Mapas de calor elaborados pela Fiocruz-Petrópolis serão usados pela Prefeitura para monitorar evolução da Covid-19 no município

Método usa a cartografia participativa e envolve unidades básicas de saúde

Texto: Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz) em colaboração com a ASCOM PMP /  Foto: ASCOM PMP

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa especial da Presidência da Fiocruz em Petrópolis, e a Prefeitura Municipal de Petrópolis atuarão de forma integrada para ampliar o monitoramento da Covid-19 na cidade. O alinhamento foi objeto de um encontro, realizado na última quarta–feira (10/02), entre o Diretor do Fórum, Felix Rosenberg, e o Secretário Municipal de Saúde, Aloísio Barbosa da Silva Filho, juntamente com suas equipes. A intenção é envolver os profissionais da Atenção Básica que atuam nas comunidades com a Estratégia de Saúde da Família – ESF, incorporando a perspectiva dos territórios no monitoramento da incidência da doença no município. O método, desenvolvido pela Fiocruz-Petrópolis, usa a cartografia participativa e tem como objetivo traçar estratégias e avaliar medidas de prevenção e controle baseadas nos resultados obtidos com o uso da ferramenta – que permitirá mapear quase metade da população da cidade.

Para o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho, a cartografia participativa desenvolvida pela Fiocruz será fundamental para a tomada de decisões. “A ferramenta gera mapas cartográficos de calor que indicam as áreas de maior incidência da doença e como este trânsito acontece entre os bairros. É uma excelente forma de analisarmos o avanço da covid-19”, avaliou.

 “O principal objetivo deste sistema geográfico é permitir avaliar a gravidade para discutir estratégias e alertar a população sobre a presença da doença. O sistema funciona como um sinal de alerta que permite uma ação rápida para bloquear a contaminação e proteger os indivíduos”, explicou o diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg.    

Segundo Rosenberg, a cartografia participativa consiste na aquisição de dados sobre os territórios, oriundos do departamento de Vigilância em Saúde e também a partir da visão de quem vive e trabalha nestes locais, principalmente os agentes comunitários de saúde. O trabalho foi iniciado em 2017 em oito áreas prioritárias, dando origem aos mapas territoriais, ricos em detalhes e agora serão ampliados para todas as unidades da Atenção Básica com Estratégia Saúde da Família. O método faz uma micro vigilância que envolve a população e estimula a corresponsabilidade no enfrentamento da doença.