Núcleo do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí

Formação de multiplicadores do Teatro do Oprimido - 2023

O curso teve duração de oito meses e contou com a participação de pessoas de diversas comunidades de Petrópolis

Luiz Pistone (Fórum Itaboraí) - Publicado em 02/12/2023

O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde concluiu, em primeiro de dezembro de 2023, a formação de 11 multiplicadores do Teatro do Oprimido (TO). O curso teve duração de oito meses e contou com a parceria das Secretarias de Saúde e Assistência Social do município.

 

O Teatro do Oprimido é uma metodologia criada por Augusto Boal, teatrólogo brasileiro, com a ideia de democratizar os meios de produção do teatro e proporcionar a transformação política e social. Na prática, a técnica leva a apresentações de situações opressoras e busca transformá-las, assim como despertar o sentimento de cidadania entre os atores, atrizes e a plateia.

 

A turma do Fórum Itaboraí foi composta por profissionais da saúde, da assistência social e lideranças comunitárias. O objetivo é de que essas pessoas possam, a partir de agora, multiplicar em seus territórios os conhecimentos adquiridos e compartilhados ao longo do curso.

 

Além disso, ao longo do ano, o Teatro do Oprimido foi utilizado junto à equipe social do Fórum Itaboraí com o objetivo de fortalecer a organização popular através de parcerias com grupos de convivência nos CRAS e PSFs.

 

A turma também esteve envolvida na participação dos teatros apresentados nas Jornadas Ciência e Comunidade no Amazonas e na Posse. A primeira, com o tema do Combate à Fome, e a segunda sobre o Direito à Cidade.

 

 

 

\

Formação de multiplicadores do Teatro do Oprimido - 2023

Com o objetivo de dar continuidade ao processo de aprendizagem da Metodologia de Teatro do Oprimido (TO) durante o período de pandemia, o Núcleo de Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí, utilizando a árvore metodológica do T.O., propôs ao grupo de jovens que, a partir da estética do Oprimido, fizessem uso da palavra e da imagem para criação de uma história coletiva que contasse, de acordo com suas visões, como a nova realidade de afastamento social influenciava a vida na comunidade onde vivem. O grupo então decidiu criar coletivamente um Gibi para contar essa história. Clique na imagem abaixo para acessar o material.

 

O Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia teatral criada pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal com o objetivo de democratizar os meios de produção teatral e de proporcionar a transformação política e social das condições opressivas vivenciadas pelas camadas mais desfavorecidas da população. Com a utilização de um arsenal de jogos e técnicas e a partir de representações artístico-teatrais, um grupo comunitário de atores apresenta a realidade opressora vivenciada por eles.

Com a identificação desta opressão, busca-se promover um diálogo-teatral da problematização e/ou das questões sociais, com o intuito da transformação dessa realidade. Através do teatro-fórum se dialoga com os espect–atores (público atuante). Em uma relação participativa a plateia é estimulada a entrar em cena e propor uma reflexão de possíveis caminhos na busca de uma solução do problema apresentado. Ao estimular, dialogar e promover reflexões entre os participantes, sobre um problema político-social, os presentes trazem ideias sobre possíveis caminhos de solução do problema apresentado. Compreende-se também que o TO estimula os participantes no exercício de uma cidadania mais atuante.

Com objetivo de fomentar o desenvolvimento e o aprofundamento dessa técnica, como expressão artística e também como instrumento de mobilização e conscientização social e comunitária, a primeira etapa deste projeto foi a formação de um núcleo de Multiplicadores de TO, responsável por difundir as técnicas de TO, criar e apresentar espetáculos de teatro-fórum (técnica de TO), mediar o diálogo entre atores e plateia (espect-atores), em diversas comunidades de Petrópolis, abordando questões sociais locais vivenciadas por elas e trazidas pelos participantes (grupo comunitário de TO). Muitas dessas questões são identificadas pela equipe técnica que atuou e atua nas comunidades, no âmbito dos projetos de Trabalho Técnico Social - TTS e Diagnóstico Rápido Participativo da Saúde – DRP, em cooperação com a Prefeitura Municipal de Petrópolis.

O TO no Fórum Itaboraí/Petrópolis se iniciou em agosto de 2017. No período de 31 de julho a 14 de agosto, houve uma chamada pública aberta a interessados em participar das oficinas de formação e multiplicação em TO, para construção do Núcleo do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí. A chamada gerou a formação de uma turma de 49 inscritos. As atividades compreendem dois encontros semanais de 8 horas para a formação dos multiplicadores que atuarão, prioritariamente, nas oito áreas de implementação do projeto ESF como indutor da gestão participativa intersetorial.