Técnica busca a transformação social. Curso tem duração de oito meses e conta com participantes de diversas comunidades de Petrópolis
Aline Ricly e Luiz Pistone (Fórum Itaboraí/Fiocruz)) Publicado em 04/05/2023
Começou no Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, escritório da Fiocruz em Petrópolis, a nova formação de multiplicadores do Teatro do Oprimido (TO). A turma conta com participantes de diferentes faixas etárias e comunidades de Petrópolis, como Vila Rica, Amazonas e Independência.
As aulas são sempre às sextas-feiras e têm como objetivo capacitar esses participantes para que possam multiplicar as técnicas aprendidas formando turmas do TO em suas comunidades. Ministrado pela professora Thaís Paiva, do Fórum Itaboraí, o curso tem duração de oito meses. “O TO promove, através do teatro, a participação popular para a transformação social”, explica Thaís.
A tia Lili, do bairro Vila Rica, tem 65 anos e é uma das participantes do curso. Ela conta que o interesse surgiu após participar da peça do TO na Jornada Ciência e Comunidade no bairro Amazonas, cujo tema foi o combate à fome. “Vejo as aulas do TO como uma oportunidade de ter mais acesso a informações sociopolíticas, além de ter esse contato com pessoas de outras comunidades. Isso nos faz ver que não estamos sozinhos e que também têm outras pessoas buscando esse conhecimento”, afirma.
Sobre o Teatro do Oprimido
O Teatro do Oprimido é uma metodologia criada por Augusto Boal, teatrólogo brasileiro. A ideia é democratizar os meios de produção do teatro e proporcionar a transformação política e social. Na prática, a técnica leva a apresentações de situações opressoras e busca transformá-las, assim como despertar o sentimento de cidadania entre os atores, atrizes e a plateia.
Nesta nova turma do Fórum Itaboraí, o objetivo é abordar questões sociais locais vivenciadas pelos participantes em suas respectivas comunidades através das técnicas do Teatro do Oprimido e formá-los para que sejam multiplicadores desse aprendizado em seus territórios.