sociais junto ao município, no sentido de realizar ações que sejam de interesse público dentro da temática da alimentação, atuando sobre os sistemas alimentares locais, inclusive propondo e criando outras formas de produção, comercialização e consumo, mais justas e sustentáveis”, disse.

Cristina Ribeiro, diretora da ABIO, parceira na articulação com os agricultores do Brejal, destaca a importância de um pensamento voltado para a agricultura orgânica, que tem a agroecologia como base. “Todos os agricultores associados à ABIO e certificados pelo SPG-ABIO estão em permanente transição agroecológica, ou seja, buscando incorporar cada vez mais agroecologia aos seus sistemas produtivos. E eles são referência em conhecimento agroecológico e no enfrentamento dos seus desafios na prática”, disse.

O projeto de transição agroecológica teve também a parceria da ASPTA Agroecologia e Agricultura Familiar; da Embrapa Agrobiologia; e do Parnaso. Fomentou ainda a aproximação de movimentos sociais mediante o apoio do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Comunidades Populares (MCP), Unidade de Saúde da Família, Rede Bonfim +Verde, AUÁ Hostel e CEI Therezinha de Jesus Lima, por meio da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis.

 

Produção agroecológica

O incentivo à produção agroecológica de alimentos para o fortalecimento da economia local, consolidando um sistema alimentar de abastecimento popular em Petrópolis, foi um dos eixos norteadores do projeto. Ana Cristina Pimenta Coelho é agricultora do Bonfim e revelou que nem imaginava que era possível ter um alimento bonito e cultivado sem agrotóxico. “Eu jamais imaginaria que sem veneno eu ia colher uma cebolinha tão boa quanto eu colhi daquela época. Tem gente que fica assim: ‘não usa veneno, não colhe nada’. Não é assim. Não vai não botar agrotóxico e largar pra lá. Você tem que substituir o agrotóxico por alguma coisa que vai combater aquela praga”, diz.

Para auxiliar nessa transição, foram realizadas na região do Bonfim formações de produção de bioinsumos, focada em práticas agroecológicas e técnicas de aperfeiçoamento do plantio camponês. No local, foram desenvolvidas alternativas de adubação e possibilidades para controle de pragas e doenças com menor custo a partir da matéria prima que é encontrada no próprio território, como bokashi - matéria orgânica fermentada - uma técnica de adubação orgânica com ingredientes de origem vegetal e/ou animal; a utilização de biofertilizantes e “água de vidro”. “A utilização de bokashi faz parte das ações que visam a nutrição das plantas, o fortalecimento delas e as boas práticas da agroecologia. O caminho da transição agroecológica passa pela mudança dos agroecossistemas e pode acontecer de diversas formas e com etapas superpostas, que requerem posturas no planejamento, mas principalmente em seu campo prático de manejo”, explica a engenheira agrônoma e consultora do projeto Andresa Paiva, do MPA.

O projeto de transição agroecológica atuou também nos eixos de comercialização, combate à fome e articulação comunitária. Na parte de comercialização, buscou formar circuitos curtos, desenvolvendo formas de escoamento dos alimentos produzidos no território diretamente para consumidores do município. Já o último eixo, concentrou-se no abastecimento de alimento agroecológico comunitário, a partir da identificação de famílias em situação de insegurança alimentar.

Técnica em agropecuária e também consultora do projeto, Jeniffer Carmo diz que a cozinha solidária na Comunidade do Contorno, com apoio do MCP, se constitui como um legado do projeto e que terá o objetivo de dar continuidade ao oferecimento de alimentos nestes territórios em situação de insegurança alimentar.

Claudemar Mattos, da Agenda de Saúde e Agroecologia da VPAAPS, destaca que as ações desenvolvidas no Brejal e no Bonfim tiveram como base um estudo ecológico e econômico de agroecossistemas por meio do Método Lume, que possibilitou que as Equipes da VPAAPS e do Fórum Itaboraí, junto com as agricultoras e agricultores, dessem visibilidade tanto às potencialidades quanto às fragilidades e às ameaças que condicionam o modo de vida das famílias. “Com isso, foram planejadas as ações subsequentes referentes à valorização das sementes locais, apoio à organização das mulheres, oficina de bioinsumos, avicultura e comercialização com foco no abastecimento popular de alimentos”, afirma.

De acordo com ele, a autonomia e a integração social de algumas famílias de agricultores em Petrópolis são limitadas pelo acesso à terra, que vai desde a falta de terra para plantar a ameaças à posse de áreas de roça, que geram consequências negativas, pois fragilizam o manejo agroecológico da fertilidade do solo, a produtividade e a produção de mudas.

Durante o evento de encerramento do projeto, as famílias que participaram do estudo do LUME receberam, em forma de fichário, a análise realizada, que é composta pelo registro da memória de toda trajetória daquele núcleo familiar e da área de produção,visualizando tanto as potencialidades, quanto os caminhos para maior autonomia e integração social.

Foto: Encerramento do projeto / Brenda Spinosa/MPA

Lista de selecionados para a segunda fase do processo seletivo da vaga para "Especialista em recursos hídricos e saneamento rural"

Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 28/03/2024

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde agradece a participação e interesse de todos os candidatos e torna público o resultado da primeira etapa do Processo Seletivo de profissional especialista em recursos hídricos e saneamento rural.
 

Dando continuidade ao processo divulgado em https://forumitaborai.fiocruz.br/bolsa2024rhsr, os candidatos e as candidatas aprovados na primeira fase participarão da segunda etapa da seleção na próxima quinta-feira, 04 de abril, a partir das 09h30, conforme cronograma abaixo:

Camila Serena - 9h30 - 10h

Gabriel Alves Botelho de Mello - 10h30 - 11h

Gustavo Ganzaroli Mahé - 11h30 - 12h

Igor Basilio Silva - 14h - 14h30

João Fernandes Fogel - 15h - 15h30

Lívia da Silva Lima - 16h - 16h30

Todas as entrevistas serão realizadas no Palácio Itaboraí, sede do Fórum Itaboraí, localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso - Petrópolis/RJ

Aos demais candidatos e candidatas agradecemos pela participação e informamos que os respectivos currículos serão arquivados no banco do Fórum Itaboraí para outras oportunidades!

 

Peça do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí é indicado ao Prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura

Com o título “Fome, que fome”, a peça foi encenada na abertura da Jornada Ciência e Comunidade do Amazonas em janeiro de 2023, trazendo a reflexão para o tema “combate à fome”

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 25/03/2024

A peça “Fome, que fome” do Núcleo do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, foi indicada ao Prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura, na categoria ações periféricas. A peça foi encenada na abertura da Jornada Ciência e Comunidade do Amazonas, no Quitandinha, em janeiro de 2023.

 

Construída em parceria com agentes de saúde e lideranças comunitárias do Amazonas, Vila Rica e Estrada da Saudade, a peça buscou promover uma reflexão sobre a fome e como ela está diretamente ligada à saúde da população. O processo de construção ocorreu durante oficinas realizadas no Fórum Itaboraí e a partir de experiências vividas pelo grupo.

 

Na ocasião, a peça trouxe à tona a situação de uma estudante que chega a desmaiar de fome na escola. Na plateia, muitos dos participantes da jornada reconheceram a situação e, por meio da técnica do Teatro Fórum, algumas pessoas foram até o palco para mostrar como agiriam diante daquele contexto de forma a garantir que a estudante e sua família tivessem acesso a alimentos. Assim, uma das propostas imediatas foi entrar em contato com o Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) para conseguir as doações de cestas básicas.

 

Para Thaís Paiva, professora do Teatro do Oprimido, a indicação ao prêmio Maestro Guerra Peixe é o reconhecimento de um trabalho coletivo, que une diferentes comunidades e agentes sociais. “Todos em torno de uma proposta de transformação da realidade que é apresentada”, afirma.

 

A peça “Fome, que fome” também foi apresentada em 2023 no CRAS do Centro de Petrópolis e no Posto de Saúde da Família da Estrada da Saudade.

 

Em agosto de 2023, o Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí também apresentou a peça “Cidade pra quem” durante a Jornada Ciência e Comunidade da Posse, que teve como tema o Direito à cidade. A peça trouxe fatos da rotina dos moradores do quinto distrito que enfrentam dificuldades para ter acesso até mesmo a serviços básicos.

 

Em fevereiro de 2024, mais uma peça constituída pelo Núcleo do TO foi apresentada na Jornada Ciência e Comunidade na Vila Rica: “Nosso lixo de cada dia”. A Jornada teve como tema “Cidades saudáveis e sustentáveis” com foco na gestão do lixo.’’

 

 

Sobre o TO

O Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia criada por Augusto Boal, teatrólogo brasileiro. A ideia é democratizar os meios de produção do teatro e proporcionar a transformação política e social. Na prática, a técnica leva a apresentações de situações opressoras e busca transformá-las, assim como despertar o sentimento de cidadania entre os atores, atrizes e a plateia.

 

Em 2023, foi criado o curso de formação de multiplicadores do TO do Fórum Itaboraí com o objetivo de que essas pessoas possam levar para seus territórios os conhecimentos adquiridos. A primeira turma, composta por 11 multiplicadores de diferentes comunidades de Petrópolis concluiu a formação em dezembro de 2023. O curso teve duração de oito meses e contou com a parceria das Secretarias de Saúde e Assistência Social do município.

 

 

 

Fórum Itaboraí oferece vaga para especialista em recursos hídricos e saneamento rural

Candidatos devem possuir formação de nível superior, preferencialmente em engenharia civil, sanitária e/ou ambiental, ciências agrárias, biológicas e/ou da saúde

Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 11/03/2024

Projeto:
Tecnologias sociais para melhoria do manejo das águas em unidades de produção da agricultura familiar em petrópolis para promoção da saúde.
 
Responsabilidades:
O profissional será responsável, entre outras ações (ver termo de referência), por apoiar o planejamento, implantação e monitoramento de tecnologias sociais voltadas para proteção e/ou restauração de nascentes, captação de água da chuva, armazenamento de água, sistemas de irrigação e saneamento ecológico em comunidade rural do município de Petrópolis/RJ.
 
Perfil desejado:
1. Nível de mestrado e/ou doutorado na área de engenharia civil, sanitária e/ou ambiental, ciências agrárias, biológicas e/ou da saúde
2. Experiência com atuação no campo das tecnologias sociais em saneamento e recursos hídricos em comunidades rurais
3. Experiência com metodologias de pesquisa
4. Ter disponibilidade para visitar o território durante a duração do projeto (Se dará preferência a residentes do município de Petrópolis ou arredores)
 
Sobre a bolsa:
Período de execução da bolsa: 36 meses
Carga horária semanal: 30 horas semanais
Remuneração: R$ 4.000,00 mensais
 
Etapas do processo seletivo:
Primeira fase:
Envio dos seguintes documentos para o email forumitaborai@fiocruz.br, indicando no assunto do email: “Nome do/a candidato/a _ Vaga para Bolsista Projeto FINEP/FIOCRUZ”
1. Carta de apresentação contendo histórico de experiências do/a candidato/a que dialogue com o perfil da vaga (no máximo 1 página)
2. Curriculum vitae (no máximo 2 páginas)
3. Link para currículo lattes
 
Segunda fase (para os selecionados/as na primeira fase):
Entrevista com a coordenação do Projeto
 
Cronograma:
Divulgação da chamada: 11 de março
Envio de documentos referentes a primeira fase da seleção: Até 21 de março
Resultado da primeira fase de seleção: 28 de março
Entrevistas: 03 e 04 de abril
Previsão de resultado final: 05 de abril
Início do trabalho: 08 de abril
 
Os/as selecionados(as) na primeira fase serão contatados pela coordenação do projeto para agendamento de entrevista presencial, a ser realizada em Petrópolis. O resultado final será informado diretamente ao/à selecionado/a.
 

Jornada Ciência e Comunidade reúne especialistas e membros de mais de 18 comunidades de Petrópolis em Vila Rica

Evento promovido pelo Fórum Itaboraí, em parceria com a comunidade, teve como tema “cidades saudáveis e sustentáveis” com foco na gestão do lixo

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 05/03/2024

A Comunidade de Vila Rica, em Petrópolis, recebeu no último sábado (24) a terceira edição da Jornada Ciência e Comunidade, uma iniciativa do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, em parceria com a comunidade. O evento, que já passou pelo Amazonas, no Quitandinha, e pelo distrito da Posse, busca tratar de assuntos de grande relevância social e que fazem parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). A finalidade é a troca de experiências entre saberes científicos e populares para buscar soluções para os problemas apontados pela população local. 

 

Desta vez, o tema escolhido pela comunidade foi “Cidades saudáveis e sustentáveis”, questão sensível na Vila Rica, que abordou de forma ampla a questão do lixo e dos resíduos tendo como base o ODS número 12: Consumo e produção responsáveis, com foco na geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso. O evento  na Escola Municipalizada Santa Terezinha e a mesa de abertura contou com a participação do diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg; da presidente do Instituto Municipal de Cultura (IMC), Diana Iliescu, representando o prefeito Rubens Bomtempo; de Norma São Thiago, do núcleo de Educação em Saúde do município, representando o secretário de Saúde, Marcus Curvelo; da diretora da Escola, Adriana Theobald; e da Agente Comunitária de Saúde, Laura Bernardes, representando a comunidade de Vila Rica. 

 

Sobre o tema do evento, Felix Rosenberg destacou que o convívio das comunidades com o lixo tem aparecido como uma coisa natural, na maioria dos lugares. “A gente percebe a cada dia mais acúmulo de lixo, porque as pessoas já estão sem a consciência clara de qual o impacto do resíduo na nossa saúde e na saúde do ambiente. Já aceitamos como uma coisa natural. Gostaria de destacar e parabenizar a comunidade de Vila Rica, que propôs para esta terceira jornada a discussão da gestão do lixo, porque isso demonstra que essa realidade cultural que está invadindo o cotidiano de nosso povo em geral, não está presente aqui na Vila Rica, pelo contrário, a comunidade é consciente desse problema e quer discutir visões e mecanismos de como transformar essa realidade. Não é um tema fácil, mas como sabemos: todo caminho se faz ao andar. Então, é continuar essa caminhada para encontrar soluções”, ressaltou o diretor do Fórum Itaboraí.

 

A programação do dia teve início com a palestra “Lixo e Saúde”, ministrada por Alexandre Pessoa, professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). “Talvez fique bastante claro para vocês que resíduo sólido, lixo, é uma questão de saúde pública, eu não vou falar do problema, porque o problema também pode virar potencialidade”, destacou, referindo-se ao fato de que parte do que é considerado resíduo pode ser reciclado. O especialista destacou também que a gestão do resíduo sólido é muito diferente de município para município. “Temos exemplos maravilhosos neste país e temos exemplos ruins”. Alexandre destacou o papel dos garis que, segundo ele, deveriam ser considerados como agentes de saúde pública.

 

Em seguida, Viviane Japiassú, professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ e da Universidade Veiga de Almeida, abordou o tema: Lixo e Desastres, explicando como o acúmulo de lixo ocasiona deslizamentos e outros acidentes ambientais. O evento continuou à tarde com a palestra da arquiteta Cibele Vieira, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), que falou sobre Gestão de Lixo Orgânico e o papel da sociedade e do poder público na sua produção e eliminação.

 

Por fim, encerrando a programação, Jennifer Thais, representante da Associação de Catadores da Cidade de Itabirito - ASCITO) e que participou ativamente do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), abordou a questão da gestão do lixo sólido e da importância da organização associativa e solidária da comunidade. Jennifer iniciou a fala contando um pouco de sua trajetória com a questão dos resíduos, que começou quando a família trabalhava em um lixão a céu aberto, onde era exposta a questões insalubres. “Até quando a gente teve uma oportunidade, que aconteceu uma mudança na vida da minha família, e a gente foi para outro município e começou a trabalhar de forma organizada numa associação de catadores. Depois que a gente foi para associação, a nossa realidade mudou, a gente começou a entender que não estava mais trabalhando com o lixo e que a gente já não era mais considerado catador de lixo, éramos considerados catadoras e catadores de materiais recicláveis”, contou.

 

O evento contou ainda com apresentação do Teatro do Oprimido, além de apresentações dos cantores Gustavo e MC Walter e dos músicos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí. Paralelamente, ocorreu a mostra de talentos, com produtos feitos pelos artesãos de Vila Rica. 

 

Links para a gravação do evento na íntegra e para o Cadernos do Itaboraí Volume 7 com a transcrição do evento:

 
Transcrição: em breve
 
Sobre as jornadas

O objetivo das jornadas é buscar caminhos para o Bem Viver, criando um espaço para que temas que impactam o cotidiano da sociedade sejam debatidos. A primeira Jornada Ciência e Comunidade aconteceu em janeiro de 2023, na Comunidade do Amazonas, no Quitandinha. Na ocasião, foi debatido o tema: “Juntos rumo à soberania alimentar – caminhos a trilhar”. O evento abordou o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 2, que prevê: “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável”. 

 

Já a segunda edição, no distrito da Posse, aconteceu em agosto do ano passado, e teve como tema Direito à Cidade, tendo como base o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), número 11: "Cidades e Comunidades Sustentáveis", que tem como meta tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.  

 

Para Felix Rosenberg, as jornadas são sessões de reflexão que trazem novas ideias. “E essa reflexão é que vai madurar assim como uma planta dentro da nossa mente e vai pouco a pouco gerando novas ideias, iniciativas. Não se espera que dessas reuniões surja uma solução imediata. São jornadas de acúmulo, de conhecimento, formando-nos juntos, academia e comunidade, para conhecer melhor estes temas. E não há nada que substitua o conhecimento e a educação para transformar a realidade”, concluiu.

 

 

Jornada Ciência e Comunidade chega à Vila Rica neste mês de fevereiro com o tema: “Comunidades saudáveis e sustentáveis”

Evento promovido pelo Fórum Itaboraí em parceria com moradores do Vila Rica e outras comunidades será no dia 24 de fevereiro, na Escola Municipalizada Santa Terezinha. Para participar, é necessário fazer a inscrição

Aline Rickly e Luiz Pistone(Fórum Itaboraí) - Publicado em 31/01/2024 - Atualizado em 15/02/2024

A comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio, será a terceira a receber o evento Jornada Ciência e Comunidade, promovido pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, em parceria com os moradores da região. O evento será no sábado (24), das 8h às 17h, na Escola Municipalizada Santa Terezinha e terá como tema: “Comunidades Saudáveis e Sustentáveis”.
O objetivo das Jornadas é aproximar a ciência das populações, promovendo um amplo debate sobre assuntos de relevância social, com especialistas no tema. Em 2023, o evento passou pela comunidade do Amazonas, no Quitandinha, onde foi discutido o “Combate à fome”, e pelo distrito da Posse, onde o debate central foi em torno do “Direito à cidade”.
Os temas são sempre baseados nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Desta vez, o evento traz o ODS número 12: Consumo e produção responsáveis, com foco na geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso.
 
Inscrição
O evento é gratuito, porém devido ao número limitado de vagas, para participar é necessário fazer a inscrição neste link. (Atualização: o número máximo de participantes foi atingido e, por isso, as inscrições foram encerradas em 15 de fevereiro.)
 
 
Programação 
08:00 - 08:50: Café e Credenciamento
08:50 - 09:20: Mesa de abertura
09:20-09:30: Poesia dos jovens de Vila Rica
09:30-10:20: Palestra de Alexandre Pessoa (Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ) - Lixo e Saúde
10:20: - 10:30: Apresentação Artística - Gustavo
10:30-11:20: Palestra de Viviane Japiassú (Instituto Federal do Rio de Janeiro-IFRJ)
11:20-11:30: Apresentação Artística - MC Walter
11:30 – 12:20 Palestra de Cibele Vieira (Pontifícia Universidade Católica - PUCRS) - Gestão de Lixo Orgânico
12:20-12:30: Apresentação da de músicos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí
12:30 - 14:30: Almoço - Apresentação Gustavo e MC Walter - Oficina de compostagem e exposição dos artesãos do Vila Rica
14:30 - 15:20: T. O. 
15:20 - 16:10: Palestra de Jennifer Thais (Associação de Catadores da Cidade de Itabirito - ASCITO) - Gestão de Lixo Sólido
16:10 – 16:40: Debate
16:40-17:00: Café/ encerramento
 

 

Inscrições abertas para o Processo Seletivo 2024 para novas vagas da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí

As inscrições poderão ser feitas até 08 de março. Processo de seleção será no dia 09, no Palácio Itaboraí
Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 26/01/2024
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT)  é um projeto do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz /Petrópolis) destinado a estudantes da rede pública de ensino em Petrópolis. O projeto sociocultural foi criado em 2013 e tem o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista.

Os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito no decorrer de três anos, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano, com aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

Para aqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve ainda um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido além do Enem nas Universidades Públicas.

Clique aqui para ver o documentário sobre a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, produzido entre 2016 e 2017.

 

 

Processo Seletivo 2024: Novas vagas

Destinado a estudantes matriculados na rede pública de ensino que estejam cursando prioritariamente entre o 8° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio, o processo seletivo para novas vagas 2024 irá selecionar alunos para início imediato para os seguintes instrumentos: violino, viola, flauta e clarineta. Além disso, também faremos cadastro de reserva para violoncelo e contrabaixo acústico.

Nenhum teste de teoria musical será exigido e candidatos que não possuem instrumentos poderão participar da seleção normalmente.

 

Seleção:

A seleção vai ocorrer no dia 09 de março, pela manhã, no Palácio Itaboraí. Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 188 - Valparaíso, Petrópolis/RJ

 

Inscrições

As inscrições poderão ser feitas até o dia 08 de março somente através do WhatsApp (24) 2103-2181.

Não realizaremos inscrições por e-mail.

 

Para agilizar o processo de inscrição, tenha em mãos as seguintes informações:

1-Nome completo e idade do candidato

2-Endereço

3-Bairro

4-Nome da Instituição de Ensino

5-Escolaridade (ano cursado em 2023)

6-Telefone Fixo

7-Telefone Celular

8-Já sabe tocar algum Instrumento?  Qual?

9- Para qual instrumento deseja se candidatar?

 

Para candidatos com menos de 18 anos também devem ser informados os seguintes dados:

1-Nome completo do responsável

2-Telefone celular do responsável 

3-Profissão do responsável

 

 

 

Restrições durante período de obras no Palácio Itaboraí

Fase final do cronograma de obras do Palácio Itaboraí terá suspensão de algumas atividades

Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 17/01/2024 - Atualizada em 12/04/2024

Com o objetivo de prezar pela segurança de todos, a administração informa que estão suspensas as visitas, os agendamentos de serviços, as reuniões externas e a realização de atividades que aumentem o fluxo de pessoas nas dependências do Palácio Itaboraí.

A suspensão seguirá durante todo o cronograma de obras, com conclusão prevista para o final de 2024.

 Dúvidas devem ser enviadas para o e-mail forumitaborai@fiocruz.br.

 Cabe ressaltar que o expediente do Fórum Itaboraí não será afetado.

 
 

 

Concurso Fiocruz 2023

Publicado em 18/12/2023

A Fundação Oswaldo Cruz publicou em12 de dezembro de 2023 os três editais do Concurso Fiocruz 2023. São oferecidas 300 vagas de nível superior, igualmente distribuídas para os cargos de Tecnologista em Saúde Pública, Analista de Gestão em Saúde e Pesquisador em Saúde Pública. Há vagas em todas as unidades da Fundação, no Rio de Janeiro e demais estados. O período de inscrições será de janeiro a março de 2024: das 10h de 22/01 às 23h59 de 5/3/2024. As primeiras provas serão realizadas no fim de abril.

O concurso incluiu mecanismos voltados para os processos de inclusão e medidas de acessibilidade, tanto das pessoas negras quanto das pessoas com deficiência: garante 20% do total de vagas para pessoas negras, mediante procedimento de heteroidentificação, complementar à autodeclaração. Outros 5% do total são reservados para pessoas com deficiência (PcD) que se enquadrarem na legislação pertinente. Estes candidatos terão asseguradas condições adequadas para fazer as provas e devem, se forem classificados nas provas objetivas e discursivas, passar por avaliação biopsicossocial. A Fiocruz realiza este concurso com apoio da Fiotec.

Inscrições, editais e outras informações: https://portal.fiocruz.br/concurso-fiocruz-0

Apresentação Da Orquestra De Câmara Do Palácio Itaboraí Vai Integrar A Programação Do Natal Imperial Neste Mês De Dezembro

Concerto será no dia 21, às 19h, no Teatro Afonso Arinos. Vagas são limitadas e serão por ordem de chegada
Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 13/12/2023
 

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) vai se apresentar neste mês de  dezembro no Teatro Afonso Arinos. O concerto, aberto ao público, será no dia 21, às 19h, e irá integrar a programação do Natal Imperial, com apresentação de clássicos natalinos. A abertura dos portões será às 18h30. As vagas são limitadas e serão por ordem de chegada. Não haverá reserva.

Durante o concerto, a OCPIT também vai apresentar canções de compositores clássicos como Sebastian Bach e Friedrich Händel, além de compositoras brasileiras como Sandra Mohr e Chiquinha Gonzaga.

A Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) é um projeto do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde (Fiocruz /Petrópolis) destinado a estudantes da rede pública de ensino em Petrópolis. O projeto sociocultural foi criado em 2013 e tem o propósito de desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista.

Os jovens musicistas vivenciam um curso intensivo e gratuito no decorrer de três anos, totalizando uma carga horária de 300 horas por ano, com aulas teóricas e práticas de música, masterclasses e intercâmbios com universidades de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, inclusive em escolas da rede pública de Petrópolis.

Para aqueles estudantes que pretendem fazer nível superior em música, o projeto desenvolve ainda um trabalho de preparação para o Teste de Habilidade Específica (THE), exigido além do Enem nas Universidades Públicas.

A orquestra é uma realização do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, da Fiocruz e do Ministério da Cultura, com gestão cultural da Sociedade Promoção Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC). Conta ainda com patrocínio da EDF Norte Fluminense, Abbott, GE Celma e Supergasbras. A ação é um produto da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

 

Serviço: 

Concerto de Natal

Local: Teatro Afonso Arinos

Endereço: Praça Visconde de Mauá, 305 - Centro, Petrópolis - RJ

Data e hora: 21 de Dezembro, às 19h

Abertura dos portões: 18h30

Não haverá reserva de lugares. Vagas limitadas.

 

Fórum Itaboraí conclui formação de multiplicadores do Teatro do Oprimido

O curso teve duração de oito meses e contou com a participação de pessoas de diversas comunidades de Petrópolis

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) - Publicado em 02/12/2023

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde concluiu, em primeiro de dezembro de 2023, a formação de 11 multiplicadores do Teatro do Oprimido (TO). O curso teve duração de oito meses e contou com a parceria das Secretarias de Saúde e Assistência Social do município.

 

O Teatro do Oprimido é uma metodologia criada por Augusto Boal, teatrólogo brasileiro, com a ideia de democratizar os meios de produção do teatro e proporcionar a transformação política e social. Na prática, a técnica leva a apresentações de situações opressoras e busca transformá-las, assim como despertar o sentimento de cidadania entre os atores, atrizes e a plateia.

 

A turma do Fórum Itaboraí foi composta por profissionais da saúde, da assistência social e lideranças comunitárias. O objetivo é de que essas pessoas possam, a partir de agora, multiplicar em seus territórios os conhecimentos adquiridos e compartilhados ao longo do curso.

 

Além disso, ao longo do ano, o Teatro do Oprimido foi utilizado junto à equipe social do Fórum Itaboraí com o objetivo de fortalecer a organização popular através de parcerias com grupos de convivência nos CRAS e PSFs.

 

A turma também esteve envolvida na participação dos teatros apresentados nas Jornadas Ciência e Comunidade no Amazonas e na Posse. A primeira, com o tema do Combate à Fome, e a segunda sobre o Direito à Cidade.

 

Fiocruz Pra Você 2023 Reúne 350 Pessoas Na Quadra Da Escola De Samba Da Comunidade Oswaldo Cruz

Campanha que estimula a vacinação aconteceu no sábado (18) e contou com ampla programação para as crianças

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 24/11/2023

 

A campanha Fiocruz pra Você reuniu 350 pessoas na quadra da escola de samba da Comunidade Oswaldo Cruz no último sábado (18). O evento, que estimula a vacinação de crianças e adultos, proporcionou uma série de atividades das 8h às 16h. O encerramento ocorreu uma hora antes do previsto devido ao calor intenso.
 
A vacinação foi conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde. Ao todo, foram aplicadas 26 vacinas, sendo 19 de rotina e sete da Covid-bivalente, em 20 pessoas – 13 crianças e sete adultos. Muitas das pessoas que compareceram ao evento apresentaram a carteirinha de vacinação em dia.
 
Durante todo o evento, a criançada se divertiu com a programação promovida no local, como oficina de circo, apresentação de balé e contação de história. Além disso, também puderam curtir o passeio de trenzinho, pula pula, tobogã e pintura. O evento também disponibilizou carrocinha de pipoca e algodão doce. 
 
A campanha Fiocruz para você é um evento tradicional que ocorre há décadas na sede da Fiocruz, em Manguinhos. Em Petrópolis, o Fórum Itaboraí promoveu o evento nos anos de 2017, 2018 e 2019 e retornou agora em 2023.
 

 

Biblioteca Livre Do Fórum Itaboraí Inicia Arrecadação De Livros Infantis E Infantojuvenis

Doações podem ser feitas no Palácio Itaboraí e na Biblioteca Gabriela Mistral, no Centro

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 14/11/2023

A Biblioteca Livre do Fórum Itaboraí iniciou nesta terça-feira (14) uma arrecadação de livros infantis e infantojuvenis. As doações podem ser feitas no Palácio Itaboraí, na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso; e na Biblioteca Gabriela Mistral, que fica no Centro de Cultura, próxima à Praça Visconde de Mauá, no Centro da cidade. 
 
O objetivo da arrecadação é de que esses livros sejam doados para crianças e adolescentes em ações promovidas pelo Fórum Itaboraí, como a campanha Fiocruz para Você, que vai ocorrer no próximo sábado (18), na quadra da escola de samba da Comunidade Oswaldo Cruz.
 
A Biblioteca Livre do Fórum Itaboraí aceita doações de livros infantojuvenis que estimulem a leitura, promovam a educação, e enriqueçam o conhecimento de leitores de todas as idades. Não são aceitos livros didáticos, nem enciclopédias. 
 
Recolhemos doações de 30 ou mais livros, basta entrar em contato pelo número (24) 2103-2181 e agendar para que um responsável do Fórum Itaboraí busque no local combinado.

 

Fiocruz Pra Você 2023 - Petrópolis

Evento que promove a vacinação de crianças e adultos será no dia 18 de novembro na Quadra da Escola de Samba da Comunidade Oswaldo Cruz

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 09/11/2023

 

No próximo dia 18 de novembro, Petrópolis vai receber a quarta edição da campanha de vacinação “Fiocruz para você”. O evento, aberto ao público, será na quadra da Escola de Samba da Comunidade Oswaldo Cruz, no Valparaíso. A programação será das 8h às 17h e inclui uma série de atividades, com destaque para oficinas, contação de histórias e circo. 
 
A campanha Fiocruz para você é um evento tradicional que ocorre há décadas na sede da Fiocruz, em Manguinhos. Em Petrópolis, o Fórum Itaboraí promoveu o evento nos anos de 2017, 2018 e 2019 e retorna agora em 2023, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo é estimular a vacinação das crianças e adultos para contribuir com a imunização e erradicação de doenças.
 
A abertura da programação será às 8h. Em seguida, haverá a oficina de plantio, trenzinho para as crianças, oficinas de circos e contação de histórias. Ao longo do dia, as crianças terão acesso também a um espaço para brincadeiras.
 
Vacinas disponíveis (fornecidas e administradas pela Secretaria de Saúde de Petrópolis):
Covid: reforço bivalente para maiores de 18 anos
Influenza: a partir de 6 meses
Outras vacinas do calendário nacional de imunização poderão estar disponíveis a depender da disponibilidade
Não esqueça a carteira de vacinação
 
Atividades contínuas - Das 8hs às 17hs:

Vacinação

Pula pula

Tobogã inflável

Pintura

Algodão doce

Pipoca

 
Outras atividades:

8h: Abertura

9:15h: Oficina de Plantio

10h às 12h: Trenzinho

11h: Oficina de Circo

11h30: Apresentação de balé

14h: Contação de histórias

15h: Oficina de Circo

17h: Encerramento

 
Serviço:
Data: 18 de novembro
Horário: Das 8h às 17h
Local: Quadra da Escola de Samba da Comunidade Oswaldo Cruz - Rua Nossa Senhora Aparecida, 01, Valparaíso
Entrada Gratuita

 

Palácio Itaboraí Terá Masterclass Com O Duo Santoro Nesta Terça

Um dos duos de violoncelistas mais reconhecidos do Brasil vai falar sobre o tema: “Os desafios da música clássica no Brasil”. Para participar, é preciso fazer inscrição
Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Publicado em 06/11/2023
 

O Palácio Itaboraí vai receber nesta terça-feira (7) uma masterclass com o Duo Santoro, um dos mais reconhecidos duos de violoncelistas do país. O evento terá como tema “Os desafios da música clássica no Brasil” e será às 15h. Para participar presencialmente, é preciso fazer a inscrição. As vagas são limitadas. O evento também terá transmissão ao vivo pelo canal do Fórum Itaboraí, no Youtube.  

Durante a masterclass, o Duo Santoro vai compartilhar com o público sua vasta experiência adquirida em uma carreira internacional de destaque e discutirá os desafios enfrentados no cenário da música clássica no Brasil. Eles também compartilharão suas visões e expectativas para o futuro da música clássica no país. 

Os interessados em participar presencialmente deverão fazer as inscrições até segunda-feira (6) pelo Whatsapp: (24) 2103-2181. Para quem quiser assistir pelo youtube, basta acessar o link: https://www.youtube.com/live/OF-VQnf316w?feature=shared 

O Palácio Itaboraí fica na Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, no Valparaíso. 

 

 

Serviço: 

Masterclass com o Duo Santoro

Tema: Desvendando os Desafios da Música Clássica no Brasil

Local: Palácio Itaboraí

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, nº 188, Valparaíso

Data e hora: 7 de novembro, às 15h

Inscrições pelo Whatsapp: (24) 2103-2181

Vagas limitadas

 

Fiocruz Debate Saúde E Agroecologia Com Juventudes Quilombolas Do Rio De Janeiro E São Paulo

Atividade do projeto Ará reuniu cerca de 60 pessoas no Quilombo Boa Esperança, em Areal

Aline Ricly (Fórum Itaboraí / Fiocruz) e Angélica Almeida (Agroecologia / VPAAPS) / Publicado em 01/11/2023
 

Um intercâmbio envolvendo juventudes quilombolas, indígenas, caiçaras e periféricas foi realizado nos últimos 27, 28 e 29 de outubro no Quilombo Boa Esperança, em Areal (RJ). Participaram cerca de 60 pessoas entre representantes locais, de outras regiões do Rio de Janeiro, como a Zona Oeste do Rio e da Costa Verde, e do estado de São Paulo.  Membros do Quilombo da Tapera, do Movimento dos Pequenos Agricultores com atuação em Bonfim (Petrópolis), da Aldeia Rio Bonito e Quilombo da Fazenda (em Ubatuba), bem como do Quilombo do Camorim (Rio de Janeiro) estiveram presentes.

A atividade compõe as ações do Projeto Ará, coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) em articulação com o Fórum Itaboraí, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis; o Campus Fiocruz Mata Atlântica; e o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, fruto da parceria entre a Fiocruz e o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT). Uma série de organizações sociais, governamentais e comunidades também é parceira da iniciativa.

Marcelle Felippe da Agenda de Saúde e Agroecologia/VPAAPS explica que o objetivo do intercâmbio foi proporcionar integração e troca de saberes, dialogando sobre lutas por direitos, desafios comuns enfrentados, bem como sobre ações transformadoras, a fim de fortalecer o protagonismo das juventudes na defesa de suas comunidades.

“As juventudes estão ensinando muito para gente e para os seus territórios que a renovação não é esquecer o passado. Muito pelo contrário: passa pelo resgate dos seus ancestrais, pela força de aprender com as mais velhas e mais velhos e, a partir disso, criar novos mundos possíveis em que as violências, os preconceitos e a criminalização de suas práticas sejam combatidos”, avalia.

Uma caminhada percorreu o Quilombo com relatos de moradoras e moradores sobre o passado de resistência contra a escravidão e como a comunidade permanece sofrendo violações de direitos e resistindo às ameaças à vida com dignidade. No Morro da Pedra, ápice da caminhada feita pelo grupo, estão as nascentes de água que abastecem, em maior parte, a comunidade. Lá muito foi dito sobre a invisibilidade do Quilombo perante o poder público, que se expressa em questões estruturais como a contaminação das águas, a falta saneamento, de iluminação e de mobilidade urbana, diante da péssima condição das estradas e insuficiência de transportes, as fragilidades nas políticas públicas de saúde, entre outras problemáticas.

Em um diálogo entre gerações, as pessoas mais antigas, guardiãs das memórias e práticas tradicionais (griôs), contaram histórias e compartilharam seus conhecimentos, a exemplo do feitio de rapadura e melado no Engenho do Moinho cuidado pelo Celso da Cruz Fonseca e família. Diversas receitas locais preparadas pelas mulheres da comunidade puderam ser saboreadas, como feijoada, frango com quiabo, bolos e geleias, proporcionando, ao mesmo tempo, uma alimentação saudável e nutritiva e a geração de renda local.

A ancestralidade negra e valores como respeito às diversidades foram celebrados em uma noite que integrou moradoras/es e visitantes por meio de oficinas de capoeira, maculelê, “Escravos de Jó” com bambu e samba de roda. No último dia de atividade, com orientação da Fiocruz Petrópolis, uma horta vertical com ervas medicinais, aromáticas e plantas comestíveis não convencionais (PANCs) foi construída para presentear a escola que acolheu a atividade.

 

“A gente é um só. Só muda o endereço”

As violências presentes nos territórios, as formas de enfrentamento coletivo aos desafios e os sonhos das juventudes para o futuro das comunidades foram objeto de discussão em grupos específicos e ampliados, como modo de reconhecer semelhanças e especificidades vivenciadas.

As temáticas que sobressaíram nos diálogos foram aprofundadas e expressadas por meio do Teatro do Oprimido, que abordou questões como a regularização fundiária e o direito de uso dos territórios, a segurança alimentar e nutricional das famílias, a ausência do poder público, as violências contra as mulheres, a evasão escolar e a gravidez na adolescência.

“A gente pôde perceber que todos os territórios têm quase o mesmo problema e só muda o endereço. Esta troca faz com que todos nós nos fortaleçamos e lutemos em prol de uma luta só que é a igualdade racial, que é a busca de uma vida mais sustentável por meio da agroecologia” afirma Estefanie Rodrigues Barbosa, coordenadora social, ambiental e fundiária da Associação dos Remanescentes do Quilombo de Boa Esperança (ARQBE).

Tupã Mirim, da Aldeia Rio Bonito, em Ubatuba, relata o mesmo senso de pertencimento e união entre as juventudes: “Este intercâmbio fortalece nossa resistência de luta e de conhecimento para as comunidades que vivem aqui, e não são diferentes de nós. É a mesma luta. Luta por terra, por demarcação. Eu espero que daqui para frente a gente possa estar mais junto enquanto indígena, quilombola e caiçara. É uma grande honra ser indígena e estar aprendendo junto para ajudar os nossos mais velhos na luta”, afirma.

Jovem quilombola da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Hérick Santos destaca que foi possível reconhecer que as juventudes estão à frente dos processos de participação política em diferentes organizações sociais e de mobilização social nos territórios, somando esforços com as pessoas mais antigas das comunidades.

“A gente estava pensando como seria fazer um intercâmbio com tantas regiões distantes e diferentes. Hoje, olhando pra tudo como se formou, eu vejo que não é tão distante: as histórias, as dificuldades, os sonhos são tão próximos, que parece que a gente cresceu junto e todo mundo vivencia as mesmas coisas. É uma coisa muito potente que não vai parar por aqui, eu tenho certeza”, reflete.

 

Agroecologia como potencializadora de lutas por direitos

Ao longo do encontro, foi destacado como a agroecologia atua na promoção da saúde, não só por meio de práticas sustentáveis, mas também como proposta de transformação das relações entre as pessoas e com a natureza, buscando romper com violências e desigualdades.

Marcelo Izaias, assistente social do Fórum Itaboraí, afirma que estar em contato e reflexão com outras comunidades contribui para que as/os jovens tenham uma visão mais crítica, desnaturalizem violências e construam alternativas diante das ameaças aos seus territórios.

“Alguns temas abordados vão fazer com que os jovens tenham mais fôlego para desenvolver as ações comunitárias. Neste intercâmbio, tiveram oportunidade de ver que outros jovens têm as mesmas dificuldades, conseguiram resolver ou estão em processo de resolução de algumas questões e que eles podem trocar essas ideias”, pontua.

Desde o começo do projeto Ará, as juventudes são parceiras prioritárias para a ação territorial. Em 2022, foi realizado um intercâmbio no Quilombo do Bracuí (https://portal.fiocruz.br/noticia/fortalecer-vinculos-na-promocao-da-agroecologia-no-estado-do-rio-de-janeiro-vivencia-do) e também houve diálogo entre as juventudes em encontro na Fiocruz Mata Atlântica (https://portal.fiocruz.br/noticia/projeto-ara-conecta-experiencias-de-promocao-da-saude-e-agroecologia-no-rio-de-janeiro), que indicou a importância de outro momento específico de diálogo. Assim, desde maio de 2023, foi retomada uma agenda de reuniões com as juventudes Ará, que participaram ativamente da construção deste intercâmbio.

 

 

 

Fórum Itaboraí Participa De Atividades Pela Semana Nacional De Ciência E Tecnologia

Ações ocorrem em Petrópolis e no Rio ao longo desta semana

Aline Rickly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 16/10/2023

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde vai participar ativamente de uma série de atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2023), que ocorre até o dia 20 de outubro em diferentes instituições. A SNCT é uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação e tem o objetivo de promover ações que envolvam a comunidade e estimulem o conhecimento científico e tecnológico. Neste ano, traz o tema "Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável" atendendo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

As atividades com as equipes do Fórum Itaboraí começam nesta terça-feira (17) e quarta (18) com tour pelo Jardim Sensorial e oficina de multiplicação de espécies na Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj), em Petrópolis, proporcionando uma experiência única de interação com a natureza e os sentidos. As ações ocorrem das 9h às 16h.

Também nesta terça, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) terá uma oficina com a equipe do Fórum Itaboraí dedicada à multiplicação de espécies plantadas no Jardim Sensorial da instituição. O evento será das 9h às 16h.

Já nos dias 18, 19 e 20 de outubro, a Fiocruz Manguinhos vai incluir na programação da SNCT uma exposição do Horto Escola do Fórum Itaboraí, com várias espécies de plantas medicinais com o mesmo nome popular, além de atividades como troca e doação de mudas e sementes. O evento também terá rodas de conversas sobre plantas medicinais e a exposição da maior folha dicotiledônea do mundo, Coccoloba gigantifolia/Uva-da-Amazônia, além de um modelo de tecnologia social: a horta vertical suspensa.

Também no dia 18, a Fiocruz Manguinhos vai receber a oficina de Teatro Jornal no Anfiteatro do Centro de Recepção, das 13h30 às 14h30 e das 14h30 às 15h30. Esta técnica do Teatro do Oprimido será explorada como uma ferramenta para lidar com informações importantes e atuais na sociedade. Vão participar da atividade, as equipes da Biblioteca Livre e do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí.

E no dia 19 de outubro, o auditório do Museu da Vida terá uma apresentação da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT), das 14h30 às 15h30. O evento também marcará o lançamento do encarte do livro "Histórias de Bernadete", que aborda experiências durante a pandemia de COVID-19. A atividade encerra a participação do Fórum Itaboraí na SNCT 2023.

 Veja a programação:

Dias 17 e 18 - Faeterj

Tour pelo Jardim Sensorial e oficina de multiplicação de espécies na Faeterj, em Petrópolis – 9h às 16h

Dia 17 - LNCC

Oficina de multiplicação de espécies plantadas no Jardim Sensorial do LNCC -  9h às 16h.

Dias 18, 19 e 20 de outubro – Fiocruz Manguinhos

Exposição do Horto Escola, com várias espécies de plantas medicinais com o mesmo nome popular, além de atividades como troca e doação de mudas e sementes.

Rodas de conversas sobre plantas medicinais e a exposição da maior folha dicotiledônea do mundo, Coccoloba gigantifolia/Uva-da-Amazônia, e também um modelo de tecnologia social, de uma horta vertical suspensa.

Dia 18 – Fiocruz Manguinhos

Oficina de Teatro Jornal, das 13h30 às 14h30 e das 14h30 às 15h30

Dia 19 – Auditório do Museu da Vida

Apresentação da OCPIT – 14h30 às 15h30

Assistentes sociais concluem curso de atualização em Política em Saúde e Desenvolvimento Social, promovido pelo Fórum Itaboraí em Petrópolis

As aulas ocorreram entre abril e outubro de 2023. Ao todo, 27 profissionais frequentaram as aulas

Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)Publicado em 30/10/2023

Profissionais das Secretarias de Saúde e Assistência Social de Petrópolis participaram entre os meses de abril e outubro deste ano do curso de atualização em Política em Saúde e Desenvolvimento Social, promovido pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, sede da Fiocruz em Petrópolis, em parceria com as Secretarias Municipais de Assistência Social e Saúde. Ao todo, 27 profissionais participaram da capacitação. 
 
Segundo a servidora da Fiocruz e coordenadora do curso, Mel Bonfim, a ideia é incentivar uma visão crítica e estratégica das assistentes sociais sobre as políticas que determinam a transformação do território e as condições de seus habitantes, fortalecendo a abordagem intersetorial e comunitária e ampliando a dimensão coletiva da Saúde e da Assistência Social. 
 
Assistente social do Fórum Itaboraí, Sônia Carvalho, considera que o curso foi muito positivo porque, além da atualização em temas candentes do dia a dia, numa conjuntura de retomada de programas consagrados no SUS e SUAS, precarizados no governo anterior, o curso proporcionou o encontro intersetorial das profissionais dos diversos programas e serviços sociais de ambas as secretarias, Saúde e Assistência. 
 
Uma das alunas do curso, Glaucia Santos Lisboa, destacou a relevância da abordagem de temas atuais. “Foram conteúdos riquíssimos e palestrantes super conceituados e capacitados, que instigaram questionamentos, debates e trocas de experiências”, disse. 
 
Já a assistente social, Carla Carnevale, ressaltou a importância de atualizações como a oferecida pelo Fórum Itaboraí. “Avalio o curso de forma positiva, como uma oportunidade ímpar para o encontro de profissionais, para o aprimoramento teórico-metodológico e para o fortalecimento do trabalho em rede”, afirmou.
 
Entre os temas abordados durante o curso de atualização, destacam-se: Políticas Sociais/SUAS e SUS- linha do tempo e análise de conjuntura, Desafios da prática no Serviço Social, a questão da Fome no Brasil e a atuação do Serviço Social, Leituras de mundo numa perspectiva negra, Fronteiras entre o SUS e o SUAS, Planejamento em Gestão e Orçamento público.
 

Encontro em Petrópolis promove diálogo com comunidades sobre ações de saúde e agroecologia

Atividade de avaliação do projeto Ará reuniu 60 pessoas no Fórum Itaboraí, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis
Aline Ricly, Luiz Pistone (Fórum Itaboraí / Fiocruz) e Angélica Almeida (Agroecologia / VPAAPS) / Publicado em 10/10/2023
 

O Palácio Itaboraí, em Petrópolis, recebeu a terceira edição do encontro de imersão do comitê gestor do projeto Ará na quarta-feira (4). Ao todo, 60 pessoas participaram do evento. Por meio de uma escuta ativa, o encontro teve como objetivo fazer uma avaliação dos avanços e desafios do componente do projeto sediado no Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde. O projeto aplica tecnologia social com o objetivo de promover a saúde, apoiar a geração de trabalho e renda, estimular a organização comunitária e combater à fome de famílias quilombolas e agricultoras em três áreas do Município de Petrópolis e uma em Areal, todas no Estado do Rio de Janeiro.  

 

Além dos representantes do Fórum Itaboraí, a imersão contou com a participação de moradoras e moradores de Brejal e Bonfim e dos Quilombos Boa Esperança e Tapera; da Vice-Presidência de Atenção e Ambiente e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz; do Observatório dos Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS/ FCT); da Fiocruz Mata Atlântica (FMA); da Embrapa, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), da Associação de Agricultores Biológicos do Estado Rio Janeiro (ABIO), da rede agroecológica Bonfim Mais Verde e do Comitê da Bacia do Rio Piabanha. 

 

Durante o encontro, houve uma dinâmica de trabalho de avaliação das ações executadas com base em quatro eixos temáticos: soberania e segurança alimentar e nutricional; saúde das pessoas e dos territórios; construção social de mercados; e construção do conhecimento.   

 

Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg conduziu o eixo sobre saúde das pessoas e dos territórios e destacou que saúde é muito mais que a ausência de doenças; é o bem-estar físico, emocional e social. “Saúde é a gente se sentir bem, estar de bem com a vida. Em suma, saúde deve ser sinônimo de felicidade individual e social”, destacou.  

 

Entre os principais avanços do projeto Ará foram pontuadas questões como as ações de saneamento no Boa Esperança, incluindo a doação de filtros que, segundo os moradores, contribuiu para a redução de doenças gastrointestinais e para a vida com mais dignidade.  

 

“Felicidade é que a água chegue à minha casa sem que minha mãe tenha que subir um morro enorme para poder plantar; a gente ter uma cisterna. Felicidade é ter um pomar na minha casa. Saber que as crianças podem andar no quintal e pegar uma fruta. Não precisar mais abrir geladeira para beber água, porque dentro da minha casa eu tenho um filtro.” relatou a moradora Mislene Moura Barbosa, do Quilombo Boa Esperança. 

 

Além de contribuir para a efetivação do direito humano à água limpa e segura, o acesso a este bem natural fortaleceu outras ações, como a implantação dos quintais produtivos, com resgate de plantas medicinais, e dos galinheiros. Além disso, foram citadas as doações de cestas no Bonfim, que incentivam a alimentação saudável e adequada, ao mesmo tempo em que se gera renda local e estimula a produção agroecológica das famílias.  

 

Com relação aos desafios, a questão latente no Boa Esperança foi a necessidade de melhoria da qualidade da água. No Tapera, a de titulação da terra. Nos dois quilombos foram levantados os interesses na construção de um turismo de base comunitária. No Bonfim, moradores mencionaram a necessidade de conscientizar ainda mais a população sobre a importância do alimento agroecológico. No Brejal, foi mencionada a proposta de criação do circuito curto, iniciativa que pretende aproximar agricultoras e agricultores da comunidade inscrita no CAD-único da Posse, atuando diretamente no combate à fome.  

 

A avaliação dos eixos temáticos contemplou articulações políticas territoriais, a tecnologia social implementada, a participação de mulheres, juventudes e povos e comunidades tradicionais, além do legado deixado para as comunidades e os desafios em curso.  

 

Durante o encontro, foram coletados subsídios para a escrita de uma publicação final do projeto. A expectativa é de que as discussões contribuam para a elaboração conjunta de um programa institucional da Fiocruz que considere as relações entre agroecologia e saúde. 

“Este rico processo de escuta iniciado na Zona Oeste do RJ (sugestão de inserir link: https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-mata-atlantica-reflete-sobre-d...), seguido da Serra da Bocaina (sugestão de inserir link: https://portal.fiocruz.br/noticia/comunidades-avaliam-acoes-de-saude-e-a...) e, agora, Petrópolis, nos permite olhar, em profundidade, para os aprendizados do projeto Ará e vislumbrar ações futuras que contribuam para a promoção de territórios cada vez mais sustentáveis e saudáveis, com ampla participação das comunidades envolvidas”, avalia Marcelle Felippe, da Agenda de Saúde e Agroecologia da VPPAPS.

 

 

 

 

Equipe do Fórum Itaboraí participa do primeiro Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social

Evento aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro no Centro de Tecnologia da UFRJ

Aline Rickly (Fórum Itaboraí) - Publicado em 25/09/2023

A equipe do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, participou neste mês de setembro do primeiro Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (Sepets). O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (ABEPETS) e aconteceu no Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
 
Na ocasião, o geógrafo do Fórum Itaboraí, Bruno Cesar Santos, apresentou o trabalho “Uso do diagnóstico Rápido Participativo (DRP) e da Cartografia Participativa como tecnologias sociais para subsidiar a territorialização em projeto de implantação de uma unidade da estratégia de saúde da família em Petrópolis”. 
 
O I Sepets teve como objetivo congregar pesquisadores (as), representantes de movimentos sociais, e interessados que atuam no campo da Tecnologia Social, visando favorecer a troca de experiências e a articulação entre grupos de pesquisa, instituições de ciência e tecnologia, organizações comunitárias e movimentos sociais, assim como promover a interação de experiências no campo da Tecnologia Social, buscando fortalecer o campo acadêmico e a prática na área, bem como estimular e consolidar políticas públicas.
 
Além disso, o evento buscou apreciar a gestão da produção do conhecimento em Tecnologia Social e o fomento à pesquisa com vistas à produção acadêmica (artigos, livros e outras produções intelectuais)  e definir estratégias para organização do ensino, pesquisa e extensão em Tecnologia Social como área complexa do conhecimento com acentuada interface entre diferentes saberes, além do acadêmico. Também foi finalidade do Seminário consolidar a ABEPETS como um espaço de permanente diálogo sobre o tema, garantindo à Associação um papel de protagonista em várias ações e estratégias (projetos, políticas, pesquisas etc.).
 
O evento foi apoiado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e contou também com o patrocínio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
 
 

Segunda edição do evento "Jornada Ciência e Comunidade" reúne mais de 70 pessoas na Posse em amplo debate sobre Direito à Cidade

Encontro foi promovido pelo Fórum Itaboraí em conjunto com os moradores da Posse e com apoio da Prefeitura Municipal de Petrópolis

Aline Rickly e Luiz Pistone(Fórum Itaboraí) - Publicado em 01/09/2023

Mais de 70 pessoas participaram da Jornada Ciência e Comunidade na terça-feira (29), na Posse. O encontro aconteceu na Praça CEU e reuniu especialistas e sociedade civil, com moradores de 28 localidades de Petrópolis, em um amplo debate sobre “Direito à cidade”, tema incluído no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 11: “Cidades e Comunidades Sustentáveis”, que tem como meta tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.  

A iniciativa das Jornadas Ciência e Comunidade é do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, construída em conjunto com os moradores. Na Posse, o encontro teve o apoio da Prefeitura de Petrópolis.  

A mesa de abertura contou com a participação do diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg; da presidente do Instituto Municipal de Cultura, Diana Iliescu, representando o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo e de Maurício Veiga, diretor de Habitação e Regularização Fundiária do município e que, na ocasião, representou o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo.  

Esta foi a segunda edição das Jornadas Ciência e Comunidade em Petrópolis. A primeira, que ocorreu em janeiro deste ano no Amazonas, no Quitandinha, tratou sobre o Combate à fome. “Nas Jornadas compartilhamos saberes entre os intelectuais, cientistas e a comunidade. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estabelecem metas para a prevenção e o controle de doenças e para todos os componentes que determinam as desigualdades sociais, principal determinante das condições de saúde e bem-estar, bem viver de todo mundo. Saúde vai muito além do combate às doenças”, destaca Felix. 

A programação da Jornada começou com o Teatro do Oprimido (TO) do Fórum Itaboraí. A apresentação teve como atrizes mulheres do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) da Posse e alunos do Núcleo do TO do Fórum Itaboraí. Na ocasião, promoveu uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos moradores do distrito, como ter acesso a serviços básicos, o constante atrasos dos horários de ônibus, além dos transtornos impostos pela centralização de atividades no primeiro distrito. A apresentação foi seguida da técnica de Teatro Fórum onde pessoas da plateia puderam substituir atores da cena buscando soluções para os problemas apontados. 

Depois, foi iniciada a sequência de palestras. A primeira de Kelson Senra, arquiteto, doutor em planejamento urbano pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Geografia pela Universidade de Brasília. O especialista foi secretário de Habitação em Petrópolis nos anos de 2011 e 2012. “Não é fácil tratar de direito à moradia, mas é a potência de esforço que pode nos levar à frente”, disse, acrescentando que é fundamental a construção de organizações comunitárias para defender o bairro. “A cidade é para o bem-estar da população e a comunidade junta pode muita coisa”.  

Kelson comentou ainda que em 2012 foi feito um plano de habitação social em Petrópolis e sinalizou como um desafio a falta de direcionamento de recursos para implementação deste documento e de outros, como o plano diretor, que possui diretrizes para o planejamento urbano.  

Logo após, Itamar Silva falou sobre a importância da participação popular na construção de políticas públicas. Itamar foi diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) por dez anos, é jornalista, estudioso e líder da questão habitacional nas favelas do Rio de Janeiro. “A participação não pode ser uma palavra vazia. E às vezes ela está resumida a uma reunião, mas nem sempre é estar na reunião, mas cómo a pessoa está nessa reunião? Porque é importante também ter o acesso à informação”, disse. 

Nascido no Morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, onde vive até hoje e já ocupou a presidência da Associação de Moradores, Itamar destacou que o direito à moradia está na constituição brasileira e promoveu reflexões como: “Onde a gente mora? “Por que a gente não tem casa? Quem nos ouve sobre isso? Com que ouvido? Com que tratamento?”.  

Durante sua fala, Itamar ressaltou ainda que o direito à cidade é um direito pleno que dá conta da educação, saúde, habitação e lazer.  

A última palestrante do dia, Layla Talin, arquiteta e urbanista e servidora da Prefeitura de Petrópolis, falou sobre o ir e vir enquanto direito à cidade. Layla abordou o Plano de Mobilidade Urbana da CPTrans (Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes), a importância de a população ter acesso a diferentes modos de deslocamento, que não sejam apenas só por meio do transporte coletivo, além de apresentar algumas opções para melhorar condições de estradas a fim de permitir melhor a circulação de pedestres e ciclistas.  

Por fim, moradores da Posse apontaram propostas para solucionar os problemas que apareceram ao longo da reunião. Leonardo Fragoso sugeriu que o que foi discutido na jornada tivesse continuidade e destacou a possibilidade da criação de um fórum permanente. “Precisamos encontrar um caminho de discussão em busca de resultados positivos”, afirmou.  

Felix Rosenberg destacou a importância de que se crie uma rede. “Tenho certeza que assim nossa sociedade vai se transformar muito rápido. Então faço um forte apelo à participação e a continuidade deste trabalho”. 

O encerramento da Jornada da Posse teve uma apresentação de um conjunto de sopros com alunos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT).  

A próxima Jornada Ciência e Comunidade está prevista para ocorrer em novembro na Vila Rica. O tema que será debatido será a gestão do lixo.

 

 

Documentário "Ciência e Comunidade: Juntos em busca do direito à cidade"

 

"Ciência e Comunidade: Juntos em busca do direito à cidade" - Íntegra

 

Links para o Documentário, para a gravação do evento na íntegra e para o Cadernos do Itaboraí Volume 6 com a transcrição do evento:

 

 

 

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